UM LIVRO
A Banca em Portugal e a Economia Verde
Às quartas, às 17h, na
SOFIA SANTOS*
Economista, Sustainability Advisor da GCI,
[email protected]
13 de fevereiro de 2013, das 17h00 às 18h00
Conferências e apresentação de livros
ao fim da tarde
Auditório da APA na Av. Almirante Gago Coutinho, 30, em Lisboa
Resumo
A ideia de que os bancos podem ser éticos ou que podem promover o ambiente,
parece ser uma ideia estranha à maioria dos cidadãos. Na realidade, as palavras
“ética” e “banca” parecem não fazer sentido juntas. Da mesma forma a possibilidade
de os bancos poderem proteger o bem-estar ambiental e os recursos naturais, está
também longe dos pensamentos da maioria da população. No entanto, e como a
crise financeira de 2008/2009 demonstrou, as atividades da banca conseguem influenciar a economia real e ter consequências duras na vida de cada um de nós. Na
realidade os bancos têm também a capacidade de promover uma melhor alocação
de recursos naturais, sendo vistos por muitos autores como os verdadeiros catalisadores do desenvolvimento sustentável. Uma vez que quer as empresas quer os cidadãos necessitam de crédito para a realização de investimentos ou para adquirir certos bens, os bancos podem induzir a forma como esse dinheiro é utilizado. Se os
bancos decidirem emprestar dinheiro apenas a projetos em que os riscos ambientais
estão devidamente acautelados e disponibilizar, por exemplo, taxas de juro ligeiramente mais baixas na aquisição de bens que sejam mais amigos do ambiente, eles
estão assim a promover a produção e o consumo sustentável, que está no centro da
Política Europeia para 2020.
Uma banca promotora do desenvolvimento sustentável não é uma utopia. É já hoje
uma realidade em alguns países. Alguns bancos internacionais têm vindo a incluir
nas suas análises de risco certos critérios ambientais; em alguns países tem-se assistido à criação dos chamados bancos
éticos, cuja missão é promover o bem-estar social e ambiental das comunidades; e já nos anos 80 e 90 os Estados Unidos
da América e o Reino Unido viram a criação de um enquadramento legislativo que pode levar a que um banco possa vir a
ser considerado responsável pelo dano ambiental realizado
por um seu cliente.
Atendendo aos desafios que a Europa e o Mundo enfrentam,
e às mudanças brutais que o sector bancário sentiu nos últimos 5 anos e irá ainda sentir, chegou a altura do cidadão ter
consciência de que os bancos só existem porque nós depositamos as nossas poupanças nessas instituições. Por isso, temos todo o direito em saber como é que o banco utiliza o
nosso dinheiro e exigir que ele o utilize de forma ética em
prol de uma economia assente na equidade e no bem-estar
ambiental e social.
A APA, I.P., é um projeto virado para a sociedade.
Resultante da fusão de 9 organismos, esta nova organização
será centrada na qualidade do serviço que presta às comunidades que serve.
A cultura da nova APA será uma cultura de colaboração para
dentro e para fora. Uma verdadeira cultura de participação
e de responsabilidade.
Conferências e apresentação de livros ao fim
da tarde
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Sofia Santos