Comunicado de impresa
N°2015_47 | Meio ambiente
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Aço e Meio Ambiente: Uma questão central na agenda da
siderurgia em América Latina
Alacero - Santiago, Chile, 24 de novembro de 2015. A protecção do ambiente e a sustentabilidade sócio-ambiental são temas
centrais e de um grande compromisso para a indústria do aço da América Latina. Por esta razão, o Congresso Alacero-56 que foi realizado em Buenos Aires há alguns dias, dedicou uma seção inteira com expertos internacionais para discutir sobre o papel do aço em uma economia verde.
Um painel de especialistas intitulado “Mudança Climática: o aço na economia verde” reuniu a Ned Helme,
fundador e Presidente do Center for Clean Air Policy (CCAP) nos Estados Unidos; Paul Brooks, Presidente
da Comissão do Meio Ambiente da worldsteel e Roberto T. León, Professor em engenharia estrutural e materiais na Virgina Tech, EUA, quem ditaram conferências sobre a atual problemática global e o papel do aço
como parte da solução para o problema da mudança climática.
Na véspera da Conferência sobre Mudança Climática (COP 21) que se realizará em Paris em poucos dias, o aço
posiciona-se claramente como um material de destaque para proporcionar soluções para este problema global.
Devido às suas características, o aço é o material mais reciclável que existe. Pode ser reutilizado e reciclado facilmente e com baixo custo, e voltar ao mercado uma e outra vez, sem perder suas virtudes originais.
Essas vantagens e benefícios se fazem evidentes ao realizar uma análise completa do ciclo de vida dos produtos de aço em suas diversas aplicações (automotivo, construção, bens duráveis, etc.): tendo em consideração desde a produção do aço até sua utilização e posterior reciclagem. Todo o aço produzido nos últimos
150 anos é susceptível de ser reciclado ou reutilizado.
Assim deixou-o expresso o acadêmico Robert T. León em sua apresentação: “Há numerosas oportunidades
para a indústria siderúrgica de ser parte das soluções para a mudança climática, principalmente porque é
um material 100% reciclável”. E acrescentou: “É preciso uma mentalidade que não procure apenas soluções
inovadoras senão que também seja capaz de arriscar recursos em iniciativas de pesquisa e desenvolvimento.”
Por sua parte, Paul Brooks diz: “De acordo com a Agência Internacional de Energia (IEA), a contribuição do
sector siderúrgico para as emissões de CO2 é de 6,7% em todo o mundo, e constitui um material fundamental para o desenvolvimento sustentável de qualquer economia”:
A poucos dias da Conferência de Paris, Ned Helme fez uma chamada importante no Congresso LatinoAmericano de Aço sobre os desafios que poderiam trazer as decisões tomadas lá sobre a sustentabilidade
da indústria regional: “Os objetivos de redução das emissões de gases com efeito de estufa propostos pelos
países perante as Nações Unidas são ambiciosos. Definitivamente o aço faz parte da solução ao problema
global. O desafio futuro será definir metas de redução equilibradas para evitar distorções na competitividade”.
Na mesma linha, Paul Brooks diz: “O 35% do aço produzido é comercializado internacionalmente, por tanto as políticas implementadas devem promover um campo de jogo em igualdade de condições para garantir
que as empresas siderúrgicas em uma região não entrem com desvantagem com as siderúrgicas de outras
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regiões e com menos regulamentações ambientais e dessa forma incentivem uma concorrência desleal entre
a produção local e os produtos importados.
O Congresso de Buenos Aires terminou com uma apresentação do Orador Principal, Paolo Rocca, Presidente do Grupo Techint, que reúne a Ternium (uma das mais importantes siderúrgicas latino-americanas) e
Tenaris (líder mundial na fabricação de produtos tubulares). Segundo a perspectiva deste líder global da indústria do aço, “a questão ambiental é uma questão muito importante para nós, tanto por causa da relação
ambiente e segurança, como pela relação com as comunidades nas quais operamos. A indústria siderúrgica
tem uma pegada de carbono e tem uma marca. É preciso trabalhar com as comunidades para chegar a um
consenso sobre a sua atividade”.
A política que se aplica para des-carbonizar nossa matriz energética e também de toda nossa região é muito
importante para garantir um futuro sustentável para a nossa indústria. (“...) Queremos que isto seja um
item da agenda com os governos e temos que mantê-lo na medida em que permite a expansão de nossa
atividade e de toda a cadeia de valor”, disse para depois salientar o papel da Alacero: “Acho que a agenda
da Alacero deve considerar e se concentrar no tema da situação ambiental e na questão do controlo das
emissões de CO2 a nível mundial, em antecipação também da Conferência de Paris”.
Como parte do trabalho feito pela Alacero em questões ambientais durante 2015, no Comité de Tecnologia e
Control Ambiental reunido antes do início do Congresso, foi a apresentado o Levantamento de 33 casos de
“Melhores Práticas Disponíveis em Matéria Ambiental” que relatou iniciativas por mais de 100 milhões de
dólares que têm sido feitas pelas empresas sócias da Alacero.
Os casos apresentados pelas empresas Ternium Siderar (Argentina), CSN (Brasil) e ArcelorMittal Tubarão
(Brasil) foram reconhecidos pelo Comitê e premiados com uma menção especial. “É notável que as empresas associadas possamos trocar nossas experiências de sucesso na gestão ambiental e dêem o exemplo
para conseguir uma melhoria contínua. Esperemos que esta primeira publicação continue crescendo e
renovando-se como um sinal do esforço e empenho da indústria siderúrgica latino-americana na proteção
do meio ambiente”, disse José Fonrouge, Presidente da Comissão de Política Ambiental da Alacero durante
a apresentação deste trabalho.
Sobre Alacero
Alacero (Asociación Latinoamericana del Acero) – É uma entidade civil sem fins lucrativos que reúne a cadeia de valor do aço da América Latina para fomentar os valores de integração regional, inovação tecnológica, excelência em recursos humanos, responsabilidade empresarial e sustentabilidade sócioambiental. Fundada em 1959, é formada por 49
empresas de 25 países, cuja produção é de aproximadamente 70 milhões anuais- representando 95% do aço fabricado
na América Latina. Alacero é reconhecida como Organismo Consultor Especial para as Nações Unidas e como Organismo Internacional Não Governamental por parte do Governo da República do Chile, país sede da Direcção Geral.
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