O Rápido e o Apressado. Muita confusão se faz diante dessas duas coisas: ser rápido e ser apressado. É o mesmo erro que se comete quando se à causa o que é efeito. A velocidade é um efeito de treino e conseqüentemente da habilidade que se consegue em uma determinada tarefa. O hábil é rápido sem ser apressado, ou seja, trabalha rápido, mas com a devida tranqüilidade necessária ao prazer e sucesso da realização da tarefa. A pressa é tentar usar a velocidade para causar o efeito. O apressado é movido pelo senso exagerado de urgência. Paira sobre a cabeça do apressado a espada do prazo. O apressado tenta ser rápido sem a devida habilidade para realizar aquela tarefa no tempo determinado. É claro que a tal habilidade não pode ser entendida somente pela variável do indivíduo, isto é, depende também do elemento crucial chamado tempo. Se minha habilidade é de fazer algo bem em uma hora e se o prazo for trinta minutos ponho em risco o resultado ou sucesso da mesma. Uma das causas mais comuns de pressa é desejo de se acabar logo aquilo que não se gosta de fazer, e o que é pior, quanto mais pressa você coloca na tarefa menos agradável ela se torna. No mundo de hoje precisamos ser rápidos sem sermos apressados. A velocidade é uma das características da competência e é uma das conquistas do homem moderno. A lerdeza nunca é bem vista e é em geral associada à incompetência e inabilidade. Mas, muito cuidado, a habilidade, mais uma vez, é uma conseqüência de treino e muita repetição, como diz um adágio popular: A repetição é a mãe da habilidade. Outro ditado popular diz também que “Depressa e bem não faz ninguém”. À curto prazo, a pressa pode até causar uma certa excitação agradável, e é por isso que muita gente deixa as coisas para depois, pra última hora, mas os efeitos a longo prazo podem ser devastadores. O estresse nada mais é do que um organismo a mil por hora tentando se adaptar as exigências do meio. O desgaste provocado por um organismo numa velocidade acima do natural durante muito tempo, sem o devido descanso, pode ser desastroso para a saúde. Carl Jung, famoso psicólogo, diagnosticou a doença da pressa e afirmou categórico: “A pressa não é coisa do diabo; a pressa é o diabo”. ... Não é à toa que cada vez mais vemos surgir novos nomes de doenças relacionadas ao mesmo problema: Doença da Pressa, Síndrome do Pensamento Acelerado, Hiperatividade, etc... Nova e finalmente a solução é administrar o tempo. Priorizar...Priorizar...Priorizar! Colocar as principais coisas em primeiro lugar.