Autonomia Financeira (AF), que determina a (in)dependência da empresa face a Capitais Alheios, dando apoio na análise do risco sobre a estrutura financeira de uma empresa. AF = Capitais Próprios / Activo Líquido Análise: A Autonomia Financeira varia entre zero e um, dado que os Capitais Próprios não podem ser superiores ao valor do próprio Activo Líquido. Quanto mais elevado for o nível dos Capitais Próprios, maior o nível de autonomia da empresa face a terceiros. Deste modo, quando: AF apresenta um valor baixo: indica grande dependência em relação aos credores, situação que para além dos riscos inerentes, é desvantajosa na negociação de novos financiamentos; AF apresenta valores tanto mais próximos de 1: A empresa é menos dependente de Capitais Alheios, apresentando valores mais baixos de Encargos Financeiros e beneficiando a sua rendibilidade. O valor máximo de 1 representa a situação em que o Activo Líquido é financiado a 100% por Capitais Próprios, ou seja, a empresa tem 0% de Dívidas a Terceiros. Recomendação: Embora não haja um valor de referência universal, em termos gerais, Nabais (1997) refere que a maioria dos analistas considera aceitável situações em que a AF ≥ 0,35, ou seja, que o Activo Líquido seja financiado, pelo menos, por 35% de Capitais Próprios 17 . Por outro lado, valores demasiado elevados (quanto mais perto de 1) podem representar excesso de Capitais Próprios, situação que prejudica o rácio da Rendibilidade Financeira 18 . 17 Note-se que nos casos em que se considere minimamente aceitável uma Solvabilidade = 1, situação em que o valor dos Capitais Próprios é igual ao dos Capitais Alheios, a Autonomia Financeira é de 50 %, ou seja, o Activo Líquido é financiado por 50 % de Capitais Próprios e logo, por 50% de Capitais Alheios. 18 Dado que a Rendibilidade Financeira = Resultados Líquidos / Capitais Próprios. Quanto mais elevado o nível dos Capitais Próprios, menor o nível da Rendibilidade Financeira