acesso na área verde 1 acesso em “L” eixo da passarela SBS acesso no estacionamento acesso na área verde 2 50 10 0 SHS inflexão eixo da passarela acesso na área verde SQS 213 A primeira questão colocada pelo Termo de Referência trata da segurança e da visibilidade nos acessos às passarelas. Eliminar os acessos em “L” e prolongar a porção final em linha reta é a opção mais direta rumo às faixas verdes, onde haveria espaço para um acesso aberto, acessível e seguro (fig. 1). Entretanto, em várias quadras, bem como no SBS, junto ao Banco Central, a ocupação das faixas verdes por derivações dos edifícios, muretas, arrimos, rampas, subsolos, etc., torna impossível a extensão dos túneis em linha reta. Como solução parcial para esses casos, atendendo ao Termo de Referência, poderíamos adotar uma curva suave após o último trecho reto, minimizando os pontos cegos na inevitável extensão dos túneis rumo à saída. Mas ainda teríamos limitações de visibilidade e da sensação de segurança. Como solução plena, valendo-nos do caráter reflexivo inerente a um concurso, propusemos uma inflexão anterior ao último túnel, no último trecho descoberto, onde a curvatura não interferiria na visibilidade e na sensação de segurança (fig. 2). Haveria um pequeno acréscimo de intervenção em trecho coberto, mas o resultado é pleno e dispensa artifícios, assegurando segurança e visibilidade. acesso em “L” SQS 113 acesso em “L” acesso em “L” Uma questão central 30 50 10 100 0 30 100 5 4 Uma questão de escala 6 Consideramos as passarelas como equipamentos cotidianos, situados no domínio da Escala Residencial e de caráter essencialmente utilitário. Acreditamos também na importância da preservação da imagem dos substratos da intervenção, que são os canteiros que intercalam os eixos viários e as faixas verdes das quadras, ambos constituídos por uma base gramada pontuada pela arborização. Propusemo-nos a reconstruir o próprio gramado, recortando o tecido verde para que os acessos fossem descobertos e pudessem emergir de seu interior, diluindo os limites entre a intervenção topográfica e a construção arquitetônica (fig. 3). Os acessos às passarelas são moldados a partir do solo, revestidos de pavimento quando necessário, e de grama sempre que possível. O desdobramento do solo sinaliza a entrada, dispensando uma placa (figs. 4, 5 e 6). Sua elevação é apenas suficiente para criar um marco topográfico, sem pretender protagonismo arquitetônico, afinal estão nas áreas verdes, onde qualquer construção, ainda que necessária, é indevida e lhe convém discrição. 3 7 Os acessos As áreas vivenciais A partir dos túneis sob o eixinho, a saída se apresenta como um espaço em progressiva expansão (fig. 8), uma praça ascendente, plena de luz, livre de pontos cegos. As escadas e as rampas são integradas por bancos escalonados, gerando uma área de estar cujo mobiliário se desdobra do próprio solo (fig. 9), além de criar uma platéia informal para eventuais artistas de rua. O túnel permite a saída direta pela escadaria, o percurso em rampas acessíveis ocupa a dilatação iniciada pela parede curva, é extenso, mas se inicia e termina junto aos patamares da escada conformando variantes do mesmo acesso num espaço único. Evitamos distinguir os acessos afinal, somados eles resultam em um espaço amplo e num percurso único. Por outro lado, o ingresso aos túneis não se dará mais por uma fenda, a praça de acesso é ampla e convidativa, marcada pelo desdobramento do solo na marquise gramada e elevada (fig. 7). A praça estabelece a transição gradativa do parque para o túnel onde, na medida em que se aproxima sua entrada será visualizada a saída, graças ao trajeto retilíneo. Nos trechos descobertos foram previstas dilatações das calçadas a fim de que se possa implantar áreas vivenciais (fig. 10). As muretas que definem as calçadas se desdobram em arrimos ascendentes, definindo também as praças vivenciais, implantadas junto à cota mais alta do trecho, permitindo neste ponto o acesso sem desníveis e (figs. 10 e 11). As coberturas únicas e modulares podem abrigar boxes de comércio, serviços e áreas sombreadas de vivência. Propostas como elemento ordenador do conjunto de boxes (fig. 12), simplificam a confecção dos próprios boxes, ora dispensados dos pré-requisitos de estanqueidade e inércia térmica, essenciais ao clima local. Sua quinta fachada pode acomodar painéis fotovoltaicos, atuando como gerador de energia para a iluminação dos túneis e áreas externas lindeiras as passarelas. Aqui apresentada como cobertura verde, define um plano que recompõe a textura do parque nos canteiros das vias. (fig. 11) Procuramos preservar os trechos abertos das passarelas sem quaisquer interferências, principalmente porque a abertura e a amplitude lhes asseguram visibilidade e segurança. 8 9 10 12 11 1/4