ARTIGO
Elementos para o curso “Conteúdos Culturais do Lazer - Projeto de
Animação”
Nelson Carvalho Marcellino*
Minha preocupação maior, neste nosso curso, é de não fornecer apenas
um rol de atividades agrupadas por quaisquer critérios, como equipamento, faixa
etária, conceito, etc. Ao falar sobre a elaboração de projetos, quero contrapor
à idéia de rol a concepção de repertório de atividades. Ao colocar a idéia de
repertório, estou querendo dizer da necessidade de interpretação de cada
atividade a partir da experiência pessoal e profissional de cada um de nós
enquanto animadores socioculturais, embasada em teoria, confrontada na ação
do cotidiano, e acompanhada do necessário exercício de reflexão constante.
Para procurar ser coerente com o meu próprio discurso, colocado em
outras ocasiões, a preocupação é de não fornecer, como diz o jargão, “receitas
de atividades”, mas sim contribuir para a formação de um repertório delas, que
é sempre considerado da perspectiva do animador, ou do grupo a que pertence,
e que possam ser vivenciadas e refletidas, em constante aprimoramento.
Outro aspecto importante a ser ressaltado é o que diz respeito à
classificação e conseqüente fundamentação das atividades. As classificações
disponíveis são inúmeras, e fica praticamente impossível listar todas as propostas,
optando por uma delas. Além disso, as classificações, do meu ponto de vista, só
têm sentido quando fundamentadas, a partir de objetivos claros, para o
desenvolvimento das atividades. No nosso caso, o primeiro objetivo das propostas
é sempre o divertimento e o prazer, e eles não precisam de justificativas.
Acredito, tendo em vista os conteúdos do lazer, que o ideal seria que
cada pessoa praticasse atividades que abrangessem os vários grupos de
interesses, procurando, dessa forma, exercitar, no tempo disponível, o corpo, a
imaginação, o raciocínio, a habilidade manual, o relacionamento social, o
intercâmbio cultural e a quebra da rotina, quando, onde, com quem e da maneira
que quisesse. No entanto, o que se verifica é que as pessoas geralmente
restringem suas atividades de lazer a um campo específico de interesses. E
geralmente o fazem não por opção, mas por não terem tomado contato com
outros conteúdos. Nesse sentido, o papel da ação do animador sociocultural é
*Líder do GPL-Grupo de pesquisas em lazer, da FACEF-UNIMEP, e pesquisador do CNPq.
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fundamental, procurando diversificar ao máximo as atividades oferecidas, em
termos de conteúdos.
Ainda quanto aos conteúdos, entendo a ação do animador sociocultural,
muito além da sua especialidade em um ou mais dos interesses culturais do
lazer, como uma postura de querer democratizar esses bens culturais. É
necessário conhecer em profundidade pelo menos um dos conteúdos, mas é
também muito importante a visão do conjunto. No entanto, quanto à
especificidade das atividades, é necessário lembrar que algumas podem ser
desenvolvidas apenas por profissionais de educação física, outras por arteeducadores, ou por profissionais de turismo, etc. Ao animador sociocultural
cabe adaptar as atividades, ou recorrer à monitoria de profissionais das
respectivas áreas, para orientação. Exemplo disso, entre muitos, são os chamados
“esportes radicais”, ou os “esportes eco-turísticos”.
Não podemos reforçar a idéia, ainda vigente no “senso comum” e
também na mentalidade de alguns gestores do setor, de que a atividade de lazer
- de conteúdo Arte ou Esporte, por exemplo - seja desenvolvida sem os
necessários equipamentos, materiais ou profissionais adequados. Dessa forma,
em muitos casos, a atividades esportiva, por exemplo, com esses recursos, é
chamada de Esporte, e sem recursos para o seu desenvolvimento é nomeada
de Esporte de Lazer, o mesmo ocorrendo com as atividades artísticas e os
demais conteúdos. Passa-se a idéia de que a atividade de lazer é necessariamente
improvisada, e o que é pior, sem qualidade. Isso tudo acaba refletindo até mesmo
em espaço, equipamentos, materiais e pessoal colocados à disposição do
animador, e muitas vezes não colocados para o desenvolvimento do trabalho. É
preciso ter consciência do valor e da importância do nosso trabalho para
reivindicar as condições necessárias. Nada contra a utilização de sucata ou
materiais alternativos, desde que seja uma opção ou, como o próprio nome
sugere, uma alternativa, e não a única possibilidade, devido à falta de condições
de trabalho.
Algumas propostas de atividades, pelo seu conceito, não necessitam de
equipamentos ou materiais (suportes) para o seu desenvolvimento. Nesses casos,
a figura do animador é ainda mais importante, porque acaba sendo a única
referência para os participantes.
Por outro lado, devemos estar atentos às barreiras interclasses e
intraclasses sociais que restringem o lazer. É preciso que nos lembremos sempre
de que a classe social, o nível de instrução, a faixa etária, o gênero, entre outros
fatores, limitam o desenvolvimento das atividades de lazer. Além disso, no plano
cultural, uma série de preconceitos restringe a sua prática aos mais habilitados
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e aos que se enquadram dentro dos padrões estabelecidos de “normalidade”.
Do ponto de vista da democratização cultural, são fatores indesejáveis e
necessitam ser atacados. É óbvio que o campo da animação sociocultural é
limitado para ações efetivas nesse sentido. Mas isso não significa que deva ser
ignorado, como uma possível área de “educação”, de formação de mentalidades
favoráveis à democratização. E assim, no desenvolvimento das atividades, o
animador deve estar atento a essas questões. Nunca reforçar as barreiras e,
sempre que possível, questioná-las, não só no discurso, mas na ação efetiva.
Não podemos deixar de considerar também, na prática cotidiana da
animação sociocultural, as questões relativas ao consumo puro e simples de
bens culturais. Nesse sentido, nossa ação deve procurar privilegiar o gênero da
prática. Por outro lado, é importante reconhecer que o valor cultural de uma
atividade está ligado fundamentalmente ao nível alcançado, seja na prática,
seja no assistir, ou no conhecer. Isso não significa negar a importância ao estímulo
para a prática do lazer como criação cultural. Esse aspecto não pode deixar de
ser considerado, principalmente se levarmos em conta o caráter de
desenvolvimento do lazer. Entretanto, a simples prática não significa participação,
assim como nem todo “consumo” corresponde necessariamente à passividade.
Isso tem implicação direta no desenvolvimento das atividades. Por exemplo:
até que ponto jogos excludentes são efetivamente excludentes? Será que o
impedimento do fazer, da participação direta, por quaisquer motivos, implica
não-participação, em sentido amplo? Do nosso ponto de vista, tudo isso dependerá
da postura do animador. Recomendo, assim, o equilíbrio entre os três gêneros praticar, assistir, conhecer - a partir do nível em que os participantes estiverem
e, sendo ele conformista, procurar superá-lo pelo exercício da criticidade e
criatividade.
Outro aspecto importante, e que vale a pena ressaltar, é que o Lazer,
como esfera de manifestação humana, é pleno de possibilidades. A sorte/azar,
a competição, a imitação, a vertigem, como nos lembra CALLOIS, são
componentes do jogo. Dessa forma, é preciso refletirmos sobre que lazer estamos
“trabalhando”. Lazer sim, mas não qualquer lazer. Não o mero entretenimento,
não o “lazer-mercadoria”. Cada vez mais precisamos do lazer que leve à
convivencialidade, mesmo por paradoxal que isso possa parecer, sendo fruído
individualmente. E, para isso, a postura do animador é fundamental. Convites à
convivência significam, do meu ponto de vista, minimizar os riscos da
exacerbação dos próprios componentes do jogo: a competição, que não leve à
violência e à introjeção de comportamentos sociais de exclusão; a vertigem,
que não leve ao risco não calculado de vida; a imitação, que não promova o
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fazer de conta imobilizante da pior fantasia; sorte/azar, que não provoque
alheamento. Isso não significa negação ou, o que é pior, “camuflagem” de
qualquer um desses componentes, como está ocorrendo, às vezes de modo
extremamente “fechado”, ultimamente com a questão da competição.
É preciso levar em conta, também, que o animador ainda é visto, em
muitas situações, como “o detentor do saber da animação”, ou mantenedor da
“ordem”, o fiscalizador, o que muitas vezes torna o seu desempenho um tanto
quanto autoritário, ou tão trágico quanto o incentivador do autoritarismo. Mesmo
quando isso ocorre, o que é mais comum na ação que envolve políticas públicas,
é preciso que não abramos mão do nosso papel de educadores, procurando,
dessa forma, reverter expectativas, fazendo das atividades de animação um
exercício de democracia, e da autoridade sem autoritarismo. Essa é uma postura
que deve ser incorporada ao fazer cotidiano da animação. Ela é fundamental
para que, na nossa área, contribuamos para a formação da cidadania autônoma,
formando “competências” e não “incompetências”, que justifiquem o nosso
discurso de profissionais.
Conforme já tive oportunidade de ressaltar em outros escritos, muitas
vezes o profissional da área coloca como “qualidade” do seu trabalho profissional
o “agradar o cliente”. E, no agradar o cliente, o riso fácil, o corpo bonito e
solícito do profissional do lazer muitas vezes disfarçam a falta de condições de
trabalho e de equipamentos não só do seu setor, mas de toda a Organização,
seja ela pública ou privada.
Para o gerente do Acampamento, do Hotel, do SPA, ou qualquer outro
local, as equipes de lazer têm, via de regra, a função de “tampar o sol com a
peneira”, disfarçar com sua amabilidade e empatia, muitas vezes forçada, as
deficiências de serviço. Isso ocorre, muitas vezes, também por iniciativa própria
do profissional do lazer, para suprir a sua falta de preparação profissional. Por
exemplo, em vez de organizar uma festa adequadamente, com as estratégias
inclusive de participação, quando for o caso, passa a “animar” (no sentido
pejorativo) o evento, procurando mascarar sua falta de qualidade. Já está na
hora de o setor privado perceber que é com competência que se faz “lucro”,
que se atende bem ao “cliente”, e não “dourando a pílula”, com o comportamento
estereotipado de anacrônicos “bobos da corte”, sem corte.
Por outro lado, quando atua em políticas públicas, muitas vezes, o
animador significa uma força de trabalho muitas vezes graciosa e solícita de
profissionais mal remunerados e mal formados, repetindo pacotes de atividades
de duvidoso gosto e, ainda assim, de forma bastante esporádica, uma vez ou
outra, em bairros da cidade. Ou então formam equipes cuja principal
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característica é o sorriso forçado nos lábios, promotoras de atividades que não
são mais do que pacotes de “festinhas” para passar o tempo ou entreter o povo
antes de as autoridades chegarem para inaugurações de obras. Já está na hora
de que os discursos de campanha de um lazer “emancipador” sejam
acompanhados de verbas e infra-estrutura e de atuação profissional,
compromissada politicamente sim, mas com competência e profissionalismo.
Levando em conta, principalmente, esses últimos três parágrafos, no
que diz respeito ao repertório de atividades, é preciso não ficar restrito ao que
comumente é classificado como lazer ou recreação, mas alargar horizontes,
em termos de conteúdo e de forma. Isso não significa ignorar o material
produzido, na área, em termos de “experimentações” do cotidiano do animador,
traduzido em dezenas e dezenas de manuais. Muito pelo contrário: ele pode ser
uma das fontes para a elaboração e/ou enriquecimento do repertório de cada
animador, porém com uma leitura crítica e criativa.
E isso significa, ainda, considerar o lazer como manifestação humana,
que inclui a atividade, mas é mais ampla que ela. Há necessidade de momentos
de não-atividade, de contemplação, de ócio. E cabe aos profissionais o
discernimento para entender a perspectiva do freqüentador de determinado
equipamento, e não acabar “forçando a barra” para um “ativismo”, que pode
inclusive negar os valores do próprio lazer. Nosso papel é contribuir para que o
“clima” do equipamento seja o mais adequado em termos de estrutura e de
condições de uso e de convivencialidade, e não, como muitas vezes ocorre,
como “incitadores” da ação, pela ação, simplesmente para manter as pessoas
“ocupadas”. Lazer sim, mas não práticas compulsivas ou compulsórias.
Na concepção de repertório, que coloco neste curso, cada uma das
atividades deve comportar uma espécie de ficha, onde deverão constar um
série de elementos, como nos casos colocados a seguir, a título de ilustração:
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Nome da atividade: CENTOPÉIA
Conceito: Proposta para “pequenas multidões”.
Adaptação da brincadeira do “pega”, que funciona de forma coletiva.
Descrição: A multidão é dividida e caracterizada, por interesses comuns, em
centopéias. Cada coluna de pessoas representará uma centopéia, com cabeças,
a primeira sendo o guia e a última, portanto, um rabo. O ideal é que se tenha,
pelo menos, seis centopéias. A atividade consiste na interação entre as
centopéias.
Recursos necessários: Jornais velhos ou papel crepom para caracterização
das centopéias. Rolos de barbantes para os rabos e para a ligação entre as
centopéias. Tesoura - 1 animador para coordenação - 1 animador para auxiliar
na montagem das centopéias. Grande espaço para movimentação. Som ou
megafone.
Montagem: As colunas representando as centopéias deverão ser montadas
por afinidades (exemplo – signos do zodíaco, se forem doze centopéias, elementos
dos signos do zodíaco, se forem quatro centopéias, torcedores de clubes de
futebol, ou escolas de samba, etc.) Cada cabeça de centopéia pode buscar
adesão de outras cabeças, convidando pessoas do público com a mesma
“afinidade”. Cada um dos participantes confeccionará sua cabeça de centopéia,
usando para isso jornais e/ou papel crepom. A primeira cabeça da centopéia
segurará um barbante, amarrado na cintura, que passará por baixo, entre as
pernas das demais cabeças, e que terminará em rabo, feito com jornal, que
ficará pendurado.
Funcionamento: As centopéias deverão se movimentar de modo a arrancar
os rabos umas das outras, preservando o seu próprio. À medida que os rabos
são arrancados, todos os integrantes da centopéia deverão ficar deitados.
“Vencerá “o jogo a centopéia que permanecer com o rabo.
Possibilidades de utilização: Pode ser utilizado em qualquer evento, com
espaço para movimentação. Não há limitação de faixa etária. As pessoas
participantes deverão ter capacidade de movimentação e estar prontas para a
queda da centopéia. Se o público for composto por faixas etárias diferenciadas,
recomenda-se mesclar cada centopéia com diferentes faixas etárias.
Possibilidades (necessidades) de adaptação: O número de centopéias
variará de acordo com o espaço disponível. Deve ser realizada,
preferencialmente, em grandes espaços, ao ar livre, mas pode ser feita também
em ginásios e quadras. A centopéia pode ser uma atividade final para oficinas
de confecção de máscaras, cada uma representando a cabeça de um
componente.
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Experiências já desenvolvidas: A primeira experiência vivenciada ocorreu
com o Grupo Escola de Teatro Macunaíma, no evento organizado pelo SESCSP, Lazer de Corpo e Arte, no Parque do Ibirapuera, São Paulo (capital). A
partir daí a atividade foi adaptada e desenvolvida em diversas programações de
lazer comunitário e eventos ao ar livre, em hotéis, convenções, condomínios,
etc.
Outras observações: A equipe vencedora poderá ou não ser premiada. Podese também não colocar a atividade em termos de competição – simplesmente
como vivência. Em qualquer caso o mais importante é a vivência coletiva da
brincadeira do “pega”
Elaboração: MARCELLINO, N. C.
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Nome da atividade: DESENHO CEGO
Conceito: Proposta de manipulação de linguagem. Consiste em desenhar em
espaço limitado, em papel, com os olhos vendados.
Descrição: Trata-se de desenhar impossibilitado de ver o que se está fazendo.
Num espaço delimitado por cordões, as pessoas são vendadas, guiadas para
que se “percam” e, em seguida, começam a desenhar.
Recursos necessários: Espaço de, no mínimo, seis metros quadrados. Vendas
– rolos de barbantes, cartolinas, fita adesiva – 1 animador, para coordenação.
Pincéis atômicos, ou outros – som ou megafone, dependendo do local. Bobinas
de papel jornal, ou outro – pequeno grupo para demonstração.
Montagem: Isola-se um espaço, com barbante. Coloca-se o suporte e os
instrumentos de desenho. Convida-se o público a participar. Vendam-se os olhos
do participantes. O número de participantes varia de acordo com o tamanho do
espaço disponível. Num espaço de seis metros quadrados podem participar de
dez a doze pessoas.
Funcionamento: As pessoas deverão respeitar a regra de vendar os olhos
para a realização da proposta, já que isso pode minimizar a competição entre
quem “desenha melhor”, tendo o ato de fazer maior importância do que o
resultado final. Estipula-se um tempo para o desenho, em conjunto com os
participantes, após o qual outras pessoas serão convidadas a participar.
Possibilidades de utilização: Pode-se utilizar em qualquer evento, com espaço
suficiente, ao ar livre ou em ambientes fechados. Pode-se adaptar para qualquer
faixa etária.
Possibilidades (necessidades) de adaptação: Em vez de papel pode-se usar
outro suporte para o desenho, como madeira, pano, etc. De acordo com o
suporte será utilizado o instrumento de desenho.
Experiências já desenvolvidas: A primeira experiência ocorreu em evento
de lazer para crianças. Posteriormente, a proposta foi adaptada e desenvolvida
com outras faixas etárias. Há necessidade de adaptar suportes e instrumentos.
Já foi desenvolvida em eventos de lazer comunitário, escolas, creches, grupos
de idosos, hotéis, acampamentos, etc.
Outras observações: Podem ser feitas exposições dos desenhos, no próprio
local. Se ao ar livre, podem-se usar varais, entre duas árvores, ou entre hastes.
Se em locais fechados, como quadras, podem-se utilizar os alambrados, cercas,
grades, etc.
Elaboração: MARCELLINO, N.C.
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Nome da atividade: BINGO HUMANO
Conceito: Adaptação do jogo Bingo, com finalidade de fixação do conhecimento
(nomes) entre os integrantes do grupo.
Descrição: Cada participante escolhe um nome de animal, de planta, ou outra
categoria que o animador sugerir, adotando-o como apelido, ao lado do seu nome.
Os apelidos de 6 a 9 membros do grupo, aos quais o participante se apresentará,
comporão sua “cartela”.
Todos os apelidos colocados numa sacola passarão a ser sorteados, até que as
cartelas sejam preenchidas, utilizando-se, para isso, as regras de um bingo
tradicional.
Recursos necessários: Espaço - som ou megafone, dependendo do local –
cadeiras. Mesa e sacola ou roleta, para o sorteio. “Cartelas” e lápis/caneta para
todos os integrantes. tiras de papel. Animador.
Montagem: Convite, explicação e demonstração, pelo monitor. Os participantes
iniciam a atividade sentados.
Funcionamento: Cada um dos integrantes do grupo escolhe um apelido, sob
orientação do monitor (nomes de animais, de plantas, etc.). Em seguida escreve o
apelido em uma tira de papel e entrega ao monitor. O animador colocará todas as
tiras com os apelidos num sacola, ou roleta. Em seguida, o animador distribuirá,
para cada participante, caneta/lápis e folha de papel (cartela), quadriculada em 2
colunas por três barras (6 espaços), ou três por três (9 espaços). O número
variará de acordo com a quantidade de participantes. Os participante se apresentam
uns para os outros, dizendo o nome, seguido do apelido escolhido - Prazer, Antonio
Zebra. etc., e obtém resposta: O prazer é meu, José Girafa. Cada participante,
assim se apresentando, escreverá o apelido do “apresentado” em cada um dos
espaços quadriculados (6 ou 9). Todos sentados, procurarão preencher a “cartela”,
seguindo as regras de um bingo tradicional.
Possibilidades de utilização: É interessante o uso na recepção de hóspedes em
hotéis, colônias, acampamentos, como forma de fixação de nomes, aumentando o
conhecimento entre os participantes. Não há restrições de faixa etária, desde que
as pessoas sejam alfabetizadas.
Possibilidades (necessidades) de adaptação: Caso as pessoas não sejam
alfabetizadas podem-se utilizar desenhos.
Experiências já desenvolvidas: Utilizada, pela primeira vez, como dinâmica de
grupo em cursos de capacitação de animadores. Posteriormente foi realizada em
diversas atividades de grupo, em locais variados, incluindo acampamentos e hotéis.
Outras observações: Não há.
Elaboração: MARCELLINO, N. C.
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Nome da atividade: QUEBRA - CABEÇAS DE HISTÓRIAS
Conceito: Realização de atividades, envolvendo jogos de mesa, a partir da leitura de
livros e/ou “contar histórias”, ao estilo da “hora do conto”.
Descrição: Após a leitura do livro, ou o contar da história, cada participante faz um
desenho alusivo, que posteriormente será transformado em quebra-cabeças. Pode-se
fazer o processo inverso, a partir de quebra-cabeças produzidos anteriormente por
outros grupos.
Recursos necessários: Animador. Espaço – cadeiras (ou senta-se no chão) - som ou
megafone, dependendo do espaço. Livro – papel sulfite – lápis de cor ou giz de cera tesoura sem ponta. Cartolina ou papel cartão – cola – sacos plásticos pequenos, ou
caixas pequenas de papelão - etiquetas.
Montagem: Convite aos participantes e explicação do processo total, pelo animador. Os
participantes iniciam a atividade todos sentados, no chão ou em cadeiras/bancos.
Funcionamento: Conta-se a história. Pede-se a cada integrante para fazer um desenho
alusivo e posteriormente pintá-lo, ocupando a página toda. Em seguida será feita a
colagem da pintura, em papel cartão ou cartolina, aplicando-se a cola em toda a superfície.
No verso do desenho traçam-se linhas formando desenhos de “peças” de quebracabeças. As “peças” são recortadas e colocadas em caixas ou sacos plásticos
etiquetados, com o nome do autor do desenho, do livro (ou história) e seu autor.
Possibilidades de utilização: Faixas etárias variadas, dependendo da história a ser
contada ou livro a ser lido. Pode ser desenvolvida em equipamentos os mais diversos,
como bibliotecas, escolas, acampamentos, hotéis, etc.
Possibilidades (necessidades) de adaptação: Em vez de quebra-cabeças podem-se montar
outros jogos de mesa. No jogo da memória, por exemplo, o desenho original é xerocado,
possibilitando o recorte de duas peças iguais, que comporão o jogo.
Experiências já desenvolvidas: Atividade desenvolvida pela primeira vez em projeto da
Secretaria Municipal de Educação, programa de bibliotecas, em São Paulo-Capital. Teve
desdobramentos em outras prefeituras, grupos e instituições, sempre a partir de
bibliotecas.
Outras observações: Tratando-se de atividades realizadas em bibliotecas, é importante
que o início e/ou o fim sejam o livro. Pode-se partir dele, contando a história e chegando
aos quebra-cabeças, ou partir da montagem de quebra-cabeças, feitos por outro grupo,
e deixados na biblioteca, para se chegar ao livro. Nesse caso, os jogos de mesa acabam
motivando, despertando o interesse para a leitura da história. É uma boa alternativa
para dias de chuva em acampamentos e clubes infantis. Pode ser utilizada, ainda, como
estímulo para “encontro de gerações”, podendo a história ser substituída por um “causo”
vivenciado por pessoa, que dê seu “depoimento” ao grupo.
Elaboração: MARCELLINO, N. C.
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Nome da atividade: PIM OU PUM
Conceito: “Quebra gelo”, que consiste em substituir um determinado número,
seus múltiplos, e números que terminem por ele, em contagem seqüencial entre
os participantes, dispostos em círculo, pelos sons “pim” ou “pum”.
Descrição: Os participantes são dispostos em círculo, em pé, ou sentados, e o
animador inicia a contagem, apontando para cada um dos participantes, de
forma seqüencial, que continua a contagem em voz alta, fazendo as substituições
por “pum” ou “pim”.
Recursos necessários: Espaço. Cadeiras (quando necessário). Som ou
megafone (quando o espaço for muito amplo). 1 animador. Grupo musical ou
música mecânica (opcional).
Montagem: O público é convidado a participar e disposto em círculo.
Funcionamento: Os participantes que “erram” a contagem são convidados a
deixar o círculo e ocupar o espaço interno, devendo a contagem continuar a
partir da pessoa seguinte. Ao final da atividade, os integrantes internos do círculo
são unidos e “abarcados” por brincadeiras de roda, cantadas, com utilização
de música instrumental ou mecânica.
Possibilidades de utilização: Independe de faixa etária. Em qualquer ocasião,
funcionando como “quebra gelo”. Convenções, cursos, acampamentos, hotéis,
etc.
Possibilidades (necessidades) de adaptação: O número a ser substituído
varia de acordo com o grau de dificuldade que o grupo puder absorver. Pode-se
escrever um cartaz, com as palavras “pim” ou “pum”, e, toda vez que alguém
errar, um participante mostra o cartaz.
Experiências já desenvolvidas: Utilizada, pela primeira vez, como dinâmica
de grupo, em cursos de capacitação de animadores. Posteriormente foi realizada
em diversas atividades de grupo, em locais variados, incluindo acampamentos e
hotéis.
Outras observações: Pode ser utilizada como forma lúdica de fixação de
aprendizagem, em sala de aula, ao se estudar múltiplos. O animador pode fazer
brincadeiras com o significado dos sons “pim” ou “pum”, tomando o cuidado de
usar a linguagem adequada ao grupo.
Elaboração: MARCELLINO, N. C.
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Nome da atividade: ESCOLINHA DE JARDINAGEM
Conceito: Plantação de pequenos vasos de planta, em atividades para grande público.
Descrição: Cada participante planta um pequeno vaso de planta, recebendo as
indicações de como fazê-lo e também de como cuidar (luz, umidade, etc.) posteriormente.
Recursos necessários: seis bancadas feitas com cavaletes, ou pequenas mesas - 6
recipientes, tipo engradado. 7 animadores- um para cada bancada e um geral. Pregos
grandes – vasinhos – podem ser copos descartáveis de 600 ml. Mudas de plantas – de
preferência de pequeno porte. Pedriscos – regador com água. - Pequenos impressos
com os principais cuidados com o tipo de espécie plantada.
Montagem: As seis bancadas são colocadas em seqüência. Atrás de cada uma fica um
animador. Em cima de cada uma o material necessário à fase. O público passa pela frente
de cada bancada. Na primeira, o animador distribui o copo e pede ao participante para
que o fure. Explica que a planta precisa de escoamento de água. Na segunda, o
participante pega um punhado de pedrisco e coloca no fundo do copo. Explica-se a
necessidade de filtragem, antes do escoamento da água. Na terceira, o participante
coloca um punhado de terra e faz um pequeno buraco com um dos dedos. Na quarta,
pega-se a muda e planta-se. Explica-se que é necessário firmeza, para fixar a planta. Na
quinta o copo é preenchido com terra até a “boca”. Na sexta pega-se o regador, rega-se
o “vaso” e distribui-se o pequeno impresso com os cuidados necessários.
Funcionamento: A montagem praticamente dispensa a explicação do funcionamento. O
participante, ao percorrer as 6 bancadas, participa do processo de plantio do vaso e o
leva para sua casa, ou outro local desejado.
Possibilidades de utilização: Atividade dirigida prioritariamente a crianças. Funciona
também com outras faixas etárias. Pode funcionar isoladamente, em escolas, acampamentos,
clubes, parques e jardins, ou pode fazer parte de eventos maiores dedicados ao verde e
à ecologia, como Feiras do Verde, caminhadas ecológicas, trilhas, etc.
Possibilidades (necessidades) de adaptação: As mudas podem ser substituídas por
“estacas” ou sementes. Nesses casos é interessante ou a exposição da planta crescida,
em vasos, ou em ilustrações. Os copos plásticos podem ser substituídos por pequenos
“broches”, em forma de “dedal”, confeccionando-se assim “jóias” vivas.
Experiências já desenvolvidas: Atividade vivenciada, pela primeira vez, no evento Feira
do Verde, realizado em Sorocaba-SP, promoção conjunta SESC-SP e Prefeitura local.
A partir daí já foi desenvolvida, como parte de eventos ou como atividade isolada, em
diversas cidades.
Outras observações: Pode ser usada em escolas, em datas comemorativas, ou fazendo
parte de ações temáticas mais amplas.
Elaboração: MARCELLINO, N. C.
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Nome da atividade: OFICINAS DE JOGOS DE MESA
Conceito: Balcões de confecção de jogos de mesa
Descrição: Espaço para aprendizagem de confecção e utilização de jogos de mesa
variados.
Recursos necessários: Bancadas – tábuas com cavaletes, ou mesas. Animadores.
Painéis explicativos do processo de confecção. Material de consumo – varia de acordo
com cada jogo a ser confeccionado (geralmente papel cartão, revistas, cola, pincéis,
tintas, canetas, etc.). “Ferramentas”: varia de acordo com cada jogo a ser confeccionado
(geralmente tesouras, furadores, grampeadores, etc.). Embalagens para guarda dos jogos:
envelopes, caixas, sacolinhas (que também poderão ser confeccionadas no local).
Etiquetas para identificação dos jogos nas embalagens. Regras de uso dos jogos,
impressas (podem ser utilizadas as mais variadas formas).
Montagem: A existência das bancadas e o material já “denunciam” a atividade, não
havendo necessidade de muito convite para participação. Pode-se colocar um painel
explicativo da confecção de cada jogo, como orientação a ser seguida.
Funcionamento: Os participantes passam pelas bancadas, tematizadas por tipos de
jogos, aprendem a fazê-los, como utilizá-los, e os levam para suas casas ou outros
locais.
Possibilidades de utilização: Recomendada para crianças, mas de possível utilização
por outras faixas etárias. Pode ser utilizada em evento específico, como parte de um
evento maior que tematize jogos, ou como parte de evento maior com atividades
múltiplas.
Possibilidades (necessidades) de adaptação: Os jogos poderão ser confeccionados
coletivamente, utilizados e, posteriormente, doados para grupos e instituições.
Experiências já desenvolvidas: Atividade realizada, pela primeira vez, como parte do
evento Festival Cuca fresca, promoção conjunta da UNICAMP, em projeto de extensão,
e Comunidade da Vila 31 de março, Campinas-SP, que tematizou o jogo de xadrez.
Posteriormente já foi adaptada e desenvolvida, como parte de eventos, ou atividade
isolada, em clubes, escolas, condomínios, acampamentos e programas de lazer
comunitário.
Outras observações: Alguns tipos de jogos passíveis de serem confeccionados:
Damas- tabuleiros de papel cartão, pintados e tendo como “pedras” tampinhas de
garrafas pintadas (ou umas usadas a cara e outras a coroa), ou cabos de vassoura,
cortados e pintados. Xadrez – tabuleiros de papel cartão e peças confeccionadas em
argila ou “massinha”. Quebra-cabeças – gravura colocada em papel cartão recortada.
Jogo da memória – duas gravuras iguais, colocadas em papel cartão e recortadas em
pequenos quadrados. Para essa finalidade, podem-se usar, ainda, duas revistas em
quadrinhos iguais.
Elaboração: MARCELLINO, N. C.
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R. Min. Educ. Fís., Viçosa, v. 10, n. 1, p. 210-237, 2002
Nome da atividade: OFICINAS DE BRINQUEDOS
Conceito: Balcões de confecção de brinquedos “tradicionais”, a partir de materiais
específicos.
Descrição: Espaço para aprendizagem de confecção e utilização de brinquedos variados.
Os brinquedos poderão ser tradicionais e/ou criados. Podem utilizar diferentes materiais
e serem de tamanhos variados (carrinhos de madeira, telefones sem fio, “cascos de
cavalo”, bonecas de pano, petecas de palha de milho, “bichinhos” de legumes, pernas
de pau, “saquinho e bugalho – três marias”, etc.).
Recursos necessários: Bancadas – tábuas com cavaletes, ou mesas. Animadores.
Painéis explicativos do processo de confecção. Material de consumo – varia de acordo
com cada brinquedo a ser confeccionado. “Ferramentas”: varia de acordo com cada
jogo a ser confeccionado (geralmente tesouras, furadores, grampeadores, agulhas,
moldes, martelos, alicates, etc.)
Montagem: A existência das bancadas e o material já “denunciam” a atividade, não
havendo necessidade de muito convite para participação. Separam-se as bancadas, por
material predominante na confecção: madeira, lata, pano, etc. Pode-se colocar um painel
explicativo da confecção de cada jogo, como orientação a ser seguida.
Funcionamento: Os participantes passam pelas bancadas, tematizadas por tipos de
brinquedos, aprendem a fazê-los, como utilizá-los, e os levam para suas casas ou outros
locais.
Possibilidades de utilização: Atividade propícia a “encontro entre gerações” - crianças
e idosos, por exemplo, pelas oportunidades de troca de experiências de vida e de
habilidades. Pode-se utilizar em evento específico ou como parte de projeto mais amplo.
Possibilidades (necessidades) de adaptação: Os brinquedos poderão ser confeccionados
coletivamente, utilizados e, posteriormente, doados para grupos e instituições.
Experiências já desenvolvidas: Atividade realizada, pela primeira vez, como parte do
evento Meu tempo de criança, realizado em Sorocaba-SP, em promoção conjunta SESCSP e Prefeitura local. Posteriormente já foi adaptada e desenvolvida, como parte de
eventos, ou atividade isolada, em clubes, escolas, condomínios, acampamentos e
programas de lazer comunitário.
Outras observações: Em comunidades e/ou escolas, a atividade pode ser o encerramento
de pesquisa e redação efetuada por alunos, junto a seus pais e avós, possibilitando a
formação de um banco de dados sobre brinquedos e brincadeiras tradicionais. O
resultado da “pesquisa” poderá se constituir em banco de dados específico, que poderá
ficar na biblioteca da escola e/ou comunidade. Pode-se, também, fazer um exercício de
adaptação de brinquedos tradicionais, cujos materiais não são encontrados mais com
facilidade, com a utilização de novos materiais, hoje abundantes.
Elaboração: MARCELLINO, N. C.
R. Min. Educ. Fís., Viçosa, v. 10, n. 1, p. 210-237, 2002
223
Nome da atividade: OFICINAS DE BRICOLAGE
Conceito: Bancadas para ensino/aprendizagem de pequenos consertos e
atividades domésticas, com ênfase na capacidade do uso das mãos.
Descrição: Espaço para aprendizagem de atividades de bricolage – consertos
domésticos, pequenas construções, cuidados com animais, etc. Podem utilizar
diferentes bancadas temáticas, a partir do “ofício” predominante: marcenaria,
hidráulica, mecânica, etc.
Recursos necessários: Bancadas – tábuas com cavaletes, ou mesas.
Especialistas nas áreas abrangidas. Animadores. Painéis explicativos do
processo de conserto, ou construção, ou cuidados específicos. Material de
consumo – varia de acordo com cada tipo de bricolage (alvenaria, hidráulica,
elétrica, etc.). “ferramentas”: varia de acordo com cada conserto, construção,
ou cuidado (geralmente martelos, chaves de fenda, tesouras, furadores, serras,
serrotes, chaves de variadas finalidades, etc.
Montagem: A existência das bancadas, o material e as ferramentas já
“denunciam” a atividade, não havendo necessidade de muito convite para
participação. Em todo caso, é bom convidar as pessoas a trazerem, de suas
casas, os materiais e equipamentos quebrados, ou com mal funcionamento,
para serem consertados. Podem-se efetuar demonstrações, como, por exemplo,
na bancada de alvenaria, ensinar como construir uma churrasqueira, ou
“chapiscar” um muro, etc. Separam-se as bancadas, por material predominante
na demonstração, cuidado, ou conserto. Pode-se colocar um painel explicativo
para cada bancada, como orientação a ser seguida. Por exemplo: passos a
serem seguidos para trocar a resistência de um ferro, ou trocar o “courinho” da
torneira, ou a forma correta de dar banho em animais, etc.
Funcionamento: As pessoas vivenciam as orientações, as demonstrações e
efetuam os consertos, sob orientação dos animadores e técnicos especializados.
Possibilidades de utilização: Pode se constituir em evento específico, ligado
aos conteúdos manuais do lazer, ou fazer parte de programação mais ampla e
diversificada, como um programa de lazer comunitário, por exemplo. Prestase, de acordo com a proposta de cada conserto, demonstração ou orientação a
diferentes faixas etárias e grupos de interesse. Destina-se a públicos variados
- são muito bem aceitas entre adultos. Podem ser realizadas ao ar livre, em
ambientes como praças, pátios de supermercados, ou locais fechados, como
salas e quadras, por exemplo.
Possibilidades (necessidades) de adaptação: Incluir outros “serviços”
domésticos, como amolar facas e tesouras, com tipos tradicionais, pontos e
formas de corte diferenciadas em corte-costura, confecção de “decorações”a
partir de legumes e frutas, etc.
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R. Min. Educ. Fís., Viçosa, v. 10, n. 1, p. 210-237, 2002
Experiências já desenvolvidas: Atividade realizada pela primeira vez em
evento conjunto SESC-SP /Prefeitura Municipal de Sorocaba-SP.
Posteriormente, já foi realizada em estacionamentos de supermercados, escolas,
clubes de empresas, e programas de lazer comunitário.
Outras observações: Pode-se obter patrocínio de supermercados, revistas
de bricolage e empresas de ferramentas. Pode-se ter ponto de consulta e leitura
de publicações especializadas em bricolage. Recomenda-se a não-fixação de
preconceitos ou estereótipos: atividades tradicionalmente feitas por mulheres,
sendo oferecidas exclusivamente para elas, e vice-versa, por exemplo.
Elaboração: MARCELLINO, N. C.
R. Min. Educ. Fís., Viçosa, v. 10, n. 1, p. 210-237, 2002
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Nome da atividade: BAÚ DE RECORDAÇÕES
Conceito: Exposição de objetos, vestimentas, revistas, etc. trazidos pelos
participantes, a partir de convite formulado com antecedência.
Descrição: O processo de montagem da exposição (seleção de material,
montagem, coquetel de abertura, apresentações musicais, etc.) é coletivo.
Recursos necessários: Animador – organizador. Fôlder de divulgação. Convite
para a abertura. Comissão de seleção e organização do material. Painéis,
apoios e outros equipamentos para exposição. Espaço com iluminação e
ventilação adequados. Opcional – coquetel de abertura. Monitores da exposição
– escolhidos entre os próprios participantes.
Montagem: É feita a divulgação da proposta. Os participantes enviam os
materiais: objetos de uso pessoal, vestimentas, ferramentas, brinquedos, etc.
Procede-se à seleção por temas. A exposição é montada. Providencia-se a
abertura. Pode funcionar além do dia da abertura, desde que devidamente
monitorada.
Funcionamento: Procede-se como em qualquer outra exposição. A diferença
é que os participantes e convidados poderão se reconhecer pela ligação afetiva
com os objetos.
Possibilidades de utilização: A atividade funciona muito bem em grupos de
idosos (reavivando lembranças), em comunidades locais (funcionamento como
elemento de “memória”), em grupos de interesse, a partir da temática do grupo,
etc.
Possibilidades (necessidades) de adaptação: Pode-se adaptar para
acampamentos, convenções, etc., desde que os participantes sejam avisados
com antecedência, para que possam trazer as fotos.
Experiências já desenvolvidas: Atividade realizada pela primeira vez com o
grupo de convivência de idosos. Solar Amigo, de Bragança Paulista-SP,
promoção conjunta Prefeitura local e SESC-SP. Já foi desenvolvida em
programas de lazer comunitário, em diversas cidades, para diversas faixas etárias,
e em Escolas Abertas e Universidades da 3a. Idade.
Outras observações: A abertura pode contar com coquetel e música
relacionados ao período histórico abrangido pelas fotos.
Elaboração: MARCELLINO, N. C.
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R. Min. Educ. Fís., Viçosa, v. 10, n. 1, p. 210-237, 2002
Nome da atividade: FEIRA DA BARGANHA, FEIRA DE TROCAS, OU
TROCA-TROCA
Conceito: Exposição e troca de objetos, coleções e materiais diversos, onde
não é permitido o uso de moeda nas transações ocorridas.
Descrição: O processo de montagem da exposição (seleção, montagem,
coquetel de abertura, apresentações musicais, etc) é coletivo.
Recursos necessários: Animador – organizador. Fôlder de divulgação. Convite
para a abertura. Espaço com iluminação e ventilação adequados. Comissão de
seleção e organização das fotos e da Mostra. Painéis, bancadas, ou outro
equipamento para exposição. Opcional – coquetel de abertura. Monitores da
exposição – escolhidos entre os próprios participantes.
Montagem: É feita a divulgação da Proposta. Os participantes trazem os seus
objetos para troca, montam suas bancadas, podendo fazer as trocas entre si ou
com visitantes. Providencia-se a abertura. A montagem das bancadas pode ser
distribuída, espacialmente, por grupos temáticos: gibis, cds, brinquedos,
antigüidades, etc. Pode funcionar além do dia da abertura, desde que devidamente
monitorada.
Funcionamento: Procede-se como em qualquer outra exposição. A diferença
é que os participantes e convidados deverão observar rigorosamente a regra da
“troca” da barganha.
Possibilidades de utilização: A atividade funciona muito bem,
independentemente de faixa etária. Funciona, inclusive, entre gerações. Pode
ser aplicada também em lazer comunitário, promovido por órgãos públicos, e
em escolas.
Possibilidades (necessidades) de adaptação:
Pode-se adaptar para acampamentos, convenções, etc., desde que os
participantes sejam avisados com antecedência, para que possam trazer os
objetos para troca.
Experiências já desenvolvidas: Atividade vivenciada pela primeira vez em
Sorocaba-SP, em evento co-promovido pelo SESC e Prefeitura local. Já foi
desenvolvida em programas de lazer comunitário, em várias cidades. Também
já foi realizada em acampamentos e convenções.
Outras observações: A atividade pode fazer parte do calendário de eventos
de determinada comunidade. A Feira da Barganha de Sorocaba funcionou
durante muitos anos.
Elaboração: MARCELLINO, N. C.
R. Min. Educ. Fís., Viçosa, v. 10, n. 1, p. 210-237, 2002
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Nome da atividade: “QUEBRA-CABEÇAS” DE GRUPO
Conceito: Dinâmica de grupo cujo objetivo é mostrar a importância de o grupo observar
o objetivo comum e trocar informações e ajuda para alcançá-lo.
Descrição: Enunciado a ser transmitido aos participantes: “O objetivo do grupo é a
montagem de três quebra-cabeças. Para facilitar o trabalho, o grupo será subdividido
em três equipes, ou comissões, cada uma encarregada de montar um quebra-cabeças.
Divisão das 3 equipes em comissões. Divisão e montagem dos quebra-cabeças. Anote
aqui o observado:”
Recursos necessários: Espaço – Animador – Folha de papel, lápis ou caneta para cada
participante. Cadeiras para os participantes. Som ou megafone, dependendo do tamanho
do grupo. Opcional: material e equipamento para documentação em fotos, áudio ou
vídeo. Três quebra-cabeças com as peças propositadamente trocadas (tiram-se duas
peças de cada um e substitui por duas, dos outros).
Montagem: O grupo é dividido em três subgrupos pelo animador. É lido o enunciado
acima, como instrução. O animador repete várias vezes que o objetivo do grupo é
montar os três quebra-cabeças e, em seguida, os distribui entre os três subgrupos.
Funcionamento: Iniciam-se as montagens. O animador observa e intefere, quando
solicitado pelos subgrupos. Os grupos vão perceber as trocas. Vão se comunicar entre
si. O animador observa. Muitos participantes não querem trocar as peças, uma vez que
o objetivo do grupo é esquecido, e os subgrupos tentam montar o seu quebra-cabeças,
competindo uns com os outros. Terminada a sua montagem, cada grupo, geralmente,
senta-se e comemora a “vitória”. Voltando-se à formação original, o animador destacará
as possíveis conclusões: importância da observação do objetivo comum; importância
da comunicação entre as 3 equipes, ou comissões; é importante que a comunicação
esteja sempre presente entre as comissões, pois o objetivo é único - o mesmo -.
Possibilidades de utilização: Independe de faixa etária, desde que as pessoas entendam
o significado de um grupo. Pode ser utilizada como dinâmica de grupo em cursos,
convenções.
Possibilidades (necessidades) de adaptação: Pode ser utilizada em grupos de convívio
mais permanente, ou em grupos em constituição. O momento mais adequado para a
aplicação da técnica deve ser analisado pelo animador.
Experiências já desenvolvidas: Utilizada pela primeira vez como dinâmica de grupo em
cursos de capacitação de animadores. Posteriormente foi realizada em diversas atividades
de grupo, em locais variados, incluindo acampamentos, clubes e hotéis.
Outras observações: O material documentado (fotos, áudio, vídeo) pode ser exibido
posteriormente aos participantes, inclusive para uma análise divertida do comportamento
de cada um no grupo.
Elaboração: MARCELLINO, N. C.
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R. Min. Educ. Fís., Viçosa, v. 10, n. 1, p. 210-237, 2002
Nome da atividade: CIBERLAZER, ou E – LAZER, ou WEBLAZER
Conceito: Exploração das possibilidades de lazer, em sites da Rede Mundial
de Computadores – Internet.
Descrição: Exploração individual ou em pequenos grupos, englobando sites de
hobbies, filmes, jogos on-line, literatura, museus, etc., ou seja, abarcando os
conteúdos culturais do lazer, ou dirigidos a faixas etárias e grupos de interesses
específicos.
Recursos necessários: Sala(s) com bancadas e monitores conectados à
Internet. Relação de sites. Animadores.
Montagem: As salas podem funcionar com livre acesso, ou por setores de
interesses específicos.
Funcionamento: Cada participante recebe uma relação de sites, por assuntos,
com indicações de uso, visando possibilitar a otimização do uso.
Possibilidades de utilização: Sem limites de faixa etária, desde que os
participantes tenham um mínimo de “iniciação” ao uso de computadores e do
funcionamento da Internet.
Possibilidades (necessidades) de adaptação: Pode ser usada como evento
específico, ou como parte de evento mais abrangente. Caso haja participantes
não “iniciados”, setores do evento poderão se incumbir da “iniciação”.
Experiências já desenvolvidas: Evento específico, dirigido a jovens, realizado
em Campinas-SP
Outras observações: Cada participante poderá deixar registrado, nas relações
de sites recebidas, seus sites “prediletos” e outras “dicas” de sites, ou de
otimização do uso, incrementando, assim, as próximas realizações.
Elaboração: MARCELLINO, N. C.
R. Min. Educ. Fís., Viçosa, v. 10, n. 1, p. 210-237, 2002
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Nome da atividade: PASSEIO DA ALEGRIA
Conceito: Passeio a pé, ou de bicicleta, com a inclusão de estações específicas,
onde os participantes poderão vivenciar ou assistir atividades variadas.
Descrição: Passeio a pé, ou de bicicleta, por trajeto interessante, dividido em
vários pontos de parada - estações, em cada um dos quais será proposta em
atividade específica.
Recursos necessários: Trajeto interessante, do ponto de vista histórico,
urbanístico, arquitetônico, sentimental, etc. - Animador coordenador Animadores em cada ponto de parada- estações – Recursos materiais e de
pessoal específicos, de acordo com a programação de cada parada - Som ou
megafone (dependendo da amplitude da atividade)- Batedores e sinalização
adequada, quando for realizada em vias públicas (nesse caso é necessário licença
do órgão competente de trânsito), ambulância ou equipe de primeiros-socorros.
Material de divulgação.
Montagem: Prepara-se o trajeto, tomando as providências requeridas para
cada tipo de passeio, montando-se a programação de cada estação. Divulga-se
a atividade (as estratégias dependerão da abrangência).
Funcionamento: Funciona como um passeio a pé, ou ciclístico tradicional,
iniciando-se por uma estação com uma apresentação ou vivência, prosseguindose pelo trajeto escolhido, que incluirá outras paradas, em estações com atividades
diferenciadas, como por exemplo aulas abertas de ginástica, shows de mágicos,
apresentações musicais, esportivas, etc.
Possibilidades de utilização: A idéia pode ser aplicada numa simples
caminhada, ou se constituir em evento mais elaborado.
Possibilidades (necessidades) de adaptação: Os trajetos e paradas deverão
estar de acordo com a faixa etária e as condições dos participantes. Pode ser
realizada como caminhada, em trajetos históricos, em que cada estação será
desenvolvida em espaço ou monumento importante, com a entrega de folheto
alusivo, ou explicação detalhada. Nesse caso, as apresentações e vivências
deverão estar de acordo com o significado do trajeto. Recomenda-se que, em
trajetos mais longos, a penúltima estação seja com uma apresentação musical
empolgante- samba, axé-music- que dite o ritmo do final do passeio. Nesse
caso, a última estação poderá incluir um lanche comunitário, ou a distribuição
de lanches. Pode ou não haver premiações.
Experiências já desenvolvidas: A primeira experiência vivenciada ocorreu
em Sorocaba-SP, em trabalho de lazer comunitário, desenvolvido conjuntamente
pelo SESC-SP e Prefeitura local. A primeira caminhada histórica foi vivenciada
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R. Min. Educ. Fís., Viçosa, v. 10, n. 1, p. 210-237, 2002
em Itu-SP, em trabalho de lazer comunitário, que visava a valorização do
patrimônio colonial, em promoção conjunta do SESC-SP e Prefeitura local.
Outras observações: Pode-se lançar um concurso fotográfico entre os
participantes do passeio, avisados com antecedência, e posteriormente montar
uma exposição temática, como forma de chamar a atenção para o tema - ecologia,
preservação histórica, etc. No caso de premiações, recomenda-se a nãoutilização de categorias que possam humilhar os participantes, como o mais
gordo, o mais baixo, etc.
Elaboração: MARCELLINO, N. C.
R. Min. Educ. Fís., Viçosa, v. 10, n. 1, p. 210-237, 2002
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Nome da atividade: EXPO VERDE, FEIRA DO VERDE
Conceito: Exposição e venda de plantas, com atividades correlatas.
Descrição: Exposição tradicional de plantas, com ou sem vendas, com atividades
correlatas, dentro da temática do verde, ou ecológica.
Recursos necessários: Grande espaço – de preferência parque ou jardim.
Expositores. Estandes ou barracas. Um animador para coordenação. Pelo menos
um animador para cada uma das atividades complementares. (materiais e
pessoal para as atividades complementares variarão de acordo com elas).
Material de divulgação. Material de sinalização. Ambulância ou equipe de
primeiros- socorros (para grandes eventos). Pessoal de apoio, para montagem,
manutenção e desmontagem.
Montagem: Convidam-se os expositores. As regras de funcionamento e
montagem são discutidas em reuniões específicas. Divulga-se a atividade.
Funcionamento: Com atividades fixas - exposição e venda de plantas, hospital
de plantas – onde os participante levarão suas plantas doentes para consulta,
exposições de filatelia, numismática, de artes plásticas, fotografia, etc. relativas
à temática, oficinas de jardinagem, de arte (com a temática específica). Especiais
- apresentações artísticas e esportivas relativas ao tema. Paralelas - cursos de
plantas para interiores, horticultura, minhocultura, etc., lançamento de concursos
fotográficos, de literatura, etc.
Possibilidades de utilização: Pode ser realizada como atividade específica
ou parte de evento de âmbito maior. O tempo de funcionamento varia de um
período a dias e semanas.
Possibilidades (necessidades) de adaptação: As adaptações deverão ser
feitas dependendo da amplitude da atividade.
Experiências já desenvolvidas: A primeira experiência ocorreu em SorocabaSP, em atividade de lazer comunitário desenvolvida pela Prefeitura local, em
conjunto com o SESC-SP. Já foi desenvolvida, em âmbito menor, em clubes.
Outras observações: Recomenda-se que as plantas sejam adquiridas
acompanhadas de folhetos que expliquem os cuidados que requerem. Quando
for parte de Políticas Públicas, dependendo do sucesso da atividade, poderá ser
incluída no calendário de eventos, da cidade.
Elaboração: MARCELLINO, N. C.
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R. Min. Educ. Fís., Viçosa, v. 10, n. 1, p. 210-237, 2002
Nome da atividade: INTERARTE CONTA..... MULTIARTE CONTA....
Conceito: Interação (Inter), ou reunião (Multi), de várias manifestações artísticas
em torno de um único tema.
Descrição: Reunião temporal e espacial de manifestações artísticas variadas
(cinema, música, teatro, fotografia, artes plásticas em geral, etc.), em torno de
um tema.
Recursos necessários: Equipamento específico médio e polivalente, ou espaço
adaptado. Um animador coordenador. Material de divulgação. Materiais e
pessoal, de acordo com a programação. Sistema de som.
Montagem: Elege-se um tema e, a partir dele, é elaborado projeto específico,
em que se pesquisam as manifestações artísticas disponíveis relativas a ele,
para contá-lo.
Funcionamento: A programação é montada com atividades fixas, especiais e
paralelas, podendo abranger de um período do dia até semanas. Envolve mostras
de cinema (curtas e longas), apresentações musicais, teatrais, exposições,
oficinas, palestras e mesas-redondas, etc., todas relacionadas à temática.
Possibilidades de utilização: Pode-se constituir em atividade específica ou
fazer parte de uma programação mais abrangente.
Possibilidades (necessidades) de adaptação: Dependerão da amplitude da
atividade e da programação.
Experiências já desenvolvidas: A primeira experiência foi vivenciada no
SESC-Campinas, com os projetos Interarte conta Memória Cultural, Interarte
conta Trabalho e Interarte conta Ecologia. A partir daí a atividade foi adaptada
e desenvolvida em diversas programações de Prefeituras Municipais e Clubes.
Outras observações: O nome é uma homenagem às memoráveis montagens
do Teatro de Arena-SP, como Arena conta... Zumbi, Tiradentes, etc. Presta-se
à comemoração de datas – dia da árvore, do índio, do trabalho, semanas variadas,
etc. Engloba coquetéis de lançamento das exposições, de livros, etc. Pode-se
fazer publicação específica, de apoio, incluindo resumo das palestras e mesasredondas, críticas dos filmes, das peças, informações sobre os artistas
participantes e sobre a temática, etc.
Elaboração: MARCELLINO, N. C.
R. Min. Educ. Fís., Viçosa, v. 10, n. 1, p. 210-237, 2002
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TOMADA DE DECISÕES
Para a tomada de decisões, na elaboração de projetos, uso a Teoria
Sociológica da Decisão, baseada em quatro ordens de considerações:
VALORES
(critérios de melhoria)
SITUAÇÃO
(conhecimento do meio e das necessidades)
OBJETIVOS E MEIOS
(programas e recursos)
RESULTADOS
(respostas às necessidades)
(baseado em DUMAZEDIER, J. Planejamento do lazer no Brasil: a teoria
sociológica da decisão - SESC - São Paulo, 1980)
SITUAÇÃO - Levantamento detalhado, incluindo:
1.
2.
3.
4.
5.
6.
Lideranças (formais e não-formais)
Grupos para monitoria
Atrações para apresentações
Artistas e artesãos
Escolas
Recursos humanos do local onde será realizada a atividade (de apoio e
técnicos)
7. Material disponível no local onde será realizada a atividade
8. “Croquis” do local onde será realizada a atividade
9. Perfil dos freqüentadores do local
10.Perfil da utilização do local
VALORES (democratização cultural)
Leva em conta as limitações estruturais, mas crê na especificidade
da ação no plano cultural como um dos instrumentos de mudança.
- participação popular;
- minimização das barreiras (socioeconômicas, gênero, faixa etária, estereótipos,
equipamentos, etc.);
- otimização do uso dos equipamentos específicos e utilização de equipamentos
não-específicos, devidamente adaptados;
- diversificação de conteúdos - procurando atender aos seis “interesses” culturais
do lazer;
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R. Min. Educ. Fís., Viçosa, v. 10, n. 1, p. 210-237, 2002
- elevação de níveis, tanto no gênero da prática, como da fruição ou consumo,
quanto no do conhecimento.
Finalmente, é importante que para cada atividade tenhamos um projeto
que nos permita planejar, executar, avaliar e documentar a nossa ação. Proponho
os seguintes itens:
Projeto (nome da atividade)
Data e horário
Local
Promoção
Colaboração
Objetivos
Descrição da atividade (incluindo a programação)
Programação
Atividades fixas ou permanentes
Atividades específicas
Atividades paralelas
Objeto (tipo de público a ser atingido)
Metas (quantificação do público a ser atingido)
Recursos físicos ou instalações
Materiais humanos
Cronograma (Período e Procedimentos - passos para a execução da atividade)
Avaliação
FUNCIONAMENTO DE COMISSÕES
Na operacionalização de projetos, é importante que o grupo de trabalho
funcione em comissões, as quais devem ser formadas de acordo com as
características de cada evento.
As três principais são: coordenação, material e divulgação.
COMISSÃO DE COORDENAÇÃO - ATRIBUIÇÕES
- Levantamento de dados sobre a comunidade: locais em que os programas
podem ser realizados; recursos comunitários a serem mobilizados; lideranças
existentes nas diversas áreas culturais; datas mais adequadas para a realização
de programas.
R. Min. Educ. Fís., Viçosa, v. 10, n. 1, p. 210-237, 2002
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- Execução do plano geral de atividades, estabelecimento dos objetivos
específicos de cada atividade; estabelecimento dos critérios de avaliação; contato
com profissionais que possam orientar atividades específicas.
- Reuniões de orientação para a formação das demais comissões; detalhamento
das tarefas de cada comissão.
- Recrutamento e realização de reuniões com os voluntários para “monitoria”
das atividades.
- Supervisão do andamento das atividades; execução dos ajustes necessários;
adaptações de local; obtenção de alvarás; solicitação de policiamento; obtenção
de transporte; providências para socorro de eventuais casos graves (ambulânciahospital).
- Recepção dos monitores, entrega de crachás e encaminhamento para comissão
de material - para isso pode ser montada uma equipe específica.
- Obtenção de recursos financeiros, se necessários, e fiscalização de sua
utilização.
- Supervisão do desenvolvimento das atividades, verificando seu andamento,
providenciando alterações de urgência e observando o desempenho dos
monitores. Para isso, pode ser montada equipe específica.
- Coordenação da avaliação geral ao fim do programa; elaboração de relatório
de avaliação e de projeto de continuidade das atividades.
COMISSÃO DE MATERIAL - ATRIBUIÇÕES
- Coleta de material na comunidade, através de doação ou empréstimo.
- Obtenção de som e palco, quando necessário.
- Compra do material necessário, não obtido por doação ou empréstimo.
- Obtenção de caixa de primeiros – socorros.
- Confecção de materiais e de equipamentos necessários.
- Separação do material por atividade.
- Guarda do material durante o período de preparação da atividade.
- Providenciar os crachás dos monitores e da coordenação.
- Transporte do material até o local do evento e sua distribuição pelas várias
atividades.
- Recolhimento do material, no horário previsto, feito junto com monitores de
atividades.
- Devolução do material obtido por empréstimo, no final da atividade, e destinação
do material adquirido ou doado.
- Balanço, após a recreação, do material utilizado, anotando eventuais excessos
ou faltas.
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R. Min. Educ. Fís., Viçosa, v. 10, n. 1, p. 210-237, 2002
COMISSÃO DE DIVULGAÇÃO - ATRIBUIÇÕES
- Elaboração de informes sobre a atividade, bem como do material de divulgação
(circulares, cartazes, folhetos, faixas).
- Contatos com autoridade locais, lideranças culturais, empresários e dirigentes
de entidades, para informação e solicitação de apoio (incluindo patrocínio para
confecção do material de divulgação).
- Contatos com meios de divulgação locais (jornais, revistas, rádio) - preparar
material próprio para essa finalidade.
- Contatos com moradores das proximidades do local da atividade, para esclarecêlos e convidá-los.
- Visitas a escolas, para divulgação entre os alunos.
- Distribuição do material de divulgação, principalmente em locais de grande
concentração pública.
- Elaboração do “croqui” do evento.
- Sinalização do local e decoração do ambiente.
- Recepção às autoridades e imprensa - preparar material próprio para essa
finalidade.
- Elaboração e envio de ofícios de agradecimento, após a realização da atividade.
- Elaboração e entrega dos certificados dos participantes.
- Coleta das notícias publicadas sobre a atividade.
R. Min. Educ. Fís., Viçosa, v. 10, n. 1, p. 210-237, 2002
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