1 UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES INSTITUTO A VEZ DO MESTRE PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” UMA PEQUENA PROPRIEDADE URBANA-RURAL Carla da Silva Magalhães Prof. Francisco Carrera Rio de Janeiro, 22 de agosto de 2010 2 UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES INSTITUTO A VEZ DO MESTRE PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” UMA PEQUENA PROPRIEDADE URBANA-RURAL OBJETIVOS: Esta publicação atende a definição dos recursos em insumos viáveis para o aproveitamento produtivo da propriedade, visando ambiental. CURSO GESTÃO AMBIENTAL Carla da Silva Magalhães a gestão 3 AGRADECIMENTOS A todos os autores, corpo docente do Instituto A Vez do Mestre, ao professor Francisco Carrera pela revisão dos textos, e pelo auxílio na formatação. Aos alunos e pessoas que, direta e indiretamente, contribuíram para a confecção desse trabalho acadêmico e sua constante atualização. 4 DEDICATÓRIA Dedico esse livro a minha mãe Sebastiana, no qual foi a razão para o trabalho. Também ao Nilton, meu namorado, parceiro e companheiro de todas as horas, dando sempre apoio que precisei. Carla da Silva Magalhães 5 RESUMO A obra consiste em apresentar as razões que levam uma pequena propriedade rural de uma localidade itaguaiense, onde o fenômeno mais habitual é abrir falência, colocar à venda ou seu abondono; tendo como sugestão, a recuperação de algumas técnicas básicas de gestão ambiental, na qual observaremos sua evolução neste projeto proposto para revitalização do bairro. 6 METODOLOGIA O projeto tem por finalidade, descobrir a verdadeira causa através de questões observadas em seu ambiente real, onde variáveis serão testadas em determinadas hipóteses, para se chegar um procedimento correto ou razoável de funcionamento produtivo e eficaz no empreendimento. Terá como meta o levantamento real da problematização do objeto em análise, sítio improdutivo, através de coleta de dados de alguns fenômenos, mensurando seus resultados, elaborando determinadas hipóteses, bem como apuração de variáveis hipotéticas, avaliação novamente dos dados e produção do projeto inicial para o acompanhamento de sua evolução. Inclusive apontaremos outros casos semelhantes de outros lugares, onde apresentavam o mesmo quadro de improdutividade em decorrencia desses mesmos fatores que a região e a do município, nos quais houveram a recuperação como do quadro estudado. De acordo com os dados levantados e trabalhos realizados, queremos demonstrar que o projeto tem como engajamento, uma Pesquisa Explicativa demonstrando os fatores que contribuem para a formação deste quadro corriqueiro na região e município. O estudo para o desenvolvimento do tema proposto, buscará informações na estrutura, funcionamento, gerenciamento, marketing, inclusive no contexto da relação com a região local que serão analisados no aspecto da Gestão Ambiental. Os dados que servirão também de subsídios serão: através de pesquisas na internet, entrevistas elaboradas pela graduanda de forma padrão para alguns sitiantes da redondeza, experimentos na aplicação de novas técnicas ambientais para recuperar e aumentar a produção, leitura de 7 períodicos na área rural específica, impressos diversos, vitas de vídeo sobre o assunto, a própria graduanda fazendo o trabalho de campo, fotos antes e depois de aplicação das novas técnicas empregadas para remodelação do quadro apresentado no empreendimento do estudo. Após esta coletagem dos dados serão analisados de forma comparativista, ou seja, antes e depois da aplicação de novas técnicas de gestão num período de dois meses, logo adiante será realizado um registro do relatório em papel, no qual demonstrará um panorama geral da situação do objeto analisado. Com esta radiografia teremos condições de chegarmos a conclusão de nosso trabalho para a contribução de uma boa Gestão Ambiental, atendo os aspectos: social, econômico, financeiro, ambiental, trabalhista, civil, enfim, uma boa parte das áreas humana e social em que uma sociedade moderna exige. 8 SUMÁRIO INTRODUÇÃO 09 CAPITULO I 11 RADIOGRAFIA DA PROPRIEDADE 11 CAPITULO II 16 LOCALIZAÇÃO E ORIGEM DO MUNICÍPIO 16 LOCALIZAÇÃO DO MUNICÍPIO ORIGEM DO MUNICÍPIO 16 17 CAPÍTULO III 26 METODOLOGIA CIENTIFICA 26 MENSURAÇÃO DOS DADOS 26 ELABORAÇÃO HIPOTÉTICA COM OS DADOS 27 TESTE DAS VARIÁVEIS 32 REAVALIAÇÃO DOS DADOS 38 EXEMPLOS DE CASOS 40 CONCLUSÃO 40 ANEXOS 45 9 INTRODUÇÃO O Projeto de Pesquisa foi escolhido por razões práticas, onde este tema exposto tem como finalidade imediata, através de nosso objeto em análise, apresentar pontos bem característicos que ocorrem com frenquencia na região, como, por que a má gestão ambiental no local, cuja a grande maioria estão abrindo falência, e consequentemente, ocorrendo o êxido rural urbano para a metrópole do Rio ou dos municípios vizinhos; os quais acreditam que apresentam melhores condições de infra-estruturas, oportunidades de emprego e segurança para a população de baixa e média rendas. A especulação imobiliária tem influenciado também em decorrencia do Arco Metropolitano que cortará o bairro, logo o município de Itaguaí. Com a apresentação dos problemas do objeto em estudo, que se assemelham em muito aos casos da vizinhança, queremos contribuir através desta pesquisa, fornecer uma radiografia da comunidade local para a possibilidade, junto com o nosso referencial, reverterem de forma global, seus empreendimentos dentro de uma gestão ambiental equilibrada, de baixo custo, servindo como futuros subisídios para estudos melhores sobre o assunto. Com grande possibilidade de alçance em maior número de pessoas de pequeno e grande poderes aquisitivos e, inclusive, com pouco esclarecimentos ambientais; como ficará demonstrado no decorrer do trabalho com os capítulos, dando talvez, uma grande contribuição na ordem social, economica e financeira para os pequenos e médios agricultores, bem como aos sitiantes da redondeza, trazendo para grande maioria a dignidade que todos almejam. 10 Abraçamos esta causa, onde a dignissíssima instituição na qual fazemos parte, poderá, ao seu critério, aperfeiçoar este humilde trabalho, servindo como subsídio a outras comunidades que venham apresentar o mesmo quadro deficitário em outras regiões fluminenses ou até em outros Estados, de forma adaptável. Na expectativa deste trabalho, ao final alcançarmos suas metas para atender ao maior número de pessoas, dos mais variáveis níveis sociais e econômicos da região, esperamos sermos felizes nesta obra. 11 CAPITULO I RADIOGRAFIA DA PROPRIEDADE O RETRATO Trata-se uma pequena propriedade urbana-rural decadente, onde o desafio será transformá-la em uma propriedade produtiva, eficiente e eficaz dentro de uma gestão ambiental. Tendo como marco, sua radiografia da situação atual, demonstrando suas falhas e principalmente seus problemas de manutenção, gerenciamento e marketing através da coletas de dados. No desenvolver do trabalho procura-se apontar as seus acertos, falhas e depois marcar estratégias de efetuação de plano para execução do mesmo nas correções, onde haverá a reavaliação do progresso da aplicação do trabalho. A propriedade urbana-rural, objeto de estudo, pertence a genitora , a 2 km de da graduanda, localizado no Município de Itaguaí distante do Centro, cuja infra-estrutura administrativa-sócio-política é média, para atendimento razoável da população. No bairro da região, constata-se em grande número, sitiantes colocarem seus bens imóveis à venda, bem como o seu abandono. 12 Pouquíssimas propriedades ainda resistem, a base do aluguel para eventos em seus espaços, com razoável sucesso ou mantendo suas criações de formas rudimentares. Também constatamos a existencia do Rio Mazomba que corta o bairro, onde a sua mata ciliar está desaparecendo e a cada dia está servindo de rede de esgoto sem tratamento; entretanto, boa parte do bairro como do Município não existem redes de esgotos e distribuição de água potável; consequentemente, outras propriedades estão sendo desmembradas para construirem alojamentos para peões de obras que trabalham perto da localidade e região, agravando a situação. Ressaltamos, que as águas do Rio Mazomba são desviadas pela CEDAE-Companhia de Água e Esgoto do Estado do Rio de Janeiro para a distribuição de água tratável à população do Município. A aquisição deste sítio, objeto de estudo, foi adquirido em decorrência da decadência, onde o seu antigo proprietário não era muito zeloso pelo local. Foi encontrado no solo muito lixo doméstico como: sacos plásticos enterrados, garrafas de cerveja, animais roedores, grande quantidade incalculável de mosquitos, entre outros. A princípio observamos esta cultura descrita acima no bairro, ou seja, sem opção de lazer para os moradores locais. Citamos que boa parte dos moradores deste bairro são de classe média à alta, com pequena concentração de baixa renda, onde esses são prestadores de serviços à redondeza. Buscando a causa da falência do sítio, coletamos os seguintes dados: 13 A moradora atual encontra a propriedade, bem marcada, dividida, as instalações dos animais nas posições ideais para as criações, porém o que foi constatado é que as tentativas pelo antigo proprietário em épocas de chuva, para diminuir as invasões das enchentes foram frustadas; pois ocasionavam vários problemas, como: excessiva friagem nas instalações dos animais, perda das plantações, dificuldades de desenvolvimento do pomar; por causa disso, foi construído um pequeno açude ao final do terreno para recolher as águas das chuvas, porém sem sucesso; dificuldade de instalação telefônica, bem como comunicação eletrônica virtual, ocasionando assim, o desânimo do antigo morador, pois atualmente só existem uma operadora, não tendo portanto concorrente. Atual proprietária também apresenta algumas deficiencias, como: controle financeiro bastante rudimentar; nenhum planejamento de marketing para divulgação de seus produtos derivados de suas criações; gerenciamento da propriedade bastante arcaica e doméstica, cuja a preocupação exclusiva é manter em dia os pagamentos dos impostos e taxas administrativas estabelecidas pelos governos; esporádicas contratações de profissionais autônomos para a manutenção do sítio nos trabalhos externos; a falta de controle dos cachorros para evitar a devoração dos ovos das criações durante sua ausencia, pois a mesma tem a necessidade de trabalhar fora para honrar com seus compromissos; compras de insumos e alimentos para as criações sem abatimento nos custos por falta de pesquisa no mercado. Contudo, destacando pontos positivos, como: o clima é úmido; pouco distante do Centro de Itaguaí, ou seja, de 15 a 20 min de carro; a cidade de apoio mais próxima, Santa Cruz, fica em torno de 30 a 40 min afastada do Município; a região possui bastante água tanto aquífera quanto atmosférica; o solo é escuro em tom preto com bastante material orgânico; há presença de grande quantidade de animais silvestres; muita variedade de aves de pequeno a grande portes; o sol é bastante regular e a topografia irregular, onde o sítio 14 apresenta uma parte relativamente alta e outra bastante baixa, ocasionando inundações até a metade deste, como fossem terrenos de baixada e de várzea, onde a maioria das culturas não toleram terrenos úmidos demais, encharcados; a vizinhança é bastante solícita; a rede elétrica está de acordo com os padrões de uma cidade; construção do Arco Metropolitano que cortará o bairro e, proibições administrativas na localidade que não deixam material de construção em frente aos terrenos e propriedades forma desleixada. Sendo o solo bom, não possui muitas pedras abaixo da superfície, tendo como característica: grandes árvores altas e bem formadas na região. Além disso, podemos indicar outros indicadores: solos profundos e férteis, como: a presença do capim alto viçoso e plantinhas rasteiras quase que de horta, ralha que só dá em solos ricos em matéria orgânica. Na propriedade, na questão água, possui um poço semi-artesiano (menos profundo, em que a água é encontrada antes do lençol freático, a pressão é menor, e aí é necessário instalar uma bomba), bem como água encanada. Entretanto, na avaliação da água bombeada é um pouco barrenta, todavia é de boa qualidade, porque na localidade existe bastante a presença de sapos grandes, girinos, pequenos peixes, confirmando a qualidade da água. Boa parte das plantas frutíferas se adaptam bem ao terreno, frutificando-se regularmente em suas épocas previstas. A infra-estrutura da casa é relativamente satisfatória, pois suas acomodações são ventiladas de todas as direções durante o dia, bem como a iluminação solar; porém constatamos a presença de infiltração com a absorção da friagem da parte mais baixa do imóvel. Verificamos também, a construção de sumidouros na área social, bem como na parte de serviços para atender ao saneamento do imóvel; entretanto, a posição desta infra-estrutura não atende as normas da 15 Engenharia, como: a distância mínima entre a rede de esgoto (sumidouro) e a do poço artesiano, por serem muito próximas poderão acarretar contaminação; onde a proprietária atual achando prudente, providenciou a instalação de água encanada, que ocorreu simultaneamente, quando uma pequena distribuição de rede de água no bairro estava sendo feita na mesma época de sua mudança, portanto aproveitando a oportunidade. Incluimos a presença de uma dependencia destacada do imóvel central, chamada quarto de material bastante depreciado, no qual tem por finalidade a guarda de aparelhos de trabalho para a manutenção do sítio. Ocorreram as instalações telefônica e da internet discador super, sendo a última, não permitindo a banda larga em nenhuma situação, onde depara-se com a limitação em determinados sites, mas dando a oportunidade à proprietária de estar sintonizada com o mundo. Diante do exposto, iremos voltar ao passado para compreendermos melhor o presente, em consequencias que ainda perduram em nossos dias na cultura da localidade. 16 CAPITULO II LOCALIZAÇÃO E ORIGEM DO MUNICÍPIO I -A LOCALIZAÇÃO DO MUNICÍPIO DE ITAGUAÍ O Município de Itaguaí localiza-se entre ao Sul e a Oeste, estando a uma altitude de 13 metros, possui uma área de 277,6 km² e faz parte das regiões da Baixada Fluminense e da Costa Verde: Distrito de Itaguaí, Coroa Grande, Ilha da Madeira, Centro de Itaguaí, Ibituporangua, Chaperó. Aniversário da cidade é em 5 de julho. Fundação 1818. Tem uma dupla economia atualmente: por um lado é um dos municípios mais pobres e com menor nível de capacitação profissional da Região Metropolitana do Rio de Janeiro – funcionando como cidade dormitório para pessoas que trabalham nos municípios vizinhos. Por outro lado, tem a economia pulsante do Porto de Itaguaí que tende a ser o maior agregador econômico e de empregos da região num futuro bem próximo. Recentementee foi anunciada a construção de um Pólo Siderúrgico na cidade, composto principalmente pela Companhia Siderúrgica do Atlântico situada na cidade pela facilidade de escoamento pelo porto. Uma série de outras indústrias do ramo de siderurgia vão ser desenvolvidas na região. Municípios limítrofes: Mangaratiba, Rio Claro, Piraí, Paracambi, Seropédica e Rio de Janeiro. Principal Rio: Itaguaí 17 População: 93.662 Atividades econômicas: Agropecuária, Pesca, Portuária, Indústria e Comércio. Padroeiro: São Francisco Xavier. Gentílico: Itaguaiense. Dentre as obras realizadas para melhoria do transporte na região é a duplicação da Rio-Santos que inclui três passagens inferiores, cinco viadutos, alargamento de nove pontes e passarelas. Itaguaí possuiu uma estação ferroviária, pertencente a linha Central-Linha Itaguaí da Estrada de Ferro Central do Brasil. A estação esteve ativa entre os anos de 1986 a 1990 quando a linha foi desativada. Com os investimentos da Companhia Siderúrgica do Atlântico no distrito Industrial de Santa Cruz estão previstos estudos para restabelecer esta linha de trem de passageiros. Também será beneficiada com as obras do Arco Rodoviário do Rio de Janeiro, que vai ligar o Porto de Itaguaí ao trecho da BR101 em Itaboraí, contornando à Baia de Guanabara. II - A ORIGEM DO MUNICÍPIO DE ITAGUAÍ O desbravamento do atual território de Itaguaí foi iniciado em meados do século XVII, quando índios da Ilha de Jaguanum (na época denominada Jaguaramenon) se transferiram para a Ilha de Itacuruça. Da ilha mais tarde atravessaram para o Continente onde se fixaram entre os rios Tinguaçu e Itaguaí. Nesse local chegaram mais tarde os missionários da Companhia de Jesus para iniciar sua catequese. 18 A origem do nome de Itaguaí seria a junção de duas palavras no vocabulário Tupi: Ita = Pedra, e Guay = lago, ou seja, Lago entre Pedras. Outra versão diz ainda que viria de Tagoahy, que quer dizer Tagoa = amarela e hy = água, significando “água amarela” ou rio de água amarela. Significando a cor amarelada de suas águas, em razão da argila em seu leito, donde viria o nome Itaguaí. Confirmando essa última versão, temos o aldeamento dos jesuítas que chamava-se Taguay devido ao fato de os índios obterem água potável de poços abertos em lugares argilosos (Taguá = barro, Y = água). Essa aldeia foi instalada ao norte do Rio Itaguaí onde existia uma demarcação do rio Piassuguera. Foi construída uma igreja nesse aldeamento pelos jesuítas de suas atividades, no entanto, começaram em junho de 1688. Não existem outras informações desse período com exceção de relatos dos viajantes que utilizavam o Caminho de São Paulo. Os jesuítas mudaram-se para a Fazenda Santa Cruz para ficarem mais proximos do oceano. Mudaram-se levando todos os habitantes do arraial. Nesse novo local em 1718 foi iniciada a construção do novo templo dedicado a São Francisco Xavier, que foi concluído em 1729. É a mesma igreja que continua sendo a matriz de Itaguaí. Com a expulsão dos jesuítas pelo Marquês de Pombal em 1755 a aldeia ficou sem a sua escola e perdeu também a organização base do aldeamento que era feita pelos jesuítas, mas o povoado subsistiu. Itaguaí passou à categoria de Paróquia em 1795. A atividade econômica de praticamente toda região costeira incluindo Itaguaí eram as plantações de cana-de-açucar. Suas terras férteis proporcionaram uma vida rural e comercial bastante vigorosa durante todo o século XIX. 19 Itaguaí passou a condição de Vila em 5 de julho de 1818 com o nome de Vila de São Francisco Xavier Itaguaí. Nesse período ainda lutava para combater um dos problemas que havia existido desde o começo de sua instalação: a febre palustre – a malária. A região que compreendia essa vila era a freguesia de Marapicu, o Ribeirão das Lajes e a Freguesia de Mangaratiba. Consta que na sua ida para São Paulo onde proclamaria a Independência do Brasil em 1822, D. Pedro I pernoitou em Itaguaí, já que esse era o caminho utilizado normalmente para se ir a São Paulo. Santa Cruz que pertencia a Itaguaí até 1833 foi então desligada desta cidade e incorporada à cidade do Rio de Janeiro. Em Itaguaí havia um canal onde eram embarcadas mercadorias e produtos para o Rio de Janeiro. Em 1836 esse canal foi alargado e existe até hoje ficando proximo da Estação Ferroviária. Nascem em Itaguaí Quintino Bocaiúva – jornalista e político – em 1836 e o Barão de Teffé em 1837, militar e geógrafo. Em 1844 foi fundada Seropédica cujo nome deriva da sericultura – criação do bicho da seda. Foi o início da primeira Fábrica de Tecidos de Seda do Brasil, tendo sido distrito de Itaguaí durante muitos anos do qual foi emancipada em 1996. Em 1847 foi construído o Chafariz, pequena construção que abrigava uma fonte de água potável e que servia a todos os viajantes de passagem por Itaguaí. O gracioso prédio pertence ao patrimônio histórico da cidade nos dias de hoje. Itaguaí ainda abrigou o nascimento de Luiz Norton Barreto Murat em 1865, fundador da 1ª Cadeira de Academia Brasileira de Letras, grande 20 paisagista de sua época. O proprietário rural Antônio Dina Pavão recebeu o título em 1868 de Conde de Itaguaí. Em 1870 foi pintado um quadro do Imperador D. Pedro II. Este quadro do qual só existe um outro em Petrópolis no mesmo estilo, se encontra na Câmara de Vereadores de Itaguaí. Itaguaí já em 1880 estava ampliando suas atividades agrícolas e exportava seus produtos. Produzia cereais, café, açucar, farinha e aguardente. Uma das bibliotecas mais antigas do Brasil foi fundada em Itaguaí em 1880. Nela constam livros doados por D. Pedro II e nesse período ela chegou a possuir 2.500 livros. O transporte de tração animal fazendo ligação entre Itaguaí e Santa Cruz foi também inaugurado em 1880. Com a região era inteiramente dedicada à agricultura e dependente do trabalho escravo, com a abolição da escravatura a cidade sofreu um grande abalo. Como os escravos partiram imediatamente após a assinatura da Lei Áurea, os proprietários perderam sua colheitas, (além de ter perdido o capital investido na compra desses escravos) já que não haviam providenciado colonos para substituir os escravos. Consta que Machado de Assis residiu pôr algum tempo na Casa Verde, antiga Fazenda Santa Teresa e que lá escreveu parte de seu romance Dom Casmurro. Bidu Sayão, uma das maiores cantoras líricas do país, nasceu em Itaguaí em 1902. Em 1910 foi construída a Estação Ferroviária de Itaguaí. Conta um morador antigo que os usuários da “Maria Fumaça” fechavam suas janelas ao passar por Itaguaí com medo da malária que ainda ocorria surtos na região. 21 Já em 1938 começou a ser construída a Universidade Rural do Rio de Janeiro em Seropédica utilizando um dos prédios da antiga Fábrica de Seda. Em 1939 chegavam a Itaguaí os primeiros imigrantes japoneses. Eles deixavam o estado de São Paulo vindo se instalar em Itaguaí e com seu trabalho e conhecimento da agricultura incrementaram a lavoura nesse território contribuindo para o saneamento das Áreas Agrícolas. Após a guerra, em 1946, chegaram novos imigrantes a Itaguaí. Em 1947 foi construída a Câmara de Vereadores de Itaguaí. A cidade progrediu a partir dos anos 60 tornando-se um município com características industriais. Em 1975 foi inaugurada a Nuclep, em 1976 a Usina de Itaguaí, em 1987 foi iniciado o Programa Nacional de Petroquímica para o período de 1987 a 1995. Atualmente esta sendo desevolvido o Projeto do Porto de Sepetiba que visa transformar o atual porto no maior porto da América Latina. Moderno, dinâmico, ágil, de grandes capacidades, estrategicamente num ponto singular do Continente Sul Americano, densamente produtivo, localizado no mais importante entorno geo-exonômico. Em um raio de pouco mais de 500 km estão situados os agentes produtivos responsáveis pela formação de cerca de 70% do PIB brasileiro. É um porto singular entre os portos brasileiros e latino-americanos. Com características físicas competitivas, tem acesso marítimo para a receber navios de grande porte e de última geração acima de 6.000 TEUs. Outrossim, podemos destacar de outra fonte o surgimento dos primeiros primeiros moradores da região, os índios. A catetização estabelecida pelos os jesuítas que estabeleceram vilas, onde boa parte da exploração do extrativismo da madeira Pau-Brasil saía do rio Itaguaí em direção ao mar, com destino a 22 Inglaterra, que alguns trechos serão transcritos da obra do próprio Autor Benedito Freitas, 1987, p.317-322.: “...Santa Cruz fornecia 3 a 4 mil quintais de páubrasil, pagos pela Superintendencia da Fazenda na entrega e com a cobertura financeira do Banco do Brasil. O Visconde do Rio Seco nomeava para fiscais das matas, senhores de engenho, esmerando-se no cuidado com que escolhia tais colaboradores de confiança, dentre os de maior responsabilidade e que demonstrassem jamais se haverem envolvidos em contrabandos. Os vigias e guardas desse serviço, estavam isentos do serviço militar. Para fiscalizar o contrabando de páu-brasil, foram criadas patrulhas que se revesavam, com ordens terminantes para atacarem qualquer embarcação descendo os rios rumo ao mar; a barra do rio Itaguaí foi, então fortificada para reforçar a férrea vigilância do litoral.... Outra grande riqueza de Sepetiba e que sempre recebeu, também, atenção prioritária das autoridades, o mangue vermelho, mangue verdadeiro, cuja predação indiscriminada, foi severamente combatida. Abundante em sua orla marítima, madeira de resistencia comprovada às intempéries, teve seu corte proibido desde os tempos coloniais. Outrossim, sua existencia torna-se mais e mais benéfica, “em virtude de forte ramificação do seu sistema radicular, retendo, assim, os seus sedimentos trazidos quotidianamente pela maré e os que resultam da drenagem do continente”. Além da estabilização das restingas, oferece ele a importante e tríplice ação da conservação e 23 consolidação das margens dos rios, nas regiões próximas da barra, manutenção da profundidade dos álveos, evitando o aterro e o afloramento dos mesmos e na garantia de uma fauna característica e importante para a piscicultura. Eficientemente medicamentoso, sua casca contendo alto teor de tanino, ainda aplicada na indústria de corantes, cujos sais de ferro proporcionam preciosa tinta preta, contittue ótimo elemento para curtir peles. Para os índios, indispensáveis regalo, transformando seus frutos em disputada bebida de apreciado teor alcoólico e empregando seu tanino, na eficiente terapêutica destinada a combater diarréias e desinteriais, como sempre na moderna farmacopéia. Seu tronco, duríssimo, muito empregado nas construções por ser imune ao cupim e nos fornos industriais, com bastante êxito, oferecendo alto grau de calor. Tão vigiada sua extração, que nas embocaduras dos rios, existiam casas para os “Guardas dos Mangues” (ainda em 1861 reconstruídas) e seu corte proibido pela Postura de 17 de novembro de 1886 e até hoje em vigor, tem sido abusivamente despresado, com a derruba sistemática, à vontade, e sua venda como solicitado combustível. Possuindo uma extensa faixa de várias dezenas de quiômetros, o litoral sepetibano constitue riquíssima reserva florestal e sua proteção, dever patriótico, a vigilância rigorosa contra a extração sistemática do seu abandono mangue: 24 NOTAS: ... 4 - ...O monopólio do páu-brasil pela Coroa terminou em 1823 e o estanco de sua venda com a lei número 1.040, de 14 de setembro de 1859, quando, então, a madeira deixou de ser considerada domínio do Estado, continuando sob sua proteção quanto à conservação, perpetuação (reflorestamento, replantio de espécies valiosas ou raras). Muito influiu para o referido estanco, a descoberta da anilina. ... 7 - Símbolo de nossa nacionalidade, o pau brasil foi a primeira árvore plantada na Avenida Central (hoje Rio Branco) no dia 22 de outubro de 1905, com a presença de ministros, autoridades e grande número de populares. Os troncos envoltos em fitas verde-amarelo seguras pelas senhoras, banda de música e os aplausos de todos. Verdadeiro culto a árvore.” Com os dados explanados acima, verificamos que a natureza predominante de Itaguaí desde sempre foi comercial, extrativista devido a sua posição estratégica e turística, pois sua área possui lugares encantadores tanto para os nativos quanto aos visitantes, contribuindo assim para o seu desenvolvimento agrário, comercial e industrial. Os elementos apresentados, vimos as características culturais marcante do povo itaguaiense: agricultura, comércio, turismo e indústria. Dando-nos condições de restabelecer análise do nosso objeto de estudo, no qual boa parte dos sitiantes estão deixando suas características 25 básicas de moradores do interior que concentravam-se em grandes propriedades fazendárias produtivas de alimentos, cujo no decorrer do tempo, foram desmembradas em sítios nos quais persistiram no ramo; atualmente, reedesmembradas em lotes menores para fins residenciais, pois a própria Prefeitura considera a área como urbana, não mais rural. Destamos que ainda persiste em grande maioria traços rurais. Entretanto, aqueles que ainda mantem sua tradição não estão acompanhando a evolução tecnologica do ramo rural, onde o pequeno e o médio produtor está perdendo seu espaço. 26 CAPITULO III METODOLOGIA CIENTÍFICA Transcorrido o retrato da propriedade, bem como o levantamento dos dados, poderemos a partir de agora, analisarmos com profundidade os elementos contribuidores para o quadro atual, que no decorrer deste trabalho será avaliado sua desenvoltura e reavaliação do processo. I – MENSURAÇÃO DOS DADOS Iremos dividir a propriedade em duas partes, denominadas a seguir: os fundos serão a área de serviço, onde se encontram o pomar e o pasto das criações; enquanto, a parte da frente - a área social - constitui a casa e as instalações de apoio. Situação Atual: ÁREA DE SERVIÇO Terreno – improdutivo, com matal e roedores; Frutos – podres ou bichados; Árvores – sem correta distribuição e seleção; Instalações das criações na área de serviços – comprometidas pelas infiltrações; Açude – pequeno e ineficaz; 27 Muro – necessidade de reparo; Cerca divisória do terreno – necessidade de troca do material. ÁREA SOCIAL Muro frontal – necessidade de reparo; Quarto de material – há necessidade de reparo total do bem; Árvores – necessidade de eliminar, conservar e/ou tratamento; Bem imóvel central – necessidade de reparos de manutenção; Frutos – pequenos, de baixo valor e qualidade, visual não desejado; Instalações da criação – necessidade provisória da reforma do galinheiro; Produção de ovos – 15 por semana ( baixíssima); Quantidade de animais de criação – 15 galinhas caipiras , 1 frango, 1 galo, 5 pintinhos, 1 casal de patos, 1 casal de perus caipira; Quantidade de animais domésticos – 7 cachorros de raças distintas e 1 jabuti; Mercadoria – apenas ovos comercializados; Administração – doméstica; Gerenciamento – doméstico; Financeiro – investimento próprio, oriunda da verba de outro trabalho; Econômico – inexistente; Marketing – inexistente; Trabalhista – solicitação de prestação de serviço por empreitada. II - ELABORAÇÃO HIPOTÉTICA COM OS DADOS 28 Utilizaremos algumas variáveis para termos condições de análise futura sobre a evolução do rendimento da infra-estrutura do objeto em estudo, em relação ao quadro atual. A primeira variável, denominada QUINTAL, representará: o terreno, o pomar, o açude, instalações suínas na parte de serviço, o qual há necessidade de limpeza total na retirada de resíduos sólidos e líquidos prejudiciais à saude. O terreno foi adquirido constando muito lixo doméstico, matagal, animais roedores, inundação em época de chuvas ocasionando o apodrecimento de algumas árvores e frutos, bem como árvores com crescimentos comprometidos devido a falta de iluminação solar adequada, acarrentando suas envergaduras e, por fim, a derrubada de algumas instalações de criações ao final da propriedade por se tornarem inutilizadas como dos chiqueiros. AS ETAPAS: 1º) A limpeza ocorrerá da seguinte forma: Será contratado um profissional autônomo, no qual terá a finalidade de roçar toda a propriedade para termos uma visão panorâmica da área de 4.000 m² a ser trabalhada, tendo a preocupação de manter as árvores já plantadas. Com a visualização, poderemos penerar o solo de maneira gradativa para recolhermos e canalisarmos os resíduos indesejáveis da propriedade. 2º) A seleção das árvores que permaneceram na propriedade, tendo como critério: sua posição ideal, idade, porte, utilidade, estado de saúde e produtividade. 29 Constatamos muitas árvores da mesma espécie, localizadas em lugares indesejáveis, nos quais prejudicam inclusive a infra-estrutura da propriedade, contendo parasitas em seu corpo, má formação devido a pouca iluminação, ocasionando uma posição irregular da planta, distribuição do pomar pouco simétrico, copas de árvores mau conservadas e ervas daninhas, logo a necessidade de sua eliminação. 3º) O pequeno açude será ampliado com a finalidade principal do recolhimento das águas das chuvas, aproveitando-se para a criação de pequenos peixes no controle de mosquitos, onde será também, local disponível para a presença de patos e aves silvestres da região. Recomendamos para a higienização e qualidade do açude a plantação em seu fundo, espécies de capim, por exemplo o quicuio, ou grama, antes de enchê-lo para dar oxigenação ao lugar. Ao redor deste, será criado um pequeno jardim com intuito de proteção igual a mata ciliar de um rio. 4º) A construção de um galinheiro maior do lado oeste, tendo a frente leste – sol diário, contendo ninhos suspensos em uma das partes da lateral da estrutura em atendimento crescente da criação. 5º) Ao lado do galinheiro, instalar uma pequena estrutura de lavatório para eventuais necessidades do proprietário, pois atualmente deslocase da área social para a área de serviço várias vezes. 6º) A construção de um novo sumidouro sustentável do lado do terreno, oposto ao do açude, localizado em ponto estratégico, onde recolherá todo o sistema de saneamento de esgoto da propriedade, onde hoje encontrase bem perto da casa. CRIAÇÃO DE FOSSA SUBTERRÂNEA – Canteiro Biosséptico ou Fossa de Bananeira (planta capaz de filtrar o líquido e fazer o trabalho de 30 absorção do material orgânico, sem danificar o solo ou vazar os dejetos para o lençol freático). É forma de saneamento barato e eficiente. 7º) Todo material orgânico resultado da limpeza de manutenção da variável QUINTAL, será destinado para adubo através de compostagem ou utlização de serragem para cobertura das instalações das criações e horta. PODA DAS ÁRVORES armazenamento de lenha para cozimentos de alimentos no forno à lenha, bem como aquecimento da residencia em época de frio; 8º) Destruição total das instalações suínas ao fundo do terreno, onde a nova proprietária não tem intuito de iniciar um empreendimento deste ramo. Organizado e administrado a área de serviço, passaremos para a área social, onde denominaremos a segunda variável de ESCRITÓRIO, abrangendo: a casa, o galinheiro existente, o quarto de material, o jardim e a parte burocrática. ETAPAS: a) Pintura na faixada do muro principal com cor forte para destaque; b) Reparos externos na casa, visando a valorização do imóvel e marketing; c) ENERGIA utilização de lâmpadas fluorescentes, trocar a telha da varanda por telhas transparentes intercaladas; d) Restauração do quarto de material que presta de apoio à propriedade; 31 e) COLETA SELETIVA recolher em recipientes específicos de vidro, papelão, metal e plástico para revenda em pontos de reciclagem na redondenza; f) Aquisição de um computador portátil para condições de se estabelecer a administração; g) Solicitação de linha telefônica e internet, acesso aos meios de comunição; h) Participar da associação rural do bairro ou da cidade; i) Frequentar com regulariedade o Sindicato Rural da Cidade e se integrar a Secretária de Agricultura de Itaguaí; j) Buscar informações na EMATER-Empresa Assistência Técnica Extensão Rural, em última instância à EMBRAPA-Empresa Brasileira de Pesquisa Agrária, pois a primeira atende aos pequenos e médios agricultores com seus agronômos qualificados gratuitamente; já a outra, no sistema similar, aos empresários de grande porte- agropecuários-; l) Existe um canal aberto informal à comunidade, em que a Universidade Rural Federal do Rio de Janeiro em Seropédica, presta orientação na área rural para pequenos e médios empreededores na gestão de criação, porém os canais regulares são: os órgãos governamentais citados anteriormente, podendo em uma escala maior de necessidade de assistencia com a instituição, solicitar uma ação articulada entre a Universidade, Prefeitura, Associação e sindicado, mediante autorização das instâncias competentes, realizarem um trabalho coletivo para a mudança da situação da população local tendo esta uma participação atuante e imprescindível; k) Participar dos sites da Prefeitura e do SEBRAE na divulgação do seu empreendimento gratuitamente por um certo período; 32 m) Fazer panfletagem do empreendimento nas áreas comerciais e industriais da região, da divulgação dos seus produtos; n) Resultado da PRODUÇÃO dos frutos, venda na própria residencia e redondezas, inclusive com suco congelado; enquanto a produção de ovos sendo vendidos tanto no local quanto por encomenda; o) Reuniões sociais na propriedade, proporcionando oportunidades de divulgação do empreendimento; p) Participar de curso de pequeno empreendedor no SEBRAE, via on-line, livro ou presencial. II – TESTE DAS VARIÁVEIS Na variável QUINTAL foi recomendado a atual proprietária, a necessidade de contratar um profissional autônomo para podar o seu pomar, com a finalidade de vigorar seu desenvolvimento. Com a primeira providencia da retirada das árvores que comprometiam a estrutura da casa, do muro, das instalações das criações, do poço, das espécies repetitivas que davam baixa produtividade, bem como comprometidas em sua saúde, envergadas com o comprometimento da segurança local. A segunda providencia na variável QUINTAL foi observar a simetria e o espaçamento correto de 3 m entre as árvores e espécies que se adaptam bem na região. Terceira providencia será o estudo de quais plantas serão plantadas nos espaços vagos para a manutenção e/ou produção do sítio. 33 Encontrado e discutivo, a recomendação para a proprietária foi a plantação de milho para o consumo interno das criações, inclusive para a redução do custo da administração com a ração dos animais. A plantação de uma pequena horta de tempero para consumo interno, podendo no futuro ser comercializada para a redondeza. A quarta providencia, nova tela mais resistente para a demarcação da divisória do terreno, devido a presença de um número grande de cachorros que rompe a estrutura. Quinta providencia, será a transferencia da instalação do galinheiro da área social para a área de serviço, que contem: 2 galos de raça caipira, 15 galinhas, sendo de raças: caipira, ródia, polaca e a comum; um casal de perus, um casal de patos. A recomendação dada a proprietária seria a construção de uma galinheiro grande contendo as seguintes especificações para acomodação deste grupo, bem como para futuros animais: Equipe de Avicultura/FZEA-USP As instalações devem conter um pequeno galinheiro de alvenaria, com terreno inclinado, com piso de cimento 20 cm acima do solo, situado em local bem seco e protegido por valetas para evitar infiltrações em seu interior. As duas cabeceiras e uma parede lateral deve ser fechada até ao telhado e a outra lateral com a metade de cima de tela de arame. O telhado pode ser de meia-água para maior economia de material e a porta fica em uma das cabeceiras. Na lateral de tela deve haver uma cortina de plástico para proteger o galinheiro, dos ventos, das chuvas e do frio. Sobre o piso uma cama de maravalha fina, mas que poderia ser de sabugo picado de milho ou outro material absorvente. Deve ser protegido dos ventos dominantes na região e com a frente ou parte aberta para o nascente, para que 34 nele penetrasse o sol da manhã. Essas regras não são rígidas e podemos construir o galinheiro com outros materiais e outras técnicas como telhas de fibrocimento, terra batida; telas em mais de uma parede (desde que haja cortinas para cobri-las quando necessário). Comedouros: Deve proporcionar um espaço linear de 2,5 cm para aves até 2 semanas; 4,5 cm para as de até 6 semanas: de 7,5 cm para as aves de 12 semanas em diante e de 15 cm para as poedeiras. São necessários comedouros com espaço suficiente para todas as aves, para evitar a competição pela comida. A coleta dos ovos deve ser feita todos os dias e neles deve ser escrita a data da postura. Quando uma galinha fica choca, devemos preparar um ninho de palha, podendo a galinha chocar de 13 a 15 ovos, dependendo do seu tamanho. A certa distância do ninho deve ser colocada, sempre, água e comida. A eclosão se realiza em 21 dias, nascendo os pintinhos que devem ficar no ninho até que toda a ninhada haja nascido. Após, serão levados junto com a galinha, pra um galinheiro seco, de preferencia com uma cama de palha, de sabugo de milho ou de maravalha fina, onde são soltos. Sobre uma tábua, folha de jornal ou papel, colocamos um bebedouro e um pouco de quirera de milho ou ração balanceada, para facilitar os pintinhos a ciscarem e a descobrirem a comida. Depois de alguns dias, com o tempo bom, com sol, eles já podem ser soltos. Na questão de doenças, as aves bem alimentadas e com um manejo correto são mais resistentes às doenças e a melhor é feita através de vacinas, embora para algumas doenças das aves não existam vacinas, ou apesar de existirem, tornam-se inviáveis para o pequeno produtor, pois só são vendidas pelos fabricantes em grande quantidade e após serem abertas não 35 podem ser guardadas e reaproveitadas. Entretanto a tabela dos períodos de aplicação, encontra-se no site Associação Brasileira dos Criadores de Aves. A sexta providência, construção bem proxima do galinheiro, um pequeno tanque para lavagem dos utensílios dos animais simples. A sétima, a realização da construção do novo sumidouro mais ao fundo do terreno, afastado do açude, da seguinte forma: Foi criada nos Estados Unidos por Tom Watson e adaptada aqui no Brasil. O caule da árvore que se alimenta da água que foi utilizada dentro de casa, seja no banheiro, na cozinha ... Tudo fica num tanque construído debaixo da terra, com tijolos, cimento e pneus. A técnica não deixa a água suja ser despejada na natureza. Com ela, alimentam-se a bananeira e a própria família, pois a fruta que nasce dela é comestível. MATERIAIS Cimento; pneus; canos de PVC – canos para esgoto e canos mais finos de 15 cm a 20 cm para ventilação; entulho (pedras, cerâmica quebradas, restos de bambu etc); tela de galinheiro; grampos de metal; bananeiras; brita; areia; manta de nylon. MODO DE FAZER Cave um buraco de 5 m de comprimento, 3m de largura e 1,5 m de profundidade. Cubra com uma mão de chapisco de cimento (três partes de areia para um de cimento). Grampeie a tela do galinheiro no tanque, após a aplicação da primeira camada de cimento. Logo após, aplique mais três camadas de chapisco de cimento. 36 Espere dois dias para a secagem completa do cimento. Reserve pedaços de tubo de PVC de 15 cm a 20 cm, corte-os em tamanhos de 2 m, 1,50 m, 1,25 m, 1 m e 80 cm (cano de escape), cubra as duas extremidades com manta de nylon e reserve. Acrescente um pouco de entulho ao fundo para alinhar os pneus e criar um tubo. Para os pneus não saírem de posição, coloque entulhos como apoio. Desça o encanamento das privadas até o centro dos pneus. Cubra quase totalmente os pneus com entulho, deixe aparecer apenas 1 cm de pneu sobre a superfície. Encaixe dois tubos de respiração com profundidades intercaladas. Cubra com uma camada de 30 cm de brita, 10 cm de areia e o restante preencha com terra. Encaixe mais dois tubos de ventilação em alturas intercaladas. Sobre a terra, plante as bananeiras. Coloque o cano de escape na diagonal, apontando para fora do tanque. Última providência a COMPOSTAGEM aproveitamento dos dejetos/exterco dos animais para adubação da horta; IV – APURAÇÃO DAS VARIÁVEIS HIPOTÉTICAS RESULTADO DA VARIÁVEL QUINTAL 1º) limpeza do terreno – acabou o lixo, os roedores e o matal; 37 2º) seleção de árvores – clareza da quantidade de árvores no pomar, permanencia das árvores essenciais e saudáveis, desenvolvimento mais acelerados de outras espécies que tinham pouca iluminação, aumento de produtividade com qualidade dos frutos, melhor aproveitamento dos espaços; 3º) amplitude do açude – restabelecimento do solo, evitando as enchentes; bem como a diminuição da concentração de mosquitos; a presença de aves silvestres; frequencia da utilização do espaço pelos patos; o surgimento da população de peixes.; 4º) galinheiro novo na área de serviço – deixou de haver disputa de espaço entre aves; condições melhores de separação da espécie em estágios diferentes de necessidade; facilidade de limpeza; melhor controle na manutenção; 5º) construção do lavatório - redução de tempo de limpeza e manutenção na parte de serviço do terreno, encurtando o percurso realizado pelo proprietário; 6º) construção de sumidouro sustentável - cessou o mau cheiro de metano aos fundos da casa em épocas de calor; evitou da possiblidade de ocorrencia de algum acidente tanto inflamável, quanto estrutural; 7º) resto de material orgânico – desenvolvimento melhor das plantas; aquecimento e higienização das instalações das criações; 8º) destruição das instalações suínas – ganho de espaço no terreno. RESULTADO DA VARIÁVEL ESCRITÓRIO a) pintura da faixada do muro – valorização da imagem do imóvel; b) reparos externos no imóvel – aumento da durabilidade externa do imóvel; c) energia – redução de consumo; d) reparos no quarto de material – aumento da vida útil do bem; 38 e) latas lixo seletivas para reciclagem – seleção de materiais diversos com retorno financeiro; f) computador para administração – melhor controle global do empreendimento; g) requerer linha telefônica – instalada; h) participação na associação rural – inexistente no local; i) frequentar sindicado e Secretaria de Agricultura de Itaguaí – aproximação mais gradativa; j) assistencia da EMATER – inexistente, substituída pelo sindicato; l) a possibilidade de um canal de apoio entre vários autores na elaboração de projeto para atendimento a localidade – havendo uma proposta, entrará em fase de estudo entre as autorizadas envolvidas. Hoje inexistente; k) participação nos sites de algumas instituições – não inclusão imediata, por ser o número ainda insuficiente de mão-de-obra para futuro aumento de pedidos. m) panfletagem – inexistente, apenas cartão de apresentação para particulares; n) venda de produção – existência de pedidos da produção frutífera e aviária; o) reuniões sociais – sem grandes impactos; p) profinalização no SEBRAE – aguardano a oportunidade. VI – REAVALIAÇÃO DOS DADOS E PRODUÇÃO DO PROJETO INICIAL VARIÁVEL QUINTAL TERRENO – sujo X limpeza = visão e condições melhoraram; 39 ÁRVORES – tortas, doentes, baixa qualidade de frutos x poda = organização e qualidade, produtividade aumentaram; AÇUDE – pouca capacidade de recolher os excessos d´água x peixe, capacidade aumentada = terreno equilibrado, sem enchentes; GALINHEIRO – inexistente x amplitude de espaço = qualidade de vida para os animais e maior produtividade; LAVATÓRIO – inexistente x construção = conforto e praticidade para o proprietário; SUMIDOURO – inadequado aos padrões x maior, adequado = controle sanitário e segurança; MATERIAL ORGÂNICO – aproveitamento x reaproveitamento eficaz e eficiente; INSTALAÇÕES INUTILIZADAS – destruição das suínas x espaço = melhor aproveitamento de área. VARIÁVEL ESCRITÓRIO MURO – sem reparo x reparo com pintura = valorização do bem; REPAROS EXTERNOS – peças antigas preste a caírem x aumento da durabilidade do material = valorização e preservação da faixada do imóvel; ILUMINAÇÃO – necessidade de acender todas as lâmpadas x alguns cômodos são necessários = baixo valor na conta de luz; REPAROS NO QUARTO DE MATERIAL – deteriorização x aumento da vida útil = conforto, segurança e valorização do bem. LIXO – todo entregue ao caminhão da Prefeitura x seleção de material para revenda em pontos de reciclagem, com retorno financeiro; ADMINISTRAÇÃO – inexistente x computador, contabilidade poderá ser tercerizada pelo sindicato = aperfeiçoamento do controle do empreendimento. 40 TELEFONE – inexistente x instalação = abre um canal de comunicação; ASSOCIAÇÃO – inexistente x inexistente (sem divulgação pública); SINDICATO e/ou SECRETARIA DE AGRICULTURA – inexistente x início de contato = desconhecimento, pouco divulgação dos órgãos. EMATER – incapacidade x inexistente = afastamento. UNIVERSIDADE – sem acesso x possiblidade de acesso = possiblidade de estudo futuro de uma articulação em conjunto entre os órgãos para elaboração de um projeto; MARKETING – inexistente x divulgação boca a boca, reuniões sociais = propaganda tímida; PRODUÇÃO – baixíssima x aumento e diversificação = mais oferta. Diante dos dados analisados, experimentamos uma evolução do processo por quase toda a sua integralidade, sendo em alguns vetores, não se obteve a progresso desejado. VII – EXEMPLOS DE SITIANTES BEM PROCEDIMENTOS SEMELHANTES Encontra-se no site www.canaldoprodutor.com.br. CONCLUSÃO SUCEDIDOS COM 41 De acordo com os dados levantados e apurados, inclusive no contexto com relação a região local, podemos destacar que este trabalho segue uma linha de Pesquisa Explicativa com intuito de demonstrar uma orientação básica de Gestão Ambiental em atendimento a outras áreas que envolvam qualquer empreendimento comercial ou doméstico na área urbanarural. Boa parte deste quadro é por falta de divulgação dos serviços oferecidos pelos órgão públicos, pouco conhecidos pela população, no qual não desenvolve seus interesses, acreditando na inexistencia dos recursos. Há especulação imobiliária no bairro, entretanto, boa parte dos sitiantes gostam do lugar, por ser tranquilo, bucólico, próximo ao Centro, porém não encontram incentivos, mesmo tendo apoio do órgão da Prefeitura, relativamente superficial. Este último, tendo uma infra-estrutura modelo, onde oferece à população local toda a orientação necessária para abertura, manutenção e amplitude de seu negócio rural, não é explorada pelos moradores totalmente, por não saberem plenamente das ofertas desses recursos; muito menos da existencia e os serviços divulgados pelo Sindicato Rural da cidade que boa parte da população pesquisada sintou-se bastante interessada. Concluimos que o fato maior da contribuição do quadro apresentado, nada mais é do que, a falta de informação, e o interesse articulado do povo em se reunir de forma organizada através das associações de moradores ou reuniões religiosas, nas quais possam representar seus interesses político-social-econômico. Os canais legais existem e estão disponíveis à população gratuitamente, bastando esta se organizar e revindicar seus direitos e de forma 42 pacífica, digna se integrando as instituições na busca e apoio de informações coletivas ou individuais, caso necessite. Não há motivos da população local passar por situações desconfortáveis (improdutivas), pois a infra-estrutura básica existe, tendo mercado e matéria-prima a todos. Há possibilidade de surgir uma articulação entre vários atores para um projeto de desenvolvimento de apoio para o pequeno e médio produtores em áreas de pequeno porte, com a participação da Prefeitura, Sindicato Rural, Associação de Moradores, EMATER, EMBRAPA, Universidade Rural Federal do Rio de Janeiro, mas o principal ator é o produtor que tenha o interesse de se manifestar para concretizar a idéia. Também ressaltamos que a área estudada, é uma região ainda ecologicamente bastante expressiva, aproximando de nossa corrente do Ecologismo Político e Econômico Mundial, conjugado com a Teoria do Culto ao Silvestre, pois a Natureza pode ser preservada, porém precisando do homem para conservá-la, tendo o seu utilitarismo no desenvolvimento sustentável, no qual visa atender as necessidades do presente sem comprometer a possibilidade das gerações futuras em atenderem suas próprias necessidades. É importante incluírmos a Educação Ambiental para todos, conforme a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), como também encontrada na Política Nacional de Educação Ambiental - Lei 9795/99. “Entende-se por Educação Ambiental os processos por meio dos quais o indivíduo e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas para a conservação do meio ambiente, bem do uso comum do povo, essencial à sadia qualidade de vida e sustentabilidade” (Art1º). “A Educação Ambiental é um componente essencial e permanente da Educação Nacional, devendo estar presente de forma 43 articulada, em todos os níveis e modalidades do processo educativo de caráter formal e não formal” (Art. 2º) Assim, estimular ou sensibilizar a população para se envolver na formulação de estratégias em seu ambiente de forma mais consciente sem perder sua visão de progresso sustentável. Como grandes pensadores retratam essa idéia, transcrevemos: “Em todos os seus sonhos mais belos o homem nunca soube inventar coisa mais bela do que a natureza.” Alphonse de Lamartins “Um sistema político que assegure a efetiva participação dos cidadãos no processo decisório; um sistema econômico capaz de gerar excedentes e know-how técnico em bases confiáveis e constantes; um sistema social que possa resolver as tensões causadas por um desenvolvimento não-equilibrado; um sistema de produção que respeite a obrigação de preservar a base ecológica do desenvolvimento; um sistema tecnológico que busque constantemente novas soluções e um sistema administrativo flexível capaz de autocorrigir.” Brundtland, 1991:70 BIBLIOGRAFIA 44 FREITAS, Benedito. Santa Cruz – Fazenda Jesuítica, Real, Imperial. Rio de Janeiro: Vice Reino e Reinado, 1986. Vol. II: (1760-1821). Edições do Autor. P451-567. O Cooperativismo é a melhor solução para os pequenos. CRMV-Informativo do Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Ano XXII – Nº 225 – abril de 2010. Número Especial. TAKOSSE, Dulcy de Oliveira. Empreendedor Rural – Criação de Galinha: Caipira. Equipe de Avicultura/FZEA-USP, 5 de abr. 2010. REVISTA GUIA RURAL.Meu Sítio. São Paulo.Editora Abril, 1991. Para plantar bananeira. O Extra, Rio de Janeiro, 31 julh.2010.p.3, bela casa CAPA. www.abcaves.com.br/Noticiaseartigos/noticias.html. Associação Brasileira dos Criadores de Aves, 1-4 p., acessado em 05/04/2010. www.achetudoeregiao.com/RJ/ITAGUAI.HTM. Ache Tudo sobre a Região, Utilidade Publica Itaguaí RJ, acessado em 17/08/2010. www.explorevale.com.br/costaverdedecarioca/itaguaihistoria.htm. ITAGUAÍ, Prefeitura de. Localização de Itaguaí História, 1-1p., acessado em 17/08/2010. www.itaguai.rj.gov.br/porto.asp. Google, Panoramio – Photo of Porto de Itaguaí, 1-1 p., acessado em 17/08/2010. 45 ANEXOS Índice de anexos Anexo 1 >> Conteúdo de revistas especializadas; Anexo 2 >> Entrevistas; Anexo 3 >> Reportagem; Anexo 4 >> Questionário; Anexo 5 >> Fotos. 46 ANEXO 1 REPRODUZINDO O MATERIAL Jornal CRMV-Informativo do Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado do Rio de Janeiro – Ano XXII - Nº 225 – abril de 2010 Capa O cooperativismo é a melhor solução para os pequenos Luiz Dias Kinuppe – Zootecnista O cooperativismo é uma doutrina antiga com surgimento durante a revolução industrial com argumentos fortes fundamentados que se conduzido de forma correta podem ser uma ferramenta importante no meio rural para o desenvolvimento de grupos de pequenos produtores. O cooperativismo é uma filosofia de vida e modelo socioeconômico capaz de unir pessoas com objetivos comuns visando sempre a prosperidade conjunta e não individual. O objetivo não é lucro, mas o desenvolvimento do grupo e o bem estar social, tendo como fundamentações a participação democrática, solidariedade, independência e autonomia. Uma realidade que não tem acontecido pois na maioria das vezes as cooperativas se tornam empresas particulares onde o presidente que deveria ser eleito pelo grupo de associados se torna dono da cooperativa aproveitando as vantagens tributárias dessa organização ou quando que manter um disfarce de cooperativismo convoca assembléias em horários estranhos como domingo à noite a onde sempre seus projetos são aprovados pois os poucos que participam da reunião são parentes e amigos com objetivo de utilizar a máquina do cooperativismo para interesse próprio. A participação dos associados é fundamental para o desenvolvimento das cooperativas, mas o que vemos também é que com o descaso, falta de participação, a mania de só criticar e a falta de conhecimento sobre os fundamentos do Cooperativismo e o papel importante dos cooperados, geram degeneração estrutural das cooperativas e os problemas sempre observados, levando fatalmente à falência do sistema. 47 Para formar uma cooperativa é necessário que as peessoas interessadas estejam conscientes dos seus objetivos. O cooperado deve estar ciente de sua função de associado e usuário da sociedade. Organizado em comitês, conselhos, núcleos ou comissões, ele deve contribuir da melhor maneira possível em favor daquele que recebem a incumbência da administração da empresa, para que todas as decisões sejam corretas e representativas da vontade da maioria. O cooperativismo pode dar certo, pois produtores com interesse de se desenvolver podem se unir para através dessa organização fazer commpras e comercializar seus produtos conseguindo sempre devido a escala de compra e de produção que é peça fundamental no desenvolvimento do setor agropeccuário tornar-se extremamente commpetitivos. Mesmo com a série de desafios o cooperativismo agropecuário já se expandiu por todo o território brasileiro e é o mais difundido e conhecido pela sociedade participando de forma importante nas exportações, atuando de forma representativa na balança comercial e, ao mesmo tempo, abastecendo o mercado interno de produtos alimentícios. O cooperativismo agropecuário pode oferecer, desde que bem estruturado, uma série de serviços como assistencia técnica, armazenamento, industrialização e comercialização dos produtos, até a assistencia social e educcacional aos cooperados. As cooperativas agropecuárias formam, hoje, o segmento economicamente mais forte do cooperativismo brasileiro. A concorrencia torna-se cada vez mais voraz e o mercado cada vez mais competitivo e especiallizado. Só os eficientes vão ficar e os demais vão ser extintos. Por isso mais do que nunca o cooperativismo é a principal forma para que pequenos e médios produtores possam, juntos, sobreviver e evoluir, gerando sistemas produtivos de qualidade, sustentáveis e eficientes. 48 ANEXO 3 REPORTAGEM Jornal O Extra – Caderno Bela Casa – Rio, 31 de julho de 2010 Para plantar bananeira Pé da fruta pode tratar a água suja utilizada em casa de forma simples e barata ANA CAROLINA DE SOUZA – No último sábado, o programa “Caldeirão do Huck”, da TV Globo, mostrou que com criatividade foi possível mudar a vida dos moradores de um casa do Parque Roseiral, em Belford Roxo, onde o saneamento é precário. Com uma solução simples e barata, criu-se um sistema de tratamento de água usando apenas pneus, tijolos, cimento, terra e bananeiras. Mas a família Silva, que particular do “Lar doce lar”, não é a única que pode desfrutar da invenção. Marcelo Rosennbaum, arquiteto da atração, ensina a técnica que pretende levar a outras regiões, beneficiando comunidades. - Tendo um projeto para implementar essa técnica em favelas do Rio de Janeiro e outras regiões carentes – diz o designer do “Lar doce lar”, que explica: - É tudo muito simples, qualquer um pode fazer. Um grupo de amigos pode se reunir num mutirão e melhorar o saneamento de uma rua inteira, por exemplo. O método ensinado por Marcelo Rosenbaum consiste em construir uma fossa subterrânea, utilizando tijolos, cimento e pneus para fazer um tanque e alimentar as bananeiras (planta capaz de filtrar o líquido e fazer o trabalho de absorção do 49 material orgânico, sem danificar o solo ou vazar os dejetos para o lençol freático) com a água utilizada da casa. Conhecido como canteiro biosséptico ou fossa de bananeira. - É uma forma de saneamento barata e bastante eficiente. É incrível. Fiquei impressionado de ver como é simples. É uma técnica que muda para sempre a vida de qualquer família que vive em região carente – disse o apresentador Luciano Hulk. Apesar de a árvore se alimentar da água suja da casa (inclusive da usada no banheiro), a fruta que nasce da bananeira utilizada nessa técnica é, sim, comestível. 50 ANEXO 4 QUESTIONÁRIO 1- Identificação: __________________________________________________________ 2- Idade: ___________________________ Data: ___________________ 3- Localidade: _______________________________________________ 4- Tempo de permanência: _____________________________________ 5- Função no cargo/atividade: __________________________________ 6- Há conhecimento de algumas técnicas em gestão ambiental.Quais: __________________________________________________________ 7- Alguma vez participou de curso em órgão público para aperfeiçõamento. Quais: ____________________________________ 8- Descrição da situação do período anterior sem o desejo da venda: __________________________________________________________ __________________________________________________________ __________________________________________________________ 9- Descrição da situação posterior ao desejo de colocar o bem à venda: __________________________________________________________ __________________________________________________________ __________________________________________________________ 10-Conhece o Sindicato Rural da cidade e seus serviços: ___________ 11-Conhece a Secretaria de Agricultura da Prefeitura e seus serviços: 51 ANEXO 5 FOTOS Foto 1 - Mapa do Município de Itaguaí – Rio de Janeiro. 52 Foto 2 - Parte frontal da propriedade. À esquerda fica o quarto de materiale à direita a casa. Fotoa 3 - Meio da propriedade, onde se separa as áreas do social e do serviço.