De Turim para o Brasil, a construção de uma área industrial em Fortaleza Oito milhões de euros já foram investidos na compra de terras e outros € 10 milhões estão disponíveis para infraestrutura. O grupo Edilmedia, sediado em Turim, aposta no projeto do novo distrito industrial de Croatá, ao lado da ZPE, área de Fortaleza, no Nordeste do Brasil. Ao passo em que a economia do gigante latino-americano pisa nos freios apesar dos mega-investimentos para a Copa do Mundo e as Olimpíadas, o Estado do Ceará, com sua capital na cidade de Fortaleza, corre em ritmo acelerado. Se em 2010 o PIB brasileiro cresceu 7,5% e, em seguida, registrou aumentos de 2,79% em 2011, 0,9% em 2012 e 1,9% no ano passado, o Ceará vem crescendo mais a cada ano: 7,9% em 2010, 6,1% no ano seguinte, 3,65% em 2012 e 3,6% no ano passado. Há espaço para se reconciliar desenvolvimento turístico e industrial. Por esta razão, uma grande zona franca está sendo construída adjacente ao porto comercial do Pecém, a 35 km de Fortaleza. Este porto, que atualmente é o sétimo em volume de trânsito de mercadorias, deverá atingir o segundo lugar em cinco anos. No entanto, empresas localizadas na ZPE estão obrigadas por lei a exportar pelo menos 80% de sua produção. Segundo a Edilmedia, o Nordeste do Brasil exibe um rápido crescimento da classe média, com consequente aumento do consumo, mas é forçado a importar quase todos os produtos diretamente do sul do Brasil ou do exterior. Por essa razão, o grupo de Turim iniciou a implantação de um distrito industrial próximo à ZPE, para tirar proveito da possibilidade de acesso às instalações rodoviárias, ferroviárias e portuárias mas livre das exigências de exportação. Com 180 hectares de terra, a área abrigará fábricas que serão construídas ao lado de edifícios públicos e bairros residenciais. "Obviamente, afirma o grupo torinense, a área irá acolher indústrias brasileiras ou estrangeiras, oferecendo excelentes oportunidades para empresas italianas: a carga tributária é 15%, mas com a possibilidade de novas reduções, o custo da mão-de-obra para as empresas foi estimado em torno de € 500-550 euros por mês. Além disso, a demanda por estilo italiano cresce continuamente entre a nova classe média brasileira."