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UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES
INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
UMA PEQUENA PROPRIEDADE URBANA-RURAL
Carla da Silva Magalhães
Prof. Francisco Carrera
Rio de Janeiro, 22 de agosto de 2010
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UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES
INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
UMA PEQUENA PROPRIEDADE URBANA-RURAL
OBJETIVOS:
Esta publicação atende a definição dos
recursos em insumos viáveis para o aproveitamento
produtivo
da
propriedade,
visando
ambiental.
CURSO GESTÃO AMBIENTAL
Carla da Silva Magalhães
a
gestão
3
AGRADECIMENTOS
A todos os autores, corpo docente do
Instituto A Vez do Mestre, ao professor
Francisco Carrera pela revisão dos textos, e
pelo auxílio na formatação. Aos alunos e
pessoas
que,
direta
e
indiretamente,
contribuíram para a confecção desse trabalho
acadêmico e sua constante atualização.
4
DEDICATÓRIA
Dedico esse livro a minha mãe
Sebastiana, no qual foi a razão para o
trabalho.
Também ao
Nilton, meu
namorado, parceiro e companheiro de
todas as horas, dando sempre apoio
que precisei.
Carla da Silva Magalhães
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RESUMO
A obra consiste em apresentar as razões que levam uma pequena
propriedade rural de uma localidade itaguaiense, onde o fenômeno mais
habitual é abrir falência, colocar à venda ou seu abondono; tendo como
sugestão, a recuperação de algumas técnicas básicas de gestão ambiental, na
qual observaremos sua evolução neste projeto proposto para revitalização do
bairro.
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METODOLOGIA
O projeto tem por finalidade, descobrir a verdadeira causa através
de questões observadas em seu ambiente real, onde variáveis serão testadas
em determinadas hipóteses, para se chegar um procedimento correto ou
razoável de funcionamento produtivo e eficaz no empreendimento.
Terá como meta o levantamento real da problematização do
objeto em análise, sítio improdutivo, através de coleta de dados de alguns
fenômenos, mensurando seus resultados, elaborando determinadas hipóteses,
bem como apuração de variáveis hipotéticas, avaliação novamente dos dados
e produção do projeto inicial para o acompanhamento de sua evolução.
Inclusive apontaremos outros casos semelhantes de outros
lugares, onde apresentavam o mesmo quadro de improdutividade em
decorrencia desses mesmos fatores que a região e a do município, nos quais
houveram a recuperação como do quadro estudado.
De acordo com os dados levantados e trabalhos realizados,
queremos demonstrar que o projeto tem como engajamento, uma Pesquisa
Explicativa demonstrando os fatores que contribuem para a formação deste
quadro corriqueiro na região e município.
O estudo para o desenvolvimento do tema proposto, buscará
informações na estrutura, funcionamento, gerenciamento, marketing, inclusive
no contexto da relação com a região local que serão analisados no aspecto da
Gestão Ambiental.
Os dados que servirão também de subsídios serão: através de
pesquisas na internet, entrevistas elaboradas pela graduanda de forma padrão
para alguns sitiantes da redondeza, experimentos na aplicação de novas
técnicas ambientais para recuperar e aumentar a produção, leitura de
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períodicos na área rural específica, impressos diversos, vitas de vídeo sobre o
assunto, a própria graduanda fazendo o trabalho de campo, fotos antes e
depois de aplicação das novas técnicas empregadas para remodelação do
quadro apresentado no empreendimento do estudo.
Após esta coletagem dos dados serão analisados de forma
comparativista, ou seja, antes e depois da aplicação de novas técnicas de
gestão num período de dois meses, logo adiante será realizado um registro do
relatório em papel, no qual demonstrará um panorama geral da situação do
objeto analisado.
Com esta radiografia teremos condições de chegarmos a
conclusão de nosso trabalho para a contribução de uma boa Gestão Ambiental,
atendo os aspectos: social, econômico, financeiro, ambiental, trabalhista, civil,
enfim, uma boa parte das áreas humana e social em que uma sociedade
moderna exige.
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO
09
CAPITULO I
11
RADIOGRAFIA DA PROPRIEDADE
11
CAPITULO II
16
LOCALIZAÇÃO E ORIGEM DO MUNICÍPIO
16
LOCALIZAÇÃO DO MUNICÍPIO
ORIGEM DO MUNICÍPIO
16
17
CAPÍTULO III
26
METODOLOGIA CIENTIFICA
26
MENSURAÇÃO DOS DADOS
26
ELABORAÇÃO HIPOTÉTICA COM OS DADOS
27
TESTE DAS VARIÁVEIS
32
REAVALIAÇÃO DOS DADOS
38
EXEMPLOS DE CASOS
40
CONCLUSÃO
40
ANEXOS
45
9
INTRODUÇÃO
O Projeto de Pesquisa foi escolhido por razões práticas, onde
este tema exposto tem como finalidade imediata, através de nosso objeto em
análise, apresentar pontos bem característicos que ocorrem com frenquencia
na região, como, por que a má gestão ambiental no local, cuja a grande maioria
estão abrindo falência, e consequentemente, ocorrendo o êxido rural urbano
para a metrópole do Rio ou dos municípios vizinhos; os quais acreditam que
apresentam melhores condições de infra-estruturas, oportunidades de emprego
e segurança para a população de baixa e média rendas.
A
especulação
imobiliária
tem
influenciado
também
em
decorrencia do Arco Metropolitano que cortará o bairro, logo o município de
Itaguaí.
Com a apresentação dos problemas do objeto em estudo, que se
assemelham em muito aos casos da vizinhança, queremos contribuir através
desta pesquisa, fornecer uma radiografia da comunidade local para a
possibilidade, junto com o nosso referencial, reverterem de forma global, seus
empreendimentos dentro de uma gestão ambiental equilibrada, de baixo custo,
servindo como futuros subisídios para estudos melhores sobre o assunto.
Com grande possibilidade de alçance em maior número de
pessoas de pequeno e grande poderes aquisitivos e, inclusive, com pouco
esclarecimentos ambientais; como ficará demonstrado no decorrer do trabalho
com os capítulos, dando talvez, uma grande contribuição na ordem social,
economica e financeira para os pequenos e médios agricultores, bem como
aos sitiantes da redondeza, trazendo para grande maioria a dignidade que
todos almejam.
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Abraçamos esta causa, onde a dignissíssima instituição na qual
fazemos parte, poderá, ao seu critério, aperfeiçoar este humilde trabalho,
servindo como subsídio a outras comunidades que venham apresentar o
mesmo quadro deficitário em outras regiões fluminenses ou até em outros
Estados, de forma adaptável.
Na expectativa deste trabalho, ao final alcançarmos suas metas
para atender ao maior número de pessoas, dos mais variáveis níveis sociais e
econômicos da região, esperamos sermos felizes nesta obra.
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CAPITULO I
RADIOGRAFIA DA PROPRIEDADE
O RETRATO
Trata-se uma pequena propriedade urbana-rural decadente, onde
o desafio será transformá-la em uma propriedade produtiva, eficiente e eficaz
dentro de uma gestão ambiental.
Tendo
como
marco,
sua
radiografia
da
situação
atual,
demonstrando suas falhas e principalmente seus problemas de manutenção,
gerenciamento e marketing através da coletas de dados.
No desenvolver do trabalho procura-se apontar as
seus acertos,
falhas e
depois marcar estratégias de efetuação de plano para
execução do mesmo nas correções, onde haverá a reavaliação do progresso
da aplicação do trabalho.
A propriedade urbana-rural, objeto de estudo, pertence a genitora
, a 2 km de
da graduanda, localizado no Município de Itaguaí
distante
do Centro, cuja infra-estrutura administrativa-sócio-política é
média, para atendimento razoável da população.
No bairro da região, constata-se em grande número, sitiantes
colocarem seus bens imóveis à venda, bem como o seu abandono.
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Pouquíssimas propriedades ainda resistem, a base do aluguel
para eventos em seus espaços, com razoável sucesso ou mantendo suas
criações de formas rudimentares.
Também constatamos a existencia do Rio Mazomba que corta o
bairro, onde a sua mata ciliar está desaparecendo e a cada dia está servindo
de rede de esgoto sem tratamento; entretanto, boa parte do bairro como do
Município não existem redes de esgotos e distribuição de água potável;
consequentemente, outras propriedades estão sendo desmembradas para
construirem alojamentos para peões de obras que trabalham perto da
localidade e região, agravando a situação.
Ressaltamos, que as águas do Rio Mazomba são desviadas pela
CEDAE-Companhia de Água e Esgoto do Estado do Rio de Janeiro para a
distribuição de água tratável à população do Município.
A aquisição deste sítio, objeto de estudo, foi adquirido em
decorrência da decadência, onde o seu antigo proprietário não era muito zeloso
pelo local.
Foi encontrado no solo muito lixo doméstico como: sacos
plásticos enterrados, garrafas de cerveja, animais roedores, grande quantidade
incalculável de mosquitos, entre outros.
A princípio observamos esta cultura descrita acima no bairro, ou seja,
sem opção de lazer para os moradores locais.
Citamos que boa parte dos moradores deste bairro são de classe média
à alta, com pequena concentração de baixa renda, onde esses são prestadores
de serviços à redondeza.
Buscando a causa da falência do sítio, coletamos os seguintes
dados:
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A moradora atual encontra a propriedade, bem marcada, dividida,
as instalações dos animais nas posições ideais para as criações, porém o que
foi constatado é que as tentativas pelo antigo proprietário em épocas de chuva,
para diminuir as invasões das enchentes foram frustadas; pois ocasionavam
vários problemas, como: excessiva friagem nas instalações dos animais, perda
das plantações, dificuldades de desenvolvimento do pomar; por causa disso, foi
construído um pequeno açude ao final do terreno para recolher as águas das
chuvas, porém sem sucesso; dificuldade de instalação telefônica, bem como
comunicação eletrônica virtual, ocasionando assim, o desânimo do antigo
morador, pois atualmente só existem uma operadora, não tendo portanto
concorrente.
Atual proprietária também apresenta algumas deficiencias, como:
controle financeiro bastante rudimentar; nenhum planejamento de marketing
para divulgação de seus produtos derivados de suas criações; gerenciamento
da propriedade bastante arcaica e doméstica, cuja a preocupação exclusiva é
manter em dia os pagamentos dos impostos e taxas administrativas
estabelecidas pelos governos; esporádicas contratações de profissionais
autônomos para a manutenção do sítio nos trabalhos externos; a falta de
controle dos cachorros para evitar a devoração dos ovos das criações durante
sua ausencia, pois a mesma tem a necessidade de trabalhar fora para honrar
com seus compromissos; compras de insumos e alimentos para as criações
sem abatimento nos custos por falta de pesquisa no mercado.
Contudo, destacando pontos positivos, como: o clima é úmido;
pouco distante do Centro de Itaguaí, ou seja, de 15 a 20 min de carro; a cidade
de apoio mais próxima, Santa Cruz, fica em torno de 30 a 40 min afastada do
Município; a região possui bastante água tanto aquífera quanto atmosférica; o
solo é escuro em tom preto com bastante material orgânico; há presença de
grande quantidade de animais silvestres; muita variedade de aves de pequeno
a grande portes; o sol é bastante regular e a topografia irregular, onde o sítio
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apresenta uma parte relativamente alta e outra bastante baixa, ocasionando
inundações até a metade deste, como fossem terrenos de baixada e de várzea,
onde a maioria das culturas não toleram terrenos úmidos demais, encharcados;
a vizinhança é bastante solícita; a rede elétrica está de acordo com os padrões
de uma cidade; construção do Arco Metropolitano que cortará o bairro e,
proibições administrativas na localidade que não deixam material de
construção em frente aos terrenos e propriedades forma desleixada.
Sendo o solo bom, não possui muitas pedras abaixo da superfície,
tendo como característica: grandes árvores altas e bem formadas na região.
Além disso, podemos indicar outros indicadores: solos profundos e férteis,
como: a presença do capim alto viçoso e plantinhas rasteiras quase que de
horta,
ralha
que
só
dá
em
solos
ricos
em
matéria
orgânica.
Na propriedade, na questão água, possui um poço semi-artesiano
(menos profundo, em que a água é encontrada antes do lençol freático, a
pressão é menor, e aí é necessário instalar uma bomba), bem como água
encanada.
Entretanto, na avaliação da água bombeada é um pouco barrenta,
todavia é de boa qualidade, porque na localidade existe bastante a presença
de sapos grandes, girinos, pequenos peixes, confirmando a qualidade da água.
Boa parte das plantas frutíferas se adaptam bem ao terreno,
frutificando-se regularmente em suas épocas previstas.
A infra-estrutura da casa é relativamente satisfatória, pois suas
acomodações são ventiladas de todas as direções durante o dia, bem como a
iluminação solar; porém constatamos a presença de infiltração com a absorção
da friagem da parte mais baixa do imóvel.
Verificamos também, a construção de sumidouros na área social,
bem como na parte de serviços para atender ao saneamento do imóvel;
entretanto, a posição desta infra-estrutura não atende as normas da
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Engenharia, como: a distância mínima entre a rede de esgoto (sumidouro) e a
do poço artesiano, por serem muito próximas poderão acarretar contaminação;
onde a proprietária atual achando prudente, providenciou a instalação de água
encanada, que ocorreu simultaneamente, quando uma pequena distribuição de
rede de água no bairro estava sendo feita na mesma época de sua mudança,
portanto aproveitando a oportunidade.
Incluimos a presença de uma dependencia destacada do imóvel
central, chamada quarto de material bastante depreciado, no qual tem por
finalidade a guarda de aparelhos de trabalho para a manutenção do sítio.
Ocorreram as instalações telefônica e da internet discador super,
sendo a última, não permitindo a banda larga em nenhuma situação, onde
depara-se com a limitação em determinados sites, mas dando a oportunidade à
proprietária de estar sintonizada com o mundo.
Diante
do
exposto,
iremos
voltar
ao
passado
para
compreendermos melhor o presente, em consequencias que ainda perduram
em nossos dias na cultura da localidade.
16
CAPITULO II
LOCALIZAÇÃO E ORIGEM DO MUNICÍPIO
I -A LOCALIZAÇÃO DO MUNICÍPIO DE ITAGUAÍ
O Município de Itaguaí localiza-se entre ao Sul e a Oeste, estando
a uma altitude de 13 metros, possui uma área de 277,6 km² e faz parte das
regiões da Baixada Fluminense e da Costa Verde: Distrito de Itaguaí, Coroa
Grande, Ilha da Madeira, Centro de Itaguaí, Ibituporangua, Chaperó.
Aniversário da cidade é em 5 de julho. Fundação 1818.
Tem uma dupla economia atualmente: por um lado é um dos
municípios mais pobres e com menor nível de capacitação profissional da
Região Metropolitana do Rio de Janeiro – funcionando como cidade dormitório
para pessoas que trabalham nos municípios vizinhos. Por outro lado, tem a
economia pulsante do Porto de Itaguaí que tende a ser o maior agregador
econômico e de empregos da região num futuro bem próximo.
Recentementee foi anunciada a construção de um Pólo
Siderúrgico na cidade, composto principalmente pela Companhia Siderúrgica
do Atlântico situada na cidade pela facilidade de escoamento pelo porto.
Uma série de outras indústrias do ramo de siderurgia vão ser
desenvolvidas na região.
Municípios limítrofes: Mangaratiba, Rio Claro, Piraí, Paracambi,
Seropédica e Rio de Janeiro.
Principal Rio: Itaguaí
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População: 93.662
Atividades econômicas: Agropecuária, Pesca, Portuária, Indústria
e Comércio.
Padroeiro: São Francisco Xavier.
Gentílico: Itaguaiense.
Dentre as obras realizadas para melhoria do transporte na região
é a duplicação da Rio-Santos que inclui três passagens inferiores, cinco
viadutos, alargamento de nove pontes e passarelas.
Itaguaí possuiu uma estação ferroviária, pertencente a linha
Central-Linha Itaguaí da Estrada de Ferro Central do Brasil. A estação esteve
ativa entre os anos de 1986 a 1990 quando a linha foi desativada. Com os
investimentos da Companhia Siderúrgica do Atlântico no distrito Industrial de
Santa Cruz estão previstos estudos para restabelecer esta linha de trem de
passageiros.
Também será beneficiada com as obras do Arco Rodoviário do
Rio de Janeiro, que vai ligar o Porto de Itaguaí ao trecho da BR101 em Itaboraí,
contornando à Baia de Guanabara.
II - A ORIGEM DO MUNICÍPIO DE ITAGUAÍ
O desbravamento do atual território de Itaguaí foi iniciado em
meados do século XVII, quando índios da Ilha de Jaguanum (na época
denominada Jaguaramenon) se transferiram para a Ilha de Itacuruça. Da ilha
mais tarde atravessaram para o Continente onde se fixaram entre os rios
Tinguaçu e Itaguaí. Nesse local chegaram mais tarde os missionários da
Companhia de Jesus para iniciar sua catequese.
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A origem do nome de Itaguaí seria a junção de duas palavras no
vocabulário Tupi: Ita = Pedra, e Guay = lago, ou seja, Lago entre Pedras. Outra
versão diz ainda que viria de Tagoahy, que quer dizer Tagoa = amarela e hy =
água, significando “água amarela” ou rio de água amarela. Significando a cor
amarelada de suas águas, em razão da argila em seu leito, donde viria o nome
Itaguaí.
Confirmando essa última versão, temos o aldeamento dos
jesuítas que chamava-se Taguay devido ao fato de os índios obterem água
potável de poços abertos em lugares argilosos (Taguá = barro, Y = água).
Essa aldeia foi instalada ao norte do Rio Itaguaí onde existia uma
demarcação do rio Piassuguera.
Foi construída uma igreja nesse aldeamento pelos jesuítas de
suas atividades, no entanto, começaram em junho de 1688.
Não existem outras informações desse período com exceção de
relatos dos viajantes que utilizavam o Caminho de São Paulo. Os jesuítas
mudaram-se para a Fazenda Santa Cruz para ficarem mais proximos do
oceano. Mudaram-se levando todos os habitantes do arraial.
Nesse novo local em 1718 foi iniciada a construção do novo
templo dedicado a São Francisco Xavier, que foi concluído em 1729. É a
mesma igreja que continua sendo a matriz de Itaguaí.
Com a expulsão dos jesuítas pelo Marquês de Pombal em 1755 a
aldeia ficou sem a sua escola e perdeu também a organização base do
aldeamento que era feita pelos jesuítas, mas o povoado subsistiu.
Itaguaí passou à categoria de Paróquia em 1795. A atividade
econômica de praticamente toda região costeira incluindo Itaguaí eram as
plantações de cana-de-açucar. Suas terras férteis proporcionaram uma vida
rural e comercial bastante vigorosa durante todo o século XIX.
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Itaguaí passou a condição de Vila em 5 de julho de 1818 com o
nome de Vila de São Francisco Xavier Itaguaí. Nesse período ainda lutava para
combater um dos problemas que havia existido desde o começo de sua
instalação: a febre palustre – a malária.
A região que compreendia essa vila era a freguesia de Marapicu,
o Ribeirão das Lajes e a Freguesia de Mangaratiba.
Consta que na sua ida para São Paulo onde proclamaria a
Independência do Brasil em 1822, D. Pedro I pernoitou em Itaguaí, já que esse
era o caminho utilizado normalmente para se ir a São Paulo.
Santa Cruz que pertencia a Itaguaí até 1833 foi então desligada
desta cidade e incorporada à cidade do Rio de Janeiro.
Em Itaguaí havia um canal onde eram embarcadas mercadorias e
produtos para o Rio de Janeiro. Em 1836 esse canal foi alargado e existe até
hoje ficando proximo da Estação Ferroviária.
Nascem em Itaguaí Quintino Bocaiúva – jornalista e político – em
1836 e o Barão de Teffé em 1837, militar e geógrafo.
Em 1844 foi fundada Seropédica cujo nome deriva da sericultura
– criação do bicho da seda. Foi o início da primeira Fábrica de Tecidos de Seda
do Brasil, tendo sido distrito de Itaguaí durante muitos anos do qual foi
emancipada em 1996.
Em 1847 foi construído o Chafariz, pequena construção que
abrigava uma fonte de água potável e que servia a todos os viajantes de
passagem por Itaguaí. O gracioso prédio pertence ao patrimônio histórico da
cidade nos dias de hoje.
Itaguaí ainda abrigou o nascimento de Luiz Norton Barreto Murat
em 1865, fundador da 1ª Cadeira de Academia Brasileira de Letras, grande
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paisagista de sua época. O proprietário rural Antônio Dina Pavão recebeu o
título em 1868 de Conde de Itaguaí.
Em 1870 foi pintado um quadro do Imperador D. Pedro II. Este
quadro do qual só existe um outro em Petrópolis no mesmo estilo, se encontra
na Câmara de Vereadores de Itaguaí.
Itaguaí já em 1880 estava ampliando suas atividades agrícolas e
exportava seus produtos. Produzia cereais, café, açucar, farinha e aguardente.
Uma das bibliotecas mais antigas do Brasil foi fundada em Itaguaí em 1880.
Nela constam livros doados por D. Pedro II e nesse período ela chegou a
possuir 2.500 livros.
O transporte de tração animal fazendo ligação entre Itaguaí e
Santa Cruz foi também inaugurado em 1880.
Com a região era inteiramente dedicada à agricultura e
dependente do trabalho escravo, com a abolição da escravatura a cidade
sofreu um grande abalo. Como os escravos partiram imediatamente após a
assinatura da Lei Áurea, os proprietários perderam sua colheitas, (além de ter
perdido o capital investido na compra desses escravos) já que não haviam
providenciado colonos para substituir os escravos.
Consta que Machado de Assis residiu pôr algum tempo na Casa
Verde, antiga Fazenda Santa Teresa e que lá escreveu parte de seu romance
Dom Casmurro.
Bidu Sayão, uma das maiores cantoras líricas do país, nasceu em
Itaguaí em 1902. Em 1910 foi construída a Estação Ferroviária de Itaguaí.
Conta um morador antigo que os usuários da “Maria Fumaça” fechavam suas
janelas ao passar por Itaguaí com medo da malária que ainda ocorria surtos na
região.
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Já em 1938 começou a ser construída a Universidade Rural do
Rio de Janeiro em Seropédica utilizando um dos prédios da antiga Fábrica de
Seda.
Em 1939 chegavam a Itaguaí os primeiros imigrantes japoneses.
Eles deixavam o estado de São Paulo vindo se instalar em Itaguaí e com seu
trabalho e conhecimento da agricultura incrementaram a lavoura nesse
território contribuindo para o saneamento das Áreas Agrícolas.
Após a guerra, em 1946, chegaram novos imigrantes a Itaguaí.
Em 1947 foi construída a Câmara de Vereadores de Itaguaí.
A cidade progrediu a partir dos anos 60 tornando-se um município
com características industriais. Em 1975 foi inaugurada a Nuclep, em 1976 a
Usina de Itaguaí, em 1987 foi iniciado o Programa Nacional de Petroquímica
para o período de 1987 a 1995. Atualmente esta sendo desevolvido o Projeto
do Porto de Sepetiba que visa transformar o atual porto no maior porto da
América Latina.
Moderno, dinâmico, ágil, de grandes capacidades, estrategicamente
num ponto singular do Continente Sul Americano, densamente produtivo,
localizado no mais importante entorno geo-exonômico. Em um raio de pouco
mais de 500 km estão situados os agentes produtivos responsáveis pela
formação de cerca de 70% do PIB brasileiro. É um porto singular entre os
portos brasileiros e latino-americanos. Com características físicas competitivas,
tem acesso marítimo para a receber navios de grande porte e de última
geração acima de 6.000 TEUs.
Outrossim, podemos destacar de outra fonte o surgimento dos primeiros
primeiros moradores da região, os índios. A catetização estabelecida pelos os
jesuítas que estabeleceram vilas, onde boa parte da exploração do extrativismo
da madeira Pau-Brasil saía do rio Itaguaí em direção ao mar, com destino a
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Inglaterra, que alguns trechos serão transcritos da obra do próprio Autor
Benedito Freitas, 1987, p.317-322.:
“...Santa Cruz fornecia 3 a 4 mil quintais de páubrasil, pagos pela Superintendencia da Fazenda na entrega
e com a cobertura financeira do Banco do Brasil.
O Visconde do Rio Seco nomeava para fiscais das
matas, senhores de engenho, esmerando-se no cuidado
com que escolhia tais colaboradores de confiança, dentre
os de maior responsabilidade e que demonstrassem jamais
se haverem envolvidos em contrabandos. Os vigias e
guardas desse serviço, estavam isentos do serviço militar.
Para fiscalizar o contrabando de páu-brasil, foram
criadas
patrulhas
que
se
revesavam,
com
ordens
terminantes para atacarem qualquer embarcação descendo
os rios rumo ao mar; a barra do rio Itaguaí foi, então
fortificada para reforçar a férrea vigilância do litoral....
Outra grande riqueza de Sepetiba e que sempre
recebeu, também, atenção prioritária das autoridades, o
mangue vermelho, mangue verdadeiro, cuja
predação
indiscriminada, foi severamente combatida. Abundante em
sua orla marítima, madeira de resistencia comprovada às
intempéries, teve seu corte proibido desde os tempos
coloniais. Outrossim, sua existencia torna-se mais e mais
benéfica, “em virtude de forte ramificação do seu sistema
radicular, retendo, assim, os seus sedimentos trazidos
quotidianamente pela maré e os que resultam da drenagem
do continente”. Além da estabilização das restingas,
oferece ele a importante e tríplice ação da conservação e
23
consolidação das margens dos rios, nas regiões próximas
da barra, manutenção da profundidade dos álveos,
evitando o aterro e o afloramento dos mesmos e na
garantia de uma fauna característica e importante para a
piscicultura.
Eficientemente medicamentoso, sua casca contendo
alto teor de tanino, ainda aplicada na indústria de corantes,
cujos sais de ferro proporcionam preciosa tinta preta,
contittue ótimo elemento para curtir peles. Para os índios,
indispensáveis regalo, transformando seus frutos em
disputada bebida de apreciado teor alcoólico e empregando
seu tanino, na eficiente terapêutica destinada a combater
diarréias
e
desinteriais,
como
sempre
na
moderna
farmacopéia. Seu tronco, duríssimo, muito empregado nas
construções por ser imune ao cupim e nos fornos
industriais, com bastante êxito, oferecendo alto grau de
calor.
Tão vigiada sua extração, que nas embocaduras dos
rios, existiam casas para os “Guardas dos Mangues” (ainda
em 1861 reconstruídas) e seu corte proibido pela Postura
de 17 de novembro de 1886 e até hoje em vigor, tem sido
abusivamente despresado, com a derruba sistemática, à
vontade, e sua venda como solicitado combustível.
Possuindo uma extensa faixa de várias dezenas de
quiômetros, o litoral sepetibano constitue riquíssima
reserva florestal e sua proteção, dever patriótico, a
vigilância rigorosa contra a extração sistemática do seu
abandono mangue:
24
NOTAS:
...
4 - ...O monopólio do páu-brasil pela Coroa terminou
em 1823 e o estanco de sua venda com a lei número
1.040, de 14 de setembro de 1859, quando, então, a
madeira deixou de ser considerada domínio do Estado,
continuando sob sua proteção quanto à conservação,
perpetuação
(reflorestamento,
replantio
de
espécies
valiosas ou raras). Muito influiu para o referido estanco, a
descoberta da anilina. ...
7 - Símbolo de nossa nacionalidade, o pau brasil foi
a primeira árvore plantada na Avenida Central (hoje Rio
Branco) no dia 22 de outubro de 1905, com a presença de
ministros, autoridades e grande número de populares. Os
troncos envoltos em fitas verde-amarelo seguras pelas
senhoras, banda de música e os aplausos de todos.
Verdadeiro culto a árvore.”
Com os dados explanados acima, verificamos que a natureza
predominante de Itaguaí desde sempre foi comercial, extrativista devido a sua
posição estratégica e turística, pois sua área possui lugares encantadores tanto
para os nativos quanto aos visitantes, contribuindo assim para o seu
desenvolvimento agrário, comercial e industrial.
Os elementos apresentados, vimos as características culturais marcante
do povo itaguaiense: agricultura, comércio, turismo e indústria.
Dando-nos condições de restabelecer análise do nosso objeto de
estudo, no qual boa parte dos sitiantes estão deixando suas características
25
básicas de moradores do interior que concentravam-se em grandes
propriedades fazendárias produtivas de alimentos, cujo no decorrer do tempo,
foram desmembradas em sítios nos quais persistiram no ramo; atualmente,
reedesmembradas em lotes menores para fins residenciais, pois a própria
Prefeitura considera a área como urbana, não mais rural. Destamos que ainda
persiste em grande maioria traços rurais.
Entretanto, aqueles que ainda mantem sua tradição não estão
acompanhando a evolução tecnologica do ramo rural, onde o pequeno e o
médio produtor está perdendo seu espaço.
26
CAPITULO III
METODOLOGIA CIENTÍFICA
Transcorrido o retrato da propriedade, bem como o levantamento
dos dados, poderemos a partir de agora, analisarmos com profundidade os
elementos contribuidores para o quadro atual, que no decorrer deste trabalho
será avaliado sua desenvoltura e reavaliação do processo.
I – MENSURAÇÃO DOS DADOS
Iremos dividir a propriedade em duas partes, denominadas a
seguir: os fundos serão a área de serviço, onde se encontram o pomar e o
pasto das criações; enquanto, a parte da frente - a área social - constitui a casa
e as instalações de apoio.
Situação Atual:
ÁREA DE SERVIÇO
Terreno – improdutivo, com matal e roedores;
Frutos – podres ou bichados;
Árvores – sem correta distribuição e seleção;
Instalações das criações na área de serviços – comprometidas pelas
infiltrações;
Açude – pequeno e ineficaz;
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Muro – necessidade de reparo;
Cerca divisória do terreno – necessidade de troca do material.
ÁREA SOCIAL
Muro frontal – necessidade de reparo;
Quarto de material – há necessidade de reparo total do bem;
Árvores – necessidade de eliminar, conservar e/ou tratamento;
Bem imóvel central – necessidade de reparos de manutenção;
Frutos – pequenos, de baixo valor e qualidade, visual não desejado;
Instalações da criação – necessidade provisória da reforma do galinheiro;
Produção de ovos – 15 por semana ( baixíssima);
Quantidade de animais de criação – 15 galinhas caipiras , 1 frango, 1 galo, 5
pintinhos, 1 casal de patos, 1 casal de perus caipira;
Quantidade de animais domésticos – 7 cachorros de raças distintas e 1 jabuti;
Mercadoria – apenas ovos comercializados;
Administração – doméstica;
Gerenciamento – doméstico;
Financeiro – investimento próprio, oriunda da verba de outro trabalho;
Econômico – inexistente;
Marketing – inexistente;
Trabalhista – solicitação de prestação de serviço por empreitada.
II - ELABORAÇÃO HIPOTÉTICA COM OS DADOS
28
Utilizaremos algumas variáveis para termos condições de análise
futura sobre a evolução do rendimento da infra-estrutura do objeto em estudo,
em relação ao quadro atual.
A primeira variável, denominada QUINTAL, representará: o
terreno, o pomar, o açude, instalações suínas na parte de serviço, o qual há
necessidade de limpeza total na retirada de resíduos sólidos e líquidos
prejudiciais à saude.
O terreno foi adquirido constando muito lixo doméstico, matagal,
animais
roedores,
inundação
em
época
de
chuvas
ocasionando
o
apodrecimento de algumas árvores e frutos, bem como árvores com
crescimentos comprometidos devido a falta de iluminação solar adequada,
acarrentando suas envergaduras e, por fim, a derrubada de algumas
instalações de criações ao final da propriedade por se tornarem inutilizadas
como dos chiqueiros.
AS ETAPAS:
1º) A limpeza ocorrerá da seguinte forma:
Será contratado um profissional autônomo, no qual terá a
finalidade de roçar toda a propriedade para termos uma visão panorâmica da
área de 4.000 m² a ser trabalhada, tendo a preocupação de manter as árvores
já plantadas.
Com a visualização, poderemos penerar o solo de maneira
gradativa para recolhermos e canalisarmos os resíduos indesejáveis da
propriedade.
2º) A seleção das árvores que permaneceram na propriedade,
tendo como critério: sua posição ideal, idade, porte, utilidade, estado de saúde
e produtividade.
29
Constatamos muitas árvores da mesma espécie, localizadas em
lugares indesejáveis, nos quais prejudicam inclusive a infra-estrutura da
propriedade, contendo parasitas em seu corpo, má formação devido a pouca
iluminação, ocasionando uma posição irregular da planta, distribuição do pomar
pouco simétrico, copas de árvores mau conservadas e ervas daninhas, logo a
necessidade de sua eliminação.
3º) O pequeno açude será ampliado com a finalidade principal do
recolhimento das águas das chuvas, aproveitando-se para a criação de
pequenos peixes no controle de mosquitos, onde será também, local disponível
para a presença de patos e aves silvestres da região.
Recomendamos para a higienização e qualidade do açude a
plantação em seu fundo, espécies de capim, por exemplo o quicuio, ou grama,
antes de enchê-lo para dar oxigenação ao lugar.
Ao redor deste, será criado um pequeno jardim com intuito de
proteção igual a mata ciliar de um rio.
4º) A construção de um galinheiro maior do lado oeste, tendo a
frente leste – sol diário, contendo ninhos suspensos em uma das partes da
lateral da estrutura em atendimento crescente da criação.
5º) Ao lado do galinheiro, instalar uma pequena estrutura de
lavatório para eventuais necessidades do proprietário, pois atualmente deslocase da área social para a área de serviço várias vezes.
6º) A construção de um novo sumidouro sustentável do lado do
terreno, oposto ao do açude, localizado em ponto estratégico, onde recolherá
todo o sistema de saneamento de esgoto da propriedade, onde hoje encontrase bem perto da casa.
CRIAÇÃO DE FOSSA SUBTERRÂNEA – Canteiro Biosséptico ou
Fossa de Bananeira (planta capaz de filtrar o líquido e fazer o trabalho de
30
absorção do material orgânico, sem danificar o solo ou vazar os dejetos para o
lençol freático). É forma de saneamento barato e eficiente.
7º) Todo material orgânico resultado da limpeza de manutenção
da variável QUINTAL, será destinado para adubo através de compostagem ou
utlização de serragem para cobertura das instalações das criações e horta.
PODA
DAS
ÁRVORES
armazenamento
de
lenha
para
cozimentos de alimentos no forno à lenha, bem como aquecimento da
residencia em época de frio;
8º) Destruição total das instalações suínas ao fundo do terreno,
onde a nova proprietária não tem intuito de iniciar um empreendimento deste
ramo.
Organizado e administrado a área de serviço, passaremos para a
área social, onde denominaremos a segunda variável de ESCRITÓRIO,
abrangendo: a casa, o galinheiro existente, o quarto de material, o jardim e a
parte burocrática.
ETAPAS:
a) Pintura na faixada do muro principal com cor forte para
destaque;
b) Reparos externos na casa, visando a valorização do imóvel e
marketing;
c) ENERGIA utilização de lâmpadas fluorescentes, trocar a telha
da varanda por telhas transparentes intercaladas;
d) Restauração do quarto de material que presta de apoio à
propriedade;
31
e) COLETA SELETIVA recolher em recipientes específicos de
vidro, papelão, metal e plástico para revenda em pontos de reciclagem na
redondenza;
f) Aquisição de um computador portátil para condições de se
estabelecer a administração;
g) Solicitação de linha telefônica e internet, acesso aos meios de
comunição;
h) Participar da associação rural do bairro ou da cidade;
i) Frequentar com regulariedade o Sindicato Rural da Cidade e se
integrar a Secretária de Agricultura de Itaguaí;
j) Buscar informações na EMATER-Empresa Assistência Técnica
Extensão Rural, em última instância à EMBRAPA-Empresa Brasileira de
Pesquisa Agrária, pois a primeira atende aos pequenos e médios agricultores
com seus agronômos qualificados gratuitamente; já a outra, no sistema similar,
aos empresários de grande porte- agropecuários-;
l) Existe um canal aberto informal à comunidade,
em que
a
Universidade Rural Federal do Rio de Janeiro em Seropédica, presta
orientação na área rural para pequenos e médios empreededores na gestão de
criação, porém os canais regulares são: os órgãos governamentais citados
anteriormente, podendo em uma escala maior de necessidade de assistencia
com a instituição, solicitar uma ação articulada entre a Universidade, Prefeitura,
Associação e sindicado, mediante autorização das instâncias competentes,
realizarem um trabalho coletivo para a mudança da situação da população local
tendo esta uma participação atuante e imprescindível;
k) Participar dos sites da Prefeitura e do SEBRAE na divulgação
do seu empreendimento gratuitamente por um certo período;
32
m) Fazer panfletagem do empreendimento nas áreas comerciais e
industriais da região, da divulgação dos seus produtos;
n) Resultado da PRODUÇÃO dos frutos, venda na própria
residencia e redondezas, inclusive com suco congelado; enquanto a produção
de ovos sendo vendidos tanto no local quanto por encomenda;
o)
Reuniões
sociais
na
propriedade,
proporcionando
oportunidades de divulgação do empreendimento;
p) Participar de curso de pequeno empreendedor no SEBRAE, via
on-line, livro ou presencial.
II – TESTE DAS VARIÁVEIS
Na variável QUINTAL foi recomendado a atual proprietária, a
necessidade de contratar um profissional autônomo para podar o seu pomar,
com a finalidade de vigorar seu desenvolvimento.
Com a primeira providencia da retirada das árvores que
comprometiam a estrutura da casa, do muro, das instalações das criações, do
poço, das espécies repetitivas que davam baixa produtividade, bem como
comprometidas em sua saúde, envergadas com o comprometimento da
segurança local.
A segunda providencia na variável QUINTAL foi observar a
simetria e o espaçamento correto de 3 m entre as árvores e espécies que se
adaptam bem na região.
Terceira providencia será o estudo de quais plantas serão
plantadas nos espaços vagos para a manutenção e/ou produção do sítio.
33
Encontrado e discutivo, a recomendação para a proprietária foi a
plantação de milho para o consumo interno das criações, inclusive para a
redução do custo da administração com a ração dos animais.
A plantação de uma pequena horta de tempero para consumo
interno, podendo no futuro ser comercializada para a redondeza.
A quarta providencia, nova tela mais resistente para a
demarcação da divisória do terreno, devido a presença de um número grande
de cachorros que rompe a estrutura.
Quinta providencia, será a transferencia da instalação do
galinheiro da área social para a área de serviço, que contem: 2 galos de raça
caipira, 15 galinhas, sendo de raças: caipira, ródia, polaca e a comum; um
casal de perus, um casal de patos.
A recomendação dada a proprietária seria a construção de uma
galinheiro grande contendo as seguintes especificações para acomodação
deste grupo, bem como para futuros animais:
Equipe de Avicultura/FZEA-USP
As instalações devem conter um pequeno galinheiro de alvenaria,
com terreno inclinado, com piso de cimento 20 cm acima do solo, situado em
local bem seco e protegido por valetas para evitar infiltrações em seu interior.
As duas cabeceiras e uma parede lateral deve ser fechada até ao telhado e a
outra lateral com a metade de cima de tela de arame.
O telhado pode ser de meia-água para maior economia de
material e a porta fica em uma das cabeceiras. Na lateral de tela deve haver
uma cortina de plástico para proteger o galinheiro, dos ventos, das chuvas e do
frio. Sobre o piso uma cama de maravalha fina, mas que poderia ser de sabugo
picado de milho ou outro material absorvente. Deve ser protegido dos ventos
dominantes na região e com a frente ou parte aberta para o nascente, para que
34
nele penetrasse o sol da manhã. Essas regras não são rígidas e podemos
construir o galinheiro com outros materiais e outras técnicas como telhas de
fibrocimento, terra batida; telas em mais de uma parede (desde que haja
cortinas para cobri-las quando necessário).
Comedouros:
Deve proporcionar um espaço linear de 2,5 cm para aves até 2
semanas; 4,5 cm para as de até 6 semanas: de 7,5 cm para as aves de 12
semanas em diante e de 15 cm para as poedeiras. São necessários
comedouros com espaço suficiente para todas as aves, para evitar a
competição pela comida.
A coleta dos ovos deve ser feita todos os dias e neles deve ser
escrita a data da postura. Quando uma galinha fica choca, devemos preparar
um ninho de palha, podendo a galinha chocar de 13 a 15 ovos, dependendo do
seu tamanho. A certa distância do ninho deve ser colocada, sempre, água e
comida. A eclosão se realiza em 21 dias, nascendo os pintinhos que devem
ficar no ninho até que toda a ninhada haja nascido. Após, serão levados junto
com a galinha, pra um galinheiro seco, de preferencia com uma cama de palha,
de sabugo de milho ou de maravalha fina, onde são soltos. Sobre uma tábua,
folha de jornal ou papel, colocamos um bebedouro e um pouco de quirera de
milho ou ração balanceada, para facilitar os pintinhos a ciscarem e a
descobrirem a comida. Depois de alguns dias, com o tempo bom, com sol, eles
já podem ser soltos.
Na questão de doenças, as aves bem alimentadas e com um
manejo correto são mais resistentes às doenças e a melhor é feita através de
vacinas, embora para algumas doenças das aves não existam vacinas, ou
apesar de existirem, tornam-se inviáveis para o pequeno produtor, pois só são
vendidas pelos fabricantes em grande quantidade e após serem abertas não
35
podem ser guardadas e reaproveitadas. Entretanto a tabela dos períodos de
aplicação, encontra-se no site Associação Brasileira dos Criadores de Aves.
A sexta providência, construção bem proxima do galinheiro, um
pequeno tanque para lavagem dos utensílios dos animais simples.
A sétima, a realização da construção do novo sumidouro mais ao
fundo do terreno, afastado do açude, da seguinte forma:
Foi criada nos Estados Unidos por Tom Watson e adaptada aqui
no Brasil. O caule da árvore que se alimenta da água que foi utilizada dentro de
casa, seja no banheiro, na cozinha ... Tudo fica num tanque construído debaixo
da terra, com tijolos, cimento e pneus.
A técnica não deixa a água suja ser despejada na natureza. Com
ela, alimentam-se a bananeira e a própria família, pois a fruta que nasce dela é
comestível.
MATERIAIS
Cimento; pneus; canos de PVC – canos para esgoto e canos mais
finos de 15 cm a 20 cm para ventilação; entulho (pedras, cerâmica quebradas,
restos de bambu etc); tela de galinheiro; grampos de metal; bananeiras; brita;
areia; manta de nylon.
MODO DE FAZER
Cave um buraco de 5 m de comprimento, 3m de largura e 1,5 m
de profundidade.
Cubra com uma mão de chapisco de cimento (três partes de areia
para um de cimento).
Grampeie a tela do galinheiro no tanque, após a aplicação da
primeira camada de cimento.
Logo após, aplique mais três camadas de chapisco de cimento.
36
Espere dois dias para a secagem completa do cimento.
Reserve pedaços de tubo de PVC de 15 cm a 20 cm, corte-os em
tamanhos de 2 m, 1,50 m, 1,25 m, 1 m e 80 cm (cano de escape), cubra as
duas extremidades com manta de nylon e reserve.
Acrescente um pouco de entulho ao fundo para alinhar os pneus e
criar um tubo. Para os pneus não saírem de posição, coloque entulhos como
apoio.
Desça o encanamento das privadas até o centro dos pneus.
Cubra quase totalmente os pneus com entulho, deixe aparecer
apenas 1 cm de pneu sobre a superfície.
Encaixe dois tubos de respiração com profundidades intercaladas.
Cubra com uma camada de 30 cm de brita, 10 cm de areia e o
restante preencha com terra.
Encaixe mais dois tubos de ventilação em alturas intercaladas.
Sobre a terra, plante as bananeiras.
Coloque o cano de escape na diagonal, apontando para fora do
tanque.
Última providência a COMPOSTAGEM aproveitamento dos
dejetos/exterco dos animais para adubação da horta;
IV – APURAÇÃO DAS VARIÁVEIS HIPOTÉTICAS
RESULTADO DA VARIÁVEL QUINTAL
1º) limpeza do terreno – acabou o lixo, os roedores e o matal;
37
2º) seleção de árvores – clareza da quantidade de árvores no pomar,
permanencia das árvores essenciais e saudáveis, desenvolvimento mais
acelerados de outras espécies que tinham pouca iluminação, aumento de
produtividade com qualidade dos frutos, melhor aproveitamento dos espaços;
3º) amplitude do açude – restabelecimento do solo, evitando as enchentes;
bem como a diminuição da concentração de mosquitos; a presença de aves
silvestres; frequencia da utilização do espaço pelos patos; o surgimento da
população de peixes.;
4º) galinheiro novo na área de serviço – deixou de haver disputa de espaço
entre aves; condições melhores de separação da espécie em estágios
diferentes de necessidade; facilidade de limpeza; melhor controle na
manutenção;
5º) construção do lavatório - redução de tempo de limpeza e manutenção na
parte de serviço do terreno, encurtando o percurso realizado pelo proprietário;
6º) construção de sumidouro sustentável - cessou o mau cheiro de metano aos
fundos da casa em épocas de calor; evitou da possiblidade de ocorrencia de
algum acidente tanto inflamável, quanto estrutural;
7º) resto de material orgânico – desenvolvimento melhor das plantas;
aquecimento e higienização das instalações das criações;
8º) destruição das instalações suínas – ganho de espaço no terreno.
RESULTADO DA VARIÁVEL ESCRITÓRIO
a) pintura da faixada do muro – valorização da imagem do imóvel;
b) reparos externos no imóvel – aumento da durabilidade externa do imóvel;
c) energia – redução de consumo;
d) reparos no quarto de material – aumento da vida útil do bem;
38
e) latas lixo seletivas para reciclagem – seleção de materiais diversos com
retorno financeiro;
f) computador para administração – melhor controle global do empreendimento;
g) requerer linha telefônica – instalada;
h) participação na associação rural – inexistente no local;
i) frequentar sindicado e Secretaria de Agricultura de Itaguaí – aproximação
mais gradativa;
j) assistencia da EMATER – inexistente, substituída pelo sindicato;
l) a possibilidade de um canal de apoio entre vários autores na elaboração de
projeto para atendimento a localidade – havendo uma proposta, entrará em
fase de estudo entre as autorizadas envolvidas. Hoje inexistente;
k) participação nos sites de algumas instituições – não inclusão imediata, por
ser o número ainda insuficiente de mão-de-obra para futuro aumento de
pedidos.
m) panfletagem – inexistente, apenas cartão de apresentação para
particulares;
n) venda de produção – existência de pedidos da produção frutífera e aviária;
o) reuniões sociais – sem grandes impactos;
p) profinalização no SEBRAE – aguardano a oportunidade.
VI – REAVALIAÇÃO DOS DADOS E PRODUÇÃO DO PROJETO INICIAL
VARIÁVEL QUINTAL
TERRENO – sujo X limpeza = visão e condições melhoraram;
39
ÁRVORES – tortas, doentes, baixa qualidade de frutos x poda = organização e
qualidade, produtividade aumentaram;
AÇUDE – pouca capacidade de recolher os excessos d´água x peixe,
capacidade aumentada = terreno equilibrado, sem enchentes;
GALINHEIRO – inexistente x amplitude de espaço = qualidade de vida para os
animais e maior produtividade;
LAVATÓRIO – inexistente x construção = conforto e praticidade para o
proprietário;
SUMIDOURO – inadequado aos padrões x maior, adequado = controle
sanitário e segurança;
MATERIAL ORGÂNICO – aproveitamento x reaproveitamento eficaz e
eficiente;
INSTALAÇÕES INUTILIZADAS – destruição das suínas x espaço = melhor
aproveitamento de área.
VARIÁVEL ESCRITÓRIO
MURO – sem reparo x reparo com pintura = valorização do bem;
REPAROS EXTERNOS – peças antigas preste a caírem x aumento da
durabilidade do material = valorização e preservação da faixada do imóvel;
ILUMINAÇÃO – necessidade de acender todas as lâmpadas x alguns cômodos
são necessários = baixo valor na conta de luz;
REPAROS NO QUARTO DE MATERIAL – deteriorização x aumento da vida
útil = conforto, segurança e valorização do bem.
LIXO – todo entregue ao caminhão da Prefeitura x seleção de material para
revenda em pontos de reciclagem, com retorno financeiro;
ADMINISTRAÇÃO – inexistente x computador, contabilidade poderá ser
tercerizada pelo sindicato = aperfeiçoamento do controle do empreendimento.
40
TELEFONE – inexistente x instalação = abre um canal de comunicação;
ASSOCIAÇÃO – inexistente x inexistente (sem divulgação pública);
SINDICATO e/ou SECRETARIA DE AGRICULTURA – inexistente x início de
contato = desconhecimento, pouco divulgação dos órgãos.
EMATER – incapacidade x inexistente = afastamento.
UNIVERSIDADE – sem acesso x possiblidade de acesso = possiblidade de
estudo futuro de uma articulação em conjunto entre os órgãos para elaboração
de um projeto;
MARKETING – inexistente x divulgação boca a boca, reuniões sociais =
propaganda tímida;
PRODUÇÃO – baixíssima x aumento e diversificação = mais oferta.
Diante dos dados analisados, experimentamos uma evolução do
processo por quase toda a sua integralidade, sendo em alguns vetores, não se
obteve a progresso desejado.
VII
–
EXEMPLOS
DE
SITIANTES
BEM
PROCEDIMENTOS SEMELHANTES
Encontra-se no site www.canaldoprodutor.com.br.
CONCLUSÃO
SUCEDIDOS
COM
41
De acordo com os dados levantados e apurados, inclusive no
contexto com relação a região local, podemos destacar que este trabalho
segue uma linha de Pesquisa Explicativa com intuito de demonstrar uma
orientação básica de Gestão Ambiental em atendimento a outras áreas que
envolvam qualquer empreendimento comercial ou doméstico na área urbanarural.
Boa parte deste quadro é por falta de divulgação dos serviços
oferecidos pelos órgão públicos, pouco conhecidos pela população, no qual
não desenvolve seus interesses, acreditando na inexistencia dos recursos.
Há especulação imobiliária no bairro, entretanto, boa parte dos
sitiantes gostam do lugar, por ser tranquilo, bucólico, próximo ao Centro, porém
não encontram incentivos, mesmo tendo apoio do órgão da Prefeitura,
relativamente superficial.
Este último, tendo uma infra-estrutura modelo, onde oferece à
população local toda a orientação necessária para abertura, manutenção e
amplitude de seu negócio rural, não é explorada pelos moradores totalmente,
por não saberem plenamente das ofertas desses recursos; muito menos da
existencia e os serviços divulgados pelo Sindicato Rural da cidade que boa
parte da população pesquisada sintou-se bastante interessada.
Concluimos que o fato maior da contribuição do quadro
apresentado, nada mais é do que, a falta de informação, e o interesse
articulado do povo em se reunir de forma organizada através das associações
de moradores ou reuniões religiosas, nas quais possam representar seus
interesses político-social-econômico.
Os canais legais existem e estão disponíveis à população
gratuitamente, bastando esta se organizar e revindicar seus direitos e de forma
42
pacífica, digna se integrando as instituições na busca e apoio de informações
coletivas ou individuais, caso necessite.
Não há motivos da população local passar por situações
desconfortáveis (improdutivas), pois a infra-estrutura básica existe, tendo
mercado e matéria-prima a todos.
Há possibilidade de surgir uma articulação entre vários atores
para um projeto de desenvolvimento de apoio para o pequeno e médio
produtores em áreas de pequeno porte, com a participação da Prefeitura,
Sindicato
Rural,
Associação
de
Moradores,
EMATER,
EMBRAPA,
Universidade Rural Federal do Rio de Janeiro, mas o principal ator é o produtor
que tenha o interesse de se manifestar para concretizar a idéia.
Também ressaltamos que a área estudada, é uma região ainda
ecologicamente bastante expressiva, aproximando de nossa corrente do
Ecologismo Político e Econômico Mundial, conjugado com a Teoria do Culto ao
Silvestre, pois a Natureza pode ser preservada, porém precisando do homem
para conservá-la, tendo o seu utilitarismo no desenvolvimento sustentável, no
qual visa atender as necessidades do presente sem comprometer a
possibilidade das gerações futuras em atenderem suas próprias necessidades.
É importante incluírmos a Educação Ambiental para todos,
conforme a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), como também
encontrada na Política Nacional de Educação Ambiental -
Lei 9795/99.
“Entende-se por Educação Ambiental os processos por meio dos quais o
indivíduo e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos,
habilidades, atitudes e competências voltadas para a conservação do meio
ambiente, bem do uso comum do povo, essencial à sadia qualidade de vida e
sustentabilidade” (Art1º). “A Educação Ambiental é um componente essencial e
permanente da Educação Nacional, devendo estar presente de forma
43
articulada, em todos os níveis e modalidades do processo educativo de caráter
formal e não formal” (Art. 2º)
Assim, estimular ou sensibilizar a população para se envolver na
formulação de estratégias em seu ambiente de forma mais consciente sem
perder sua visão de progresso sustentável.
Como grandes pensadores retratam essa idéia, transcrevemos:
“Em todos os seus sonhos mais belos o homem nunca soube inventar
coisa mais bela do que a natureza.”
Alphonse de Lamartins
“Um sistema político que assegure a efetiva participação dos cidadãos
no processo decisório; um sistema econômico capaz de gerar excedentes e
know-how técnico em bases confiáveis e constantes; um sistema social que
possa resolver as tensões causadas por um desenvolvimento não-equilibrado;
um sistema de produção que respeite a obrigação de preservar a base
ecológica
do
desenvolvimento;
um
sistema
tecnológico
que
busque
constantemente novas soluções e um sistema administrativo flexível capaz de
autocorrigir.”
Brundtland, 1991:70
BIBLIOGRAFIA
44
FREITAS, Benedito. Santa Cruz – Fazenda Jesuítica, Real, Imperial. Rio de
Janeiro: Vice Reino e Reinado, 1986. Vol. II: (1760-1821). Edições do Autor.
P451-567.
O Cooperativismo é a melhor solução para os pequenos. CRMV-Informativo
do Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro, Rio de
Janeiro, Ano XXII – Nº 225 – abril de 2010. Número Especial.
TAKOSSE, Dulcy de Oliveira. Empreendedor Rural – Criação de Galinha:
Caipira. Equipe de Avicultura/FZEA-USP, 5 de abr. 2010.
REVISTA GUIA RURAL.Meu Sítio. São Paulo.Editora Abril, 1991.
Para plantar bananeira. O Extra, Rio de Janeiro, 31 julh.2010.p.3, bela casa CAPA.
www.abcaves.com.br/Noticiaseartigos/noticias.html. Associação Brasileira dos
Criadores de Aves, 1-4 p., acessado em 05/04/2010.
www.achetudoeregiao.com/RJ/ITAGUAI.HTM. Ache Tudo sobre a Região,
Utilidade Publica Itaguaí RJ, acessado em 17/08/2010.
www.explorevale.com.br/costaverdedecarioca/itaguaihistoria.htm.
ITAGUAÍ,
Prefeitura de. Localização de Itaguaí História, 1-1p., acessado em 17/08/2010.
www.itaguai.rj.gov.br/porto.asp. Google, Panoramio – Photo of Porto de
Itaguaí, 1-1 p., acessado em 17/08/2010.
45
ANEXOS
Índice de anexos
Anexo 1 >> Conteúdo de revistas especializadas;
Anexo 2 >> Entrevistas;
Anexo 3 >> Reportagem;
Anexo 4 >> Questionário;
Anexo 5 >> Fotos.
46
ANEXO 1
REPRODUZINDO O MATERIAL
Jornal CRMV-Informativo do Conselho Regional de Medicina Veterinária
do Estado do Rio de Janeiro – Ano XXII - Nº 225 – abril de 2010
Capa
O cooperativismo é a melhor solução para os pequenos
Luiz Dias Kinuppe – Zootecnista
O cooperativismo é uma doutrina antiga com surgimento durante a revolução
industrial com argumentos fortes fundamentados que se conduzido de forma
correta podem ser uma ferramenta importante no meio rural para o
desenvolvimento de grupos de pequenos produtores.
O cooperativismo é uma filosofia de vida e modelo socioeconômico capaz de
unir pessoas com objetivos comuns visando sempre a prosperidade conjunta e
não individual. O objetivo não é lucro, mas o desenvolvimento do grupo e o
bem estar social, tendo como fundamentações a participação democrática,
solidariedade, independência e autonomia.
Uma realidade que não tem acontecido pois na maioria das vezes as
cooperativas se tornam empresas particulares onde o presidente que deveria
ser eleito pelo grupo de associados se torna dono da cooperativa aproveitando
as vantagens tributárias dessa organização ou quando que manter um disfarce
de cooperativismo convoca assembléias em horários estranhos como domingo
à noite a onde sempre seus projetos são aprovados pois os poucos que
participam da reunião são parentes e amigos com objetivo de utilizar a máquina
do cooperativismo para interesse próprio.
A participação dos associados é fundamental para o desenvolvimento das
cooperativas, mas o que vemos também é que com o descaso, falta de
participação, a mania de só criticar e a falta de conhecimento sobre os
fundamentos do Cooperativismo e o papel importante dos cooperados, geram
degeneração estrutural das cooperativas e os problemas sempre observados,
levando fatalmente à falência do sistema.
47
Para formar uma cooperativa é necessário que as peessoas interessadas
estejam conscientes dos seus objetivos. O cooperado deve estar ciente de sua
função de associado e usuário da sociedade. Organizado em comitês,
conselhos, núcleos ou comissões, ele deve contribuir da melhor maneira
possível em favor daquele que recebem a incumbência da administração da
empresa, para que todas as decisões sejam corretas e representativas da
vontade da maioria.
O cooperativismo pode dar certo, pois produtores com interesse de se
desenvolver podem se unir para através dessa organização fazer commpras e
comercializar seus produtos conseguindo sempre devido a escala de compra e
de produção que é peça fundamental no desenvolvimento do setor
agropeccuário tornar-se extremamente commpetitivos.
Mesmo com a série de desafios o cooperativismo agropecuário já se expandiu
por todo o território brasileiro e é o mais difundido e conhecido pela sociedade
participando de forma importante nas exportações, atuando de forma
representativa na balança comercial e, ao mesmo tempo, abastecendo o
mercado interno de produtos alimentícios.
O cooperativismo agropecuário pode oferecer, desde que bem estruturado,
uma série de serviços como assistencia técnica, armazenamento,
industrialização e comercialização dos produtos, até a assistencia social e
educcacional aos cooperados.
As cooperativas agropecuárias formam, hoje, o segmento economicamente
mais forte do cooperativismo brasileiro.
A concorrencia torna-se cada vez mais voraz e o mercado cada vez mais
competitivo e especiallizado. Só os eficientes vão ficar e os demais vão ser
extintos. Por isso mais do que nunca o cooperativismo é a principal forma para
que pequenos e médios produtores possam, juntos, sobreviver e evoluir,
gerando sistemas produtivos de qualidade, sustentáveis e eficientes.
48
ANEXO 3
REPORTAGEM
Jornal O Extra – Caderno Bela Casa – Rio, 31 de julho de 2010
Para plantar bananeira
Pé da fruta pode tratar a água suja utilizada em casa de forma simples e
barata
ANA CAROLINA DE SOUZA – No último sábado, o programa
“Caldeirão do Huck”, da TV Globo, mostrou que com
criatividade foi possível mudar a vida dos moradores de um
casa do
Parque
Roseiral,
em
Belford Roxo,
onde
o
saneamento é precário. Com uma solução simples e barata,
criu-se um sistema de tratamento de água usando apenas
pneus, tijolos, cimento, terra e bananeiras. Mas a família Silva,
que particular do “Lar doce lar”, não é a única que pode
desfrutar da invenção. Marcelo Rosennbaum, arquiteto da
atração, ensina a técnica que pretende levar a outras regiões,
beneficiando comunidades.
- Tendo um projeto para implementar essa técnica em favelas
do Rio de Janeiro e outras regiões carentes – diz o designer do
“Lar doce lar”, que explica: - É tudo muito simples, qualquer um
pode fazer. Um grupo de amigos pode se reunir num mutirão e
melhorar o saneamento de uma rua inteira, por exemplo.
O método ensinado por Marcelo Rosenbaum consiste em
construir uma fossa subterrânea, utilizando tijolos, cimento e
pneus para fazer um tanque e alimentar as bananeiras (planta
capaz de filtrar o líquido e fazer o trabalho de absorção do
49
material orgânico, sem danificar o solo ou vazar os dejetos para
o lençol freático) com a água utilizada da casa. Conhecido
como canteiro biosséptico ou fossa de bananeira.
- É uma forma de saneamento barata e bastante eficiente. É
incrível. Fiquei impressionado de ver como é simples. É uma
técnica que muda para sempre a vida de qualquer família que
vive em região carente – disse o apresentador Luciano Hulk.
Apesar de a árvore se alimentar da água suja da casa
(inclusive da usada no banheiro), a fruta que nasce da
bananeira utilizada nessa técnica é, sim, comestível.
50
ANEXO 4
QUESTIONÁRIO
1- Identificação:
__________________________________________________________
2- Idade: ___________________________ Data: ___________________
3- Localidade: _______________________________________________
4- Tempo de permanência: _____________________________________
5- Função no cargo/atividade: __________________________________
6- Há conhecimento de algumas técnicas em gestão ambiental.Quais:
__________________________________________________________
7- Alguma
vez
participou
de
curso
em
órgão
público
para
aperfeiçõamento. Quais: ____________________________________
8- Descrição da situação do período anterior sem o desejo da venda:
__________________________________________________________
__________________________________________________________
__________________________________________________________
9- Descrição da situação posterior ao desejo de colocar o bem à
venda:
__________________________________________________________
__________________________________________________________
__________________________________________________________
10-Conhece o Sindicato Rural da cidade e seus serviços: ___________
11-Conhece a Secretaria de Agricultura da Prefeitura e seus serviços:
51
ANEXO 5
FOTOS
Foto 1 - Mapa do Município de Itaguaí – Rio de Janeiro.
52
Foto 2 - Parte frontal da propriedade. À esquerda fica o quarto de
materiale à direita a casa.
Fotoa 3 - Meio da propriedade, onde se separa as áreas do social e do
serviço.
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