Diretoria Defesa Profissional Comissão luta pela valorização do médico E nesses setores de convênios e de procedimentos diagnósticos e terapêuticos. Após três reuniões, estamos inicialmente padronizando os procedimentos médicos da área de cardiologia, tanto diagnósticos quanto terapêuticos, em relação a custos, apresentação, indicações, etc. Dependemos de nossos departamentos e sociedades para que possamos apresentá-los à diretoria, e posteriormente à AMB, pois estamos trabalhando junto à nossa entidade maior. Estamos com muitas outras metas, tendo em vista melhorias para o associado e, para concretizá-las, contamos com uma comissão formada por colegas que já passaram ou estão engajados nessa luta há muito tempo e que estão dando uma grande contribuição para que possamos, em breve, trazer a todos resultados concretos. Parte desses resultados já foram, sem dúvida, alcançados no último congresso brasileiro de nossa Sociedade, quando conseguimos com muito esforço e com a ajuda dos colegas da comissão organizar a mesa-redonda intitulada “O mercado de trabalho da cardiologia no Brasil e suas implicações legais”. Apesar de ter sido realizada no último dia do Congresso, tivemos cerca de 400 participantes. Essa atividade contou com a presença do presidente da Associação Médica Brasileira, Eleuses de Paiva, de representante do Procom de São Paulo e do presidente-futuro da SBC, Juarez Ortiz, entre outros colegas que fazem parte de nossa comissão. O trabalho foi iniciado mas ainda há muito pela frente. Com o apoio de todos os departamentos, grupos de estudos e sociedades afins e, principalmente, com o apoio de nossa diretoria, conseguiremos chegar a uma luz no fim do túnel, para que o bom profissional e o serviço honesto não sejam confundidos com os maus profissionais que desmerecem o trabalho médico Abrahão Afiune Neto Presidente da Comissão de Proteção ao Paciente “A Sociedade Brasileira de Cardiologia, preocupada com a situação de seus associados frente ao constante aviltamento do trabalho médico, desenvolvendo sua ação de sociedade voltada para a melhor qualificação e preocupada com a não-remuneração condizente com o avanço científico da especialidade, criou a Comissão de Valorização Profissional” 1 0 Jornal SBC Set / Out 2000 FOTO DIVULGAÇÃO stamos vivendo uma época em que os valores científicos, éticos e morais estão sendo substituídos por objetivos puramente financeiros e econômicos. O desrespeito com a classe médica é notório em todos os sentidos. Abertura desenfreada de novas escolas de medicina, como ramo de atividade comercial; faculdades particulares desregulamentando o nosso mercado de trabalho, proporcionando cada vez mais uma oferta maior do que a procura, fazendo com que o médico saia da faculdade e aceite trabalhos em empresas de medicina de grupo, seguradoras e de auto-gestão, que estão aviltando o trabalho médico, ameaçando os mesmos de descredenciamento e impondo graves danos às suas já combalidas finanças. Recentemente, o Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica), órgão ligado ao Ministério da Justiça, proibiu, entre outras coisas, que as sociedades médicas interfiram nas negociações de horários e LPM (Lista de Procedimentos Médicos) com as empresas de planos de saúde. Nos proíbem, portanto, de usarmos a mais elementar situação de direito, que é o termo de representatividade. A Sociedade Brasileira de Cardiologia, ciente de sua função não só científica e preocupada com a situação de seus associados frente ao constante aviltamento do trabalho médico pelos planos de saúde, seguradoras e empresas de auto-gestão, desenvolvendo sua ação de sociedade voltada para a melhor qualificação do trabalho médico e preocupada com a não-remuneração condizente com o avanço científico da especialidade, criou a Comissão de Valorização Profissional. Convidados a coordenar essa comissão, nossa primeira preocupação foi formar uma comissão que abrangesse todos os departamentos e as regiões do nosso país. Convidamos colegas que já trabalham em associações de classes ou que tenham convivência