Artigo ENEM Lâmpadas Incandescentes – uma visão química Prof.: Thiago Magalhães Farias Menezes [email protected] 1. Justificativa do Tema: As lâmpadas incandescentes serão retiradas do mercado no Brasil até 2016. A portaria inter ministerial de 06/01/2011 define as condições para o fim da velha lâmpada de filamento criada por Thomas Edison há mais de cem anos. 2. Estudo dos Componentes da lâmpada: ( Figura retirada do site: http://caroldaemon.blogspot.com/2011/01/obanimentodaslampadas incandescentes.html ) – Filamento de Tungstênio: o filamento precisa ao mesmo tempo ser fino e ter um ponto de fusão alto: fino para aumentar a resistência à passagem de corrente elétrica e assim esquentar mais, e ter um ponto de fusão alto para que o filamento não derreta ao atingir as temperaturas necessárias para iluminar o local; o tungstênio além de possuir alto ponto de fusão, possui baixa volatilidade e tratase de um metal duro. Obs1: A radiação térmica tem origem no movimento caótico dos átomos de tungstênio que constituem o corpo emissor. Se estiver suficientemente aquecido, parte dessa radiação será na faixa da luz visível ( luz branca de tom levemente amarelado) . Obs2: Tungstênio – Ponto de Fusão: 3410oC e Ponto de Ebulição: 5900oC Obs3: Faixa de temperatura em que opera uma lâmpada incandescente: 2427oC e 2827oC. – Gás Inerte: normalmente o gás nitrogênio ou argônio, possui duas finalidades importantes: a) transportar o calor desprendido pelo filamento quente ( corrente de convecção ); b) redução da porcentagem de átomos de tungstênio na forma de vapor: quando um átomo de tungstênio passa para forma de vapor as chances de colidir com um átomo ou molécula do gás inerte são grandes, fazendo com que ele volte para o filamento, onde se juntará novamente à estrutura sólida. – Suporte de Molibdênio: Molibdênio – Ponto de Fusão: 2623oC e Ponto de Ebulição: 4693oC 3. Curiosidades: Ligações muito freqüentes reduzem a vida útil da lâmpada, pois o filamento geralmente não apresenta um diâmetro constante. Acorrente de partida causa aquecimento excessivo e localizado nos pontos onde a seção do filamento apresenta constrições, provocando seu rompimento. A vida útil de uma lâmpada incandescente comercial é da ordem de 1000 horas. O bulbo apresenta diversos formatos, sendo a forma de pêra a mais comum, podendo ser transparente ou com revestimento interno de fósforo neutro difusor. A pressão interna em uma lâmpada incandescente é por volta de 0,8 atm. 4. Exercícios Relacionados: Competência de área 5 – Entender métodos e procedimentos próprios das ciências naturais e aplicálos em diferentes contextos. H18 – Relacionar propriedades físicas, químicas ou biológicas de produtos, sistemas ou procedimentos tecnológicos às finalidades a que se destinam. 01. Uma lâmpada incandescente comum consiste de um bulbo de vidro preenchido com um gás e de um filamento metálico que se aquece e emite luz quando percorrido por corrente elétrica. Assinale a opção com a afirmação ERRADA a respeito de características que o filamento metálico deve apresentar para o funcionamento adequado da lâmpada. a) O filamento deve ser feito com um metal de elevado ponto de fusão. b) O filamento deve ser feito com um metal de elevada pressão de vapor. c) O filamento deve apresentar resistência à passagem de corrente elétrica. d) O filamento deve ser feito com um metal que não reaja com o gás contido no bulbo. e) O filamento deve ser feito com um metal dúctil para permitir a produção de fios finos. Gabarito: B um metal de elevada pressão de vapor é aquele que possui uma menor temperatura de ebulição, o tungstênio é ideal pela sua elevada temperatura de e baixa pressão de vapor. 02. A alteração dos hábitos de consumo foi uma das medidas preconizadas pelo governo federal para atingir a meta de redução do gasto de energia elétrica. Uma das formas de redução mais propaladas foi a substituição de lâmpadas incandescentes por lâmpadas fluorescentes. Por outro lado, a população deve ser alertada a respeito do perigo que estas últimas apresentam para o meio ambiente e a saúde das pessoas, quando indevidamente manipuladas e descartadas. Para os consumidores domésticos, enquanto não existe uma legislação que obrigue o fabricante a recolher as lâmpadas fluorescentes usadas, a melhor opção é descartar tais lâmpadas como resíduo doméstico perigoso. Essa preocupação justificase: a) como conseqüência da radiação emitida pelos vapores existentes nessas lâmpadas. b) pelo fato dos vapores existentes nessas lâmpadas conterem o metal Hg, que é tóxico. c) pela toxidez dos solventes orgânicos existentes nessas lâmpadas. d) pelo risco de reação química explosiva entre o lixo e os vapores existentes nessas lâmpadas. e) em função da alta acidez dos vapores existentes nessas lâmpadas. Gabarito: B o mercúrio faz parte do grupo dos ¨metais pesados¨, tendo efeito acumulativo nos organimos podendo levar intoxicações leves (causar anemia, anorexia, depressão, dermatite, fadiga, dores de cabeça, hipertensão, insônia, torpor, irritabilidade, tremores, fraqueza, problemas de audição e visão) e intoxicações mais severas (problemas neurológicos graves, inclusive paralisias cerebrais).