Federação Espírita Pernambucana
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ORIENTAÇÕES FEDERATIVAS 05 / AGOSTO 2012
DIRIGENTE DA REUNIÃO PÚBLICA DOUTRINÁRIA
O DIRIGENTE DA REUNIÃO PÚBLICA
É o responsável direto pela manutenção do ambiente físico (e, em parte, o espiritual) de
realização da reunião pública. Para isso deve primar por um comportamento moral adequado aos
padrões da Doutrina Espírita e primar pela assiduidade e pontualidade a tarefa.
CABE AO DIRIGENTE DA REUNIÃO PÚBLICA:
a) Receber o palestrante e fazer a preparação para a palestra (reunir-se com o(s)
palestrante(s) e o(s) precista(s), quando houver precista, para definir o expediente da
reunião).
b) Observar se o ambiente físico está íntegro (água para o palestrante, microfone, ...).
c) Iniciar a reunião saudando os presentes e fazer o exórdio, num tempo máximo de 15
minutos ou designar alguém para tal.
d) Fazer a prece (inicial e final) ou providenciar alguém para fazê-la. As preces devem ser
claras, curtas e objetivas. As exortações longas e empoladas podem não atingir os
objetivos, além de prejudicar o recolhimento necessário nessa hora de comunhão com o
mundo espiritual.
e) Substituir o palestrante em sua ausência, caso já não exista alguém escalado para essas
emergências. Nesse caso o dirigente providenciará um substituto para si, uma vez que é
melhor improvisar a direção da reunião do que a palestra e ao mesmo tempo em que
poderá se preparar com antecedência.
f) Atentar ao que diz o orador, para fazer as devidas intervenções posteriores, quando
necessário.
g) Intervir no trabalho do expositor quando esse cometer erros doutrinários graves (que o
dirigente trate com toda diplomacia) ou quando não atingir o objetivo (elementar) da
palestra. Nesse caso o dirigente fará, ao final da exposição, uma breve complementação
esclarecedora ou conclusiva de, no máximo, 5(cinco) minutos, tendo o cuidado para não
expor a figura do orador.
h) Ao final da palestra, agradecer a presença do público e do palestrante.
i) Convidar a todos para a prece final e dar por encerrada a reunião pública.
RECOMENDA-SE QUE O DIRIGENTE EVITE:
a) Dar avisos e informes no final da palestra. Só se for extremamente necessário. Os avisos,
se houver, devem ser dados antes do início da reunião pública. Quando dados depois,
prejudicam o clima de harmonia estabelecido pelo assunto ministrado e afastam a pessoa
de sua reflexão sobre o mesmo.
b) Fazer uma nova palestra ou tecer comentários sobre a palestra que acabou de ser
proferida (salvo se cometeu erros doutrinários ou não atingiu o objetivo, como dito
acima). Lembrar que ali foi feito um trabalho de conscientização do público, secundado
pelos bons Espíritos. Esse hábito geralmente compromete todo o esforço do expositor em
levar às pessoas a mensagem libertadora espírita.
c) Fazer elogios ao orador (o que deve ser destacado é o conteúdo da palestra).
d) O hábito de entoar hinos, fazendo o público participar. Os hinos são resquícios que
trazemos de outras crenças ou de nossas crenças de origem e muitas vezes obedecem a
verdadeiros rituais, práticas não recomendadas pela Doutrina Espírita.
O EXÓRDIO DA REUNIÃO PÚBLICA.
A palavra exórdio significa início, introdução. Assim sendo, o exórdio de uma reunião
pública corresponde a parte inicial da reunião, a parte destinada as recomendações e à
preparação das pessoas para ouvirem a exposição doutrinária. Como concorre para a criação de
um ambiente agradável, equilibrado, silencioso e harmonioso, também é chamado de
harmonização. Ele inicia quando o dirigente dá as boas vindas ao público.
Durante o exórdio o dirigente poderá:
• Anunciar o tema da reunião pública.
• Apresentar, brevemente, o palestrante, informando seu nome e a que instituição está
vinculado, e agradecendo publicamente por sua presença, evitando-se as exaltações
personalistas.
• Dar informes sobre o funcionamento do centro espírita e suas atividades, sobre ações do
Movimento Espírita, as campanhas, as reformas, a implantação de trabalhos novos, a
mudança de horários, novos cursos, etc.
• Ler e comentar brevemente, uma pequena mensagem (recomenda-se a coleção FONTE
VIVA, da FEB), cujo teor seja diferente do tema da palestra principal.
Recomenda-se que o dirigente evite no exórdio...
• Leitura longa que adentre pelo tempo da palestra.
• Mini palestra após a leitura inicial. Não se deve aproveitar o tempo do comentário da
mensagem para proferir uma pequena palestra. Isso atrapalha muito o orador, quando
não acontece de antecipar o assunto de sua palestra.
• Convidar o público à prece inicial.
• Pedir dinheiro ao público ou anunciar rifa ou bingo.
• Chamar a atenção de alguém que dorme na plateia.
• Dar informes longos ou muitos informes. Para isso deve haver um mural na instituição.
• “Bater papo” ou gracejar com pessoas na tribuna antes da reunião. A palestra é um
momento solene e o dirigente é responsável pela harmonização do ambiente.
• Mandar o público ficar de pé e/ou fechar os olhos para a prece. Há quem goste, queira ou
saiba fazer preces de olhos abertos.
A PRECE NA REUNIÃO PÚBLICA (inicial e final)
• As preces inicial e final devem ser objetivas, com no máximo 2 minutos de duração, cada.
• Que possa ser proferida em voz alta para que todos ouçam (e acompanhem mentalmente),
devendo, para tal, ser feita ao microfone caso o ambiente assim o exija.
• Será proferida pelo dirigente ou por quem ele convidar com antecedência.
• Recomenda-se que a prece seja do próprio precista, para proporcionar mais
espontaneidade. Devem ser evitadas preces que são comuns aos rituais de outras religiões
para não confundir o público.
OBSERVAÇÕES OPORTUNAS
• Os passes devem ser aplicados, preferencialmente, após a exposição. Se aplicados antes,
deve-se ter o cuidado de concluí-lo um pouco antes do início da reunião com vista a
preservação da harmonia do ambiente, que pode ser afetada pela circulação das pessoas,
além de tirar do paciente a oportunidade de receber instruções através dos ensinamentos
ali ministrados.
• Durante o decorrer da reunião, principalmente seu dirigente, deve permanecer em seu lugar
à mesa dos trabalhos, tendo acesso fácil às obras da Codificação, para que em momento
oportuno, caso seja necessário, ele a utilize. A prece final não deve ficar a cargo do
palestrante. Isso evitará constrangimentos desnecessários nos casos em que o dirigente
tenha que fazer alguma correção de ordem doutrinária no trabalho do expositor.
• Em caso de interferências que prejudiquem o andamento da palestra, o dirigente deve
interrompê-la e cuidar para que as condições retornem a sua normalidade.
FEDERAÇÃO ESPÍRITA PERNAMBUCANA/COORDENAÇÃO GERAL DAS ÁREAS FEDERATIVAS.
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Dirigente das Reunião Pública Doutrinária