SOB O RISCO DO RIDÍCULO - DOCUMENTÁRIO AUTO-REFLEXIVO REFERÊNCIAS DO PROJETO GRÁFICO - ESCOLA POLONESA DE CARTAZES A identidade visual do Projeto “Kino-Clown, Sob o Risco do Ridículo” foi criada tendo por intenção transmitir o “risco do ridículo” valendo-se de uma linguagem em nada óbvia, imprimindo caráter de humor sóbrio e, ao mesmo tempo potencialmente perturbador em si-mesmo - isso nos permitiria provocar a tensão necessária para irromper frente ao “novo e o inusitado”. Após investidadas tipográficas ora demasiado óbvias, ora pouco capazes dessa provocação, focamos na direção conceitual que se apresenta na ampla coleção de cartazes polonses desenhados para o Circo no século passado, de onde destacamos o fantástico “Bear in Tuxedo” de Waldemar Swierzy, 1974. The designer, Waldemar Swierzy was born in 1931 in Katowice. He's a graduate of the Cracow Academy of Fine Arts (Dept. of Graphic Art in Katowice), designed his first poster in 1950 and obtained his diploma in 1952. Specializes in poster and all forms of commercial graphic, with a very prolific career. Works as professor at Poznan Academy of Fine Arts. These contemporary Cyrk posters were first created in 1962, when the state circus agency, the United Entertainment Enterprises (ZPR), commissioned leading artists to develop a modern approach to the circus poster. The ZPR wanted a revised look for the circus poster to parallel the circus' efforts to upgrade its image. These new Cyrk posters were not to be advertisements presenting concrete objects, people, or facts; but rather, they were to be artistic renderings reminding the public that an exciting and modern circus was coming to town. Based usually on a single theme, their metaphors and allusions created a wonderful artistic expression that should be viewed, but should also be read, pondered, and digested. The artists of the Polish School of Posters, from the end of World War II through the l980s, possessed a genius not seen in one country since France's La Belle Époque of the 1890s. With state financial support and artistic encouragement, the graphic artists of the golden era of the Polish School of Posters designed strong, original, individualistic images - often intended to surprise, provoke, or disturb the viewers' beliefs and values. They frequently used camouflage and commonly understood ironies to communicate surreptitiously with the public and comment on society. POSTINGPOSTERS.BLOGSPOT.COM SOB O RISCO DO RIDÍCULO - DOCUMENTÁRIO AUTO-REFLEXIVO REFERÊNCIAS DO PROJETO GRÁFICO - O RINOCERONTE DE DÜRER A busca por um elemento central à identidade visual nos levou ao olhar extremamente vivo e instrospectivo do Rinoceronte de Albrecht Dürer. Essa obra conta a história bastante conturbada e com final pouco feliz do animal, extraditado da Índia pelo rei de Portugal com um elefante. Agora, retiramos o personagem do contexto histórico e plástico da obra, e trazemos a imagem e todo o peso do rinoceronte para o enquadramento de uma Panasonic definido em linhas estreitas e contínuas. Por esse caráter peculiar, aplicações em grandes formatos dessa sobreposição tem papel fundamental na identidade visual, ampliando e enfatizando o poder do “encontro”. “Nossa, ele até parece o Bruno.” C. J. Rinoceronte de Dürer é o nome normalmente dado a uma xilogravura criada pelo pintor alemão Albrecht Dürer em 1515. A imagem foi baseada numa descrição escrita e num rascunho, ambos executados por artista desconhecido, de um rinoceronte indiano que havia chegado a Lisboa no início do mesmo ano. Dürer nunca viu o rinoceronte real, o primeiro exemplar vivo visto na Europa desde os tempos do Império romano. Em finais de 1515, o então rei de Portugal, Manuel I, enviou o animal como presente ao Papa Leão X, porém ele morreu depois de que o barco em que era transportado naufragou, próximo a costa da Itália, a princípios de 1516. Não se voltaria a ver um rinoceronte vivo na Europa até a chegada de um exemplar da Índia a corte espanhola de Felipe II em torno de 1579. Apesar das incoerências anatómicas, o desenho de Dürer, primeiramente descrito no poemetto de Giovanni Giavomo Penni, tornou-se muito famoso na Europa e foi copiado várias vezes nos três séculos que se seguiram. Foi redesenhado por diversos autores contemporâneos e posteriores a Albrecht Dürer tal como David Kandel. Foi tomado como uma verdadeira representação de rinoceronte até ao século XVIII, sendo depois substituído por representações mais realísticas, tal como os desenhos de Clara a rinoceronte, que viajou pela Europa nas dácadas de 1740 e 1750. Tem sido dito em relação a este desenho de Dürer que "provavelmente nenhuma imagem de um animal exerceu uma tão profunda influência nas artes". WIKIPEDIA.COM SOB O RISCO DO RIDÍCULO - DOCUMENTÁRIO AUTO-REFLEXIVO REFERÊNCIAS DO PROJETO GRÁFICO - TIPOGRAFIA E CONSTRUCTO BODONI ’A O contraste extremo dos traços grosso e fino da família de tipos Bodoni e provavelmente sua capacidade minuciosamente preparada para funcionar sob um enquadramento tipográfico foram pistas que levaram sua escolha. Ao lado de caixas de tipos contemporâneas às suas, Bodoni inaugura o desenho moderno ficando evidente um certo desconforto na época, talvez aplacado por seus traços românticos de extrema elegância e síntese. Em seu histórico Manual Tipográfico e outras composições suas, Bodoni reafirma a presença de caixas que circundam o texto a cada página, como um marco da composição tipográfica, imprimindo para nobres os grandes da literatura, Horácio, Homero, A Divina Comédia... Fica de cereja do bolo. Giambattista Bodoni foi um tipógrafo e impressor italiano, nasceu em 1740 em Saluzzo, Piemonte, Itália. O seu pai era impressor e foi responsável pela transmissão de conhecimentos e paixão nesse ofício. A sua filosofia sobre a beleza dos tipos sustentava-se em princípios simples: uniformidade de desenho, elegância e nitidez, bom gosto, “charme” e beleza. Por volta de 1788 Giambattista Bodoni desenha um dos tipos de letra mais importantes de toda a história da tipografia. O seu desenho caracterizava-se por um contraste muito acentuado em toda a silhueta entre as hastes, filetes e braços e com uns remates (serifas, patilhas) muito finos. Esta iniciativa é considerada como o início dos tipos de letra modernos (a par com Firmin Didot). Escreve, desenha e publica, também, uma das obras tipográficas mais fascinantes e paradigmáticas de toda a história da tipografia: o Manuale Tipografico, um projecto que na sua primeira versão primeira continha 100 fontes romanas, 50 itálicas, 28 gregas. Esta obra “the greatest monument ever constructed to the art of printing from metal types” (www.octavo.com, 2007) WIKIPEDIA.COM ◊ LUCASPEREIRANERY.COM.BR