Ano 1 - Número 2 - setembro/outubro de 2009 O AGENTE Boletim informativo da Associação Brasileira dos Agentes da Propriedade Industrial - ABAPI Edição Especial Três dias muito especiais para a ABAPI e seus associados O XXVII Encontro Nacional de Profissionais da Propriedade Industrial, realizado de 25 a 27 de setembro, em Campos do Jordão, teve uma programação cuidadosamente preparada para atender aos Associados de forma completa. Um ciclo de palestras (cujo conteúdo está nesta edição), mesa-redonda e um agradável coquetel de confraternização na primeira noite; no sábado, mais um dia de sol e animadas disputas nos torneios de vôlei e de tênis. Após o almoço, tarde de boas conversas, passeios pela cidade e o merecido descanso de quem tem sempre uma agenda sobrecarregada. À noite, jantar especial no Salão Cristal, medalhas para os campeões dos torneios, a homenagem ao Dr. Carlos Henrique de Carvalho Fróes e o Bingo da ABAPI. No domingo, manhã livre para lazer, seguida de almoço no bufê do hotel. O ambiente alegre, o reencontro com os amigos; histórias contadas de forma solene e outras puramente divertidas, roupas descontraídas - o que também não é comum para esse grupo de pessoas. Se não teve a oportunidade de viver esses bons momentos, desta vez em Campos do Jordão, converse com os Associados que lá estiveram e se prepare para participar da celebração de sua entidade no próximo ano. O AGENTE ABAPI Palavra da Presidente ABAPI dedica seu Encontro Anual a Carlos Henrique de Carvalho Fróes Arquivo ABAPI Torneios Na disputa do Torneio de Tênis os vencedores foram: 1º Lugar de Duplas Francisco Silva e Carlos André Ricci 2º Lugar de Duplas João Cassiano Oyarzávbal e Andréa Ricci O XXVII Encontro Nacional de Profissionais da Propriedade Industrial, realizado pela ABAPI de 25 a 27 de setembro, em Campos do Jordão cumpriu plenamente seus objetivos: troca de informações e um forte entrosamento entre os Agentes. Cada parte do evento foi revestida de contornos especiais. O hotel escola do Senac, que teve todas as reservas da ABAPI ocupadas, prestou um excelente serviço, com destaque para a cordialidade e presteza de sua equipe e também para a boa estrutura de acomodações e de lazer, além de um cardápio capaz de atender aos gostos mais exigentes. Como corolário de tudo isso, a presença do sol durante os três dias do evento. Uma das metas desta Diretoria era resgatar a parte acadêmica de nossos Encontros anuais, rara oportunidade para reflexão sobre assuntos tão caros à atuação dos Agentes. Escolhemos como tema 2 central a Ética na profissão do Agente da Propriedade Industrial, com palestras esclarecedoras e ricas em conteúdo. Em cada pronunciamento, princípios e conceitos capazes de dirimir certas dúvidas que permeiam a nossa classe. Dentre os palestrantes, todos convidados de honra, a presença de Carlos Henrique de Carvalho Fróes, um ícone para a classe e o homenageado do Encontro da ABAPI em 2009. Não poderia haver escolha melhor. Por sua postura exemplar, pelo profundo respeito que desperta, muitas vezes transmitido em histórias lembradas por seus colegas e amigos, por gestos de afeição e por frases que tentam, de modo inglório, transmitir em palavras um pouco daquilo que sua figura representa para todos nós. Cláudia Luna Guimarães, presidente. Na disputa do Torneio de Vôlei os vencedores foram: 1º lugar: Saulo Calazans Marcos Velasco Filipe Fontelles Carlos Max Gabriel Fernandes Ronaldo Matos 2º Lugar: Hélcio Ricci Antonio Ferro Ricci Caio Ricci Cecilia Ricci João Marcelo Assafim Felipe Guimarães 3º Lugar: Adriana Garcia Marilda Fernandes Custódio Lito de Almeida Custódio Afonso de Almeida Marco Carvalho Diego Possinhas Edição 2 - setembro/outubro de 2009 ABAPI O AGENTE Palestras Nesta edição de O Agente, apresentamos um resumo de cada palestra, conheça a opinião dos convidados e aproveite para refletir sobre os temas com os demais colegas. Ética do Agente da Propriedade Industrial em debate Na tarde do primeiro dia do XXVII Encontro Nacional de Profissionais da Propriedade Industrial, a Diretoria da ABAPI ofereceu a todos a oportunidade de analisar de forma aprofundada o tema Ética na profissão do Agente da Propriedade Industrial. Limite da publicidade na atividade do profissional do API Dr. Carlos Henrique de Carvalho Fróes, sócio do escritório Fróes, Luna & Advogados Roberto Paes “Aprimorar a conduta ética em qualquer categoria profissional é uma preocupação real”, afirmou o Dr. Fróes na abertura de sua palestra. Lembrou que o Relatório do Fórum Econômico Mundial mostra que o Brasil evoluiu na questão da competitividade em 2009, mas caiu no que se refere à ética na gestão pública e na desconfiança com relação à classe política. Assim como o governo e a classe política, qualquer grupo profissional deve zelar por sua ética. Cabe a cada categoria, segundo ele, buscar o melhor, inclusive em termos de como divulgar sua forma de trabalho. Isso é válido para o exercício da publicidade na advocacia e por extensão para os API. O Dr. Fróes explicou que o Provimento 94, do Conselho Federal da OAB, no parágrafo 33 estabelece quatro parâmetros para a discrição do que é feito em matéria de publicidade: Informação, Veracidade, Moderação e Discrição. A publicidade deve ser feita por meios lícitos, como por exemplo em anuários, listas telefônicas. É preciso também usar, de forma correta, e-mails e a própria Internet como ferramenta para essa publicidade. Por se tratar de uma atividade que tem sua feição própria, sua divulgação não pode ser feita em conjunto com outra profissão, “Nada como um trabalho bem feito por parte do advogado ou Agente da Propriedade Industrial para se obter a melhor publicidade.” Edição 2 - setembro/outubo de 2009 como por exemplo a de advogado ou contador. Lembrou ainda o Dr. Fróes que não se pode fazer publicidade comparativa com outros escritórios, tampouco vangloriar-se de uma ou outra prática, dizendo-se melhor que a concorrência, uma vez que isto é difícil de se auferir na prática e provoca controvérsias. Também não é eticamente correta a divulgação da lista de clientes ou da tabela de honorários. Não caberiam, evidentemente, informações errôneas ou mesmo promessas de resultados em peças publicitárias. A propaganda deve lançar mão de meios de divulgação lícitos, típicos do sistema mercantil. Fróes disse, ainda, não concordar com a proibição da realização de publicidade no rádio, afinal, nas localidades de difícil acesso a comunicação por rádio é sempre a mais efetiva. Reforçou que um trabalho bem feito por parte de um advogado ou API traz a melhor publicidade. “Sendo bem atendido, o cliente não titubeará em indicá-lo”, comentou o Dr. Fróes. Ao encerrar, lembrou a máxima, segundo a qual, o profissional deve ter uma atitude semelhante à de uma dama, em um salão de baile. Nesse salão imaginário, o cliente é o cavalheiro e somente ele deve ir convidar a dama para dançar, nunca o contrário. 3 O AGENTE ABAPI Palestras A crise ética no mundo dos negócios Oded Grajew, fundador e conselheiro do Instituto Ethos, ex Assessor Especial da Presidência da República. Roberto Paes A palestra apresentada por Oded Grajew, durante o XXVII Encontro de Profissionais da Propriedade Industrial, da ABAPI, levou os participantes a reflexões mais amplas sobre as responsabilidades de cada um no mundo em que vive. Esse contexto abrangente, como foi mostrado, pode e deve ser analisado em todas as atividades profissionais e, da mesma forma, nas ações dos Agentes da Propriedade Industrial. Segundo ele, a responsabilidade social das pessoas e das empresas, e mesmo os conceitos de ética não estão separados da realidade vivida pelo planeta. Uma das faces desse incômodo cenário, é o fato de uma porcentagem mínima da humanidade concentrar a maior parcela do patrimônio e da renda, provendo a desigualdade social. Esta desencadeia conflitos, que vão desde a violência urbana, passando pelo terrorismo de grupos isolados ou até mesmo o terrorismo de Estado - com o agravante de se dispor de armas letais, inclusive químicas, com grande poder de destruição. Lamentavelmente, explicou Oded, a humanidade não acredita nos sinais existentes à sua volta. De origem judaica,lembrou que sua família, em 1938, conseguiu interpretar os sinais emitidos na Europa com o crescimento do nazismo, e deixou a Polônia o mais cedo possível, tendo como resultado a preservação de seus bens e, principalmente, da vida de todos os familiares. Para ele, vivemos um momento único e decisivo na história da humanidade, com sinais evidentes de que se não forem tomadas medidas imediatas com relação ao meio ambiente, haverá um sério comprometimento da sobrevivência da espécie humana em pouco mais de uma dezena de anos. Nesse contexto, o desenvolvimento sustentável se torna a única saída - não a mais fácil, mas a que existe. Em face desse panorama, quando se fala em ética nos negócios, o desenvolvimento sustentável torna-se - ou deve se tornar - fator preponderante na gestão empresarial, assim como em associa- 4 ções, governos e organizações de todo tipo, até mesmo políticas e religiosas. O setor empresarial, especialmente as indústrias, tem enormes recursos financeiros e mesmo culturais, e é quem pode induzir os consumidores a ter novos valores e opiniões, assim como é influenciado gradativamente pelos desejos desses consumidores, que podem, se estiveram atentos a seu papel como ocupantes deste planeta, aceitar ou não atitudes de empresas que não agem com responsabilidade social. Ainda segundo Grajew,além do crime organizado e de uma série de atividades ilegais, os empresários são os grandes financiadores das campanhas políticas e isso tem o seu impacto na ética política do País e nas decisões de como vamos conduzir essa responsabilidade social. Quando há, por exemplo, uma frouxidão na fiscalização ambiental, por parte do Ibama ou outro órgão de governo, disse ele, é preciso entender a quem essa inação irá beneficiar e o quanto esse beneficiário participa do jogo político. Esta situação está diretamente ligada as nossas escolhas na política e em outros setores da vida. Ser ético ou não significa fazer escolhas e, a cada escolha, deveríamos refletir sobre o impacto que isso terá no desenvolvimento sustentável da vida humana. Decisões que se refletirão na vida de nossos netos, que sofrerão as consequências ou obterão os benefícios de nossas deliberações atuais. A ética, comentou Oded, deve ser pautada por princípios ou por valores. Que impacto minha decisão terá sobre os demais, o ambiente, a sociedade, a política, a justiça, consumidores, funcionários? É esta a pergunta que temos que fazer diante do desejo de viver com ética. Vale lembrar que essa forma de agir, ponderando decisões, está unida a lucros e perdas. “Se a opção é ganhar dinheiro acima de qualquer outro valor, vá em frente!”, argumentou Oded, o que não quer dizer que não haverá consequências danosas e que o afetarão ou à sua família, em um dado momento de sua vida. Informações não faltam para nos apontar qual é o melhor caminho para que tenhamos decisões éticas em termos de responsabilidade social, mas é preciso lembrar que uma coisa é declarar conceitos éticos em meio ao chope com os amigos e outra, bem mais complicada e real, é fazer isso em ações na empresa, na escola, na asso-ciação, nos negócios, no governo ou no grupo religioso. Ter um comportamento ético representa criar enfretamentos e é preciso estar preparado para as consequências das atitudes éticas e como vencer as resistências que surgirem pelo caminho. “Se suas decisões e atitudes geram apenas elogios e homenagens, é bem provável que você esteja distante de atitudes coerentes dentro de princípios éticos”, completou Oded. Para ele, a política é um fator preponderante na transformação da sociedade e na busca de uma vida com responsabilidade social em todos os setores. “É dever de cada associação, sindicato, escola ou grupo organizado se envolver com política com vistas ao bem comum e, como todos sabemos, quem não se interessa por política está, por omissão, delegando poder àqueles que se interessam e que à maior parte das vezes, não tem atrás de si, os mais nobres objetivos”, sentenciou Oded. Edição 2 - setembro/outubro de 2009 ABAPI O AGENTE Palestras Ética na prestação de serviços profissionais Cláudio Pereira de Souza Neto, integrante do Conselho Federal da OAB. Roberto Paes Procurando abreviar seu pronunciamento, para permitir mais tempo para os debates dos temas apresentados até aquele momento, o Dr. Cláudio fez apenas um breve resumo de alguns conceitos empregados em termos de ética, para os advogados e que ajudam a compor o quadro desejado da ética entre os API. Observou de início que se sente honrado por compor a Câmara do Conselho Federal da OAB que julga a ética e a disciplina dos advogados e, em sua visão, a melhor forma de verificar o comportamento dos profissionais é mesmo a auto regulamentação. “Nosso Estatuto e o Código de Ética adotam determinados princípios como sigilo, honestidade, decoro, discrição e a lealdade e nós advogados exercemos este controle”, explicou Cláudio. O sigilo, por exemplo, não pode ser violado, salvo grave ameaça ao Direito, à vida ou mediante agressão de seu próprio cliente. Quanto à dignidade, um dos problemas a se enfrentar é o agenciamento de causas, uma conduta reprovada. A questão da honestidade é mais ampla, explicou, e envolve muitas “Nosso Estatuto e o Código de Ética adotam determinados princípios... ...e nós advogados exercemos este controle” vezes a cobrança de honorários muito acima da média, fazendo do advogado “sócio de sua causa”. Há também casos em que o advogado deixa de prestar contas ao cliente. Quanto ao decoro, refere-se a formas de conduta desejáveis a qualquer indivíduo, mas que tem um impacto marcante em certas profissões das quais se espera um comportamento social elevado como, por exemplo, não praticar jogos de azar, não utilizar drogas e outras situações. Decoro também envolve detalhes da prestação de serviços, como informar ao cliente sobre os riscos de sua pretensão ou ainda a obrigação de tratar o público com respeito. A discrição se refere também à publicidade, que não pode ser feita em conjunto com outra atividade e, por fim, o princípio da lealdade, que impede certos procedimentos, como o de estabelecer entendimento com a parte adversa sem o conhecimento e consentimento do cliente. Esses, segundo ele, são os princípios gerais e cada um deles incorre em penalidades que vão desde a censura, passando por multas e chegando até a exclusão. “Sempre buscamos momentos de integração, lazer e muita alegria entre os Agentes neste curto espaço de tempo que o Encontro nos proporciona, mas é fundamental aproveitar a presença desse expressivo número de participantes para propor questionamentos relevantes à nossa classe e que, uma vez analisados neste fórum, servirão de base para futuros debates e especialmente para ações práticas” Cláudia Luna Guimarães Edição 2 - setembro/outubo de 2009 5 O AGENTE ABAPI Mesa redonda Conduta e desafios éticos da profissão Roberto Paes Coordenação: Dr. Gabriel Francisco Leonardos, do escritório Momsen, Leonardos & Cia. Antes de iniciar o debate, abrindo espaço para as perguntas do auditório, o Dr. Gabriel Francisco Leonardos pediu um aparte aos demais integrantes da mesa, Dr. Carlos Henrique de Carvalho Fróes, Dr. Cláudio Pereira de Souza Neto e Oded Grajew e fez uma breve exposição sobre estatísticas relativas a processos disciplinares, lembrando que a atribuição de fiscalizar e instaurar processos contra o API cabe ao INPI. E foi justamente no INPI que ele e a equipe da ABAPI obtiveram algumas estatísticas, que não podem evidentemente invadir o sigilo da Comissão de Ética do INPI, mas que ilustram a situação da ética na profissão de Agente. De 1999 a 2009, segundo demonstrou o Dr. Gabriel Leonardos, foram feitas 288 análises na Comissão de Ética do INPI, lembrando que existem cerca de 1.500 Agentes cadastrados. Estão em andamento, segundo esse levantamento, 154 casos, 164 foram arquivados, um caso foi cancelado, 79 Agentes foram advertidos e 18 suspensos. Muitos desses processos têm origem em reclamações que chegaram à 6 Comissão de Inscrição do INPI, num total de 625 nesse período, ou mesmo na Ouvidoria, que recebeu 450 denuncias. Gabriel recordou que existe uma carência de recursos para a atuação da Comissão de Ética do INPI e, além disso, existe o custo político de interpelar aquele que atua como API. “A atividade de julgar é muito angustiante, porque se decide o destino profissional e até mesmo pessoal de um individuo”, comentou ele. Estatística semelhante foi reunida nos arquivos da ABAPI, também para o período de 1999 a 2009, em que foram registradas 214 denuncias, com 27 advertências, 31 processos em andamento no INPI, 2 no Ministério Público e INPI, 1 caso de exclusão, com 29 ainda em andamento. Logo em seguida, iniciou-se a fase dos debates, acompanhada por todos e com o levantamento de várias indagações do auditório, solicitando o posicionamento dos integrantes da mesa. Entre os temas do debate, um dos que causou polêmica foi a pergunta de como se deve reagir ao pedido de um diretor de empresa que queira uma participação financeira nos resultados. Para o Dr. Fróes, essa pessoa deveria receber um “não”, embasado em uma explicação bastante didática. Também foi questionado se umAPI deve aceitar qualquer tipo de cliente e, nesse momento, o Dr. Cláudio Pereira lembrou que todos têm o direito de defesa e que é uma obrigação, no caso dos advogados, de oferecer seus serviços sem distinção. Para Oded Grajew, em qualquer questão envolvendo a ética existe a responsabilidade maior a partir do momento que se está ciente de um fato novo e perturbador, como uma atitude incoerente, desleal ou envolvendo corrupção. “A informação nos coloca sempre diante de um dilema ético”, lembrou Oded. Próximo ao encerramento dos trabalhos e em função do aproveitamento das discussões, Gabriel Leonardos sugeriu que aABAPI e seus integrantes colaborem na divulgação dos princípios de responsabilidade social defendidos pelo Instituto Ethos, fundado pelo senhor Oded, integrante de seu Conselho Consultivo, e a presidente da ABAPI, Claudia Luna Guimarães pediu então a palavra, solicitando ao senhor Oded o envio de material do Instituto Ethos para que seja feito um trabalho para adequação desses princípios à atividade do Agente da PI. Edição 2 - setembro/outubro de 2009 ABAPI O AGENTE Homenagem Emoção e alegria na homenagem a Carlos Henrique de Carvalho Fróes Arquivo ABAPI Com a palavra o homenageado do Encontro em texto exclusivo para O Agente O aperfeiçoamento profissional não é, apenas, um direito, mas, também, um dever do API em relação a seus clientes e aos clientes em potencial. Como assentou o prof. JeanJacques Taisne em livro recente, “o dever da qualidade é para o advogado uma promessa permanente”, o que se aplica, por analogia, ao API. Durante a homenagem prestada ao Dr. Fróes a Presidente da ABAPI, a Dra. Claudia Luna, entregou a ele uma placa representando o agradecimento da associação por sua contribuição à Propriedade Industrial e toda sua trajetória profissional. Após o jantar de confraternização, realizado sábado à noite, foram programadas atividades festivas, como a entrega de troféus aos ganhadores dos torneios de Tênis e de Vôlei e, mais no final da noite, a tradicional e animada disputa do Bingo da ABAPI, mas o ponto marcante foi, sem dúvida, a homenagem oficial prestada ao Dr. Carlos Henrique de Carvalho Fróes, que contou com a presença de todos os participantes. Na ocasião, a presidente da ABAPI, Dra. Claudia Luna Guimarães, discursou e entregou placa comemorativa do evento ao homenageado. Em seguida, o Dr. Fróes foi saudado pelo grande amigo, Herlon Monteiro Fontes, que brindou os presentes com um emocionado pro- nunciamento no qual destacou parte da vida pessoal e profissional do Dr. Fróes. Na mesma linha, a ASPI- Associação Paulista de Propriedade Intelectual e o escritório Momsen, Leonardos & Cia., representado por três de seus sócios, Gabriel Leonardos, Elisabeth Fekete e Claudio Barbosa, também entregaram placa comemorativa do evento e destacaram o profícuo trabalho do Dr. Fróes, ao longo de 42 anos naquele escritório. Bastante feliz e emocionado, o Dr. Fróes agradeceu a todos os companheiros ali presentes e, na figura de sua sócia e amiga, Dra. Claudia Luna, agradeceu à Diretoria e ao Conselho e, em seguida fez bonita homenagem a sua esposa, Lícia Lacerda. Edição 2 - setembro/outubo de 2009 Quanto à ética profissional, cabe lembrar, também por analogia, que o Código de Deontologia dos Advogados Europeus, aprovado pelo Conselho de Ministros da União Européia, em 2001, exige, dentre outros, a moralidade no mais alto nível e a disponibilidade para cuidar dos interesses das pessoas economicamente deficientes. A Ordem dos Advogados de Paris, por sua vez, acrescentou a esses deveres os da lealdade, do respeito e da cortesia em relação ao Magistrado e ao representante da parte adversa e, em relação ao cliente, a competência, a diligência e a dedicação. Finalmente, no que concerne à publicidade do API, que foi o tema principal do Encontro deste ano em Campo de Jordão, creio que é imprescindível a atualização do Código de Ética da ABAPI (tal como a do Código de Ética e Disciplina da OAB), diante dos avanços da tecnologia, a fim de permitir, de modo claro e preciso, a publicidade pela Internet, viabilizadas as fotografias dos integrantes dos escritórios para sua perfeita identificação, mas respeitados sempre os princípios da discrição e da moderação e mantida a proibição da publicidade comparativa. 7 O AGENTE ABAPI Cursos da ABAPI Formação profissional: um dos orgulhos da ABAPI A ABAPI atua de forma incessante na defesa dos interesses dos Agentes da Propriedade Industrial, bem como na divulgação da Propriedade Industrial e um dos trabalhos mais significativos da Instituição é realizado por sua área de ensino, que não se confunde com a atividade acadêmica de universidades e auxilia não apenas aos Agentes e escritórios de PI, como também a outros profissionais que precisam manter um estreito relacionamento com o universo da Propriedade Industrial. A estrutura da área de ensino é completa e atende a diversas necessidades. Muitos dos Agentes e Escritórios de PI tiveram a oportunidade de conhecer esse trabalho, conduzido por abnegados professores e coordenadores. Se você já teve s oportunidade, ajude a divulgar a qualidade desse serviço e, se este é seu primeiro contato, verifique as diferentes modalidades e veja qual se ajusta melhor a suas expectativas. CURSO BÁSICO Este curso oferece uma visão geral de toda a Propriedade Industrial e é muito útil àqueles que precisam ter uma visão introdutória dos conceitos de marcas e patentes. Pessoas que atuam em escritórios credenciados, ou mesmo jovens advogados, podem não ter contato com esses temas e para as empresas, seria caro manter um treinamento interno nesta área. Desta forma, os professores da ABAPI, que possuem conhecimento aprofundado e atuação constante na área de PI, podem suprir essa lacuna da atualização profissional, realizando um trabalho educacional voltado para a prática. INTERMEDIÁRIO O Curso Intermediário tem um foco mais dirigido, ou para marcas, ou para patentes, uma vez que o Agente da PI ou pessoas que atuam no setor podem ter um interesse direto em uma dessas áreas. As aulas são preparadas com o objetivo de promover a interação entre o professor e o grupo de alunos, com o estudo de casos práticos. No estudo de marcas, por exemplo, todos redigem peças como petição de oposição, resposta à oposição, processos administrativos de nulidade, realização de busca e muitos outros conceitos, assim como recebem o treinamento específico. Na área de patentes, o curso tem um caráter introdutório, devido à complexidade desse trabalho. Os exercícios são feitos de forma mais didática, apresentando os requisitos do Direito de Patentes. Além disso, não é apenas o advogado ou Agente de Propriedade Industrial que é chamado a intervir nos processos de registro de patentes, por isso é comum a realização do curso por parte de engenheiros químicos, farmacêuticos, de produção ou mecânicos, entre outros. Dessa forma, o curso procura integrar um advogado ou Agente de PI com alguém de uma área técnica, criando condições de diálogo entre profissionais de setores distintos. AVANÇADO O curso Avançado ganhou recentemente um novo enfoque, menos voltado O Agente – Ano 1 – Nº 2 Boletim informativo eletrônico dirigido aos associados da ABAPI. Distribuição gratuita. © 2009 ABAPI - Todos os direitos reservados. ABAPI - Associação Brasileira dos Agentes da Propriedade Industrial – Av. Rio Branco, 100 – 7º andar – Centro – Rio de Janeiro – RJ – Brasil – Cep: 20040-007 - Telefone: (21) 22245378 - Fax: (21) 2224-5942 - www.abapi.org.br - E-mail: [email protected] para a atuação profissional e sim preocupado com as grandes questões ligadas ao universo das marcas e patentes. São realizados ciclos de palestras e workshops para aqueles que já possuem um amplo conhecimento nessa atividade, profissionais que já passaram pelo curso intermediário ou com reconhecida experiência profissional na área. Tratase de dar um embasamento significativo para aqueles que atuam na área e que podem enriquecer seu conhecimento e as possibilidades de alcançar melhores resultados, a partir da observação e análise das experiências vividas pelos profissionais de PI em seu dia a dia. UNIVERSIDADES Além dos cursos, oferecidos em unidades da ABAPI, a Associação procura formar convênios com universidades, promovendo ciclos de palestras que têm o condão de valorizar não apenas a profissão de Agente da Propriedade Industrial, mas também lançar luz sobre conceitos relativos a marcas e patentes. Um desses casos é a cooperação com a Escola de Magistratura Federal do Rio de Janeiro (EMAF), que conta com a coordenação temática de Propriedade Industrial da Juíza Márcia Maria Nunes, que define temas e palestrantes para apresentação toda a primeira quartafeira de cada mês. EMPRESAS Ampliando sua atuação, a ABAPI dispõe também de cursos de curta duração que são ministrados no ambiente interno das empresas, para setores ou áreas de atividade que estão relacionados a marcas e patentes, criando assim um ambiente de cordialidade entre os funcionários das empresas e os Agentes de Propriedade Industrial, além de valorizar a importância da solicitação e preservação de marcas e patentes. Gabriel Francisco Leonardos; 3º Vice-presidente – Rodolfo Humberto Martinez Y Pell Jr.; 4º Vice-presidente – Antonio Ferro Ricci; 1º Diretora secretária – Renata Lisboa de Miranda de Souza Santos; 2º Diretora secretária – Eliana Jodas Cioruci; Tesoureiro – Gabriel Pedras Arnaud; Diretor de estudos – João Marcelo de Lima Assafim; Diretora de comunicação – Elisabeth Siemsen do Amaral; Procurador – Marcelo Martins de Andrade Goyanes; Procurador adjunto – Fabiano de Bem da Rocha; Procurador adjunto – Carlos Vicente da Silva Nogueira; Procuradora adjunta – Tatiana Campello Lopes; Procurador adjunto – Rodrigo Affonso de Ouro Preto Santos Boletim O Agente: Editora – Elisabeth Siemsen do Amaral; Jornalista Responsável – Emílio Ipaves Cruz (MTB - 15.890); Produção – Writers Editora e Comunicação Ltda. Diretoria: Presidente – Claudia Luna Guimarães; 1º Vicepresidente – José Carlos Tinoco Soares; 2º Vice-presidente – Colaborarou com esta edição o agente: Alvaro Loureiro 8 Edição 2 - setembro/outubro de 2009