Clarice: uma escrita (im)possível Pamela Zacharias Resumo: Este ensaio/artigo é um encontro com os textos de Clarice Lispector e propõe aproximações entre a literatura da escritora e pensamentos de Gilles Deleuze e Félix Guattari. Ao pensar a escrita de Clarice como (im)possível, busca-se brincar com a ideia de que a escrita, por ser representacional, não poderia dar a ver o puro da sensação, nascida de um caos, atemporal e imaterial. Paradoxalmente, porém, Clarice Lispector, através de suas personagens em epifania, em devir, constrói perceptos e afectos que ultrapassam o representacional da língua e com/em linhas outras trazem à superfície o acontecimento não mediado. A sensação aflora; contudo, para a escritora, de uma forma sempre insuficiente, que nunca é, que nunca alcança. Palavras-chave: Clarice Lispector, Gilles Deleuze, escrita, devir, caos. Clarice me olha da contracapa do seu livro. Olhar altivo: encara-me; questioname. Parece perguntar: “o que você quer dizer de mim?” Desafia-me. Esfinge soberana, devora-me antes de qualquer deciframento. Olho novamente o retrato. Percebo no canto do lábio um quase início de riso. Ri de mim? Seu olhar seria irônico e não inquisidor? Ela diverte-se. Acha bobo que eu queira dizer qualquer coisa que a explique, quando ela mesma não podia. Ela não se compreendia, lembra? Era para si um grande mistério. Eu me acho capaz de desvendá-la? Que piada. Rio agora com ela. Gargalhamos as duas. Escrever foi sempre insuficiente. Nem torcendo a língua pôde-se tirar dela o que havia no íntimo de Clarice. Os olhos que me encaram, desafiam e sarreiam; são caixas de vidro inquebráveis que guardam o infinito que não pôde vir à tona por inteiro. É um porvir eterno. Pode apenas atualizar-se em fragmentos literários. Signos sensíveis. Perceptos e Afectos revelados em devir. Em devir-Clarice, reconheço meus olhos nos dela. Reconheço em seus olhos a visão de qualquer pessoa que em momentos atemporais, pode(rá) enfim ver. Vidência da vida. A descoberta do mundo. Dela, através dela, por ela. Ela me olha. Abre frestas, cortes – faz sangrar. Seus escritos são fendas. Espio. ALEGRAR - nº16 - Dez/2015 - ISSN 18085148 www.alegrar.com.br Mas escrever para mim é frustrador: ao escrever lido com o impossível.1 Estou procurando, estou procurando. Estou tentando achar uma forma de dizer do indizível, de falar daquilo que rouba o ar, que atravessa como um espasmo, que nos faz arregalar os olhos como um banho de água gelada que chega de surpresa e deixa-nos com os sentidos alertas. De falar do que nos faz ver como se fosse a primeira vez. Do que nos faz enxergar no cotidiano as amarras e controles de uma vida: o que não se enxergava, o que não se sabia, ou o que não se queria saber. Como falar da literatura de Clarice Lispector? Como expor a um leitor as sensações que seus textos provocam? Dizer de Clarice é sempre insuficiente, apenas é possível dimensionar sua literatura em contato direto com ela. Arriscando-se. Ler Clarice é um risco. Alguns textos, como o conto Amor, começam de forma aparentemente inocente; uma dona de casa, sentada em um bonde após fazer as compras, a caminho do lar, começa a pensar na vida. Nós acompanhamos suas reflexões, conhecemos seu cotidiano e sua existência bem estruturada e, quando menos esperamos, estamos com ela no meio do jardim botânico, sentido o cheiro doce e enjoativo do mundo. Vendo sua beleza violenta. “ ... o mundo era tão rico que apodrecia.” (LISPECTOR, 1982, p.24). Tudo por conta de um cego que mascava chicles. Em outros, como o romance A paixão segundo G.H., mal começamos a leitura, e já caímos num abismo caótico e turbulento. Não há escapatória, de uma forma ou de outra, suas personagens compartilham conosco situações que atravessam e destampam um poço profundo que todos guardam dentro de si. Cada personagem é como um mapa de seus afetos, de suas afecções, de seus efeitos. Corpos infinitos que integram outro corpo, outro corpus que por sua vez... Cartografias de intensidades, com seus nomes diluídos, suas histórias pessoais esquecidas, organismos negligenciados. Somente os graus de potência definindo os corpos: capacidades de afetar, de ser afetado, realizar mesclas moleculares, resultando delas uma reprodução. Partes de um e de outro corpo, no encontro formam subindividualidades de um terceiro. Pode afetar, pode se afectar, é poder devir, devir esse outro tipo. (CURI, 2001, p. 152) Devir outro tipo, devir outro corpo, devir outra vida. Devir soprado em intensidades inesperadas. O encontro repentino e o mal está feito. Pode ser um olhar, 1 LISPECTOR, Clarice. Água viva. Rio de Janeiro: Rocco, 1998. p. 72. ALEGRAR - nº16 - Dez/2015 - ISSN 18085148 www.alegrar.com.br um gesto, um cego, um rato, uma barata. Antes de nos darmos conta, o mal já está feito. Nos pegou desprotegidos, distraídos em um bonde. Não dá para voltar atrás, fingir que nada aconteceu. Como deparar-se com a morte e não sentir a dor de ser uma pessoa? Como deparar-se com a vida e não sentir a mesma dor? A essência de ambas é forte demais, quando nos irrompe sem mediação, qualquer tripé estável se perde, qualquer terceira perna quebra-se, revelando a instabilidade da existência. Nesses momentos de vento e fúria, como perdoar a Deus? Como compreender o incompreensível e continuar existindo? A escrita é ferramenta? A escrita é sempre insuficiente. Em algum ponto deve estar havendo um erro: é que ao escrever, por mais que me expresse, tenho a sensação de nunca na verdade terme expressado. A tal ponto isso me desola que me parece, agora, ter passado a me concentrar mais em querer me expressar do que na expressão ela mesma. Sei que é uma mania muito passageira. Mas, de qualquer forma, tentarei o seguinte: uma espécie de silêncio. Mesmo continuando a escrever, usarei o silêncio. E, se houver o que se chama de expressão, que se exale do que sou. Não vai mais ser: “Eu me exprimo, logo sou” Será: “Eu sou, logo sou.” (LISPECTOR, 1999, p.254) O silêncio. O avesso de qualquer palavra. O que não tem nome está no silêncio. É preciso silenciar para ser. Pensar uma narrativa sem corpo. Sem personagem, sem enredo, sem conflito. Uma narrativa imanência: sensação pura. Personagem que se desfragmenta, mescla-se, vira borrão. Isso é possível nas palavras? Seriam as palavras pura significação? A palavra dá conta de dizer do indizível do choque, do sentido? “... a luta entre a forma e o conteúdo está no próprio pensamento: o conteúdo luta para se formar.” (LISPECTOR, 1999, p. 254). A palavra, ao formar-se, parece sempre menos do que poderia, sempre insuficiente. Há muita coisa a dizer que não sei como dizer. Faltam as palavras. (...) atrás do pensamento não há palavras: é-se. (LISPECTOR, 1998, p. 29) O que fazer então? Rasgar a palavra ao meio e dar a ela outra função. Raptá-la do campo da significação e jogá-la no abismo do caos. Fazer dela objeto de choque, (i)materialsensível, fora da língua – grunhido. Devir-animal. Palavra que dá voz ao devir. Palavra sem voz. Silêncio. Palavra significante. Significante é o corpo da palavra? Palavra só corpo: vazio, sem órgãos. Palavra seca? Pedra de quebrar dentes? Palavra fluida: bolha de sabão oca. Essa é uma (im)possibilidade. Em uma literatura do impossível, são as sensações, perceptos e afectos que podem dar a ver um porvir que é mistério. “Um grande romancista é, antes de tudo, um ALEGRAR - nº16 - Dez/2015 - ISSN 18085148 www.alegrar.com.br artista que inventa afectos não conhecidos ou desconhecidos, e os faz vir à luz do dia, como o devir de suas personagens.” (DELEUZE, 1992, p.226). - - - - - - estou procurando, estou procurando. Estou tentando entender. Tentando dar a alguém o que vivi e não sei a quem, mas não quero ficar com o que vivi. Não sei o que fazer do que vivi, tenho medo dessa desorganização profunda. Não confio no que me aconteceu. Aconteceu-me alguma coisa que eu, pelo fato de não a saber como viver, vivi uma outra? A isso quereria chamar desorganização, e teria a segurança de me aventurar, porque saberia depois para onde voltar: para a organização anterior. A isso prefiro chamar desorganização pois não quero me confirmar no que vivi - na confirmação de mim eu perderia o mundo como eu o tinha, e sei que não tenho capacidade para outro. (LISPECTOR, 2009, p. 09) G.H., personagem que protagoniza o trecho acima, vive um conflito que lhe toma conta e que diz respeito a um acontecimento que não consegue entender, que lhe tomou de forma violenta e com o qual, agora, já não sabe o que fazer. Ao leitor ainda não foi revelado - primeiro, ele mergulha neste universo subjetivo de G.H., para apenas mais tarde descobrir que seu conflito se deve ao fato de ter comido uma barata. Depois disso, suas referências e seu mundo tal como os conhecia desmoronaram (os de G.H., e também, muito provavelmente, os do leitor). Ela não tem capacidade para esse novo mundo, afirma, mas seria possível voltar ao anterior? Dificilmente: G. H. encontra-se em um momento de epifania - tão conhecido e estudado nas personagens clariceanas. Esse momento perece similar àquele no qual, segundo Deleuze e Guattari, a criação se dá. Esses autores afirmam que a criação (artística, literária, filosófica, etc) se faz através do caos - algo atemporal, infinito, descontrolado e violento – em uma luta com ele, em uma composição dele2. O caos é violento porque desestabiliza, porque nos tira de nossa zona de conforto, porque faz desmoronar o mundo que habitamos, porque nos atinge como um soco na cara. “A arte luta efetivamente com o caos, mas para fazer surgir nela uma visão que o ilumina por um instante, uma Sensação.” (DELEUZE e GUATTARI, 1992, p. 262). G.H. está assim: se batendo contra o caos. Em um conflito entre as forças que representam tudo aquilo que ela acreditava ser, tudo o que a constituía e as forças que emanam desse novo estado no qual mergulhou. O que fazer agora? Atrás do pensamento 2 DELEUZE, Gilles & GUATTARI, Félix. O que é a filosofia. Trad. Bento Prado Jr e Alberto Alonso Muñoz. São Paulo: Ed. 34, 1992. ALEGRAR - nº16 - Dez/2015 - ISSN 18085148 www.alegrar.com.br não há palavras... Como nomear o que lhe ocorreu? Como dar significado a isso? A personagem queria poder chamar a situação na qual se encontra de desorganização, pois algo desorganizado pressupõe uma ordem, uma organização, um lugar. Ou seja, se há desorganização, basta voltar as coisas para os lugares onde antes estavam e tudo estará em ordem novamente. Porém, não há lugares. Porém as coisas já não existem mais. Mais que sujeitos epifânicos, são personagens limiares, iniciantes da limiaridade do rito – existência separada da estrutura que, em última instância, é reforçada. (...) tempo e espaço se relativizam (um ou outro, um no outro). Estado de exceção: na crise do indivíduo e ao mesmo tempo na impossibilidade de mudança da estrutura. Eles estão fora, não se pode enquadrá-los porque põem em risco as categorias. (CURI, 2001, p. 234) Assim são as personagens de Clarice. Sujeitos de uma epifania que não os leva a uma transcendência divina, mas a uma imanência humana. Que os joga na pureza da coisa, sem amenizadores de sensações – dor, horror, amor – É uma alegria tão profunda. É uma tal aleluia. Aleluia, grito eu, aleluia que se funde com o mais escuro uivo humano da dor da separação mas é grito de felicidade diabólica. Porque ninguém me prende mais. (LISPECTOR, 1998, p. 09). Liberto. Livre de esquemas mediadores, que ajudam a suportar qualquer coisa que vai além e joga na cara do humano sua verdade: efemeridade. O corpo nu, sem (arma)dura, sem proteção. Fluido, escorre, movimenta-se, lança-se no ar e rodopia. Clarice e sua escrita bailarina, destacada por Daniel Lins3. Mas a leveza do corpo que dança, contém também a dor do bailarino, que vai ao limite do suportável, ultrapassa-o, desconstrói-o, cria novos signos. Linhas de fuga, a escrita de Clarice torna-se um lugar sem lugar de uma errância do sentido. O sentido não pode mais ser confinado às estruturas do texto. Ele esquiva-se, desde então, do espaço de fixação e encontra um devir como onda que dasaltera, metáfora remetendo a um elemento líquido, não isento de uma espécie de linha envenenada, perigosa, como toda linha criativa. (LINS, 2004, p. 46) O leitor segue essa linha que o conduz além, que o amarra e o liberta; linha que costura pra dentro. Resta-lhe a entrega a esse vendaval, que também é brisa que acaricia, trazendo novos ares e respiração. Afecções-literárias, sensações que 3 LINS, Daniel. Clarice Lispector: a escrita bailarina. In: LINS, Daniel; PELBART, Perter Pál. (orgs) Nietzsche e Deleuze – Bárbaros, civilizados. SP: Annablume, 2004 ALEGRAR - nº16 - Dez/2015 - ISSN 18085148 www.alegrar.com.br atravessam incomodando e revelando a fragilidade de qualquer vida que aparentava brilhar feito cristal. Frágil feito cristal. No conto Amor, a personagem Ana é atravessada pela “visão de um cego” – a ambiguidade da expressão é proposital. Ela, ao vê-lo, enxerga para dentro, a própria escuridão. Concentrada no cego que mascava chicles, “sem sofrimento, com os olhos abertos”, (LISPECTOR, 1982, p.24) é pega de surpresa pela “arrancada súbita” do bonde, e a sacolinha de tricô, na qual carregava os ovos que comprara, cai de seu colo. Os ovos se quebram e as viscosidades todas escorrem pela rede de tricô. Algo em Ana também se quebrava, deixando vazar um liquido espesso. Ao seu redor havia ruídos serenos, cheiro de árvores, pequenas surpresas entre os cipós. Todo o Jardim triturado pelos instantes já mais apressados da tarde. De onde vinha o meio sonho pelo qual estava rodeada? Como por um zunido de abelhas e aves. Tudo era estranho, suave demais, grande demais. Um movimento leve e íntimo a sobressaltou — voltou-se rápida. Nada parecia se ter movido. Mas na aléia central estava imóvel um poderoso gato. Seus pêlos eram macios. Em novo andar silencioso, desapareceu. Inquieta, olhou em torno. Os ramos se balançavam, as sombras vacilavam no chão. Um pardal ciscava na terra. E de repente, com mal-estar, pareceu-lhe ter caído numa emboscada. Fazia-se no Jardim um trabalho secreto do qual ela começava a se aperceber. Nas árvores as frutas eram pretas, doces como mel. Havia no chão caroços secos cheios de circunvoluções, como pequenos cérebros apodrecidos. O banco estava manchado de sucos roxos. Com suavidade intensa rumorejavam as águas. No tronco da árvore pregavam-se as luxuosas patas de uma aranha. A crueza do mundo era tranquila. O assassinato era profundo. E a morte não era o que pensávamos. (LISPECTOR, 1982, p.24) A inquietação aflora e sobrepõe-se à calma e à placidez que era a vida de Ana. Ela adentra no jardim. No jardim Botânico? Ou no universo do cego que olha para dentro? No jardim, o paradoxo acontece. A náusea doce. A mistura simultânea do melhor e do pior de si, da vida e da morte, a descoberta de um mundo clandestino. Mundo das percepções e sensações, encontro com o inominável, inteligível. O que não podia aflorar na “hora perigosa da tarde”, por fim, a capturava. Ali, sua percepção é plena e tomada por forças que a atravessam e imobilizam, isso porque ela pode perceber “a coisa em si mesma, literalmente, em seu excesso de horror ou de beleza, em seu caráter radical ou injustificável, pois ela não tem mais de ser ‘justificada’ como bem ou como mal...” (DELEUZE, 2007, p. 31). Entramos com Ana neste novo mundo. Mas ninguém consegue ficar ali por muito tempo. É perigoso demais. É tão insuportável quanto ser feliz. ALEGRAR - nº16 - Dez/2015 - ISSN 18085148 www.alegrar.com.br Clarice abre as portas do jardim proibido. Entramos. Mas chegamos lá? Flertamos com algo clandestino, caminhamos perto do coração selvagem. E sim: somos atravessados por qualquer coisa desconhecida, em um choque que provoca um deviroutro, devir-bicho, devir-mulher. Desconstrói limites, tira a personagem de um território, lança-o a outro, sem fronteiras. Faz-se estrangeiro. Uma legião estrangeira. Uma legião de outros (im)possíveis. A escrita de Clarice é (...) o resultado de um choque a partir do qual o Outro pode emergir. Nesse choque, o Outro parece circular e se moldar ao Mesmo, enquanto que o Mesmo se deforma para reaparecer desviado, estrangeiro. É próprio do Diverso retornar pelo avesso do avesso ancorado em cascadas de dobras literárias. Será que ele atingirá um dia seu objetivo? É a ruína, a morte. O Diverso renasce sempre posteriormente, de supetão, quando pela frente alguém lhe estende os braços. (LINS, 2004, p. 49) Morte e vida são uma coisa só. Igualmente profundas e insuportáveis. Desse limite hibrido se constrói a escrita de Clarice. Impossível porque escrita. Possível porque sensação. “(...) a vida é sobrenatural. E caminho segurando um guarda-chuva aberto sobre corda tensa.” – nós vamos com ela, bailarinas, bêbados e equilibristas – “Caminho até o limite do meu sonho grande. Vejo a fúria dos impulsos viscerais: vísceras torturadas me guiam. Não gosto do que acabo de escrever” – nem eu – “mas sou obrigada a aceitar o trecho todo porque ele me aconteceu” – a mim também... “E respeito muito o que eu me aconteço. Minha essência é inconsciente de si própria e é por isso que cegamente eu me obedeço.”4 Da contracapa do livro Clarice me olha indiferente a qualquer coisa que eu tenha dito. Para ela não importa. Palavras foram vício. Uma necessidade que nunca bastou. Insuficientes. Ela sussurra-me: “Ouve-me, ouve meu silêncio. O que falo nunca é o que falo e sim outra coisa. (...) Capta essa outra coisa de que na verdade falo porque eu mesma não posso. Lê a energia que está no meu silêncio. (...) Sou-me.”5 Bibliografia CURI, Simone. A escritura nômade em Clarice Lispector. Chapecó: Argos, 2001. 4 5 LISPECTOR, Clarice. Água viva. Rio de Janeiro: Rocco, 1998. p. 29 IDEM, p. 29. ALEGRAR - nº16 - Dez/2015 - ISSN 18085148 www.alegrar.com.br DELEUZE, Gilles & GUATTARI, Félix. O que é a filosofia. Trad. Bento Prado Jr e Alberto Alonso Muñoz. São Paulo: Ed. 34, 1992. DELEUZE, Gilles. Cinema 2: a imagem-tempo. Trad. Eloisa de Araujo Ribeiro. São Paulo: Brasiliense, 2007. _____________. Crítica e clínica. Trad. Peter Pál Pelbart. São Paulo: Ed. 34, 2011. LINS, Daniel. “Clarice Lispector: a escrita bailarina”. In: LINS, Daniel; PELBART, Perter Pál. (orgs) Nietzsche e Deleuze – Bárbaros, civilizados. SP: Annablume, 2004 LISPECTOR, Clarice. “Amor”. In: LISPECTOR, Clarice. Laços de Família. Rio de Janeiro: José Olympo Editora: 1982. _____________ Água viva. Rio de Janeiro: Rocco, 1998. _____________ “Um momento de desânimo”. In: LISPECTOR, Clarice. A descoberta do mundo. Rio de Janeiro: Rocco, 1999. _____________ “Forma e conteúdo”. In: LISPECTOR, Clarice. A descoberta do mundo. Rio de Janeiro: Rocco, 1999. _____________ A paixão segundo G.H.. Rio de Janeiro: Rocco, 2009. ALEGRAR - nº16 - Dez/2015 - ISSN 18085148 www.alegrar.com.br