335 Inauguração do Projectarium no Campus IAC – Uma experiência pessoal Raija Vainio Sendo uma das pessoas presentes na inauguração do Projectarium, laboratório inaugurado no Campus IAC, no dia 26 de Novembro, de 2006, tive a sorte de ser sorteada para realizar uma sessão experimental neste laboratório, neste período em que muitas pessoas aguardavam ter esta oportunidade. Senti-me muito bem-vinda ao entrar no laboratório. Senti uma sensação morna e formigante na minha bochecha direita que associei com energias positivas. Senti que podia relaxar neste ambiente porque não incomodaria ninguém se dormisse e começasse a roncar. Ajustei a cama e o travesseiro e comecei a mover minhas energias, fazendo uma mobilização fechada de energias (EV), seguido de exteriorização e absorção. Continuei com um exercício de relaxação, começando com o pé direito continuando pelo resto do corpo até que não mais sentia meu soma. Em seguida, comecei a separar o psicossoma do soma, começando pelas mãos, seguidas dos pés e de outras partes. Curiosamente, ao invés de decolar, afundei num túnel escuro. Não tinha experienciado esta sensação de “passar por um túnel” antes, e fiquei maravilhada com a sensação de me afundar de costas nele. Sempre imaginei que entraríamos num túnel primeiramente com a cabeça. Após algum tempo, vi uma luz no final do túnel e, quando saí, me encontrei numa estação de ônibus que me pareceu familiar. Sai da estação de ônibus e constatei que estava em Estepona, no sul da Espanha, frente à beira-mar. Fiquei ali observando por algum tempo, olhando para o Leste, com o mar a minha direita. Depois retornei para o soma. Mas quase imediatamente a seguir tive nova decolagem e me encontrei parada numa rua muito transitada de Buenos Aires. Esta segunda experiência não durou muito e me encontrei aparentemente suspendida no ar, dentro do Projectarium. Não con- 336 Journal of Conscientiology, Vol. 9, No. 35 seguia sentir nem a cama nem o travesseiro. Permaneci desse jeito por um bom tempo até que comecei a sentir dor na parte superior e direita da minha cabeça. Eu disse para mim mesma que devia fazer algo para cuidar dessa dor. Em seguida senti uma presença do meu lado. Eu perguntei: ‘Quem é? ’. A resposta que recebi foi que se tratava de ‘Sílvia’. Senti e vi uma luz branca que se produziu e envolveu minha cabeça e a parte superior do tronco. Esta luz me deu uma sensação muito boa e depois desapareceu, no mesmo instante em que senti que alguma coisa tinha sido extraída da minha cabeça e que a dor tinha ido embora. Lembrei-me que no dia anterior a Nanci tinha-nos falado que, em geral, temos expectativas de projeções ‘perfeitas’ nas quais sempre sentimos a separação do soma e todos os demais detalhes de cada etapa da projeção, e que embora isto nem sempre ocorra, muitas vezes há experiências que permitem uma série de experimentações. Pensei que eu poderia tentar uma destas experiências em condições ‘perfeitas’. Disse mentalmente para mim mesma que gostaria de sentir o que se sente quando o psicossoma gira de lado a lado e imediatamente meu psicossoma começou a rolar para a esquerda, enquanto aparentemente meu soma, na cama, escorregava para a direita. Depois me perguntei como se sentiria ficar de pé e, novamente, imediatamente meu psicossoma ficou em pé. Depois também tive a curiosidade de “aprender” a caminhar com o psicossoma. Mesmo que uma parte de mim me chamava a atenção para o fato de que o psicossoma pode voar, e portanto não tem necessidade de caminhar, dei alguns passos. Senti minhas parapernas movendo de uma forma muito natural. Finalmente, perguntei-me se poderia ver “o lado” que os amparadores estavam, mas isso não aconteceu. No lugar disso, abri os olhos, pois sabia, de alguma forma, que alguém se aproximava à porta, já que meu horário havia terminado. Trinta segundos mais tarde, escutei o bater na porta. Raija Vainio Helsinki, Finlândia Traduzido por Veronica Serrano Revisado por Silvana Meira and Maria Luiza Welton