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Inauguração do Projectarium
no Campus IAC – Uma
experiência pessoal
Raija Vainio
Sendo uma das pessoas presentes na inauguração do Projectarium,
laboratório inaugurado no Campus IAC, no dia 26 de Novembro,
de 2006, tive a sorte de ser sorteada para realizar uma sessão
experimental neste laboratório, neste período em que muitas pessoas
aguardavam ter esta oportunidade.
Senti-me muito bem-vinda ao entrar no laboratório. Senti uma
sensação morna e formigante na minha bochecha direita que associei
com energias positivas. Senti que podia relaxar neste ambiente
porque não incomodaria ninguém se dormisse e começasse a roncar.
Ajustei a cama e o travesseiro e comecei a mover minhas energias, fazendo uma mobilização fechada de energias (EV), seguido
de exteriorização e absorção. Continuei com um exercício de
relaxação, começando com o pé direito continuando pelo resto do
corpo até que não mais sentia meu soma. Em seguida, comecei
a separar o psicossoma do soma, começando pelas mãos, seguidas
dos pés e de outras partes. Curiosamente, ao invés de decolar,
afundei num túnel escuro.
Não tinha experienciado esta sensação de “passar por um túnel”
antes, e fiquei maravilhada com a sensação de me afundar de costas
nele. Sempre imaginei que entraríamos num túnel primeiramente com
a cabeça. Após algum tempo, vi uma luz no final do túnel e, quando
saí, me encontrei numa estação de ônibus que me pareceu familiar.
Sai da estação de ônibus e constatei que estava em Estepona,
no sul da Espanha, frente à beira-mar. Fiquei ali observando por
algum tempo, olhando para o Leste, com o mar a minha direita.
Depois retornei para o soma. Mas quase imediatamente a seguir
tive nova decolagem e me encontrei parada numa rua muito transitada de Buenos Aires.
Esta segunda experiência não durou muito e me encontrei
aparentemente suspendida no ar, dentro do Projectarium. Não con-
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Journal of Conscientiology, Vol. 9, No. 35
seguia sentir nem a cama nem o travesseiro. Permaneci desse jeito
por um bom tempo até que comecei a sentir dor na parte superior
e direita da minha cabeça. Eu disse para mim mesma que devia
fazer algo para cuidar dessa dor. Em seguida senti uma presença
do meu lado. Eu perguntei: ‘Quem é? ’. A resposta que recebi foi
que se tratava de ‘Sílvia’. Senti e vi uma luz branca que se produziu
e envolveu minha cabeça e a parte superior do tronco. Esta luz me
deu uma sensação muito boa e depois desapareceu, no mesmo instante em que senti que alguma coisa tinha sido extraída da minha
cabeça e que a dor tinha ido embora.
Lembrei-me que no dia anterior a Nanci tinha-nos falado que,
em geral, temos expectativas de projeções ‘perfeitas’ nas quais sempre sentimos a separação do soma e todos os demais detalhes de
cada etapa da projeção, e que embora isto nem sempre ocorra,
muitas vezes há experiências que permitem uma série de experimentações. Pensei que eu poderia tentar uma destas experiências
em condições ‘perfeitas’. Disse mentalmente para mim mesma que
gostaria de sentir o que se sente quando o psicossoma gira de lado
a lado e imediatamente meu psicossoma começou a rolar para
a esquerda, enquanto aparentemente meu soma, na cama, escorregava para a direita.
Depois me perguntei como se sentiria ficar de pé e, novamente,
imediatamente meu psicossoma ficou em pé. Depois também tive
a curiosidade de “aprender” a caminhar com o psicossoma. Mesmo
que uma parte de mim me chamava a atenção para o fato de que
o psicossoma pode voar, e portanto não tem necessidade de
caminhar, dei alguns passos. Senti minhas parapernas movendo de
uma forma muito natural.
Finalmente, perguntei-me se poderia ver “o lado” que os amparadores estavam, mas isso não aconteceu. No lugar disso, abri os
olhos, pois sabia, de alguma forma, que alguém se aproximava
à porta, já que meu horário havia terminado. Trinta segundos mais
tarde, escutei o bater na porta.
Raija Vainio
Helsinki, Finlândia
Traduzido por Veronica Serrano
Revisado por Silvana Meira and Maria Luiza Welton
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