Exposição Almandrade ‐ INSTALAÇÃO E POEMAS VISUAIS CASA DAS ROSAS Av. Paulista, 37 ‐ São Paulo / Sp. (até 27 de abril de 2014) De terça‐feira a sábado, das 10h às 22h. Domingos e feriados, das 10h às 18h. LABIRINTO PARA O OLHAR ‐ Elásticos tensos, na cor vermelha, delimitam espaços ou territórios vazios. Uma instalação com o mínimo de elementos, apenas pedaços de elásticos, linhas no espaço e uma cadeira de praia, sem lona, com elástico, também na cor vermelha. A linha que desprendeu do desenho abandonou a moldura é o elemento que delimita o espaço. POEMAS VISUAIS ‐ Reproduções de poemas visuais produzidos principalmente na década de 1970, a partir das experiências da poesia concreta e do poema/processo. LABIRINTO PARA O OLHAR é uma instalação, uma intervenção na sala de exposição para pensar a própria natureza da arte, suas implicações, reduzi‐la ao essencial e inventar outras alternativas de uso. Um quase vazio reflexivo aberto para abrigar a imaginação e as insinuações do visitante. A linha que desprendeu do desenho abandonou a moldura é uma peça disposta de forma singular para sensibilizar a percepção do espectador e estimular uma atitude, seu olhar e seus gestos completam a obra. "O ato criador não é executado pelo artista sozinho; o público estabelece o contato entre a obra de arte e o mundo exterior" (Marcel Duchamp). Aparentemente fria, mas provoca emoções e decisões variadas conforme o ponto de vista do espectador. Labirinto para o olhar se relaciona com a construção nova que se dá a cada passo, a cada ângulo que se observa a disposição dos elementos de uma instalação. Pensamentos preenchem o estático vazio silencioso, recortado pela tensão dos elásticos, com tentativas de desvendar seu significado, de sair deste labirinto que por falta de uma obra referencial deixa o olhar do observador perdido... O vazio, tanto como premissa na composição objeto‐espaço‐observador quanto pela ausência de elementos, faz parte do labirinto como uma ausência que carrega uma aura arqueológica e que absolutamente não é saudosista. Contesta não só a arte, mas sua embalagem, o invólucro proposto como ideal: o cubo branco, onde o silêncio e o distanciamento são instituídos. POEMAS VISUAIS "O nome do poeta já conota toda uma estratégia poética. Antônio Luiz M. Andrade, cujas iniciais formam A.L.M.A., daí o compósito "Almandrade". Mas esse é o país dos "andrades": Mário de Andrade, Oswald de Andrade, Carlos Drummond de Andrade... Destaco que "Almandrade" lembra também o proparoxítono "Sousândrade". Assim temos uma reunião de nomes de poetas marcados pela irreverência, pela ousadia e, principalmente, pela radicalidade da invenção. "Almandrade nos oferece com seus poemas uma "performance da visualidade" que exige sem dúvida do leitor uma atitude de "contemplação provocante". A economia de meios se por lado indica uma poética minimalista, doutra parte é também uma síntese complexa de elementos, seus poemas são quase como pantáculos, chaves poéticas que o iniciado deve analisar sob vários ângulos e possibilidades de estratos: fônicos, semânticos, semióticos, lingüísticos, geométricos, etc. para poder no âmbito das relações dessas possibilidades ver a dimensão e o alcance simbólico ali contido." (Prof. Jayro Luna) Artista plástico e poeta, formado em arquitetura, ele se mostra um artista versátil dentro de sua proposta. Nos seus 40 anos de carreira nas artes visuais caminhou pelo desenho, pintura, escultura, instalações e poesia. Transita entre a bi e a tridimensionalidade, entre a imagem e a palavra de forma fluida. A metamorfose de uma para outra às vezes não se completa e mesmo observando duas formas de expressão distintas elas parecem falar a mesma língua. Almandrade é artista plástico, poeta e arquiteto. Um pioneiro da arte contemporânea e da poesia visual na Bahia., participou de importantes mostras nacionais e internacionais como Bienal de São Paulo. Envolvido com a pesquisa de linguagens artísticas desde l972, entre as artes visuais e a literatura. Integrou coletivas de poemas visuais, multimeios e projetos de instalações no Brasil e exterior. Um dos criadores do Grupo de Estudos de Linguagem da Bahia que editou a revista "Semiótica" em 1974. Realizou mais de trinta exposições individuais em Salvador, Recife, Rio de Janeiro, Brasília e São Paulo entre 1975 e 2013. Exposição Almandrade ‐ INSTALAÇÃO E POEMAS VISUAIS