MEIO AMBIENTE / SANEAMENTO E ENERGIA BRAGANÇA JORNAL DIÁRIO interior 20/10/2010 QUARTA-FEIRA Recuperação do Lago da Hípica é tema de mais uma reunião com representantes da Sabesp Da redação A implantação do Parque Ecológico no Lago da Hípica é tema de mais uma reunião com representantes da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp). Desta vez, a Administração Municipal conheceu o projeto de recuperação do local e irá submetê-lo à avaliação do Ministério Público do Meio Ambiente. E a Sabesp, obrigada a desenvolver este projeto, ainda se apresenta superior diante dos prejuízos causados. Embora tenha sido uma reunião com objetivo de apresentar o projeto, o superintendente da SABESP José Julio Pereira Fernandes se referiu ao lago totalmente assoreado como “o lago que nunca existiu, que não tem licença para existir, que foi improvisado, mas que agora a Sabesp vai melhorá-lo, se o projeto apresentado tiver a permissão do Ministério Público”. O assoreamento daquele lago, de representativa parcela do leito do Ribeirão Águas Claras e os impactos ambientais daí advindos é o resultado de 30 anos de atuação da Sabesp em Bragança Paulista. A empresa lançou naquele corpo d´água detritos provenientes do processo de tratamento de água na ETA Santa Lúcia. A providência de instalar os bolsões de captação destes resíduos foi tomada a partir das denúncias do BJD, no mês de janeiro de 2008. Uma tubulação submersa, às margens de um manancial, aos fundos das residências da Rua José Pelegrini Reginato, no Jardim do Cedro, jogava, à noite, um grande volume de água com forte mau cheiro e densa de resíduos. 13-BE-10 À noite as águas calmas se agitavam sobremaneira com a chegada da água suja dos tanques de decantação da ETA Santa Lúcia. Hoje, 10 bolsões filtram a água e contém os resíduos. O secretário municipal de Meio Ambiente, Joaquim Gilberto de Oliveira presente à reunião desta terça-feira, 19 de outubro, informou que o projeto apresentado transformará o que antes era apenas um, em três ou quatro espelhos d´água para facilitar a urbanização e melhor utilização do espaço, como por exemplo, na recuperação das áreas de preservação permanente e para equipamentos de lazer. “Assim esta será mais uma conquista e atração dentro do Parque Ecológico Frei Constâncio Nogara, que abrange também o lago em questão”, afirma. No entanto, a instalação deste parque deve demorar algum tempo, já que depois da avaliação e do aval do Ministério Público, o projeto deve ser submetido à Cetesb para licenciamento e, por fim, a instalação propriamente dita. “Este projeto deve ser concluído somente em meados de 2014”, prevê o secretário de Meio Ambiente. No momento, a Sabesp junto com profissionais técnicos da Prefeitura providenciam o reflorestamento de todo o Parque Ecológico inclusive às margens do lago da Hípica. O projeto para o Lago da Hípica Jaguari, a princípio, está orçado em aproximadamente R$ 1,5 milhão. Outra exigência do TAC é para que 36 hectares de área depredada pela agressão dos últimos anos, como por exemplo, parte da mata ciliar do Rio Jaguari e de outros mananciais sejam recuperados. 65 clipping