4131 ATUAÇÃO DO PEDAGOGO – UMA ANÁLISE A PARTIR DAS ATAS DE REUNIÃO DE SUPERVISORES DE UM INSTITUTO TECNOLÓGICO NA DÉCADA DE 70. Nilza Helena de Oliveira Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais RESUMO Na década de 70 a organização legislativa da educação no Brasil delineou-se sob a orientação dos acordos MEC-USAID que estiveram na base da reestruturação da educação brasileira mediante as Leis 5.540 de 1968 (reforma universitária) e 5.692 de 1971 (reforma do ensino de 1º e 2º graus), implicando a transposição do modelo taylorista-fordista de gestão de empresas para a administração escolar e universitária com ênfase na racionalidade para a maior produtividade do ensino. Surge então, nas escolas, o parcelamento do trabalho pedagógico com especializações de funções, configurando-se a função do supervisor pedagógico tendo em vista a melhoria do aspecto qualitativo da educação. Assim, a partir de um enfoque tecnicista o supervisor pedagógico fica responsável pela concepção, planejamento, coordenação e controle da organização racional do ensino, de modo a minimizar as interferências que possam colocar em risco a eficiência do ensino. Nesta divisão técnica do trabalho, cabia ao professor o papel de mero executor. A proposta deste estudo é descrever alguns dos resultados de uma pesquisa documental sobre a prática pedagógica no Ensino Tecnológico, mais precisamente trata dos resultados da análise das atas de reuniões da equipe de supervisores pedagógicos de um Instituto Tecnológico no período de 1972 a 1977. Tal análise demonstra uma prática de supervisão que expressa claramente o contexto de surgimento desse profissional e que gerou uma práxis essencialmente tecnicista com um tom fiscalizador e autoritário. Para tanto, verificaram-se os assuntos tratados em cada reunião realizada no período, categorizando o conteúdo do assunto em pauta. Esta análise documental traz, portanto, subsídios que podem se constituir em pontos de reflexão a cerca do papel do supervisor pedagógico, nesta mesma instituição, três décadas depois. Já na década de 90, ocorreu uma série de reformas educacionais que estão entranhadas em um outro contexto, caracterizado por mudanças sociais e educacionais, exigindo da escola a preparação para a transitoriedade em todos os aspectos da vida, colocando a necessidade da atualização constante e de emancipação do indivíduo como sujeito histórico. Isto representa um desafio para a escola, o de compreender a atualidade de uma sociedade informacional e globalizada. Neste novo contexto, como tem se delineado o papel da equipe pedagógica do Instituto Tecnológico? Tem sido o mesmo papel configurado pelas exigências de implantação do modelo de escola implícito na Lei 5. 692 de 1971? Este estudo permitiu constatar que muitas das características da prática de supervisão pedagógica, verificadas nas atas, ainda muito viva na memória do Instituto Tecnológico, não se constituem mais em traços marcante do trabalho da equipe pedagógica (não mais equipe de supervisores, pois, atualmente no Instituto o pedagogo desenvolve indistintamente da sua especialidade as funções de orientação educacional e supervisão pedagógica). Em síntese verificou-se que a ação da equipe pedagógica tem se distanciado das tradicionais amarras da inspeção, da supervisão do ensino e tem buscado a consolidação de uma ação pedagógica integrada, delineando o papel do pedagogo numa perspectiva de consultoria, de assessoria. 4132 TRABALHO COMPLETO Introdução O presente texto aborda um estudo sobre a atuação do pedagogo no âmbito da educação profissional, a partir da análise das atas de reuniões de supervisores pedagógicos em um Instituto Tecnológico no período de 1972 – 1977. Para tal análise, torna-se necessário considerar os três componentes que marcaram o contexto educacional do período em pauta e que estão diretamente relacionados com a formação e prática do supervisor pedagógico: as reformas educacionais; a teoria do capital humano; o tecnicismo educacional. De forma sintética, será apresentado o significado desses componentes. Na década de 70, a educação brasileira passou por duas reformas que reestruturaram todos os níveis de ensino. A primeira, através da Lei n. 5.540 de 28/11/68 – Reforma Universitária – que reestruturou o ensino superior. A segunda, através da Lei n. 5.692 de 11/08/71, relacionada ao ensino de 1º e 2º graus, que ampliou o ensino fundamental para 8 anos, estabeleceu a iniciação para o trabalho no ensino de 1º grau e instituiu a profissionalização compulsória no ensino de 2º grau. Essas reformas foram concebidas sob a orientação dos acordos MEC-USAID1 e tiveram como focos a contenção da grande demanda de vagas para o ensino superior e a transposição do modelo tayloristafordista de gestão de empresas para a administração escolar e universitária, com ênfase na racionalidade e produtividade do ensino. Com a Lei n. 5.540/68, o curso de Pedagogia passou a oferecer especializações em educação, entre elas a de supervisão escolar. O artigo 30 dessa lei estabelecia que “a formação de professores para o ensino de 2º grau, de disciplinas gerais ou técnicas, bem como o preparo de especialistas destinados ao trabalho de planejamento, supervisão, administração, inspeção e orientação, no âmbito de escolas e sistemas escolares, far-se-á em nível superior”. Dessa forma, a Reforma Universitária, ao estabelecer a formação de recursos humanos para atuarem no ensino de 2º grau, garantiu, por antecipação, a implantação da Lei n. 5.692/712. O discurso em defesa dessas reformas, fundamentado na Teoria do Capital Humano (TCH), criticava a baixa produtividade e a inadequação da proposta educacional face ao momento histórico do País, principalmente em relação às necessidades do mercado de trabalho e em função das metas de desenvolvimento econômico acelerado. A THC, formulada na década de 60 por Theodore Schultz3, relaciona desenvolvimento econômico e investimento em educação. Os estudos sobre a relação educação e desenvolvimento econômico emergiram, sobretudo, a partir das análises que apontaram os bons sistemas educacionais, a reserva de recursos humanos e a tradição cultural como alguns dos fatores responsáveis pela rápida recuperação econômica de alguns países após a Segunda Guerra Mundial. Em suma, a TCH defende que: (a) a educação seja considerada como um investimento que redunda em maior produtividade; (b) essa produtividade gera melhores condições de vida para os indivíduos e para a sociedade em geral; (c) as habilidades e os conhecimentos adquiridos com a educação formal representam o capital humano de que cada indivíduo se apropria; (d) basta investir no capital humano para que o desenvolvimento pessoal e social aconteçam. A TCH se inspira na Teoria Estrutural-Funcionalista da Educação (MACHADO, 1989) e, em síntese, esta última está fundamentada na análise da sociedade feita por Durkheim que se baseia: (a) numa 1 Entre 1964 e 1968 foram firmados doze acordos entre o MEC (Ministério da Educação e Cultura) e a USAID (United States Agency for International Development) “com a finalidade de diagnosticar e solucionar problemas da educação brasileira na linha do desenvolvimento internacional baseado no ‘capital humano’” (HILSDORF, 2003). 2 O Art. 33 dessa lei dizia que “ a formação de administradores, planejadores, orientadores, inspetores, supervisores e demais especialistas de educação será feita em curso superior de graduação, com duração plena ou curta, ou de pós-graduação”. 3 Professor da Universidade de Chicago, cujo trabalho teve repercussão mundial e lhe rendeu o Prêmio Nobel de Economia em 1979. 4133 visão de sociedade à semelhança de um organismo vivo, um todo integrado, onde cada parte desempenha uma função necessária ao equilíbrio; (b) no princípio de integração da sociedade (um todo orgânico) que situa os grupos sociais a partir de uma certa estratificação, processo pelo qual os indivíduos, as famílias ou os grupos sociais são hierarquizados em uma escala. Além disso, a estratificação social é considerada como decorrência natural da divisão do trabalho e acena com a possibilidade da mobilidade social de um extrato inferior para outro superior; a mobilidade social é condicionada apenas ao esforço pessoal; (c) uma das vias de mobilização social é a educação e o sucesso escolar depende do esforço e da capacidade pessoal de cada um. Nesse sentido, conforme Machado (1989), na concepção da Teoria Estrutural-Funcionalista, a educação é apresentada como um canal eficaz e socialmente aprovado de mobilidade social, conferindo-se a ela um caráter messiânico4. É com essa visão funcionalista que se dá a formação do supervisor escolar, visão que percebe a escola como um todo harmônico, onde qualquer mudança é vista como desequilíbrio. Como reflexo dessa visão funcionalista, Medeiros e Rosa (1987) afirmam que a supervisão escolar no País se desenvolveu como uma prática pedagógica controladora da ação pedagógica do professor, com ênfase na organização racional através de meios considerados neutros como métodos e técnicas de ensino. Assim sendo, o suporte teórico para a formação e a prática da supervisão pedagógica foram as obras funcionalistas de técnicos americanos5. Segundo Aguiar (1991, p. 43), essas obras, de um modo geral “tratam a supervisão escolar como uma função essencialmente técnica, seja como uma atividade de administração escolar, ou de desenvolvimento de recursos humanos na área do ensino, ou de coordenação e controle das atividades docentes”. Dentro disso, em consonância com o discurso desenvolvimentista, o tecnicismo educacional emerge como a tendência pedagógica predominante na década de 70. A baixa produtividade do sistema escolar, evidenciada pelo baixo índice de atendimento à demanda escolar e altos índices de evasão e repetência, era um problema a ser enfrentado, pois o produto inadequado desse sistema era responsável pela baixa qualificação da mão-de-obra, que constituía um dos empecilhos ao desenvolvimento econômico. Assim, a tecnologia educacional se apresentou como a racionalização do sistema de ensino, implicando a disseminação de propostas pedagógicas como a instrução programada, o microensino, o enfoque sistêmico, o planejamento de ensino e a operacionalização dos objetivos. Segundo Kuenzer e Machado (1986), a tecnologia educacional “representa a racionalização do sistema de ensino em todas as suas formas e níveis, tendo em vista sua eficiência, medida por critérios internos de economia de recursos escassos, e sua eficácia, medida pela adequação de seu produto às necessidades do modelo de desenvolvimento vigente”. Isso significou a absorção, pelo sistema de ensino, da racionalização do processo produtivo a partir da Teoria Geral da Administração, cuja preocupação central é o controle do processo produtivo do trabalhador por uma gerência. Dessa forma, na pedagogia tecnicista, o elemento principal passa a ser a organização racional dos meios, ocupando professor e aluno posição secundária, relegados que são à condição de executores de um processo cuja concepção, planejamento, coordenação e controle ficam a cargo de especialistas 4 Em relação a esse caráter messiânico, Machado (1989) cita Brejon que, em sua obra Recursos humanos, ensino técnico e desenvolvimento, confere à educação, em suma, o poder de: elevar o nível de vida das populações, contribuir para a proteção à saúde, possibilitar o melhor desenvolvimento político, contribuir para atender as necessidades da economia. (BREJON, M. Recursos humanos, ensino técnico e desenvolvimento: uma perspectiva brasileira. São Paulo: Pioneira, 1968). 5 Armstrong (1967), Benton (1972), Black (1966), Bowen (1962), Bradfied (1968), Brembeck e Timithi (1968), Brigs (1967), Brigs e Justman (1952), Burmesiter (1964), Burs & Books (1965), Burton (1952), Caropresi (1966), Castetter (1970), Chapple (1956), Crosby (1966), Davis (1960), Elliot (1914), Faber & Shearron (1961), Franset (1961), Goldharmer (1967), Goodlad (1968), Hagan (1968), Head & Romano (1960), Heinich (1965), Howeels (1959), Kaufman (1962), Lenus (1954), Mager (1966), Neagley & Evans (1963), Nerboig (1970), Peters (1969), Pfeifer (1969), Popham e Baker (1974), Reddin (1970), Sergiovanni e Starrat (1976), Smith (1964), Smith (1971), Willes (1966). 4134 supostamente habilitados, neutros, objetivos, imparciais. A organização do processo converte-se na garantia da eficiência, compensando e corrigindo as deficiências do professor e maximinizando os efeitos de sua intervenção (SAVIANI, 2002, p.13). Em síntese, é dentro desse contexto que se situa a formação e a prática do especialista em supervisão escolar, um profissional com o domínio de técnicas e métodos adequados para controlar a qualidade de ensino, garantido as condições necessárias para uma maior produtividade do sistema de ensino, tendo em vista o modelo de desenvolvimento econômico vigente no País. Importa adiantar que a análise dos assuntos tratados nas reuniões da equipe de supervisores pedagógicos do Instituto Tecnológico, em pauta neste trabalho, revela a prática do supervisor escolar no contexto supracitado. Metodologia O estudo foi realizado a partir da análise do conteúdo das atas de reuniões da Coordenadoria de Supervisão Pedagógica (CSP) do Instituto Tecnológico, no período de 1972 a 1977. No livro de atas, consta o registro de 04 reuniões realizadas em 1972, 01 reunião em 1973, 01 reunião em 1974, 18 reuniões em 1976 e 32 reuniões em 1977, contabilizando um total de 56 reuniões no período. Em termos de procedimentos de coletas dos dados, procedeu-se à identificação de todos os assuntos tratados em cada reunião, buscando apreender a estrutura e o funcionamento do trabalho, as funções desempenhadas pelo supervisor e os demais indícios de sua prática no interior de uma instituição de educação profissional no nível médio da educação. Para análise de conteúdo, identificaram-se e registraram-se os assuntos em uma tabela de quatro colunas: (1) número de ordem da reunião; (2) data da reunião; (3) categoria; (4) assuntos tratados. Importa informar que foram identificados 356 assuntos que, ao serem transcritos, produziram um documento de 17 páginas6. Após a transcrição dos assuntos na tabela, os mesmos foram classificados em categorias (coluna 3), estabelecidas a priori, considerando as quatro funções do supervisor escolar segundo Ariston e Porto (1979) e Przybylski (1976), a saber: planejamento e organização; coordenação e controle; aperfeiçoamento de pessoal; avaliação. Cada categoria foi, então, historicizada a partir dos assuntos da reunião expressando a realidade da prática do supervisor escolar no contexto de um Instituto Tecnológico na década de 70. Na análise do conteúdo das atas, pôde-se perceber um pouco do organograma do Instituto Tecnológico: subordinados à Diretoria Geral estão os Departamentos de Ensino e o Departamento de Apoio ao Ensino que estabelecem, entre si, uma relação de interdependência. No Departamento de Ensino, estão inseridas as 06 Coordenadorias de cursos técnicos ofertados pelo Instituto (Edificações, Estradas, Eletrônica, Eletrotécnica, Mecânica e Química), que eram coordenadas pelo Supervisor de Curso. A CSP está inserida no Departamento de Apoio ao Ensino. Em termos de referencial teórico para o entendimento da prática de supervisão no contexto para o qual foi concebida, tem-se, como ponto de partida, a literatura brasileira influenciada pelos autores americanos que tratam a supervisão com um enfoque funcionalista, isto é, como uma função essencialmente técnica: Ariston e Porto (1979), Przybylski (1976) e Andrade (1982). No entanto, para enriquecer a análise dos dados buscou-se a contribuição da literatura crítica da área de supervisão (Aguiar, 1991; Medeiros e Rosa, 1987; Silva, 1983) e da educação no geral (Libâneo, 1988; Kuenzer e Machado, 1986; Saviani, 1985, 2002). 6 Digitado na fonte Times New Roman, corpo 12, entrelinhas simples, espaçamento automático, margens superior e esquerda: 2,0; inferior e direita: 2,0, formato A4. 4135 Resultados e discussões Na análise do conteúdo das reuniões verificou-se que 49% dos assuntos tratados são relacionados à função de planejamento e organização; 29% à função de coordenação e controle; 8% à função de aperfeiçoamento de pessoal; 9% à função de avaliação e 5% estão relacionados a algum relato ou informações divulgadas no espaço da reunião. Portanto, constata-se que quase 80% dos assuntos enfatizam a prática do planejamento e controle, caracterizando, assim, uma prática de supervisão escolar essencialmente tecnicista com um tom fiscalizador. (a) Planejamento e organização Como mencionado na introdução, o tecnicismo educacional, consoante com a política desenvolvimentista, se inspirava nos princípios de racionalidade, eficiência e produtividade. Nesse sentido, o planejamento escolar constituía uma etapa importante para alcançar essa racionalização7 do processo educativo. Daí, um grande enfoque sobre o assunto na literatura da área: Em todo mundo os sistemas educacionais estão sendo reformulados para dar atenção às necessidades atuais, buscando um ajuste às características de uma sociedade em constante mudança e readaptação contínua às contingências reclamadas pelo progresso. [...] os supervisores escolares, como intérpretes da política e filosofia educacionais do sistema, devem conhecer todos os propósitos que levaram os dirigentes da nação a estabelecer as normas de ação para a educação, pois só assim poderão interpretá-las com fidelidade e adequação (PRZYBYLSKI, 1976, p.103-105). Se deve ser formada uma mentalidade de planejamento em todos os membros de uma sociedade, aos educadores cabe, incontestavelmente, a linha de frente. [...] em conseqüência, à função da Supervisão acrescenta-se mais um desafio: criar a mentalidade, vivenciar a prática do planejamento da Educação nos diferentes níveis, despertando, ainda, os integrantes dos sistemas educativos para o conhecimento dos planos globais de âmbito nacional e regional (ANDRADE, 1982, p. 23). Em se tratando do planejamento do trabalho do supervisor, a literatura enfatiza que o mesmo deve partir da investigação do contexto. Para isso, Ariston e Porto (1979) sugerem a aplicação de uma ficha de sondagem ao professor a fim de constatar seu comportamento dentro e fora da sala de aula e, assim, planejar e controlar melhor o processo, conforme explicam: [...] por exemplo, se o professor responde que considera desnecessário trabalhar em grupo, o Supervisor procura conscientizá-lo da importância do mesmo, através de leituras informativas e entrevistas. Noutro exemplo, se o professor responde que utiliza diversas estratégias adequadamente, na sala de aula, e o Supervisor, através de visitas à mesma, comprova a veracidade desse fato, resta-lhe apenas incentivar a atitude do docente; caso contrário, cabe, ao Supervisor, realizar entrevista com o professor e alertá-lo da importância da honestidade nas respostas, como também, orientá-lo quanto à utilização de estratégias (ARISTON e PORTO, 1979, p.42). Isso posto vem evidenciar como a prática da supervisão se caracterizava pela padronização do ensino através da disseminação de métodos, técnicas e estratégias eficazes. Caracterizava-se também pelo controle do trabalho docente no emprego desses métodos e estratégias. Quanto aos assuntos relacionados à função de planejamento e organização mencionados nas atas, foram assim categorizados: 7 Obtenção de maior rendimento com menor dispêndio de energia e o máximo de economia. 4136 26% referem-se ao planejamento e à organização do currículo. Isso ficou evidenciado na participação da Coordenadoria na organização didática do Instituto Tecnológico, na definição de normas e procedimentos para elaboração de planos, avaliações e diários, conforme se pode verificar nos seguintes excertos: Os planos de cursos para todas as disciplinas serão datilografados e mimeografados para distribuir aos professores na época de elaboração dos Planos de Unidade. As disciplinas de formação especial poderão ter um só plano de curso para aula teórica e prática e um plano de unidade único quando for o mesmo professor [17ª reunião – 09/12/76]. A equipe discutiu os prós e os contras do novo modelo de Diário de Classe sugerido para o próximo ano [40ª reunião – 13/09/77]. 25% referem-se ao planejamento e à organização das atividades específicas da supervisão escolar evidenciada pelos seguintes aspectos: definição das atribuições da CSP; plano de trabalho da CSP para um bimestre; distribuição das tarefas; normas e costumes da CSP; projeto de reestruturação da CSP; escalonamento dos supervisores por curso e área; organização do horário de funcionamento e da escala de férias: Ficou decidido: - será mantida a abertura da Coordenadoria no relacionamento com o professor bem como as atribuições das competências de cada supervisor; - será mantido o mesmo tipo de orientação ao corpo docente: - atualização dos levantamentos (DC8 incompletos e dos planejamentos e modelos de avaliação não entregues); - continuarão a ser exigidos os planos de unidade das disciplinas práticas. Foi dada uma visão geral, pelos supervisores pedagógicos, das atividades realizadas pela CSP até o momento. O chefe da CSP ressaltou que o principal objetivo da supervisão pedagógica será o controle da qualidade do ensino [2ª reunião – 12/08/76]. Será solicitada, ao diretor, autorização para os supervisores pedagógicos assistirem as aulas dos professores da Escola, com o objetivo de orientação didático-pedagógica [7ª reunião – 16/09/76]. Nos excertos apresentados acima, o chefe da CSP reproduz a concepção funcionalista da supervisão ao afirmar que “o principal objetivo da supervisão pedagógica será o controle da qualidade do ensino”. E, pelos relatos das atividades desenvolvidas pela CSP, o controle da qualidade passa pela atualização do levantamento de diários incompletos, de planos e modelos de avaliação não entregues, bem como pela exigência dos planos de ensino para as disciplinas teóricas e práticas. Ainda sobre os excertos sobre o planejamento da CSP, merece destaque a solicitação de autorização ao diretor para a visita a sala de aula. Isso revela o ponto contraditório da função supervisora, conforme explicado por Medeiros e Rosa (1987), uma vez que no plano da estrutura burocrática, a supervisão situa-se no nível hierárquico das decisões, isto é, na linha dos que mandam e têm o poder de decisão. Porém, enquanto prática, ela se situa na linha de execução, isto é, dos que obedecem e simplesmente executam as ordens que lhes são transmitidas (MEDEIROS e ROSA, 1987, p. 20). Importa ressaltar que a visita à sala de aula é tratada na literatura da área como uma das técnicas diretas utilizadas pela supervisão com a finalidade de observar, acompanhar, assessorar ou avaliar o trabalho individual do professor. 8 20% referem-se à organização das atividades escolares. São atividades de rotina como a previsão, a distribuição, a orientação, a conferência, bem como a confecção de modelos de diários de classe; a elaboração e alteração do calendário escolar; a organização do horário e dos recessos escolares. Diário de Classe. 4137 O recesso no período de 1º (primeiro) a 8 (oito) de maio, será apenas escolar. Os demais serviços funcionarão normalmente, estando previsto para o dia 4 (quatro) de maio um Encontro com o corpo docente, onde deveremos mostrar nossos objetivos, atividades e meios empregados para atingir as metas propostas [1ª reunião – 18/04/72]. [...] necessidade de colocar um horário vago entre uma aula e outra, para o professor atender à CSP e ao Departamento (horário do próximo ano) [13ª reunião – 11/11/76]. 20% referem-se ao planejamento e elaboração de fichas ou formulários como: fichas de recuperação; ficha de controle de aulas teóricas e práticas; ficha de realização das aulas; ficha de análise; ficha de dados dos professores; instrução para preenchimento de fichas; ficha de Plano de Unidade, etc. Przybylski (1976) acredita que o registro de dados é essencial para o bom desempenho das funções atribuídas ao supervisor escolar, sendo que tal registro deve ser realizado por meio de fichas e formulários padronizados. Daí a ênfase na confecção de fichas para o trabalho da CSP do Instituto Tecnológico, conforme excertos: Ficou decidido que a ficha de Controle do Curso de Recuperação será individual, por professor. A previsão foi de oitocentas fichas [...]. Foram analisadas as fichas de Avaliação e Provas Objetivas. [...] comentou-se sobre a ficha de Diagnóstico das possíveis causas do baixo rendimento e sobre a ficha de Avaliação do aluno [6ª reunião – 09/09/76]. As instruções para a ficha de Recuperação foram apresentadas ao chefe do Departamento, que dará sua opinião oportunamente. – A ficha de modelo de Avaliação (Prova Objetiva) não será utilizada em mil novecentos e setenta e sete [7ª reunião – 16/09/76]. Na literatura da área encontra-se um grande número de sugestões de modelos de fichas e formulários para organização do trabalho do supervisor: para registro de reunião, de avaliação de reunião, de entrevista com o professor, de observação de aula, de visita a sala de aula, etc. 9% referem-se à organização do espaço físico da Coordenadoria de Supervisão Pedagógica. Foi solicitado, ainda, que todos procurassem manter a ordem no ambiente, para melhor desenvolvimento das atividades do serviço, visto que as Srtas “x” e “y” ficariam encarregadas de providenciar a decoração da sala até o dia 13 (treze) deste mês [2ª reunião de 03/05/72]. A coordenadoria deverá sempre documentar-se através de recibos. As pastas de planejamentos e os levantamentos de entregas devem estar sempre atualizados [5ª reunião – 02/09/76]. (b) Coordenação e controle Na literatura da área, a ação de controle se justifica também pelo enfoque sistêmico. O sistema de supervisão, para atingir o seu objetivo de melhorar o processo ensino- aprendizagem através do acompanhamento e controle, se utiliza de recursos materiais e humanos que interagem para alcançar seu objetivo. Enquanto sistema, lança mão dos seguintes elementos: entradas, processos, saídas e realimentação. Nesse sentido, ao estabelecer um sistema de controle, o supervisor deverá valer-se de padrões que servirão de base para uma avaliação tanto do produto, como do processo; a inspeção, ou o acompanhamento das atividades é também necessária a um controle eficaz, oportunizando a coleta de elementos para fazer uma comparação dos dados registrados com os padrões estabelecidos e, quando necessário, providenciar a ação corretiva ou reajustamento do sistema, com vistas à melhoria do produto final (PRZYBYLSKI, 1976, p. 150). 4138 Assim, o controle da qualidade do ensino através da ação supervisora deve ser uma ação contínua. Quanto aos assuntos relacionados à função de coordenação e controle das atas de reunião da CSP do Instituto Tecnológico, foram assim classificados: 55% referem-se ao levantamento de professores em débito com a CSP e controle do arquivo, podendo constatar nitidamente uma ação fiscalizadora do supervisor: Ficou determinado ainda que a cobrança dos diários de classe se efetuará mediante um levantamento dos que não estão no setor, dos que não são retirados e dos que foram levados para serem atualizados e não foram devolvidos [3ª reunião – 24/05/72]. Solicitar ao Departamento não acertar as contas com os professores que estão se desligando da Escola, antes de pedir informações da situação dos mesmos junto à CSP [41ª reunião – 21/09/77]. Fazer o levantamento dos professores que não entregaram as Avaliações para análise. Verificar quais os programas e planos de curso faltosos na pasta de arquivos de planejamentos. Oficiar os supervisores de cursos e professores para devolvê-los à CSP [28ª reunião – 19/04/77]. Oficiar aos supervisores de curso professor “x” e professor “y” dando as congratulações pela entrega de todos os planos de unidades do 1º bimestre, em tempo [26ª reunião – 05/04/77]. Fazer Circular convocando os professores em débito com a CSP, para comparecer à Escola, para atualização, nos dias vinte e nove e trinta de junho.[...] informar aos professores, através de Circular, que a impossibilidade do comparecimento deverá ser justificada por escrito, devidamente comprovada, dirigida ao diretor [33ª reunião – 07/06/77]. 28% referem-se ao acompanhamento do desenvolvimento curricular, ou seja, pela análise dos Planos (Programas, Planos de Curso, Plano de Unidade) e acompanhamento do programa escolar. A Coordenadoria de Supervisão Pedagógica deverá analisar os Planos de Unidade, quanto à parte didática, registrando as deficiências. No ano que vem, quando o professor for elaborar o PU,9 tomar como base o deste ano e reformulá-lo, assistido pela Supervisão Pedagógica [2ª reunião – 12/08/76]. Analisar os programas, anotando o que precisar reformular (unidades extensas, deslocamentos de unidades) programas diferentes da mesma disciplina, na mesma série e no mesmo curso. Oficiar ao Professor “x” que convocará o professor para as modificações necessárias [11ª reunião – 21/10/76]. Confrontar os programas, planos de cursos e planos de unidade verificando se estão coerentes. Comparar os planejamentos das aulas teóricas e práticas, observando se estão concomitantes [12ª reunião – 04/10/76]. A supervisora “x” informou que no curso “x” está havendo divergência entre os programas e planos de unidade. Convocar o supervisor do curso, o professor “x” , para uma reunião com a supervisora pedagógica a fim de resolver esses problemas [37ª reunião – 09/08/77] 10% referem-se à realização de reuniões e encontros com os supervisores de curso e/ou corpo docente com o objetivo de apresentar relatório sobre o controle. O professor que apresentar problemas na área pedagógica deverá ser encaminhado à CSP para maior orientação individual [30ª reunião – 10/05/77]. 9 Plano de Unidade 4139 No encontro do Departamento/corpo docente previsto para o período de 27 a 30 de junho, a CSP tratará dos seguintes temas: análise dos PU, problemas surgidos nas avaliações, levantamento e comentário do rendimento bimestral, diários de classe, procedimentos didáticos mais utilizados (trabalho de grupo, relatório) [30ª reunião – 10/05/77]. 7% referem-se a reuniões da equipe de supervisores pedagógicos: Ficou determinado que: - as reuniões serão realizadas de 15 (quinze) em 15 (quinze) dias, mais ou menos [2ª reunião de 03/05/72]. Ficou determinado pela equipe que todas as quinta-feiras no horário de quatorze horas e trinta minutos haverá reunião da CSP [1ª reunião de 05/08/76]. (c) Aperfeiçoamento de pessoal Diante da necessidade de pessoal qualificado para garantir a racionalização do sistema de ensino, o artigo 38 da Lei n. 5.692/71 determinava que “os sistemas de ensino estimularão, mediante planejamento apropriado, o aperfeiçoamento e atualização constantes de seus professores e especialistas de educação”. Assim, aperfeiçoamento docente deveria ser uma preocupação do supervisor escolar. Nas atas de reuniões da CSP, embora sejam pouco expressivos, foram encontrados alguns registros sobre aperfeiçoamento docente através dos encontros pedagógicos, bem como a preocupação em receber e orientar o professor novato, conforme constatado nos excertos: Programar as atividades que serão desenvolvidas com os professores no período de quatorze a vinte e oito de fevereiro quando serão tratados os seguintes assuntos: elaboração de Plano de unidade, Preenchimento da ficha de “Dados do Professor”; comunicação ao professores da nova estrutura da CSP, balanço de cada um dos cursos e Avaliação. Providenciar as listas de presenças para os três turnos e o material necessário para o encontro pedagógico [48ª reunião – 06/12/77]. O Departamento deverá apresentar o professor novato à CSP, condição primordial para que receba os DC do professor que está sendo substituído, devendo trazer o retrato para a ficha de “Dados do Professor” [41ª reunião – 21/09/77]. Os professores novatos na Escola serão orientados individualmente quanto ao preenchimento das Fichas de Recuperação. Enfatizar que a recuperação terá que ser bem planejada e o professor deverá exigir muito do aluno, do contrário não há validade [45ª reunião – 08/11/77]. Antes de promover o aperfeiçoamento e a atualização do corpo docente, era necessário capacitar o supervisor, conforme explicitado nos excertos: Foi sugerido à equipe o estudo da legislação do ensino de 2º grau, a formulação de objetivos comportamentais para as aulas (Norman E. Gronlund) e o Projeto de Implantação de uma Seção Técnica de Ensino [1ª reunião – 05/08/1976]. A escola está estudando a possibilidade de trazer a professora Ethel Bauzer para falar sobre Avaliação [16ª reunião – 02/12/1976]. No mês de dezembro, haverá um curso para os supervisores pedagógicos, ministrado pelos professore “x” e “y” sobre análise de provas e, em fevereiro, os supervisores pedagógicos farão o curso para os professores, durante a quinzena pedagógica [45ª reunião – 08/11/77]. 4140 Contata-se nos excertos acima elementos característicos do tecnicismo pedagógico que, inspirado no behaviorismo, determina a formulação correta dos objetivos comportamentais, colocado com condição necessária e suficiente para atingir os objetivos educacionais. Nesse enfoque, o planejamento do sistema de ensino implicava nas seguintes etapas: especificação de objetivos operacionais; seleção e organização dos conteúdos e estratégias; avaliação da aprendizagem de acordo com os objetivos operacionais. (d) Avaliação Na literatura da área, a avaliação constitui uma das funções do supervisor educacional no sentido de orientar a avaliação do rendimento do aluno e do desempenho do professor tendo em vista a produtividade do ensino. Com a avaliação pode-se verificar até que ponto os planos de ensino estão conseguindo alcançar seus propósitos. Assim, constataram-se nas atas, também de forma pouco expressiva, alguns registros sobre a função de avaliação desempenhada pela CSP: O levantamento percentual do rendimento bimestral deverá ser encaminhado aos Supervisores de cursos. Os professores com rendimento inferior a 60% serão convocados pelo chefe da CSP, para uma análise das possíveis causas do baixo rendimento [7ª reunião – 16/09/76.] Será feito o levantamento do rendimento bimestral, se excessivamente alto ou baixo a CSP exigirá dos mesmos todas as avaliações feitas no bimestre [27ª reunião – 12/04/77]. Encaminhar aos supervisores de cursos e áreas o relatório do levantamento do rendimento bimestral dos dois primeiros bimestres devidamente protocolados [45ª reunião – 08/11/77]. Até o final do mês de janeiro deverão ser feitos, pelo estatístico, os resultados do testão através de gráfico de barras e o Índice de Dificuldade das questões, podendo fazê-lo através de amostragem, utilizando 25% do total das provas (por disciplina, série e turma) [48ª reunião – 06/12/77]. Foram tratados os seguintes assuntos: [...]; - Comentários a respeito da reunião com os supervisores de curso, de área e com o chefe do Departamento [14ª reunião – 18/11/76]. Foram debatidos os itens do Relatório Semestral que serão apresentados aos professores: plano de unidade; professores que têm acertos ou complementações nos programas e planos de curso; professores que deram total de avaliações inferior a duas por bimestre; levantamento dos tipos de avaliação utilizados por curso através dos PU; os principais aspectos observados na análise dos planos de unidade pela ordem decrescente de dificuldade; professores que não mandaram os modelos de avaliação para análise; professores que não compareceram à entrevista para análise; em ordem decrescente, os três tipos de avaliação que ofereceram maior grau de dificuldade para o professor; principais dificuldades observadas nas entrevistas com os professores; problemas observados quanto às análises das avaliações e entrevistas; controle dos diários de classe: comentar a importância dos DC e a necessidade de mantê-los sempre atualizados; professores cujos DC estão incompletos; professores que normalmente não mantêm os DC na CSP [34ª reunião – 14/06/77]. Percebe-se um distanciamento entre a supervisão escolar e o corpo docente, conforme registrado no excerto abaixo, que expressa, de certa forma, um “feedback ao sistema de supervisão” no Instituto Tecnológico: Na reunião do diretor com os supervisores de cursos foi sugerido que o Departamento deveria programar novos encontros pedagógicos com os 4141 professores. [...] os de cursos solicitaram o comparecimento periódico dos supervisores pedagógicos para conhecimento do trabalho que estão realizando e maior entrosamento [30ª reunião – 10/05/77]. A título de síntese, os assuntos tratados nas reuniões da Coordenadoria de Supervisão Pedagógica constituem um conjunto de propriedades representativas da prática do pedagogo – especialista em supervisão escolar – podendo-se afirmar que essa prática foi balizada pela ênfase no planejamento e no controle da prática docente como forma de garantir a qualidade do ensino. Considerações finais A análise do conteúdo das atas de reunião vem demonstrar uma prática de supervisão que expressa claramente o contexto de surgimento desse profissional e que gerou uma prática essencialmente tecnicista com um tom fiscalizador. Esta análise traz, portanto, subsídios que podem se constituir em pontos de reflexão acerca do papel do supervisor pedagógico, nesta mesma instituição, três décadas depois, considerando que na década de 90 ocorreu uma série de reformas educacionais que estão entranhadas em um outro contexto. Este estudo permitiu constatar que muitas das características da prática de supervisão escolar, verificadas nas atas e ainda muito vivas na memória do Instituto Tecnológico, não se constituem mais em traços marcantes do trabalho da equipe pedagógica que tem buscado a consolidação de uma ação pedagógica integrada, delineando o papel do pedagogo numa perspectiva de consultoria, de assessoria no âmbito da educação profissional de nível técnico. 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