FORMAÇÃO PROFISSIONAL TÉCNICA DE NÍVEL MÉDIO: uma trajetória em ascensão Eliza Flora Muniz Araujo Universidade Estadual do Maranhão – UEMA RESUMO: Grandes mudanças vêm ocorrendo no sistema educacional brasileiro, especialmente, no que tange à Educação Profissional, cuja legislação trouxe uma nova concepção de cursos técnicos. A Educação Profissional e Tecnológica está sendo compreendida numa visão bem mais ampla da educação, vez que não se reduz a atender apenas às novas demandas do mundo do trabalho, mas, possibilitando a ascensão da escolarização do trabalhador. Essa nova concepção busca a articulação entre ciência e tecnologia, a vinculação entre educação e trabalho e as relações entre conhecimento científico e senso comum. No bojo dessas preocupações a Universidade Estadual do Maranhão decidiu, em 2012, enfrentar o desafio de ofertar cursos técnicos de nível médio em parceria com o Ministério da Educação por meio da Rede e-Tec Brasil. Essa motivação foi determinada pelo entendimento de que a conexão da educação profissional com a educação a distância se constitui uma alternativa para minimizar a exclusão social num estado com grandes dimensões geográficas como o Maranhão. A proposta dos cursos encontra-se alicerçada num modelo de ensino híbrido, trabalhada a partir de duas vertentes estruturantes: a profissional e a acadêmica, possibilitando, assim, articular competências demandadas pelo mundo do trabalho e pela academia. Os objetivos deste estudo pautaram-se em identificar e compreender o porquê dessa expressiva demanda por cursos técnicos, quem é a clientela que atualmente busca essa formação profissional e quais as perspectivas em relação ao mercado de trabalho. Ao todo são 13 cursos que se encontram em funcionamento, com base presencial em 25 Polos de Apoio Presencial, beneficiando, estudantes de aproximadamente 125 municípios maranhenses. Para o desenvolvimento dos cursos técnicos, a UEMA vem adotando as ferramentas tecnológicas e metodologias de EaD, utilizando-se de adequada estrutura para apoio e acompanhamento ao estudante em sua trajetória formativa, tanto nos momentos a distância quanto presenciais. Buscaram-se aportes teóricos que auxiliaram na compreensão do fenômeno estudado, visto que a educação a distância, atualmente aparece no cenário mundial como um sistema aberto a múltiplas possibilidades para formação profissional. A EaD utiliza também um conjunto de tecnologias que viabilizam condições para que as relações ocorram de forma efetiva entre o contexto sociocultural do aluno e o mundo do trabalho. Autores como LITWIN (2001) cuja concepção de educação a distância se situa numa perspectiva mais 2 global de educação, e FRIGOTTO (1985) e CIAVATTA e RAMOS (2012), cujos estudos trazem reflexões a respeito do trabalho como princípio educativo, entre outros, fundamentaram sobremaneira este artigo. Os dados e informações dessa recente experiência trouxeram a evidência de que a ampliação das demandas educacionais por cursos técnicos não pode ser atribuída somente às possibilidades geradas pela EaD, mas, igualmente, pelo insistente apelo do sistema produtivo em função da premente necessidade de mão de obra qualificada para ocupação dos postos de trabalho motivados em grande parte pelo desenvolvimento da economia brasileira. PALAVRAS-CHAVE: Educação Profissional Técnica; Recursos Tecnológicos Mediadores; Demanda de Mercado. 1. Introdução A sociedade em que vivemos, chamada de Sociedade da Informação é movida pelo grande volume de informações, atualmente acessível por meio de diferentes mídias. Sem dúvida, isso tem se refletido no ritmo com que os conhecimentos científicos e tecnológicos estão sendo gerados no mundo, principalmente em virtude das inovações tecnológicas digitais virtuais, exigindo, assim, dos países, e, consequentemente, dos seus sistemas de ensino, maior dinamismo no processo de produção do conhecimento. É evidente que, desde 1996, grandes mudanças vêm ocorrendo no sistema educacional brasileiro, especialmente, no que concerne a Educação Profissional, cuja legislação trouxe uma nova concepção de cursos técnicos. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei 9.394/96-LDB, art. 1º, § 2º) determina que “a educação escolar deverá vincular-se ao mundo do trabalho e à prática social”. Sem dúvida, que o debate sobre as políticas públicas para educação profissional vem evoluindo bastante, a exemplo do Decreto 5.154, de 23 de julho de 2004 (BRASIL, 2004), que regulamenta o § 2º do art. 36 e os arts. 39 a 41 da Lei nº 9.394/96 – Lei de Diretrizes e Bases e revoga em seu Art. 9º o Decreto 2.208, de 17 de abril de 1.997, até então a principal diretriz da educação profissional. Outro avanço em termos da política da educação profissional e tecnológica de nível médio refere-se ao Catálogo Nacional de Cursos Técnicos, cuja elaboração iniciou, em 2007, considerado como um dos marcos do centenário da Educação Profissional no Brasil. 3 De acordo com a Resolução nº 6/ 2012, a Educação Profissional Técnica de Nível Médio se desenvolve de diferentes formas: articulada ao Ensino Médio - mediante duas alternativas: integrada e concomitante; e, subsequente - após conclusão do Ensino Médio. A Figura a seguir demonstra a nova configuração da Educação Profissional Técnica de Nível Médio no contexto da estrutura educacional brasileira: Figura 1 – Configuração da Educação Profissional Técnica de Médio EDUCAÇÃO SUPERIOR FORMA ARTICULADA (INTEGRADA E CONCOMITANTE) ENSINO MÉDIO ENSINO FUNDAMENTAL EDUCAÇÃO PROFISSIONAL DE NÍVELTÉCNICO FORMA SUBSEQUENTE EDUCAÇÃO INFANTIL Fonte: Construída pela autora com base na Resolução Nº 6/2012 É importante mencionar que o Decreto nº. 5.144/2004 introduziu flexibilidade à educação profissional, de modo especial, no nível médio, vez que atribuiu maior liberdade às escolas e estados para organizarem a sua formação, desde que respeitando as diretrizes do Conselho Nacional de Educação. No âmbito dessas possibilidades a Universidade Estadual do Maranhão decidiu, em 2012, enfrentar o desafio de ofertar cursos técnicos de nível médio, utilizando recursos tecnológicos mediadores. Essa motivação foi determinada pelo entendimento de que a conexão da educação profissional com a educação a distância se constitui numa alternativa viável na luta contra os impactos da exclusão social. A modalidade EaD vem possibilitando implementar diferentes projetos educacionais nas mais complexas situações, incluindo cursos profissionalizantes, capacitação para o trabalho, divulgação científica, campanhas de alfabetização e estudos formais em todos os níveis e campos do sistema educacional. (LITWIN, 2001, p. 49). 4 A iniciativa da UEMA, com a implantação dos cursos técnicos a distância vislumbrou, sem dúvida, possibilidades de transformações técnico-científicas e reorientação ético-valorativa, sobretudo por atingir aquelas pessoas com dificuldades de participar dos processos educativos por meio do sistema de ensino presencial. 2. Percurso teórico metodológico A Educação Profissional e Tecnológica, na conjuntura atual, está sendo compreendida numa visão bem mais ampla da educação, vez que não se reduz a atender apenas às novas demandas do mundo do trabalho, mas, também, possibilitar a ascensão da escolarização do trabalhador. Ademais, a Educação Profissional e Tecnológica surge num novo clima de discussões, onde a realidade passou a exigir também qualificação mais elevada para o exercício de qualquer posto de trabalho, tornando, por conseguinte, a necessidade educacional da população cada vez maior. É indiscutível que vivemos num mundo bem mais exigente, que demanda profissionais autônomos com competência para atuar em contextos diferenciados e situados como agentes de mudanças. À luz dessa discussão, a Educação Profissional Técnica de Nível Médio vem acrescentar novos desafios, numa perspectiva do trabalho como princípio educativo, conforme bem coloca o Documento Base do MEC (Brasil, 2007), referendado no pensamento de Ciaviatta e Ramos (2012, p. 67): O trabalho é princípio educativo nessa formação, o que equivale a afirmar que o ser humano é produtor de sua realidade e, por isso, se apropria dela e pode transformála. Equivale a afirmar, ainda, que nós somos sujeitos de nossa história e de nossa realidade. Em síntese, o trabalho é a primeira mediação entre o homem e a realidade material e social. Essa visão do trabalho como princípio educativo é, essencialmente, uma compreensão alicerçada no papel do trabalho como atividade vital que possibilita a existência e a reprodução da vida humana. Para Frigotto (1985, p.175) “vincula-se, então, à própria forma de ser dos seres humanos. Somos parte da natureza e dependemos dela para reproduzir a nossa vida. E é pela ação vital do trabalho que os seres humanos transformam a natureza em meios de vida”. Com o objetivo de desvendar a expressiva demanda por cursos técnicos, e, notadamente, por cursos técnicos na modalidade a distância, procedeu-se o presente pesquisa. Trata-se de um estudo de abordagem quantitativa, tanto ao que se refere à coleta dos dados, 5 quanto ao tratamento das informações, por meio de técnicas estatísticas, visando garantir resultados e evitar distorções de análise e de interpretação. (DIEHL e TAIM, 2004, p.51). De natureza descritiva, que conforme Gil (2002 p 42): [...] tem como objetivo primordial a descrição das características de determinada população ou fenômeno ou o estabelecimento de relações entre variáveis. Dentre as pesquisas descritivas salientam-se aquelas que se preocupam estudar características de um grupo: sua distribuição por idade, sexo, procedência, nível de escolaridade, estado de saúde física e mental, etc.). Os dados relativos ao processo seletivo simplificado para acesso aos cursos foram obtidos por meio de relatórios disponibilizados pela Coordenação de Tecnologia da Informação do Núcleo de Tecnologias para Educação da UEMA. Ressalte-se que esse foi o primeiro processo seletivo para os cursos técnicos da UEMA, realizado em maio de 2012 com inscrição online pelo site da própria universidade, onde se inscreveram 52.664 candidatos. Todavia, 33.035 efetivaram o pagamento da taxa de inscrição e tornaram-se aptos a realizar as provas. Ao todo foram classificados e matriculados 6.000 alunos, com preenchimento 100% das vagas ofertadas. Conforme tabela a seguir: Tabela 1 – Tipo de Curso, quantidade de polos e alunos matriculados -Julho/2012 Nº DE ORDEM 01 02 03 05 04 06 08 07 09 10 11 12 13 CURSOS QUANT. POLOS Curso Técnico em Alimentos Curso Técnico em Contabilidade Curso Técnico em Controle Ambiental Curso Técnico em Edificações Curso Técnico em Guia de Turismo Curso Técnico em Informática Curso Técnico em Mecânica Automotiva Curso Técnico em Meio Ambiente Curso Técnico em Meteorologia Curso Técnico em Planejamento e Gestão de TI Curso Técnico em Redes de Computadores Curso Técnico em Segurança do Trabalho Curso Técnico em Serviços Públicos TOTAL 07 19 11 02 05 18 02 05 01 07 14 10 15 QUANT. DE ALUNOS 364 876 595 211 141 1.177 206 239 136 237 550 670 598 6.000 Fonte: Coordenação Adjunta do e-Tec Brasil/ UEMA/2014 Esses indicadores servem para comprovar a grande corrida por cursos técnicos, chegando à concorrência, em alguns cursos, atingir a ordem de 16,05 e 11,46 candidatos por vagas, a exemplo dos cursos de Edificações e Segurança do Trabalho, respectivamente. Diante dessa real situação, uma primeira inquietação levou-nos a investigar quem seriam, então, esses sujeitos que buscam se profissionalizar para ocupar um espaço no 6 mercado de trabalho? Dentre o conjunto de informações disponíveis, optou-se por duas categorias de análise: gênero e faixa etária, demonstrando, assim, o quão relevante e necessário se faz refletir sobre a dinâmica da educação profissional técnica de nível médio no Brasil e de modo particular no Maranhão. Essas estatísticas conjecturam de algum modo, o que está ocorrendo no cenário maranhense e retratam com bastante ênfase, também, o comportamento da educação a distância. Segundo a pesquisa realizada dentre os 52.664 candidatos inscritos, os resultados indicaram: Gráfico 1 - Demonstrativo de inscritos no processo seletivo por gênero 39,58 60,42 feminino masculino Fonte: Coordenação de Tecnologia da Informação/UemaNet/UEMA Esses indicadores revelaram a prevalência do gênero feminino (60,42%), ou seja, que as mulheres têm buscado cada vez mais ascender ao mercado de trabalho, registrando um percentual de 20,84 % a mais que os homens. E, mais curioso, é que são cursos que exigem saber lidar com as ferramentas de informação e comunicação e outros instrumentos que antes eram privilégio dos homens. Gráfico2 - Demonstrativo de inscritos no processo seletivo por faixa etária 4,24 28,30 26,71 18-21 22-25 17,80 22,95 26-29 mais de 30 menos de 18 Fonte: Coordenação de Tecnologia da Informação/UemaNet/UEMA Como pode ser observado, o gráfico 2 apresenta um dado bastante expressivo no que diz respeito à questão da faixa etária. Aponta que uma faixa bastante jovem está buscando profissionalização em nível técnico, e, ainda mais, na modalidade a distância. Demonstra 7 ainda, que a maior parte dessa procura tem sido por pessoas jovens, pois se agregar as idades compreendidas entre 18 e 29 anos, encontra-se nesse intervalo71% dos inscritos. Esses dados são significativos para perceber o novo momento da educação profissional, e, desmistificar a visão linear de que formação profissional é para pessoas com idade mais avançada e preferida pelo sexo masculino, nem tampouco capacitar para o desenvolvimento de tarefas instrumentais focadas apenas ao mercado de trabalho. Ao contrário do que isso possa representar, precisa ser compreendida como uma ação potencializadora do jovem para o mundo do trabalho, numa perspectiva de formação de um ser crítico, político e produtivo. Trate-se, portanto, de fazer do trabalho o próprio modo de existência, expressão e libertação do ser humano e da sociedade. (ARRUDA, 2002, p.73). 3. Situando a experiência dos cursos técnicos na UEMA A educação profissional é um segmento do sistema educacional que se encontra atualmente diante de um panorama promissor, possibilitando um conjunto de opções, que pode se concretizar via escolas públicas, escolas privadas, empresas, hospitais escolas, bem como, por outras iniciativas, com destaque para o Sistema S. Se constitui hoje, numa política de Estado, inserida no Plano de Desenvolvimento da Educação – PDE - 2011-2020 (BRASIL, 2010). Alia-se a isso, o Decreto 6.302/2007 que instituiu o Programa Brasil Profissionalizado, que vem corroborando com a política de apoio à profissionalização. Convém registrar que, entre as instituições públicas de ensino do Maranhão que atualmente ofertam Educação Profissional de Nível Técnico, insere-se a UEMA. Assim, iniciou em 2012, a implantação de um conjunto de cursos técnicos, com vistas a ampliação da oferta e melhoria da qualidade da formação profissional da população maranhense, na tentativa de suprir as demandas diagnosticadas por conta dos empreendimentos implantados e em fase de implantação em diferentes regiões do estado. A proposta dos cursos encontra-se alicerçada num modelo de ensino híbrido, que conforme Tori (2009, p. 121) [...] “procuram aproveitar o que há de vantajoso em cada modalidade, considerando contexto, custo, adequação pedagógica, objetivos educacionais e perfis dos alunos”. Além dessa visão de hibridização, passa também, pela concepção mais ampla de educação profissional, ou seja, trabalhada a partir de duas vertentes estruturantes: a profissional e a acadêmica, possibilitando, assim, articular competências demandadas pelo mundo do trabalho e pela academia. 8 Ao todo são 13 cursos que se encontram em funcionamento, com base em 25 Polos de Apoio Presencial, sediados em 18 municípios, beneficiando, estudantes de aproximadamente 125 municípios maranhenses, conforme registrado anteriormente. Essa oferta faz parte de um convênio firmado entre a UEMA e o Ministério da Educação por meio da Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (SETEC) e o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), no âmbito da Rede e-Tec Brasil. É óbvio que o progresso recente das tecnologias abre perspectivas extraordinárias para o desenvolvimento da educação, imprimindo inovação e dinamismo frente ao novo contexto social globalizado. Dessa forma, o conhecimento se constrói com base numa educação flexível e colaborativa, focada em processos interativos. A proposta de educação flexível é uma proposta educacional contextualizada com o trabalho, a família e a necessidade de estudo do aluno, possibilidades permitidas pelo desenvolvimento das tecnologias de informação e comunicação. (FORMIGA, 2009, p. 18). Nesse aspecto, a educação começa a tomar novos direcionamentos, fazendo com que se repense urgentemente as práticas vivenciadas nos processos de ensinar e aprender, vez que existem diferentes recursos tecnológicos disponíveis que podem propiciar aos estudantes maior autonomia e mais criatividade. 4. Conclusões O cenário que se descortina no Brasil, sob a ótica da transformação de um país com índices de crescimentos cada vez maiores vem exigindo das instituições de ensino a formação de profissionais para atuar em diferentes eixos. Nessa perspectiva os estudos mostraram que a grande procura por cursos técnicos a distância é do sexo feminino. Logo, esses dados vêm evidenciar que as mulheres não se intimidam mais com os postos de trabalho que anteriormente eram ocupados somente por homens, demonstrando assim, que estão dispostas a enfrentar o competitivo mercado de trabalho. No que diz respeito a categoria faixa etária, os indicadores mostraram a demanda de uma geração jovem, quede certa forma apresenta mais habilidades para lidar com os recursos tecnológicos. Estes já estão acostumados a fazer uso de uma grande variedade de informações, permitindo movimentar-se com mais agilidade. Conseguem aprender com facilidade e não aceitam mais estudar de forma passiva e receptiva. 9 Todavia, embora se possa compreender que na atual conjuntura as tecnologias se constituam ferramentas imprescindíveis para o processo educacional, é necessário não se perder de vista que estas se constituem como meio e não como fim. Logo, os dados e informações dessa recente experiência trouxeram a evidência da ampliação das demandas educacionais por cursos técnicos e a opção da formação por meio da EaD, resultando na quebra de paradigma do modelo educacional vigente. É verdade que toda essa procura pelos cursos técnicos não pode ser atribuída somente às possibilidades geradas pela EaD, mas, igualmente, pelo insistente apelo do sistema produtivo em função da premente necessidade de mão de obra qualificada para ocupação dos postos de trabalho motivados pelo desenvolvimento da economia brasileira. Por fim, sugere-se o aprofundamento de estudos sobre a oferta de cursos de formação profissional a distância, na perspectiva de possibilitar contribuições relevantes para o desenho de novos cursos, considerando o papel que exerce a sala de aula virtual no contexto da sociedade atual. Alia-se a isso, a visão de que tais propostas precisam ser pensadas numa perspectiva de articulação entre ciência e tecnologia, vinculação entre educação e trabalho e das relações que se estabelecem entre conhecimento científico e conhecimento do senso comum, entre teoria e prática. Referências ARRUDA. Marcos. Trabalho e Conhecimento: Dilemas na Educação do Trabalhador. Carlos Minayo Gomes et al (Orgs.). 4. ed. São Paulo: Editora Cortez, 2002. BRASIL. Ministério da Educação. Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei n. 9.394, de 24 de dezembro de 1996. Brasília: MEC. 1998. __________. Plano de Desenvolvimento da Educação – PDE – 2011 – 2020. MEC. Brasília: DF, 2010. _________. Catálogo Nacional de Cursos Técnicos. Brasília: MEC. 2007. Disponível em: <http//portal.mec.gov.br/index.php?Itemid=717&id=12351&option>. Acesso em: 15 mai. 2013. __________. Presidência da República. Decreto n. 5.154, de 23 de julho de 2004. Casa Civil. Brasília: DF, 2004. 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