Usina Hidrelétrica de Colíder – MT
Instalação da Estrutura de Monitoramento
EC‐03
Novembro/12
R171/12 – PR039/12
Índice Analítico 1. Introdução e Objetivos .................................................................................................... 1 2. Caracterização do Meio Físico ......................................................................................... 3 2.1. Geologia da Região do Reservatório ............................................................................. 3 2.2. Hidrogeologia da Região do Reservatório ..................................................................... 3 3. Metodologias de Trabalho ............................................................................................... 6 3.1. Execução de Sondagens ................................................................................................ 6 3.2. Instalação dos Poços de Monitoramento ...................................................................... 7 4. Serviços Executados ....................................................................................................... 10 4.1. Reconhecimento da Área para um Trabalho Seguro ................................................... 10 4.2. Locação dos pontos para Instalação dos Poços de Monitoramento e Piezômetros ...... 10 4.3. Instalação dos Poços de Monitoramento e Piezômetros ............................................. 11 4.3.1. Seção Típica Fazenda Tratex ....................................................................................... 11 4.3.2. Seção Típica Fazenda São Luiz (Balsa) ........................................................................ 16 5. Considerações Finais ...................................................................................................... 21 6. Equipe Técnica ............................................................................................................... 22 7. Referências Bibliográficas .............................................................................................. 23 R171/12 – PR039/12
Tabelas 2.2.1. Unidades Hidrogeológicas Associadas ao Sistema Sedimentar 4.3.1. Características dos Poços de Monitoramento e Piezômetros da Fazenda Tratex 4.3.2. Características dos Poços de Monitoramento e Piezômetros da Fazenda São Luiz (próximo a balsa) Figuras 1.1.
Mapa de Localização e Vias de Acesso. 2.1. Mapa Geológico Regional. 4.3.1.1. Localização dos poços da seção típica da Fazenda Tratex 4.3.1.2. Perfis construtivos dos poços de monitoramento rasos e dos piezômetros da Fazenda Tratex 4.3.1.3. Perfis construtivos dos poços de monitoramento profundos da Fazenda Tratex 4.3.2.1. Localização dos poços da seção típica da Fazenda São Luiz (próximo à balsa) 4.3.2.2. Perfis construtivos dos poços de monitoramento rasos e dos piezômetros da Fazenda São Luiz (próximo à balsa) 4.3.2.3. Perfis construtivos dos poços de monitoramento profundos da Fazenda São Luiz (próximo à balsa) R171/12 – PR039/12
Foto 1.
Sondagem a trado helicoidal. 2.
Perfuração com martelo rompedor para instalação dos poços profundos 3.
Selamento do poço 4.
Proteção sanitária do poço instalado com tubo para sinalização cravado ao lado 5.
Trava de segurança para proteção do poço e do equipamento de medição 6.
Identificação dos poços e da seção típica 7.
Área da seção típica da Fazenda Tratex 8.
Área da seção típica da Fazenda São Luiz (próximo à balsa) Anexos 1.
ART (Anotação de Responsabilidade Técnica). R171/12 – PR039/12
1. Introdução e Objetivos
A QUATZOR Ambiental S.A. (anteriormente denominada ALGON Geologia e Gestão Ambiental Ltda.) foi contratada pela COPEL (Companhia Paranaense de Energia – COPEL Geração e Transmissão S.A.) para realizar os serviços relacionados ao Monitoramento Hidrogeológico, que fazem parte dos programas do Projeto Básico Ambiental (PBA) da UHE Colider/MT, localizada entre os municípios de Nova Canaã do Norte, Claudia, Itaúba e Colider, no Estado do Mato Grosso. A Figura 1.1. apresenta a localização do empreendimento e suas vias de acesso. O Monitoramento Hidrogeológico tem por objetivo avaliar os processos naturais e modificadores do comportamento das águas subterrâneas na área de influência do futuro reservatório da usina, visando compreender o processo como um todo a partir das características específicas da área de estudo, e do comportamento das águas subterrâneas e do ambiente relacionado a estas diante da intervenção que será realizada no ambiente, em particular aquelas vinculadas ao lençol freático. Os trabalhos serão realizados conforme as Especificações Técnicas da licitação originária, vinculada à Concorrência COPEL DMC nº 006/2011, e Contrato COPEL DMC nº 4404983400. O presente relatório apresenta a Instalação da Estrutura de Monitoramento (EC‐
03), que corresponde à terceira e última parte do Marco Contratual 01 (MC‐01), onde serão apresentados: 
Os poços de monitoramento e piezômetros construídos de acordo com as normas técnicas da ABNT NBR 15.495‐01/2007 e 15.495‐02/2008, e os monitoramentos deverão atender à NBR 15.847/2010. As atividades para elaboração deste documento foram executadas entre os dias 31 de outubro e 14 de novembro de 2012. O Anexo 01 apresenta a ART (Anotação de Responsabilidade Técnica) dos serviços realizados. 1 R171/12 – PR039/12
Nova Canaã do Norte
Colíder
²
Itaúba
Tabaporã
Cláudia
Legenda
Sinop
Cidades
Acessos
Barragem
Hidrografia
Reservatório
Figura 1.1. Localização e vias de acesso.
Projeto: Copel - Companhia Paranaense de Energia PR-039/12.
Elaborado: Eng. Dino Paulinetti.
Verificado: Eng. João Henrique.
Aprovado: Geol. Fernando Delatorre.
2. Caracterização do Meio Físico
2.1. Geologia da Região do Reservatório Toda a área do reservatório da UHE Colider encontra‐se situado sobre substrato rochoso da Formação Dardanelos, situadas no Mesoproterozóico (<1383 Ma – por datação U‐Pb) e constituída por subarcóseo, quartzo‐arenito, arcóseo, conglomerado e grauvaca, além de arenito feldspático médio a grosso com níveis conglomeráticos. O reservatório possui cerca de 94 km de extensão desde o barramento através do Rio Teles Pires, o qual possui traçado irregular. Falhas e zonas de cisalhamentos de direções NW e NE associados a silicificação de rochas vizinhas controlam o traçado do Rio. Na calha do Rio e seus afluentes são observados depósitos aluvionares quaternários constituídos por sedimentos arenosos, siltico‐argilosos e conglomeráticos. A Figura 2.1 apresenta o mapa geológico regional retirado da Folha SC21_JURUEMA do Mapa Geológico do Brasil ao Milionésimo, onde é possível observar que todo o reservatório encontra‐se situado sobre uma única unidade geológica (Formação Dardanelos) e algumas ocorrências de depósitos aluvionares mais significativas. 2.2. Hidrogeologia da Região do Reservatório A área de estudos encontra‐se situada na bacia do rio Teles Pires, que está inserido na Região Hidrográfica Amazônica e que apresenta dois grandes domínios hidrogeológicos, caracterizados por aquíferos fissurais e aquíferos sedimentares. Na área de influência da UHE Colider, considerando a área do barramento e área do reservatório, foram caracterizadas três unidades hidrogeológicas associadas ao sistema sedimentar conforme apresentado na Tabela 2.2.1. 3 R171/12 – PR039/12
660000,000000
680000,000000
700000,000000
720000,000000
740000,000000
8840000,000000
640000,000000
8840000,000000
620000,000000
Legenda
8820000,000000
8820000,000000
Cidades
8800000,000000
8800000,000000
Nova Canaã do Norte
8780000,000000
8780000,000000
Colíder
8760000,000000
8740000,000000
8720000,000000
Cláudia
620000,000000
640000,000000
660000,000000
680000,000000
700000,000000
720000,000000
Hidrografia
Reservatório
Geologia
Aglomerado, Areia, Argila, Laterita
Andesito, Basalto, Riolito, Riodacito, Brecha Piroclástica, Tufo Lapilítico,
Aplito, Sedimento Siliciclástico, Tufo de Cristal, Tufo a Pó
Aplito, Granitóide, Sienogranito, Biotita Monzogranito
Areia, Argila, Cascalho
Areia, Cascalho
Arenito Arcoseano, Quartzo-Arenito, Argilito, Conglomerado suportado por Clastos,
Siltito, Arenito Conglomerático
Conglomerado, Arenito Fino
Dacito, Riolito, Brecha Piroclástica, Ignimbrito, Arenito Lítico, Chert, Formação
Ferrífera Bandada, Siltito, Metapelito, Metamarga, Tufo Cinerítico de Cristal, Metachert
Diabásio, Gabro, Hornblendito
Diorito, Gabro, Monzodiorito, Monzogabro, Quartzo-Diorito
Diorito, Quartzo-Diorito, Tonalito, Metadiorito, Metatonalito
Granito, Granodiorito, Monzodiorito, Monzogranito, Quartzo-Diorito
Granodiorito, Monzogranito, Monzonito, Quartzo-Monzonito
Granodiorito, Tonalito, Anfibolito, Migmatito, Ortognaisse
Metagranodiorito, Metamonzogranito, Metassienogranito
Metamonzogranito, Metassienogranito, Biotita Monzogranito
Metavulcânica Félsica, Metapiroclástica, Metaepiclástica
Monzogranito, Sienogranito
Quartzo-Monzonito, Sienogranito, Granófiro, Biotita Monzogranito, Microgranito
740000,000000
Figura 2.1. Mapa Geológico.
Barragem
8720000,000000
8740000,000000
8760000,000000
Itaúba
²
Projeto: Copel - Companhia Paranaense de Energia PR-039/12.
Elaborado: Geol. José Carlos Branco.
Verificado: Eng. João Henrique.
Aprovado: Geol. Fernando Delatorre.
Tabela 2.2.1. Unidades Hidrogeológicas Associadas ao Sistema Sedimentar. Unidade Aquífera Depósitos Aluviais Cobertura Detrito‐ Laterítica Características Argila, silte, areias, cascalhos e matéria orgânica, nível de água
subterrânea raso, subaflorante. Porosidade efetiva e permeabilidade I elevada, conexão direta com as águas do rio. Aquífero heterogêneo, anisotrópico, descontínuo, livre e freático, com
boa potencialidade de explotação. Sedimentos argilo‐arenosos com blocos e nódulos de concreções
lateríticas e níveis de seixos de quartzo, que por vezes recobre horizonte de argila mosqueado. Situam‐se em divisores de bacia
hidrográfica. Ocorrência de nascentes, afloramentos do freático e II provavelmente são divisores de bacia hidrogeológica. Aqüífero de permeabilidade relativa média a média‐baixa, contínuo,
livre, predominantemente inconsolidado, de extensão local. Áreas de recarga do aquífero Parecis. Formação Ronuro Arenitos, arcóseos com níveis de conglomeráticos e intercalações de siltito e argilito. Rochas Arenosas Aquífero de permeabilidade relativa média a alta, com fluxo contínuo,
IIIa localmente descontínuo, comportamento predominantemente livre, apresentando‐se eventualmente semi‐confinado/confinado, com
extensão regional e ocasionalmente local. Formação Dardanelos Fonte: CENEC/SEPLAN/MT (2003). 5 R171/12 – PR039/12
3. Metodologias de Trabalho
3.1. Execução de Sondagens As sondagens seguiram a norma ABNT‐NBR 15.492:2007 – Sondagens de reconhecimento para fins de qualidade ambiental – Procedimento, e foram executadas com perfuratriz helicoidal de 4” para instalação dos poços de monitoramento e piezômetros instalados no aquífero freático, e com martelo rompedor para perfuração do arenito e instalação dos poços de monitoramento profundos. Foto 1: Sondagem com trato helicoidal 6 R171/12 – PR039/12
Foto 2: Perfuração com martelo rompedor para instalação dos poços profundos 3.2. Instalação dos Poços de Monitoramento O procedimento de instalação dos poços de monitoramento de água subterrânea visou atender às especificações técnicas contidas na ABNT NBR 15.495‐1:2007 ‐ Poços de monitoramento de águas subterrâneas em aquíferos granulares – Parte 1: Projeto e construção e ABNT NBR 15495‐2:2008 – Poços de monitoramento de águas subterrâneas em aquíferos granulares – Parte 2: Desenvolvimento. Para instalação dos poços de monitoramento foi utilizado tubo de PVC Geomecânico DN50 da FORTILIT de 2’’, tanto para o filtro como para o revestimento. A seção filtrante foi instalada com 2,00 m de extensão na zona saturada nos casos dos poços de monitoramento do aquífero freático, e com 4,00 m de extensão nos poços do aquífero profundo. A porção correspondente ao intervalo do filtro foi preenchida por areia grossa para pré‐filtro (Tipo Jacareí ‐ 2 a 3 mm). O intervalo do selo foi preenchido com bentonita tipo pellet e calda de bentonita com cimento, onde havia seção fechada. 7 R171/12 – PR039/12
Foto 3: Selamento do poço Para instalação dos poços piezometricos foi utilizado tubo de PVC DN40 da TIGRE. A seção filtrante foi instalada com 0,50 m de extensão na zona saturada do aquífero freático. A porção correspondente ao intervalo do filtro foi preenchida por areia grossa para pré‐filtro (Tipo Jacareí ‐ 2 a 3 mm). O intervalo do selo foi preenchido com bentonita tipo pellet e calda de bentonita com cimento, onde havia seção fechada. Os poços foram finalizados com camada de cimento e proteção sanitária em manilha de concreto de 40 centímetros de diâmetro, cap de pressão dotado de cadeado e tampa metálica de alumínio. Foto 4: Proteção Sanitária do poço instalado com tubo para sinalização cravado ao lado 8 R171/12 – PR039/12
Naqueles poços de monitoramento onde serão instalados os medidores data loggers também foi instalada uma trava de ferro com cadeado extra visando garantir a integridade dos mesmos. Foto 5: Trava de segurança para proteção do poço e do equipamento de medição Foto 6: Identificação dos poços e da seção típica Os poços de monitoramento foram desenvolvidos após suas instalações, com retirada de volume de água suficiente para a eliminação de sedimentos em suspensão. 9 R171/12 – PR039/12
4. Serviços Executados Os serviços executados nesta etapa de campo, referente a Instalação da Estrutura de Monitoramento (EC‐03), foi caracterizado pela locação dos poços na área conforme aprovada pela COPEL, realização de sondagens e instalação dos poços de monitoramento e piezômetros conforma as normas técnicas da ABNT NBR 15.495‐01/2007 e 15.495‐02/2008. 4.1. Reconhecimento da Área para um Trabalho Seguro No dia 31 de outubro foi realizada uma reunião de integração de segurança no período da manhã, no escritório da COPEL na cidade de Colider/MT. Antes do início do trabalho foi realizado, no período vespertino do dia 31 de outubro de 2012, discussão técnica sobre os riscos potenciais a que a equipe estaria exposta na área dos trabalhos, e a partir desta discussão, levantados os equipamentos de proteção necessários, e a logística de deslocamento e de atividades, para garantir e/ou minimizar riscos a que a equipe estaria exposta durante esta etapa dos serviços. 4.2. Locação dos pontos para Instalação dos Poços de Monitoramento e Piezômetros A posição dos poços de monitoramento e piezômetros que compõe cada uma das Seções Típicas foi locada em campo conforme o perfil esquemático definido no Programa de Monitoramento Hidrogeológico. Para locação das seções foi utilizado uma Estação Total FOIF RTS 632, baseando‐se nos marcos topográficos existentes em cada uma das áreas definidas para implantação das seções típicas. Os poços foram locados em planta em arquivos de Arcgis, que serão disponibilizados em anexo a este relatório. 10 R171/12 – PR039/12
4.3. Instalação dos Poços de Monitoramento e Piezômetros
4.3.1. Seção Típica Fazenda Tratex
A área esta localizada dentro da propriedade da Fazenda Tratex, cerca de onze (11) quilômetros da sede desta Fazenda, e cerca de trinta e sete (37) quilômetros da cidade de Colider. O acesso é realizado por estrada não pavimentada saindo de Colider em direção à fazenda, sendo o percurso todo sinalizado e em bom estado de conservação, após passar pela portaria principal e ter acesso à propriedade, segue por estrada particular em direção ao Teles Pires em sentido Leste – Oeste. A área onde foi implantada a seção típica foi escolhida por ser a primeira propriedade localizada a montante do barramento, em sua margem direita, além de ser uma área segura quanto a integridade dos poços e também por estar inserida em um contexto geológico típico da região do represamento. A topografia da AP‐03 é marcada por área em depressão com relevo plano e presença de poucas ilhas identificadas pelos morrotes. A seção proposta foi locada a montante de uma nascente, que evolui para uma grande drenagem afluente do rio Teles Pires. Não foram observados poços próximos a esta seção indicada. Destaca‐se também a presença de uma cachoeira próxima a área onde foi instalada esta seção típica. A Figura 4.3.1.1. apresenta a localização dos poços e piezômetros da seção típica. A Tabela 4.3.1. apresenta as características dos poços de monitoramento e piezômetros instalados, representados nas Figuras 4.3.1.2. e 4.3.1.3.. 11 R171/12 – PR039/12
Tabela 4.3.1. Características dos Poços de Monitoramento e Piezômetros da Fazenda Tratex Identificação Profundidade do Poço ou final do poço Piezômetro (boca do tubo) PM‐01 PZ‐01 PZ‐02 PZ‐03 PZ‐04 PMP‐01 PZ‐05 PZ‐06 PZ‐07 PZ‐08 PZ‐09 PZ‐10 PZ‐11 PZ‐12 PM‐02 PZ‐13 PMP‐02 5,65 4,75 5,90 3,90 5,85 24,50 2,14 6,95 5,85 4,10 5,30 4,70 6,95 5,41 6,45 5,90 23,40 Filtro Pré‐Filtro Selo 3,65 a 5,65 4,25 a 4,75 5,40 a 5,90 3,40 a 3,90 5,35 a 5,85 20,50 a 24,50
1,65 a 2,14 6,45 a 6,95 5,35 a 5,85 3,60 a 4,10 4,80 a 5,30 4,20 a 4,70 6,45 a 6,95 4,91 a 5,41 5,95 a 6,45 5,40 a 5,90 19,40 a 23,40
2,00 a 5,65 2,81 a 4,75 2,70 a 5,90 1,80 a 3,90 1,65 a 5,85 16,00 a 24,50 1,30 a 2,14 4,20 a 6,95 4,15 a 5,85 1,60 a 410 2,50 a 5,30 2,20 a 4,70 5,00 a 6,95 3,20 a 5,41 3,65 a 6,45 3,30 a 5,90 16,00 a 23,40 0,30 a 2,00 0,30 a 2,81 0,30 a 2,70 0,30 a 1,80 0,30 a 1,65 0,30 a 16,00
0,30 a 1,30 0,30 a 4,20 0,30 a 4,15 0,30 a 1,60 0,30 a 2,50 0,30 a 2,20 0,30 a 5,00 0,30 a 3,20 0,30 a 3,65 0,30 a 3,30 0,30 a 16,00
Foto 7: Área da seção típica da Fazenda Tratex 12 R171/12 – PR039/12
²
28
0
Dapp564
PMP-02
PM-02 PZ-13
PZ-12
PZ-11
PZ-10
PZ-09
PZ-08
PZ-07
PZ-06
275
PZ-05
PZ-03
PZ-04
PMP-01
PZ-02
PZ-01
PM-01
Marco represa
Legenda
Poços
Acessos
Curva de Nível
Hidrografia
Reservatório
270
Figura 4.3.1.1. Localização dos poços instalados na Área da Fazenda Tratex.
0
10
20
Metros
Projeto: Copel - Companhia Paranaense de Energia PR-039/12.
Elaborado: Eng. Dino Paulinetti.
Verificado: Geol. José Carlos Branco.
Aprovado: Geol. Fernando Delatorre.
4.3.2. Seção Típica Fazenda São Luiz (Balsa)
A área esta localizada dentro da propriedade da Fazenda São Luiz as margens da Rodovia MT‐165, e próxima à passagem da balsa que dá acesso à margem esquerda do reservatório. O acesso ao ponto tendo como referência o Município de Itauba é realizado por estrada estadual MT‐165 pavimentada, em bom estado até entrada à direita em direção à balsa que dá acesso a margem esquerda do Rio Teles Pires dentro da área de interesse da UHE Colider. A área encontra‐se a cerca de onze (11) quilômetros da cidade de Itauba. A área onde foi instalada seção típica é uma área de pastagem de propriedade do Sr. Julian Grimas Garcia (tel. 66 9911 1858 ou 9985 6066), no entanto é arrendado pelo Sr. Benedito (tel. 66 9646 1388) ou seu filho, Sr. Luiz. A área foi selecionada por localizar‐se muito próxima a Rodovia MT 165, que dá acesso às principais cidades da região, e que em dois pontos próximos deverá sofrer interferência direta do reservatório. Destaca‐se também neste ponto, a grande área de inundação da margem direita do Rio Teles Pires, e a caracterização como a unidade aluvionar de maior destaque na região em estudo, caracterizado também pela proximidade com o principal redirecionamento do Rio Teles Pires dentro da área de influencia do reservatório da UHE Colider. O relevo nesta área mostra‐se bastante plano. Figura 4.3.2.1. apresenta a localização dos poços e piezômetros da seção típica. A Tabela 4.3.1. apresenta as características dos poços de monitoramento e piezômetros instalados, representados nas Figuras 4.3.2.2. e 4.3.2.3.. 16 R171/12 – PR039/12
Tabela 4.3.2. Características dos Poços de Monitoramento e Piezômetros Identificação Profundidade do Poço ou final do poço Piezômetro (boca do tubo) PM‐03 PZ‐14 PZ‐15 PZ‐16 PZ‐17 PMP‐03 PZ‐18 PZ‐19 PZ‐20 PZ‐21 PZ‐22 PZ‐23 PZ‐24 PZ‐25 PM‐04 PZ‐26 PMP‐04 4,46 4,16 4,02 3,98 4,20 22,78 4,39 4,50 4,32 4,20 4,44 4,19 4,78 4,58 4,63 4,44 18,07 Filtro Pré‐Filtro Selo 2,46 a 4,46 3,65 a 4,16 3,52 a 4,02 3,48 a 3,98 3,70 a 4,20 18,78 a 22,78
3,89 a 4,39 4,00 a 4,50 3,82 a 4,32 3,70 a 4,20 3,94 a 4,44 3,69 a 4,19 4,28 a 4,78 4,08 a 4,58 2,63 a 4,63 3,94 a 4,44 14,07 a 18,07
2,00 a 4,46 1,90 a 4,16 1,45 a 4,02 2,20 a 3,98 1,50 a 4,20 15,50 a 22,78 1,10 a 4,39 2,00 a 4,50 1,20 a 4,32 1,00 a 4,20 1,45 a 4,44 2,15 a 4,19 2,00 a 4,78 1,20 a 4,58 0,50 a 4,63 2,00 a 4,44 13,50 a 18,07 0,00 a 2,00 0,00 a 1,90 0,00 a 1,45 0,00 a 2,20 0,00 a 1,50 0,00 a 15,50
0,00 a 1,10 0,00 a 2,00 0,00 a 1,20 0,00 a 1,00 0,00 a 1,45 0,00 a 2,15 0,00 a 2,00 0,00 a 1,20 0,00 a 0,50 0,00 a 2,00 0,00 a 13,50
Foto 8: Área da seção típica da Fazenda São Luiz (próximo a balsa) 17 R171/12 – PR039/12
²
Marco represa
PM-03
PZ-14
PZ-15
PZ-16
PMP-03
PZ-17
PZ-18
PZ-19
PZ-20
PZ-21
PZ-22
PZ-23
PZ-24
PZ-25
PM-04
Porteira
PZ-26
Marco App
PMP-04
Legenda
Poços
Acessos
Reservatório
0
Figura 4.3.2.1. Localização dos poços da seção típica da Fazenda São Luiz (próximo a balsa).
10
20
Metros
Projeto: Copel - Companhia Paranaense de Energia PR-039/12.
Elaborado: Eng. Dino Paulinetti.
Verificado: Geol. José Carlos Branco.
Aprovado: Geol. Fernando Delatorre.
5. Considerações Finais Foram instaladas as duas seções típicas para monitoramento das condições do aquífero raso e profundo conforme previsto no Projeto Básico Ambiental (PBA) da UHE Colider. Os poços foram instalados em dois compartimentos geológicos/hidrogeológicos distintos, sendo um em área onde ocorre a Formação Dardanelos e outra na área onde ocorrem sedimentos aluvionares. A primeira seção instalada na área da Fazenda Tratex apresentou um perfil de solo com profundidades entre 1,5 e 7,0 metros, sobreposto aos arenitos da Formação Dardanelos. Nesta área foram identificados arenitos vermelhos em profundidade passando a arenitos bege claro, de granulometria fina a muito fina. Na sondagem realizada para instalação do poço de monitoramento profundo PMP‐02 foi observada a presença de um aquífero fraturado. A seção típica instalada na área da Fazenda São Luiz localiza‐se próxima a rodovia MT 165 e da balsa que dá acesso à margem esquerda do rio Teles Pires na área do reservatório da UHE Colider. Nesta área foram observados sedimentos aluvionares com espessura de 6,0 metros, sobrepostos aos arenitos da Formação Dardanelos. A próxima etapa dos serviços apresentara os resultados do monitoramento realizado na área e será executada na primeira quinzena do mês de dezembro de 2012. 21 R171/12 – PR039/12
6. Equipe Técnica Este relatório foi elaborado com base em dados coletados pela QUATZOR Ambiental S.A., bem como em resultados originados dos serviços de terceiros, laboratórios e empresas similares, devidamente credenciados junto aos respectivos órgãos fiscalizadores. As conclusões acima apresentadas foram obtidas com base na boa técnica, plenamente adotada pela QUATZOR Ambiental S.A., obedecendo rigorosamente às normas e procedimentos técnicos adotados nacional e internacionalmente. O escopo dos serviços realizados, e acima apresentados, obedece estritamente aos termos firmados entre a QUATZOR Ambiental S.A. e o cliente, e aplica‐se exclusivamente aos fins contratados. Qualquer utilização deste trabalho de forma estranha às suas finalidades originais, ainda que de forma parcial, isentará a QUATZOR Ambiental S.A. de qualquer responsabilidade sobre o mesmo. Estiveram envolvidos neste trabalho por parte da QUATZOR Ambiental S.A. os seguintes profissionais: 1. Fernando Peterson Delatorre Geólogo – Gerente de Projeto CREA/SP – 5.061.028.259‐D 2. José Carlos Branco Assunção Geólogo PhD – Diretor Técnico CREA/SP 107.968‐ D Bragança Paulista, 26 de Novembro de 2012. 22 R171/12 – PR039/12
7. Referências Bibliográficas
AMBIOTech, Porjeto Básico Ambiental AHE Colíder – 300 MW. Colíder 2010 CONSORCIO UEH COLIDER, Levantamento Geológico Descrição dos Serviços Executados Perfis de Sondagens. Curitiba 2011 CPRM, Programa Levantamento Geológicos Básicos do Brasil, Carta Vila Guarita – SC. 21 –Z –
B. 2005. CPRM, Programa Levantamento Geológicos Básicos do Brasil, Carta Ilha 24 de Maio – SC. 21 –Z –A. 2005. FILHO, J.L.A. Considerações a Cerca dos Impactos Ambientais Decorrentes da Implantação de Reservatório Hidrelétricos com Ênfase nos Efeitos Ocorrentes em Aquíferos Livres e Suas Consequensias. Rio Claro 2010. JGP. Estudo de Impacto Ambiental do AHE Teles Pires ‐ EIA/RIMA. São Paulo, JGP, 2008. MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE; Secretaria de Recursos Hídricos. Programa de Estruturação Institucional da Consolidação da Política Nacional de Recursos Hídricos – BRA/OEA/01/002. 2007. Relatório Parcial Nº 1. Diagnóstico Hidrogeológico do Estado de Mato Grosso. 82 p. SILVA, D.L.M e BRAGA, R.S. Sistema de Monitoramento Hidrogeológico Durante a Fase de Enchimento do Reservatório do Enchimento Manso. Rio de Janeiro 2002. 23 R171/12 – PR039/12
Anexo 01 – ART Anotação de Responsabilidade Técnica R171/12 – PR039/12
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