A Reunião teve lugar a 25 de Fevereiro, com a seguinte Ordem de Trabalhos: 1."Parecer
da DIRAP" e "Extracto do esclarecimento solicitado à tutela acerca das contas do actual
e anterior Presidentes do Conselho Científico", 2. "Prestação de Contas do Presidente do
IICT quatro anos depois do início de funções", 3. "Nota sobre a 5ª RGT", 4. Relatório
de Actividades de 2007, 5. Outros Assuntos.
O Presidente do Conselho Directivo apresentou o sentido destas reuniões como visando
discutir conjuntamente assuntos dos trabalhadores e das unidades orgânicas. Os
resultados serão apresentados numa reunião solene de comemoração dos 125 anos do
IICT.
Mostrou de seguida o power-point “Objectivos da REPU”. As ideias apresentadas
incidiram, entre outras, sobre a importância de aliar a excelência científica à utilidade
lusófona, encontrar financiamento externo através de uma maior abertura à sociedade e
às empresas, interdisciplinaridade, formação e capacitação.
Iniciou-se a Ordem de Trabalhos com o documento "Extracto do esclarecimento
solicitado à tutela acerca das contas do actual e anterior Presidentes do Conselho
Científico”. A investigadora Margarida Lima de Faria interveio para exprimir a sua
posição de se reservar a si própria o direito de não dar opinião sobre os documentos da
Ordem de Trabalhos, por considerar que os mesmos já foram discutidos em outras
reuniões, foram já comentados pelos representantes eleitos pelos investigadores, e por
considerar ser no âmbito do Conselho Científico que estas discussões devem ter lugar.
O Presidente do Conselho Directivo aceitou a sua posição. A investigadora Maria José
Perestrelo referiu tratar-se de uma forma de apresentação dos factos unilateral apelando
aos presentes que reflictam se se consideram esclarecidos e em posse de todos os
elementos. Seguiram-se intervenções dos investigadores Ana Morgado e Victor Rosado
Marques, apoiando a realização de reuniões deste tipo por serem alargadas, lamentando
os factos desagradáveis ocorridos, contidos nos documentos da OT, e relatando outros
momentos em que não houve diálogo entre o CC e o CD do IICT.
Passou-se a uma auscultação individual sobre se haveria um clima de “medo” no IICT.
Os presentes, em geral, referiram não sentirem propriamente medo mas lamentaram a
existência de um clima de conflito, mostrando a sua apreensão em relação ao futuro do
IICT, tendo ainda referido a necessidade de uma melhoria de relacionamento entre o CD
e o CC. O investigador bolseiro Gerhard Seibert relatou ter sido alvo de intimidação no
contacto com a comunicação social tendo sido forçado a enviar uma carta à CPLP. Na
sequência desta intervenção, o Presidente do Conselho Directivo disse limitar-se a
cumprir a lei. A investigadora Clara Saraiva lamentou que esta temática seja debatida
numa reunião de uma unidade de investigação, considerando o facto lamentável e
ridículo. O investigador bolseiro Brites Pereira referiu a importância do diálogo, da
participação de todos, da geração de consensos, e da melhoria do relacionamento com
vista ao trabalho científico em conjunto. A investigadora Clara Saraiva refutou,
afirmando que nesta reunião não se estaria a efectuar trabalho cientifico em conjunto.
Posteriormente, foram referidos alguns exemplos relacionados com a falta de dialogo
entre o CD e o CC, tendo sido considerado essencial a existência de maior diplomacia.
De acordo com a investigadora Maria José Perestrelo, esta forma de reunião denota falta
de seriedade, pois tem como objectivo a divulgação de uma nota na Internet, sobre a não
existência de um clima de medo no IICT; referiu ainda que sendo o CC um órgão
consultivo, o seu principal objectivo é de ordem cientifica, não devendo participar em
decisões do CD; lembrou que tendo o presidente do CC pedido para ser recebido pelo
presidente do CD, esta reunião nunca foi agendada. O Presidente do CD referiu que o
envio da carta à tutela foi prejudicial ao IICT, e que enquanto o presidente do CC não
der exemplos de abuso de poder não o irá receber. A investigadora Maria José
Perestrelo condenou ter sido referido como “litigância” o ter testemunhado sobre o
carácter do colega Luís Alfaro, considerando lamentável as acusações que lhe são feitas.
A propósito deste assunto, o Presidente do CD referiu que achou lamentável o envio de
um relato do caso aos colegas. O investigador bolseiro Brites Pereira referiu novamente
a falta de diálogo, tendo questionado sobre a existência de documentos que comprovem
o conteúdo da carta enviada pela CCCC à tutela. A investigadora Maria José Perestrelo
afirmou que subscreve na totalidade os pontos referidos na carta, e que toda a
documentação que os sustenta deverá ser pedida ao CC. A investigadora Madalena
Fonseca referiu não concordar com o teor da carta enviada à tutela e apelou para uma
urgente resolução do conflito, através de reuniões entre os signatários da carta e o CD.
Propôs a realização de uma reunião com a presença de um mediador, sugestão
considerada pelo Presidente do CD interessante. O investigador Vítor Rosado Marques
referiu a falta de comparência dos elementos da CCCC em outras reuniões, e apresentou
uma proposta de reunião entre a CCCC e o Presidente do CD. A investigadora Maria
José Perestrelo criticou o carácter agressivo das notícias colocadas no site do IICT, e
voltou a solicitar a cedência de um espaço no site do IICT para o CC.
A reunião finalizou com a aceitação, por parte do Presidente do CD, das propostas de
realização de uma reunião com mediador entre a Direcção do CD e a CCCC, e a criação
de um pequeno grupo do CD e da CCCC para acompanhar a publicação de notícias no
site do IICT.
Lisboa, 26 de Fevereiro
Margarida de Lima Faria
João M.B. Carreiras
Troca de emails referente ao texto, expurgadas das fórmulas de cortesia
JBM a MLF (27/02@11:29)
Vejo com alegria que apesar de ter tido de lhe dar uma ordem para fazer a nota se
entusiasmou e introduziu detalhe, nem sempre com o equilíbrio que me pareceria
apropriado (e de que dei exemplos) mas pelo menos com aparente boa vontade. Vou
então compor o texto, distribuindo se for caso disso uma versão ás pessoas citadas e
divulgá-lo depois sob minha responsabilidade mas com indicação da origem,
eventualmente até da ordem que, a seu pedido, tive de lhe dar para iniciar o trabalho.
Apurei entretanto que o atraso do co-autor dos apontamentos resulta de não ter recebido
a alteração de horário também motivada pelo seu desejo de sair antes do fim previsível
da reunião.
JMBC a JBM (27/02@8:21); MLF a JBM (27/02@11:18)
Na minha opinião, entendi que se deveria colocar o maior detalhe possível sobre o que
se passou na reunião. Como tinha referido que a nota seria da sua responsabilidade,
penso que a sua sugestão de redigir a nota com base nos apontamentos que lhe
fornecemos será a melhor forma de efectuar a redacção dessa nota.
JBM a JMBC (26/02@17:44)
Acho a nota detalhada a mais não vos pedi uma acta. Como acta está enviesada nalguns
pontos por exemplo na suposta intimidação do Dr. Seibert, na ausência de explicação
para eu não receber o Presidente do Conselho Científico, na suposta apreensão pelo
futuro do IICT e, ainda mais, no modo como resume a recusa da Dra. Maria José em
fornecer factos ao Prof. Brites Pereira.
Como disse na reunião e de novo hoje ao telefone a nota é da responsabilidade de quem
convocou por isso vou resumir.
Querem que antes de publicar vos mande o resultado no qual se dirá que o texto se
baseia em apontamentos que me forneceram - ou preferem melhorar na linha das
sugestões que enuncio e outras em que possam pensar?
Download

Doutores Margarida Faria, João Carreira