Está a nascer uma geração de transformadores sociais 2013 • 2014 ilumina Acompanhe-nos em: www.fundacaoedp.pt www.facebook/FundacaoEDP índice Editorial 4•5 Medimos o impacto do que fazemos 6•7 Social 8 • 33 Saúde e Criança 8 • 13 Empreendedorismo e negócios sociais 14 • 23 EDP Solidária 24 • 29 Voluntariado 30 • 33 Cultura 34 • 51 Exposições 34 • 41 Administração Prémio Fundação EDP Novos Artistas 42 António de Almeida Grande Prémio Fundação EDP Arte 43 Presidente António Mexia Sérgio Figueiredo Pedro Neves Ferreira João Paulo Mateus Mecenato 44 • 47 Roteiro de Arte nas barragens 48 • 51 Direção Ciência e energia 52 • 63 Museu da Eletricidade 52 • 57 Sérgio Figueiredo Diretor Geral João Paulo Mateus Direção Executiva Catarina Seixas Comunicação José Manuel Pereira dos Santos Cultura e Ciência e Energia Margarida Pinto Correia Inovação Social Pedro Neves Ferreira Energias para o Desenvolvimento Ficha Técnica Elisabete de Sá Coordenação Sónia Matos Design Gráfico Joaquim Guerreiro Infografia Adelino Oliveira, Miguel Baltazar, Ricardo Castelo, Laura Castro Caldas e Paulo Cintra (pp.43) Fotografia Novo Centro de Artes e Tecnologia 58 • 59 Acesso à energia 60 • 63 Fundação EDP nas barragens 64 • 69 Fundação EDP em Portugal 70 • 71 Fundações do Grupo EDP no mundo 72 • 75 editorial A vida é uma sucessão de oportunidades Sérgio Figueiredo Administrador e Diretor Geral Pode uma ideia simples e uma atitude individual fazer toda a diferença na vida de muitas e muitas pessoas? E pode um cidadão comum transformar a sua comunidade? E o que pode uma Fundação fazer por um País? Há duas formas de responder. Uma é pensar que os problemas são grandes demais para serem resolvidos. Outra é questionar permanentemente em que mundo queremos viver e assumir que somos nós que criamos as oportunidades. A Fundação EDP lida com milhares de pessoas, centenas de organizações, e sabe como, todos os dias e em cada canto de Portugal, elas estão a protagonizar uma incrível e silenciosa transformação. Não se veem, não se mostram, mas 4• o seu crescimento é uma nova esperança para a sociedade. A criação e a oportunidade não são, no entanto, o princípio desta história. Antes surge a consciência. E esta precede a responsabilidade que impomos a nós próprios: “é tudo uma questão de despertar a alma”, escreveu Gabriel García Márquez, a quem pedi emprestada a frase que dá título a este texto. A EDP podia sustentar uma Fundação para práticas assistencialistas, onde tudo se faz para mitigar as consequências dos flagelos sociais. Ou para intervir na cultura, enquanto mecenas passivo, reduzindo-a a um generoso financiador de instituições que retribuíam o esforço, estampando o nosso logotipo de forma bem visível. A Fundação EDP podia ser apenas isto e, na verdade, nem precisava ser uma fundação. Bastava um livro de cheques. Mas seria escasso o contributo que dava ao País. E nulo o alinhamento com a própria estratégia de sustentabilidade e com os valores do Grupo empresarial que a instituiu. Participar na construção de uma sociedade mais coesa e progressista implica tudo menos fazer o que é óbvio. Os processos de inovação no plano social e cultural não são, deste ponto de vista, muito diferentes do que sucede na dimensão empresarial: encontrar espaço onde não há espaço, experimentar o que nunca tinha sido feito, chegar onde antes ninguém tinha ousado. Dizer “basta” pode ser o primeiro passo. Mas depois é preciso ir além do que imaginávamos sequer ser possível de alcançar. É essencialmente isto que testemunha a revista que tem nas suas mãos. Uma vastidão de iniciativas, atividades, projetos, sonhos, causas, respostas concretas a problemas simples, soluções improváveis para desafios tantas vezes impercetíveis. Este é o território da Fundação EDP, que não se limita a colher o que outros semeiam. Estimula esta cultura, este entusiasmo e esta mobilização de uma nova geração de transformadores, que acredita nos momentos em que já não restam mais hipóteses, que olha para onde já ninguém vislumbra esperança. Ser agente da mudança é, pois, muito mais do que recusar a apatia e a ignorância. Significa ir além da indignação, porque ela, por si só, não gera a mudança. Nem o isolamento, o “cada um por si”. O trabalho, a dedicação, o talento e a imaginação desta gente anónima são a ignição. O movimento, a escala, a consistência e, sobretudo, o impacto sistémico e a viragem decisiva dos comportamentos coletivos só serão possíveis através de novas formas de cooperação e de contágio entre a economia social, governos e empresas. Sentimos a vibração nos processos culturais, vivemos o dinamismo nas respostas sociais. Mas também conhecemos a fragilidade das associações, as suas estruturas precárias, a militância que se sobrepõe ao profissionalismo. Portanto, a resposta é sim, sim e sim. Sim, tudo começa na atitude individual. Sim, há pessoas normais, que não precisam ser visionárias, mas não desistem e estão a dinamizar as suas comunidades, que conhecem as suas necessidades, que respondem com um sentido infinitamente prático e que assumem um papel construtivo na sociedade. E sim, esta fundação, criada por uma empresa, quer fazer a diferença e assumiu o compromisso de participar neste movimento. Quer dar o seu contributo, quer partilhar conhecimento, disseminar ferramentas de gestão e de capacitação dos recursos humanos das organizações sociais e culturais. Quer fomentar uma cultura de resultados, procurar a sustentabilidade dos projetos, promover a colaboração e o funcionamento em rede. Tal implica descobrir novos caminhos pelo próprio pé, fazer opções, manter critérios rigorosos e transparentes nas decisões, privilegiando intervenções e, sempre que possível, investimentos em projetos de inovação e de empreendedorismo social. São os momentos desafiantes que vivemos que nos convocam à abertura de perspetivas de futuro. Ao afirmar a EDP como a empresa que, nos últimos anos, mais investiu na Cultura em Portugal, esta Fundação promove uma sociedade mais criativa, mais aberta, culta e cosmopolita – condições essenciais para a nossa afirmação coletiva no mundo. É isso que estamos a dizer quando decidimos construir um novo Centro de Artes e Tecnologia, que já começou a nascer junto ao Museu da Eletricidade com a ambição de se constituir como um equipamento de características únicas e um novo símbolo para a cidade de Lisboa. A construção de um novo espaço para a criatividade humana não significa apenas erguer um novo edifício. Ao proporcionar uma oferta artística, cultural e tecnológica ao nível das grandes cidades europeias, a Fundação EDP está a investir na qualificação das pessoas e na abertura à inovação e ao engenho, na originalidade e na ousadia. Os novos desafios geram um novo fôlego. E a elevação dos patamares de exigência. O Museu da Eletricidade já é hoje um dos mais visitados do País. Mas este passo, de enormes proporções, convoca-nos novamente para o exercício da redescoberta, da redefinição de prioridades, de uma nova escala, da busca de novos públicos, de novos regimes de parcerias e de co-criação. A Fundação EDP está novamente a reinventarse. Será diferente, seguramente mais forte. O propósito, esse, continua o mesmo de sempre: ser parte de um País melhor preparado e mais apto na superação dos desafios do século XXI. O movimento, a escala, a consistência e, sobretudo, o impacto sistémico e a viragem decisiva dos comportamentos coletivos só serão possíveis através de novas formas de cooperação e de contágio entre a economia social, governos e empresas. •5 medimos o impacto do que fazemos Acreditamos numa cultura de resultados. Estamos e queremos atuar com crescentes níveis de exigência ao nível da nossa atividade e das instituições parceiras com as quais trabalhamos. Porque, por cada euro investido, aumenta a responsabilidade de todos em criar mais e melhor valor para a comunidade. 6• Como avaliamos A Fundação EDP é membro, desde 2008, do London Benchmarking Group, um grupo de trabalho internacional que define padrões através dos quais é possível medir o impacto do investimento social realizado em benefício da sociedade. Para tal, fazemos o acompanhamento constante de todos os projetos que apoiamos: do seu desenvolvimento e dos seus resultados. Mais de 300 empresas em todo o mundo utilizam esta análise. a Estamos sempre a testar outras metodologias que permitem aprofundar o nosso conhecimento acerca do impacto dos nossos investimentos sociais. a Em 2013 mais de 1,5 milhões de pessoas beneficiaram diretamente dos investimentos sociais, no valor de 11 milhões de euros, da Fundação EDP através de mais de 360 instituições parceiras. O que avaliamos Inputs Os recursos (financeiros e humanos) que investimos nas atividades das organizações nossas parceiras. Atividades As ações concretas realizadas pelos parceiros para alcançar os objetivos e os resultados propostos. Outputs Os resultados de curto prazo tangíveis gerados pela atividade concreta dos parceiros. Exemplo: número de pessoas que receberam uma formação. Porque avaliamos Avaliamos porque queremos que o nosso investimento seja cada vez mais eficaz: na escolha das áreas de atuação e dos melhores parceiros, no número de pessoas beneficiadas, na qualidade das respostas sociais encontradas e nas ondas de impacto positivo por elas geradas. a A avaliação conduz a uma maior transparência. E esta traduz-se em credibilidade. a E permite que os acionistas do Grupo EDP, que todos os anos atribuem recursos financeiros à Fundação EDP, possam confirmar os resultados dos investimentos sociais realizados. Liderança internacional O rigor, transparência e método que o LBG aporta ao reporte do investimento social do Grupo EDP e da Fundação EDP são claros contributos para a posição de liderança que o Grupo EDP detém atualmente a nível internacional, em termos de práticas de Responsabilidade Social Corporativas. a O Grupo EDP é líder mundial no sector das empresas de utilidade pública (eletricidade, água, gás e saneamento) nos índices Dow Jones de Sustentabilidade. E uma referência em termos de Reporting Social, destacando-se como a empresa elétrica que adota as melhores práticas na medição do investimento social. Pelo sexto ano consecutivo integrou, em 2013, os índices de sustentabilidade DJSI World e Europe, considerados dos mais rigorosos na avaliação do desempenho a nível mundial. •7 social saú cria A saúde é um direito de todas as crianças. E uma condição à sua inclusão social e melhor qualidade de vida 8 • Social Saúde e a criança de ç n a Apoiamos projetos que promovem a inclusão social de crianças através da saúde Estamos de mãos dadas com a Operação Nariz Vermelho, o Dentista do Bem e a Fundação do Gil Saúde e a criança Social • 9 Operação Nariz Vermelho Doutores Palhaços levam alegria a crianças internadas em hospitais “Uma lufada de ar fresco dentro dessa bola de vidro que é o hospital.” É assim que uma menina que esteve internada durante um ano no IPO de Lisboa descreve as visitas dos Doutores Palhaços da Operação Nariz Vermelho. Para uma criança com uma doença crónica ou aguda o internamento num hospital pode ser uma experiência assustadora que alia as dores ao incómodo dos tratamentos num ambiente não familiar. A visita dos Doutores Palhaços, profissionais com formação específica em meio hospitalar, ajuda a minimizar o impacto negativo da sua situação de internamento, aliviar a tensão emocional dos seus familiares e facilitar a hospitais intervenção dos profissionais de saúde. Inúmeros estudos científicos têm demonstrado que o humor contribui para combater a ansiedade e o stress. Que pode aliviar as dores através da mil crianças libertação de endorfinas e que atua de v visitadas forma positiva no sistema. A Fundação é Parceiro para por ano a Vida da Operação Nariz Vermelho desde 2005, contribuindo para que os Doutores Palhaços levem gargalhadas e sorrisos a mil crianças mais de 40 mil crianças em visitadas desde enfermarias pediátricas de 13 hospitais em todo o país. 2002 13 40 311 10 • Social Saúde e a criança Querida Beatriz! Atriz, palhaça, contadora de histórias e voluntária, Beatriz Quintella fundou a Operação Nariz Vermelho em 2002. Pouco tempo depois explicava ao jornal Público: “Os hospitais são lugares que provocam muito medo às crianças. Medo da dor, da doença, das máquinas, medo de não ter futuro. Além disso, as pessoas que fut contactam com as crianças, como co os enfermeiros e os médicos, também têm medo. Medo de não ta tter tempo, medo de não serem perfeitos.” Em 10 anos, o projeto fundado por p Beatriz Quintella levou a Operação Nariz Vermelho a 13 hospitais e a mais de 311 mil meninos hospitalizados. “É muito me mais fácil curar uma criança feliz”, ma dizia. A Dra. da Graça partiu dia 4 de setembro de 2013. Mas fica para sempre. Dentista do Bem O direito de sorrir sem vergonha Esta fotografia choca-o? A nós também. Até porque, longe de ser uma exceção, esta imagem traduz o estado de saúde oral de muitas crianças e jovens em Portugal. E é por isso que a Fundação EDP é parceira global do projeto Dentista do Bem que trata gratuitamente crianças e jovens carenciados em 12 países. A fotografia conta a história de um jovem que recebeu o apoio do Dentista do Bem. Mas a imagem retrata também as histórias de Neyde, de 17 anos, e de David, de 12 anos. Dois adolescentes que cresceram a ter vergonha de sorrir e a fugir do gozo dos colegas de escola. Estas são apenas duas entre as 1300 histórias que o Dentista do Bem tem 2010 para contar em Portugal. É este o número de crianças e jovens já atendidos desde 2010, ano em que o projeto chegou ao país pelas jovens atendidos mãos da Fundação EDP e com o apoio da Fundação Gulbenkian. Desde então, 480 dentistas juntaramse a esta causa, proporcionando 2013 tratamentos odontológicos gratuitos que privilegiam casos graves de saúde oral, de carência económica jovens e de aproximação à idade do atendidos primeiro emprego. Os voluntários acompanham estas crianças e jovens, selecionados em triagens em escolas e instituições sociais, até aos 18 anos de 2010 idade. O Dentista do Bem nasceu em 2002 no Brasil, no âmbito da dentistas ONG Turma do Bem. É atualmente voluntários responsável por uma extensa rede internacional através da qual mais de 15 5 mil médicos atenderam 42 mil crianças 2013 e jovens em 2013. Só em março de 2013, no âmbito de uma megatriagem mundial, foram avaliados mais de 50 mil jovens. dentistas voluntários 94 Voluntária portuguesa 1300 ganha distinção internacional 140 480 Madalena Coelho Penha é voluntária do Dentista do Bem Portugal desde 2010. Está atualmente a tratar no seu consultório, em regime de voluntariado, 22 crianças desfavorecidas, e já realizou 19 rastreios de saúde oral na zona do Grande Porto e arredores. “Acolhemos cada criança como se fosse um filho nosso”, afirmou numa entrevista televisiva. Em outubro de 2013 esta voluntária foi eleita, pelo segundo ano consecutivo, a melhor dentista internacional pela ONG Turma do Bem. O que é que a motiva? “O muito que ainda há para fazer e a vontade de trabalhar”, responde. Saúde e a criança Social • 11 Fundação do Gil Assistência pediátrica ao domicílio UMAD é a sigla para Unidades Móveis de Apoio ao Domicílio, um projeto iniciado pela Fundação do Gil em 2006, após a constatação de que existem centenas de crianças em situação de doença, aguda ou crónica, prolongada que permanecem internadas em hospitais porque existe o perigo real de não lhes serem prestados os cuidados necessários em casa. Por razões de carência económica, negligência familiar ou pela simples ausência de transporte para se deslocarem às consultas e terapias. Crianças “reféns” que a Fundação do Gil “resgata”, desde então, aos hospitais, prestando-lhes em casa o tratamento clínico e o apoio social necessários. Para os hospitais, o impacto é imediato: as altas clínicas ficam mais agilizadas e o número de reinternamentos é reduzido, diminuindo também os casos de infeções prolongadas pela longa exposição ao ambiente hospitalar. E isto traduz-se em inegáveis ganhos para o sistema de saúde, desde a redução dos custos de internamento à menor afluência aos hospitais de dia e serviços de urgência. Por cada euro investido nas UMAD, o projeto está hoje a gerar um impacto social de 32 euros. Assim, os hospitais asseguram a prestação do apoio clínico a cada criança abrangida. A Fundação do Gil assegura a coordenação das UMAD e a angariação de fundos junto de investidores sociais, entre os quais a Fundação EDP. As UMAD trabalham hoje em Lisboa com os hospitais de Santa Maria, D. Estefânia e Fernando Fonseca e com o Hospital de S. João do Porto, e prestam apoio a crianças em 56 concelhos de 11 distritos: Aveiro, Braga, Bragança, Évora, Leiria, Lisboa, Porto, Santarém, Viana do Castelo, Vila Real e Viseu. Em 2013, realizaram visitas domiciliárias a 1705 crianças. Desde 2006, as UMAD realizaram mais de 10 mil visitas. 12 • Social Saúde e a criança As UMAD chegam a concelhos em 11 distritos mil visitas a crianças desde 2006 O primeiro aluno em Portugal a fazer um curso superior por videoconferência “Sou o David e escrevo-vos deitado no sofá, onde passo muitas horas. Nasci há 28 anos. Aos nove meses, o pediatra diagnosticou-me uma flacidez muscular. A partir desse momento os meus pais tentaram todas as respostas para a minha doença mas nunca obtiveram alguma em concreto. A minha autonomia física foi-se agravando e a esperança de vida que me davam era até aos 18 anos. Até que aos 28 anos uma simples análise me diagnosticou uma doença neuromuscular. Nunca gatinhei ou andei. Tive como companhia permanente uma cadeira de rodas, que me ajudou a ser criança… Andei na escola mas a partir dos 14 anos a minha situação física agravou-se e tive que interromper os estudos. O mundo ia acabando. A Fundação do Gil entrou na minha vida, ajudando-me a renascer. Graças a ela tive acesso a um equipamento de videoconferência, prosseguindo assim os meus estudos secundários. Inscrevi-me no ISCTE, licenciando-me em Sociologia, em 2012. Fui o primeiro aluno em Portugal a concluir um curso superior por videoconferência. Paralelamente, em 2008 comecei a usufruir do projeto UMAD, com visitas mensais de enfermagem e fisioterapia. A minha qualidade de vida aumentou e os internamentos diminuíram, permitindo-me ter uma vida bastante ativa e realizar os meus sonhos. Continuo a ser o David, continuo deitado no sofá, continuo com o meu tempo muito ocupado. Continuo a ter apoio da Fundação do Gil. Ah! E continuo a só mexer um dedo.” Depoimento de David Varela Saúde e a criança Social • 13 empreende negócios sociais Pess Pessoas que encontram na criação de um negócio uma arma contra alguma forma fo de exclusão. Instituições que geram respostas sociais em forma de negócios. Comunidades que desenham soluções com as quais pretendem melhorar a realidade ao seu redor. Diferentes protagonistas que partilham de uma mesma visão: o sentimento de que é necessário construir co e a vontade de o fazer, acreditando acr que em cada um de nós reside o poder para ser um agente ativo resid de mudança m social. AJUDAMOS A NASCER EA DESENVOLVER EMPREENDEDORES 14 • Social Empreendedorismo e negócios sociais dorismo e O Social Lab da Fundação EDP é um laboratório de negócios sociais suscetíveis de serem viabilizados através de mecanismos de Mercado e de se tornarem autossustentáveis. O Social Hub é um conceito inovador que agrega visões e esforços de vários parceiros para encontrar respostas sociais adequadas às fragilidades de uma comunidade. Com o Prémio Empreendedor Sustentável, no Sabor e no Tua, estamos, desde 2009, a apoiar o lançamento de novas empresas e de postos de trabalho em regiões em que as oportunidades laborais são escassas. Apoiámos o lançamento da primeira Bolsa de Valores Sociais da Europa, em 2008. E estamos a trabalhar para dar um novo fôlego a este projeto que promove o encontro entre investidores e instituições da Economia Social. A Fundação EDP é Mecenas dos programas de formação que o Instituto de Empreendedorismo Social desenvolve em Portugal com o selo de qualidade do INSEAD. Empreendedorismo e negócios sociais Social • 15 social lab Respostas sociais em forma de negócio O PROBLEMA Existência de diversas comunidades de diferentes origens culturais na região de Leiria, isoladas sobre si mesmas . O DESAFIO Promover a integração cultural, quebrando barreiras linguísticas e valorizando a diversidade. A SOLUÇÃO O PROJETO SOCIAL Criar uma escola de línguas onde qualquer pessoa se pode voluntariar a ensinar o seu idioma e, “em troca”, a aprender uma nova língua de forma gratuita. É o Speak Social. O NEGÓCIO SOCIAL Criar uma escola de línguas tradicional, mas de baixo custo, cujas receitas são utilizadas para garantir a viabilidade do Speak Social. É o Speak Pro. 571 Foi o número de alunos que as escolas de línguas Speak receberam em 2013 O Speak é um negócio social que nasceu em Leiria, fruto de uma parceria entre a Fundação EDP e a Associação Fazer Avançar. O projeto, que nasceu em setembro de 2012, está já em fase de expansão, alargando-se este ano às Caldas da Rainha. speak A escola de línguas que promove a integração de imigrantes 16 • Social Empreendedorismo e negócios sociais Nascem para dar resposta a um problema social. Estruturam-se como negócio, concorrendo em mercado aberto, atraindo investidores e clientes. E geram receitas que garantem a viabilidade e a sustentabilidade dos seus projetos. O Social Lab da Fundação EDP é um laboratório no qual testamos novas fórmulas e ajudamos a lançar negócios sociais. marias Emprego legal para mulheres em situação desfavorecida Nasceu no bairro do Alto da Cova da Moura e lançou-se como negócio social com o Social Lab da Fundação EDP. No final de 2013, o projeto contava já com 63 pessoas empregadas e uma carteira de 112 clientes, tendo gerado uma faturação média mensal de 450 euros por mulher empregada – mais de 28 mil euros por mês. Anteriores beneficiárias de mecanismos de apoio, como o Rendimento Social de Inserção, as Marias são agora contribuintes líquidas. O PROBLEMA Mulheres em situação socioeconómica desfavorecida, desempregadas ou em situação laboral muito parcial ou precária. Dificuldade em posicionarem-se no mercado com um enquadramento contratual legal. O DESAFIO Encontrar um modelo em larga escala que garanta emprego formal e condigno na área dos serviços domésticos. A SOLUÇÃO O PROJETO SOCIAL Criar uma associação de empregadas domésticas, que promove o recrutamento numa lógica de confiança e assente na coavaliação do trabalho dos membros. O NEGÓCIO SOCIAL Criação de uma estrutura formal de relacionamento entre empregadas e clientes. Esta estrutura auxilia o recrutamento, a formação, o coaching e a avaliação das empregadas. Promove a ligação adequada entre oferta e procura e facilita os aspetos administrativos da responsabilidade do cliente. Empreendedorismo e negócios sociais Social • 17 social hub Imagine vários parceiros e instituições a trabalharem no terreno para encontrar respostas para problemas sociais de uma comunidade. Agora, imagine-os a fazer o mesmo, mas em conjunto. A partilhar conhecimentos, competências e ferramentas. Cooperando entre si e assim aumentando a eficiência e a eficácia de cada um, e de todos. Gerando respostas mais coerentes e mais sólidas. Faz todo o sentido, mas não é a regra. Muitas organizações e instituições mantêm-se “orgulhosamente sós” em campo. O Social Hub da Fundação EDP propõe uma metodologia de trabalho em rede entre vários parceiros que, através de um esforço articulado, dinamizam projetos e iniciativas que promovem a inclusão social de pessoas em situação desfavorecida. Foi isto que fizemos nos últimos três anos nas freguesias de S. Brás, na Amadora, e Paranhos, no Porto, dois territórios com graves situações de exclusão social, dos quais se destacam o fraco nível de escolaridade, delinquência juvenil, violência doméstica, elevadas taxas de desemprego, baixo rendimento e toxicodependência. Esta metodologia da Fundação EDP está já a ser alargada ao município alentejano de Campo Maior e aos concelhos transmontanos de Alfândega da Fé e Torre de Moncorvo. E é a base de um projeto que o Instituto EDP está a desenvolver em Aparecida, no estado de S. Paulo, no Brasil. Campo Maior Solidário: um hub à escala de um concelho As desigualdades sociais, subjacentes aos diferentes aspetos da pobreza, motivaram o município de Campo Maior, no distrito de Portalegre, a encarar a necessidade de um trabalho conjunto em parceria com instituições sociais e outras organizações do concelho. O objetivo é a progressiva inserção social e melhoria das condições de vida das populações e famílias carenciadas do concelho. Para tal, Campo Maior está a implementar a metodologia do HUB Social Fundação EDP que, pela primeira vez, é assim testada a uma escala concelhia. 18 • Social Empreendedorismo e negócios sociais 7950 beneficiários diretos de 2011 a 2013 em S. Brás e Paranhos INCLUIR PELA EDUCAÇÃO Escola de Judo Nuno Delgado A Escola de Judo Nuno Delgado é uma associação desportiva, sem fins lucrativos, que promove a prática do judo, entre crianças e adolescentes, como instrumento de formação de carácter e de combate à exclusão social em populações desfavorecidas. Está presente em escolas do 1.º ciclo, onde desenvolve programas de formação cívica e desportiva. Em 2013, em S. Brás e Paranhos, 316 crianças participaram neste projeto. Fundação Benfica: Para Ti Se Não Faltares! Crianças e jovens em situação de exclusão, entre os 10 e os 16 anos, são convidadas a participar em atividades desportivas como futebol e futsal, por exemplo. Mas têm de frequentar também atividades em áreas relacionadas com a aprendizagem das tecnologias da informação e comunicação, língua portuguesa e matemática. O objetivo é apoiar os alunos identificados pelas escolas com défices comportamentais, de assiduidade e de aproveitamento escolar. Este projeto que estimula o sucesso escolar, pela disciplina e redução do absentismo, beneficiou 512 crianças e jovens em S. Brás e Paranhos em 2013. A Fundação EDP apoia também as atividades do Para ti Se Não Faltares! em Mondim de Basto e em Elvas. Palavra Dita e Feita: a força da poesia O projeto Palavra Dita e Feita permite que cada aluno conte a sua história, expressando-se através da poesia, num concurso anual que, em 2013, colocou 40 alunos dos 8.º e 9.º anos em palco. Muitos são adolescentes com problemas de timidez e alvo de bullying, que assim aprendem a trabalhar as suas capacidades de se exporem e falar em público, ao mesmo tempo que trabalham competência ao nível da língua portuguesa. Em Paranhos, participaram nesta iniciativa alunos com deficiência auditiva. Transformers: mentores em cadeia O projeto Transformers, é um programa de voluntariado que proporciona atividades diversas (como fotografia, graffiti, teatro, karaté, culinária, ténis, hip hop, etc.) a jovens em escolas, hospitais, centros de detenção, centros de acolhimento, bairros sociais e centros de ensino especial. De forma informal, jovens mentores partilham o seu talento estimulando assim os “aprendizes” a tornarem-se também eles futuros mentores, intervindo de forma positiva nas respetivas comunidades. Os Transformers, dos quais a Fundação EDP é o principal parceiro, atuam em Lisboa, Coimbra e Porto, com presença nos Social Hub de S. Brás e Paranhos. ACAF: comunidades autofinanciadas poupança comunitária. Uma solução de microfinanças que lhes dá acesso a pequenos montantes de capital de forma simples e eficiente, em muitos casos única, seja pela ausência de uma rede social de suporte, seja pelo facto de não existirem alternativas de microcrédito adaptadas às suas necessidades. Assente em laços de confiança e entreajuda, na autogestão e no incentivo à poupança, as Comunidades Autofinanciadas são um projeto presente em S. Brás e em Paranhos. PELA SAÚDE MENTAL E FÍSICA Dentista do Bem: da saúde oral à autoestima Co-fundadora do projeto Dentista do Bem em Portugal, a Fundação EDP levou-o também para os Social Hub de S. Brás e Paranhos, proporcionando assim tratamentos odontológicos gratuitos a crianças e jovens entre os 11 e os 17 anos de idade, que dentistas voluntários atendem gratuitamente nos seus consultórios. Semear-te: os psicólogos do bem Inspirado no modelo do Dentista do Bem, em 2012 foi desenhado e implementado o projeto Semear-te em Paranhos. O Semear-te nasceu da incapacidade das escolas em darem acompanhamento psicológico a alguns alunos sinalizados, um serviço que é agora prestado por uma bolsa de psicólogos voluntários. Roldana: mães mais fortes Este projeto, da Associação Pressley Ridge Portugal, trabalha o desenvolvimento pessoal e parental das mães, estimulando a sua confiança e autoestima e potenciando as suas competências e talentos. Ao trabalhar com as mães, pretendese fortalecer famílias em situação vulnerável, promovendo a sua autonomia e reinserção social. O projeto Roldana já envolveu 276 famílias desde 2011, na Amadora. Em 2013, foi alargado ao Social Hub de Paranhos. PELO EMPREENDEDORISMO Junior Achievement Portugal: formar empreendedores Através do programa Aprender a Empreender a Associação Junior Achievement Portugal leva o tema do empreendedorismo e da literacia financeira às escolas do ensino básico, através de programas que ajudam os alunos a desenvolver competências como a criatividade, a inovação, a cidadania ativa e o gosto pelo risco, entre outras. Mais de mil crianças em S. Brás e Paranhos foram alvo deste projeto em 2013. Grupos de 6 a 25 pessoas criam e gerem um fundo em Empreendedorismo e negócios sociais Social • 19 empreended sustentáveis Mártir, a cerveja transmontana A ideia de criar as próprias cervejas, aliando a cultura, produtos e identidade transmontana, surgiu por volta do Natal de 2012, num convívio entre amigos. Daniel Ferreira, Luís Gaspar, Manuel Veríssimo e Mário Legoinha têm idades entre os 27 e os 29 anos e as suas formações académicas vão da engenharia aos recursos humanos, passando pela microbiologia. Depois começou a saga que todos os dias os coloca à prova pois “a nível burocrático é muito complicado criar algo a partir do zero”. O Prémio EDP Empreendedor Sustentável Sabor 2013 foi decisivo, pois ajudou-os, como confessam, “a perceber que é possível investir sem ser detentor de grandes fortunas, que é possível acreditar nos recursos que existem à nossa disposição para que se possam criar projetos e negócios lucrativos”. Receberam formação e o seu projeto foi um dos 34 selecionados, permitindo que “o negócio fosse criado, e que a nossa ideia pudesse ser colocada em prática mais rapidamente”. A cerveja que os 4 Bicas Cervejeiros fazem tem a marca Mártir numa alusão às festividades da vila de Alfândega da Fé, de onde são oriundos estes empreendedores. Iniciaram a produção em meados de 2013 e a comercialização começou em janeiro de 2014. O alvo são os consumidores de cerveja artesanal e das fruit beer e vendem para restaurantes, bares, lojas gourmet e de produtos regionais. Contam com uma carta com três tipos de cervejas: às tradicionais Mártir Pilsen e Mártir Black, junta-se a Mártir Cereja, cerveja sazonal que utiliza cereja de Alfândega da Fé. “Num futuro próximo iremos elaborar novas cervejas, com novos sabores tipicamente transmontanos”, referem os promotores da empresa MLD Cervejeiros. 20 • Social Empreendedorismo e negócios sociais ores 105 Novos negócios já nasceram com o nosso apoio: 80 no Sabor e 25 no Tua Acreditamos no empreendedorismo como motor de desenvolvimento social e económico. Como solução para gerar negócio e criar emprego em zonas do país onde não abundam oportunidades. Foi por isso que criámos em 2009 o Prémio EDP Empreendedor Sustentável Sabor, entretanto alargado aos municípios do Tua. Desde então, este prémio já apoiou 169 start ups. No terreno, estão já a laborar, ou em início de laboração, 105 novos negócios responsáveis pela criação de 150 postos de trabalho. Empresas que têm um potencial previsto de 9 milhões de euros de volume de negócio anual na região do Sabor, e de 3,5 milhões na zona do Tua. Novas empresas que abrem perspetivas a pessoas que, na sua maioria, estavam em situação de dependência do Estado ou em risco de exclusão do mercado de trabalho. Prémio dá nova alma a empresária de Doces da Puri “Quando me candidatei ao Prémio EDP Empreendedor Sustentável Tua 2012 estava quase a desistir” diz Puri Fernandes, que tem a marca Doces da Puri. “Precisava de mudar de imagem e de ter a loja online” para dar um novo impulso ao negócio mas faltava-lhe o ânimo, conta. A participação numa formação em empreendedorismo que o prémio lhe proporcionou renovou-lhe o entusiasmo e deu-lhe maiores conhecimentos para a gestão e organização da sua empresa, que conta com seis funcionários a tempo inteiro. Hoje, os Doces da Puri podem ser saboreados em compotas, em 56 variedades, biscoitos doces e salgados, vinagre de frutas, mel com frutos secos, essência de vinho (uma redução de vinho tinto do Douro para molhos e toppings), e o chamado Caviar Transmontano. Puri Fernandes tem nacionalidade portuguesa mas é de origem espanhola e a sua família viveu nas sete partidas do mundo. Antes de chegar, em 1987, a Paramos, Carrazeda de Ansiães, em Trás-os-Montes, trabalhou em Washington na Organização dos Estados Americanos em projetos de desenvolvimento regional. Fala com sotaque brasileiro porque aprendeu português com professores brasileiros. Em 1995 lançou o seu negócio de doces e compotas, sem conservantes nem químicos, com o objetivo de aproveitar a fruta (maçãs, peras, cerejas, marmelos, ginjas, figos, pêssegos, abrunhos, morangos, framboesas, groselhas e kiwis) de uma pequena quinta. A sua rede de vendas é constituída pela loja online (www.docesdapuri.com), por lojas gourmet e de produtos regionais em Portugal, fornecendo hotéis da região. Para o estrangeiro, os produtos são comercializados por distribuidores que colocam as suas próprias marcas. Empreendedorismo e negócios sociais Social • 21 À procura de iniciativas inovadoras em todo o país O MIES – Mapa de Inovação e Empreendedorismo Social é um projeto de pesquisa que está a identificar iniciativas inovadoras que estão em curso, em todo o país, de forma a criar conhecimento e a divulgar os casos de sucessos e boas práticas. O objetivo é muito claro: contribuir para o conhecimento e competitividade de um novo mercado de inovação e empreendedorismo social em Portugal. O MIES nasceu no início de 2013, contando com o apoio da Fundação EDP, entre outras entidades. Até ao final desse ano foram feitas 962 entrevistas a pessoas que, pela sua experiência profissional ou pessoal, estão em contacto com iniciativas que promovam a transformação social. S O R OUT S O T E J O R P Importas-te?: um apelo à ação Quem se importa? é um documentário no qual 18 grandes empreendedores sociais partilham as suas histórias e os projetos com os quais estão a ser agentes de transformação social. São pessoas reais – como Muhammad Yunus, considerado o pai do microcrédito e Nobel da Paz 2006 – capazes não só de mudar a sociedade em seu redor mas também de causar o impacto social para que as suas ideias possam transformar-se em políticas públicas pelo mundo fora. O documentário, distinguido já com vários prémios internacionais, está a transformar-se num movimento de inspiração e apelo ao empreendedorismo social. Em Portugal, estreou no final de 2012 com o apoio da Fundação EDP. No último ano, fomos mais longe e decidimos disponibilizar o documentário a todas as instituições interessadas em debater o filme e o tema do empreendedorismo social. Os resultados superaram as expectativas. Em seis meses, mais de 700 entidades públicas e privadas – escolas, IPSS, ONG, autarquias e associações empresariais – aderiram a este programa, que ultrapassou fronteiras e chegou a Angola e Moçambique. O programa da Fundação EDP possibilitou que mais de 14600 pessoas assistissem ao Quem se Importa? em Portugal até ao final de 2013. 22 • Social Empreendedorismo e negócios sociais Bolsa de Valores Sociais: dinamizar o investimento social Formar empreendedores com o selo do INSEAD A Bolsa de Valores Sociais (BVS) é uma plataforma de encontro entre instituições da Economia Social e investidores institucionais e da sociedade civil. Uma iniciativa que chegou a Portugal em 2009, com o apoio da Fundação EDP, a Euronext e a Fundação Calouste Gulbenkian. E que representa aquela que é a visão da Fundação EDP para a Economia Social: investimento social em detrimento da mera beneficência. Acreditamos que este é um modelo com um forte potencial de crescimento ao nível do financiamento social no mercado português, pelo que queremos dar um novo fôlego à BVS. Contando com o apoio financeiro da Euronext e da Fundação Gulbenkian, a Fundação EDP irá assumir a liderança deste projeto já em 2014, numa aposta que passa, nomeadamente, por tornar a BVS numa plataforma preferencial para a qual as empresas canalizem os seus fundos de responsabilidade social. Desde o seu arranque, esta bolsa já contou com 50 projetos cotados e obteve investimentos sociais na ordem dos Em 2011, a Fundação EDP uniu-se ao IES – Instituto de Empreendedorismo Social para lançar em Portugal formação de qualidade com o selo de excelência da escola de negócios INSEAD. Nasceram assim os programas de formação IES powered by INSEAD: o INSEAD Social Entrepreneurship Programme (ISEP), uma formação intensiva para líderes e gestores do sector social e de áreas de responsabilidade social; e os bootcamp em Empreendedorismo Social, dirigidos a pessoas que têm uma ideia – ou já uma iniciativa – para um projeto com impacto social. Esta aposta, que conta também com o apoio da Câmara Municipal de Cascais, tem dado frutos visíveis. Projetos como o negócio social Speak (ver pp. 16) e Vintage for a Cause (pp. 26) são apenas dois, entre vários, que nasceram no âmbito destas ações de formação. Em 2014 foi lançado o programa Scalling 4 Impact, uma formação intensiva dirigida a equipas de organizações ou projetos que querem construir um plano de crescimento sustentável e maximizar o seu impacto. 2 milhões de euros. 234 pessoas participaram nos programas de formação IES powered by INSEAD em 2013. Empreendedorismo e negócios sociais Social • 23 edp solid 24 • Social EDP Solidária Em 2013, a Fundação EDP triplicou a verba do Programa EDP Solidária para 1,5 milhões de euros. Uma resposta à emergência social do país. 35 projetos apoiados nas zonas das barragens desde 2009. O Programa EDP Solidária Barragens abrange 16 municípios, do Alto Minho a Trás-os-Montes, que sofrem de problemas de desertificação humana, dependência e exclusão económica e social. São já 232 projetos que, em todo o país, beneficiam mais de 650 mil pessoas. Crianças, idosos, portadores de deficiência, famílias carenciadas. Pessoas em situação vulnerável que apoiamos no terreno, contribuindo para a sua maior inclusão e melhor qualidade de vida. É isto que há 10 anos fazemos através do Programa EDP Solidária, uma das principais linhas de financiamento da Economia Social em Portugal. Desde 2004, já investimos 6,5 milhões de euros neste programa. Mais de 130 instituições participaram no 5.º Encontro de Parceiros Fundação EDP, em Lisboa e no Porto. Um ponto de encontro para formação, partilha de conhecimentos e ferramentas. E uma ponte para a cooperação no terreno. ária 51 novos projetos apoiados em todos os distritos em 2013, que pretendem beneficiar 36296 pessoas. EDP Solidária Social • 25 Programa EDP So 1211 candidaturas VINTAGE FOR A CAUSE: UM CLUBE DE COSTURA PARA COMBATER A SOLIDÃO 1000 Rostos – Associação de Ação Social 51 projetos apoiados 1,5 milhões de euros investidos 5 CATEGORIAS • Desenvolvimento Social e Comunitário • Educação e Capacitação • Inclusão pelas Artes e Desporto; • Outros Projetos de Desenvolvimento Socioeconómico • Hortas Solidárias Combater o isolamento de mulheres com mais de 50 anos de idade que vivem num estado de solidão, apatia e falta de propósito de vida. As costureiras, apoiadas por estilistas, transformam roupa usada em peças vintage para comercialização. O projeto Vintage for a Cause pretende trabalhar a autoestima destas senhoras, diminuir o seu isolamento social e gerar receitas que permitam a sua autossustentabilidade. Prevê beneficiar 1200 pessoas. SISTEMA DE RESPOSTA INTEGRADO PARA APOIAR VÍTIMAS DE CRIME APAV – Associação Portuguesa de Apoio à Vítima A APAV quer criar um sistema a nível nacional que permita fazer a triagem eficaz do grau de risco das vítimas e da resposta adequada a cada caso. O plano passa por melhorar o acesso das vítimas aos serviços existentes, alargando, nomeadamente, o horário de atendimento telefónico. A associação espera beneficiar 10 mil pessoas. CASA: CENTRO DE APOIO À SOLIDÃO NA ALDEIA Associação Nossa Terra O projeto CASA nasce para dinamizar o apoio social e comunitário na Aldeia de Palheiros, concelho de Ourique, para combater o isolamento da população mais idosa. A associação está a criar um modelo de “aldeia convívio” desenhando respostas – serviços e iniciativas – para que os mais velhos possam permanecer mais tempo integrados na família e na comunidade. O projeto CASA quer apoiar 440 pessoas. (2) O JÚRI João Lobo Antunes Diretor do Serviço de Neurologia do Hospital de Santa Maria e conselheiro de Estado • José António Pinto Ribeiro Advogado e ex-ministro da Cultura • Luís Alberto Sá e Silva Presidente da União das Mutualidades Portuguesas • Maria de Lurdes Rodrigues Então presidente da Fundação Luso-Americana • Luís Valente de Oliveira Ex-governante e administrador da Associação Empresarial de Portugal • Fernando Ruas Então presidente da Associação Nacional de Municípios • Lino Maia Presidente da Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade • Manuel Lemos Presidente do Secretariado Nacional da União das Misericórdias Portuguesas • Sérgio Figueiredo Administrador da Fundação EDP • António de Almeida presidente da Fundação EDP 26 • Social EDP Solidária lidária 10.ª edição 1 RE-FOOD LISBOA 100%: CONVERTER DESPERDÍCIO EM REFEIÇÕES Re-Food 4 Good Associação A Re-Food nasceu para combater o desperdício alimentar. Diariamente, equipas de voluntários recolhem refeições em boas condições de consumo e distribuem-nas por famílias em situação de insegurança alimentar. O projeto Re-Food Lisboa 100% ambiciona formar mais equipas e expandir este modelo a todos os bairros da cidade. (3) 2 CIRCUITO DA ALDEIA Suão – Associação de Desenvolvimento Comunitário O Circuito da Aldeia é um produto turístico pedagógico em meio rural com o qual a Suão quer combater o isolamento e promover o envelhecimento ativo da população de São Miguel de Machede, em Évora. A aldeia foi transformada num roteiro de aprendizagem dirigido a crianças, proporcionando-lhes as atividades e rotinas de uma pequena comunidade local, como o trabalho nas hortas e na padaria, a confeção de artesanato e os jogos tradicionais. (4) 3 SAIBREIRAS: O BAIRRO DAS ARTES Associação Cabeças no Ar e Pés na Terra Saibreiras é um bairro social em Ermesinde no qual as artes estão a ser colocadas ao serviço da inclusão social de jovens, adultos e idosos. Os moradores são convidados a participar em projetos criativos como teatro, dança e fotografia que são um veículo para a melhoria da autoestima, integração entre gerações e para a forma como percecionam e valorizam o espaço onde habitam. 4 PROJETO ARA: FIXAR JOVENS NAS ALDEIAS EDIA – Empresa de Desenvolvimento e Infraestruturas do Alqueva Capelins (concelho do Alandroal), Póvoa de S. Miguel/Estrela (Moura), Luz (Mourão), Alqueva (Portel) e Campinho (Reguengos de Monsaraz) são cinco aldeias às quais a EDIA quer atrair jovens com formação superior, que aí possam criar negócios, potenciando os recursos, a cultura e as tradições locais. Quinze universitários estiveram a viver nestas aldeias durante nove meses e a desenvolver projetos empresariais sustentáveis e de longo prazo, envolvendo-se na vida das populações. Os planos de negócio estão agora a ser analisados. (1) EDP Solidária Social • 27 hortas soli que dão alimentos que funcionam como espaço de terapia ocupacional que são terreno para formação profissional que promovem o encontro entre gerações que já geram excedentes e postos de trabalho que são uma rede que liga IPSS, autarquias, escolas e comunidades Em 2013, juntaram-se 12 novas hortass a esta rede que conta também com o apoio da Fundação Gulbenkian 6000 Número de pessoas que as hortas querem beneficiar 28 • Social EDP Solidária Mimos: cooperativa oferece alimentos a instituições A Mimos – Cooperativa Agrícola de Serviços e Artes de Valadares, em Viseu, integrou a rede de Hortas Solidárias em 2011. Duas estufas, com 350 m2 cada, permitem hoje uma produção agrícola constante que beneficia os membros da cooperativa, os utentes das IPSS da região, às quais a Mimos oferece produtos agrícolas, e as pessoas da comunidade que aí se abastecem. Foram criados dois postos de trabalho. A cooperativa está agora a constituir uma rede que liga produtores aos consumidores promovendo um comércio justo. dárias Começaram a ser semeadas em 2011. Em apenas dois anos, são já 37 hortas em 15 distritos do país com uma área total de 4,7 mil metros quadrados (m2), o equivalente a cinco campos de futebol. Agricultura Solidária: apoiar famílias carenciadas Hortas da Quinta do Conde: beneficiar famílias e ONG Em Almada, distrito de Setúbal, a Santa Casa da Misericórdia aderiu à rede de Hortas Solidárias, em 2012, para responder a situações de famílias de baixos rendimentos, e em particular com menores a seu cargo. Nasceu assim o projeto Agricultura Solidária que, no final de 2013, tinha já entregue talhões para cultivo a 36 famílias, num total de 110 pessoas. São talhões com 150 metros quadrados atribuídos por um valor simbólico agregados com um rendimento per capita inferior a 150 euros mensais. Estas hortas comunitárias funcionam também como um espaço de ocupação de idosos e crianças provenientes de famílias com baixo capital cultural. As Hortas Solidárias da Quinta do Conde pretendem apoiar os cidadãos interessados em praticar a horticultura como atividade de lazer e/ ou de complemento económico, difundindo assim o uso de práticas agrícolas amigas do ambiente e hábitos alimentares saudáveis. Este projeto é desenvolvido na Várzea da Quinta do Conde, numa área com cerca de 4600 m2, dividida em talhões. A produção destina-se ao consumo de famílias e a ONG locais, o excedente é entregue a cantinas sociais. Este projeto da Câmara Municipal de Sesimbra integrou a rede de Hortas Solidárias em 2013 e espera beneficiar 928 pessoas. No terreno, 55 famílias e 6 ONG estavam já em ação no final do ano. EDP Solidária Social • 29 volunt O que é que motiva uma empresa a dinamizar um programa através do qual investe, todos os anos, milhares de horas em voluntariado? A convicção de que deve colocar o seu melhor ativo – o seu capital humano e respetivas competências – ao serviço da sociedade. E a vontade expressa dos seus colaboradores em serem agentes de transformação social numa missão partilhada por toda a organização e que, no Grupo EDP, atravessa equipas, negócios, empresas e geografias. HORAS DE VOLUNTARIADO INVESTIDAS EM 2013 Bem-estar social Saúde Outros 30 • Social EDP Solidária Arte e Cultura Educação Ambiente Desenvolvimento económico Resposta a situações de emergência ariado Em 2013 13506 horas de voluntariado em horário laboral 1763 voluntários 236mil pessoas apoiadas e 189 organizações 410636 euros investidos em horas ao serviço da sociedade EDP Solidária Social • 31 Parte de Nós Ambiente: proteger a biodiversidade Mais de 1600 colaboradores fizeram cerca de 9000 horas de trabalho voluntário em 2013 em ações de sensibilização e proteção da biodiversidade nas várias geografias onde o Grupo EDP está presente. Em Portugal, realizaram-se 17 ações de limpeza de praias e florestas de norte a sul do país, dando continuidade ao trabalho iniciado em 2012. Ao longo do mês de junho, colaboradores EDP e seus familiares, e voluntários de 48 empresas parceiras que aderiram a esta iniciativa, recolheram dezenas de toneladas de lixo, arrancaram plantas invasoras e plantaram árvores. A nível global, os colaboradores participaram em iniciativas de plantação de árvores, proteção de espécies de fauna e flora autóctones e recolha de resíduos fluviais, entre outras. Parte de Nós Natal: uma centena de iniciativas com crianças e idosos O Parte de Nós Natal nasceu em 2011 e, ano após ano, aumenta o número de instituições interessadas em contar com a colaboração dos voluntários EDP na realização de iniciativas que contribuam para humanizar a época natalícia de crianças, idosos e pessoas portadoras de deficiência. Em 2013, 7704 pessoas foram alvo de ações tão diversas como visitas a equipamentos culturais, dinamização de festividades e recolha de donativos. Mais de 790 voluntários participaram em 96 iniciativas de humanização a nível global. Em Portugal, os voluntários dinamizaram 73 ações junto de 66 instituições sociais, beneficiando diretamente 4804 crianças e idosos. Eletricistas Voluntários em instituições Em 2013 foi criada uma bolsa através da qual os eletricistas da empresa disponibilizam as suas competências profissionais ao serviço de instituições sociais. Após uma primeira experiência, que consistiu em reparações em casas de idosos carenciados, a convite da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, a bolsa expandiu-se e contava já com mais de duas dezenas de voluntários em 10 localidades no final do ano. Em resposta a vários pedidos, os voluntários EDP fizeram também algumas auditorias energéticas, análises detalhadas dos consumos energéticos de instituições, identificando poupanças potenciais. Programa Tango: escolas mais eficientes Mais de 3500 pessoas em comunidades escolares – docentes, alunos e pais – beneficiam já de um programa através do qual os voluntários do Grupo EDP estão a ajudar as escolas a implementar a metodologia de gestão Lean, focada na eficiência dos serviços, processos e dos recursos. Esta iniciativa está integrada no Programa Tango, promovido pela Associação EPIS – Empresários pela Inclusão. A intervenção começou no ano letivo 2011-2012, no Agrupamento de Escolas da Abrigada, no Ribatejo, envolvendo cerca de 70 professores, 40 funcionários, 800 alunos e encarregados de educação. Em conjunto, voluntários e membros da comunidade escolar identificaram oportunidades de redução de consumos de água e energia, recolha e venda de papel, melhor gestão de stocks e implementação de serviços eletrónicos, entre outras. A adesão foi tanta que encarregados de educação ajudaram instituições sociais da região a adotar também elas a metodologia Lean. Em 2013, este programa – que começa a captar o interesse de algumas autarquias – foi alargado a mais dois agrupamentos escolares próximos das centrais elétricas da EDP Produção, em Constância e na Figueira da Foz. No terreno, 12 voluntários dedicaram 220 horas de trabalho ao programa Tango. Ensinar empreendedorismo nas escolas Voluntários EDP são presença assídua, desde 2005, no programa Aprender a Empreender, desenvolvido pela Associação Junior Achievement Portugal para estimular o empreendedorismo entre crianças e jovens dos ensinos básico e secundário. Os voluntários dão aulas onde são abordados temas como a Família, a Comunidade, Economia para o Sucesso, a Europa e A Empresa, entre outros. No último ano letivo, 74 voluntários deram aulas temáticas a 2175 alunos, dedicando mais de mil horas a esta iniciativa. 32 • Social EDP Solidária FUNDAÇÃO EDP EQUIPA ÁREAS DE ONCOLOGIA EM QUATRO HOSPITAIS PÚBLICOS Em 2013, a Fundação EDP iniciou um programa interno com o objetivo de prestar informação e sensibilizar os colaboradores, reformados e pensionistas do Grupo EDP para a prevenção oncológica. Especialistas clínicos foram convidados a participar em sessões de esclarecimento, que contaram também com os testemunhos de colaboradores com problemas do foro oncológico a título pessoal ou no seio da sua família. Uma realidade do foro interno da empresa que nos impulsionou a agir também dada a relevância da doença oncológica na sociedade e perante as necessidades concretas expressas pelo Sistema Nacional de Saúde. Pelo que a Fundação EDP, em parceria com outros mecenas, decidiu atuar em quatro hospitais públicos, promovendo obras de requalificação e doando equipamentos hospitalares que permitiram, nomeadamente, criar mais dois centros de excelência no tratamento oncológico em Portugal. Porque a melhoria contínua dos cuidados de saúde dos portugueses representa um assunto de consenso nacional ao qual, a par do esforço do Estado, acreditamos que a sociedade civil não pode ficar alheia. As intervenções nos hospitais contaram com a colaboração de vários parceiros e com a participação de voluntários do Grupo EDP, num total de 720 horas de voluntariado. IPO de Lisboa: obras beneficiam utentes e profissionais de saúde A sala de espera do Pavilhão de Medicina do IPO de Lisboa acolhe as pessoas que aí se dirigem para mais de 200 mil consultas anuais. Pessoas fragilizadas pelo seu estado de saúde que agora têm ao seu dispor um espaço de acolhimento mais confortável, mais humano. Em 2013, ano em que o IPO de Lisboa celebrou o seu 90.º aniversário, as obras realizadas nesta sala de espera e nos gabinetes médicos adjacentes, em parceria com a Fundação Claude e Sofia Marion, oferecem também melhores condições de trabalho aos profissionais de saúde e promovem uma evolução nos processos de acompanhamento dos doentes, com mais-valias na qualidade da prestação de serviços oferecidos. Garcia de Orta: novo centro de tratamentos de tumores cerebrais A Fundação EDP, a Fundação Claude e Sofia Marion e a empresa Manuel Rui Azinhais Nabeiro uniram-se para doar ao Hospital Garcia de Orta, em Almada, um equipamento O-Arm, o primeiro a chegar a um hospital público nacional. Trata-se de um sistema de imagem e de neuronavegação de última linha linha, essencial para o tratamento de excelência da patologia onco oncológica do sistema nervoso central. O O-Arm permite um rigo rigor operatório acrescido em tumores cerebrais e cirurgias da coluna, assim como melhorar a precisão na localização d dos tumores e na consequente diminuição da morbilidade a associada aos atos cirúrgicos para a sua excisão, através d do neuronavegador. Este equipamento beneficia o ttratamento de doentes oncológicos no âmbito do novo C Centro de Tumores Cerebrais da península de Setúbal, u uma parceria entre o Hospital Garcia de Orta e os centros ho hospitalares de Setúbal e do Barreiro-Montijo, que nasceu com o objetivo de melhorar a qualidade e a eficiência em 2013 2 do tr tratamento dos doentes com neoplasias do sistema nervoso cent central. 720 horas de voluntariado Coimbra: o primeiro centro de tumores oculares em Portugal Em outubro de 2013, o Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) inaugurou o primeiro Centro de Tumores Oculares em Portugal. Uma conquista possibilitada pela doação de um conjunto de equipamentos por parte da Fundação EDP, dando a esta unidade hospitalar a capacidade de resposta para tratar doentes com melanoma da úvea que, até então, eram assistidos no estrangeiro. Em novembro, o Centro de Tumores Oculares realizou a primeira intervenção de braquiterapia ocular feita em Portugal. Hospital de Santo António: Ao Hospital de Santo António, no Porto, a Fundação EDP doou mobiliário e assegurou a montagem da farmácia oncológica que surge, agora, remodelada. Foi também doado mobiliário para uma sala de apoio a doentes oncológicos. E foram também realizadas obras de restauro de paredes, madeiras e pinturas em todo o Hospital de Dia. EDP Solidária Social • 33 cultura Em 2013 reforçámos aquela que é a nossa missão: produzimos e apoiámos exposições, espetáculos e eventos culturais que deram visibilidade ao talento nacional no âmbito de uma estratégia de descentralização e diversificação de públicos. Promovemos iniciativas que consagram artistas portugueses com carreiras relevantes e novos talentos da arte contemporânea. E afirmámo-nos, uma vez mais, como um dos principais mecenas das artes em Portugal. 34 • exposi Mais de 500 mil visitantes em 28 exposições ções Mais de 500 mil pessoas visitaram as 28 exposições que a Fundação EDP produziu e apoiou em 2013. No Museu da Eletricidade e na Galeria Fundação EDP Porto, em espaços de grande afluência como o Museu de Serralves e Museu Nacional de Arte Antiga, em galerias de menor dimensão como o Centro de Artes Visuais em Coimbra e o Teatro da Politécnica, e fora do País em destinos como Itália e Alemanha. Exposições • 35 Museu da E Riso: Uma Exposição a Sério (1) Coletiva 19 de outubro de 2012 a 17 de março de 2013 Un Certain Malaise Rodrigo Amado 30 de novembro de 2012 a 10 de fevereiro de 2013 Coração Aventuroso (2) Inez Teixeira 21 de fevereiro a 26 de maio de 2013 Estranhos Jardins de Papel/Queer Paper Gardens (3) Maria Lusitano e Paula Roush 6 de junho a 8 de setembro de 2013 World Press Photo 13 Coletiva 2 a 26 de maio de 2013 Pátria Querida Alberto García-Alix 25 de junho a 18 de agosto de 2013 2 1 Galeria Funda The Time Machine Edgar Martins 10 de janeiro a 17 de março de 2013 36 • Cultura Exposições Território Comum. Imagens do Inquérito à Arquitetura Regional Portuguesa, 1955-1957 Coletiva 5 de abril a 7 de julho de 2013 Peças Mais ou Menos Recentes (4) Patrícia Garrido Galeria da Fundação EDP, Museu Nacional Soares dos Reis, Galeria Fernando Santos − Padaria Independente, Porto 11 de julho a 6 de outubro de 2013 letricidade Futuro Perfeito − Trienal de Arquitectura de Lisboa 2013 Coletiva 12 de setembro a 15 de dezembro de 2013 Berlin Alexanderplatz Rainer Fassbinder (instalação) 25 de outubro a 15 de dezembro de 2013 A Escala de Mohs Jorge Molder 5 de dezembro de 2013 a 23 de março de 2014 Um Diário da República Kameraphoto 19 de dezembro de 2013 a 2 de fevereiro de 2014 STOP MAKING SENSE! Mariana Gomes 12 de setembro a 1 de dezembro de 2013 3 4 ção EDPPorto Remade in Viagem Coletiva 17 de outubro a 17 de novembro de 2013 Prémio Novos Artistas Fundação EDP 2013 Coletiva 12 de dezembro de 2013 a 23 de março de 2014 Exposições Cultura • 37 Rei Capitão Soldado Ladrão e A Escala de Mohs Jorge Molder Duas exposições realizadas no âmbito da atribuição a Jorge Molder do Grande Prémio Fundação EDP Arte 2010. Rei Capitão Soldado Ladrão levou ao Museu Nacional de Arte Contemporânea – Museu do Chiado uma exposição antológica, com cerca de 50 trabalhos selecionados a partir das mais significativas séries da década de 1990 até à atualidade, repensadas e reorganizadas pelo artista. Em A Escala de Mohs, no Museu da Eletricidade, Molder apresentou uma série fotográfica recente, inédita em Portugal, onde a dimensão trágica do Ser e do seu Duplo, que caracteriza todo o seu trabalho, se revela em toda a sua extensão. A Escala de Mohs Jorge Molder 5 de dezembro de 2013 a 23 de março de 2014 Prémio Novos Artistas Fundação EDP 2013 A exposição da 10.ª edição do Prémio Novos Artistas Fundação EDP Arte repartiu-se entre a Galeria da Fundação EDP no Porto e os espaços da Casa da Música, e apresentou as obras dos artistas Ana Santos, João Ferro Martins, João Mouro, Luís Lázaro Matos, Mariana Caló e Francisco Queimadela, Musa paradisiaca, Pedro Henriques, Sandro Miguel Ferreira e Tiago Baptista. Estes nove artistas finalistas foram selecionados entre 567 candidatos, um número recorde que traduz a relevância e a crescente expressão deste prémio que revela valores emergentes na arte contemporânea portuguesa. Prémio Novos Artistas Fundação EDP 2013 Coletiva 12 de dezembro de 2013 a 23 de março de 2014 38 • Cultura Exposições Futuro Perfeito − Trienal de Arquitectura de Lisboa A Fundação EDP é, desde 2007, um dos principais parceiros da Trienal de Arquitectura de Lisboa, organização sem fins lucrativos que tem como missão a investigação e a promoção da arquitetura nacional e dos seus autores. Esta 3.ª edição da Trienal examinou as formas políticas, tecnológicas, emocionais e institucionais da arquitetura. Durante três meses foram abordadas as múltiplas possibilidades da produção arquitetónica, através de exposições, eventos, performances e debates. Ao Museu da Eletricidade a exposição Futuro Perfeito trouxe um conjunto de ideias experimentais, baseadas na ficção científica, sobre como poderão vir a ser construídas as cidades do futuro. Território Comum. Imagens do Inquérito à Arquitetura Regional Portuguesa, 1955-1957 Esta exposição reuniu um conjunto de 100 fotografias inéditas que integram o espólio do Inquérito à Arquitetura Regional Portuguesa, promovido pelo Sindicato Nacional dos Arquitetos, entre 1955 e 1960, e que resultou num amplo levantamento das arquiteturas populares do país. Nesta exposição explorou-se o território comum entre a arquitetura e a fotografia, em que a espontaneidade e intuição da arquitetura popular encontram a correspondência na espontaneidade e intuição da representação fotográfica. Uma parceria entre a Fundação EDP e a Ordem dos Arquitectos que permitiu dar a conhecer ao público um registo de valor extraordinário das paisagens, povoações, edifícios, rostos e modos de vida da época. Exposições da Fundação EDP no exterior Pedra Que Rola não Cria Limo Pedro Valdez Cardoso Galeria do Parque, Vila Nova da Barquinha, 2 de março a 2 de junho de 2013 A Substância do Tempo Jorge Martins Museu de Arte Contemporânea de Serralves, Porto, 15 de março a 10 de junho de 2013 Futuro Perfeito − Trienal de Arquitectura de Lisboa 2013 Coletiva 12 de setembro a 15 de dezembro de 2013 Arte Vida/Vida Arte: Revelações de Energias e Movimentos da Matéria Alberto Carneiro Museu de Arte Contemporânea de Serralves, Porto, 18 de abril a 24 de junho de 2013 A Encomenda Prodigiosa. Da Patriarcal à Capela Real de São João Baptista Coletiva Museu Nacional de Arte Antiga, Lisboa, 18 de maio a 20 de outubro de 2013 A Arca Invisível Olhares Contemporâneos Coletiva Residência Fundação EDP no Museu Nacional de Arte Antiga, Lisboa, 18 de maio a 28 de setembro de 2013 Território Comum. Imagens do Inquérito à Arquitetura Regional Portuguesa, 1955-1957 Coletiva 5 de abril a 7 de julho de 2013 Trafaria Praia Joana Vasconcelos Paragem de Vaporetto Giardini, Veneza, 28 de maio a 24 de novembro de 2013 Exposições da Fundação EDP no exterior (cont.) Exposições Cultura • 39 Noites Brancas Julião Sarmento Esta exposição foi a mais completa retrospetiva da obra de Julião Sarmento, um dos mais reconhecidos artistas contemporâneos portugueses. Foram expostas 159 obras que exploraram temas como o erotismo e a sexualidade, questionando conceitos como o desejo, a ausência, o tempo e a linguagem, e recorrendo a técnicas como a pintura, o desenho, a escultura, a instalação, o cinema, a fotografia e a performance. A Fundação EDP foi Mecenas Exclusivo desta exposição que foi visitada por mais de 69,6 mil pessoas. Noites Brancas Julião Sarmento Museu de Arte Contemporânea de Serralves, Porto 24 de novembro de 2012 a 3 de março de 2013 Arte Vida/Vida Arte: Revelações de Energias e Movimentos da Matéria Alberto Carneiro Alberto Carneiro foi um dos artistas que, nas décadas de 1960-70, abriu novos caminhos para a prática artística em Portugal, tendo sido pioneiro da arte conceptual em Portugal. O artista desenvolveu a sua obra em torno de uma reflexão sobre a Natureza como origem da Arte. Esta exposição, da qual a Fundação EDP foi Mecenas Exclusivo, foi constituída por trabalhos criados para os espaços do Museu de Serralves, com o recurso a vidros e espelhos e obras criadas a partir de raízes e troncos de laranjeiras, oliveiras e bambus. Patente de 18 de abril a 24 de junho de 2013, Arte Vida/ Vida Arte: Revelações de Energias e Movimentos da Matéria atraiu mais de 73,8 mil visitantes 40 • Cultura Exposições Arte Vida/Vida Arte: Revelações de Energias e Movimentos da Matéria Alberto Carneiro Museu de Arte Contemporânea de Serralves, Porto 18 de abril a 24 de junho de 2013 Trafaria Praia Joana Vasconcelos Paragem de Vaporetto Giardini, Veneza 28 de maio a 24 de novembro de 2013 Lightopia Lightopia, da qual a Fundação EDP foi um dos Mecenas Principais, esteve patente no Vitra Design Museum, em Weil am Rhein, na Alemanha, entre 28 de setembro de 2013 e 9 de março de 2014. Centrada na importância cultural da luz e na mudança de paradigma na iluminação e na tecnologia de energia, a exposição apresentou trabalhos recentes de artistas e designers, tais como Olafur Eliasson, Daan Roosegaarde, Joris Laarman e mischer’traxler, expostos junto de peças clássicas de design de Wilhelm Wagenfeld, Achille Castiglioni, Gino Sarfatti ou László Moholy-Nagy. A exposição será apresentada no futuro Centro de Artes e Tecnologia da Fundação EDP. Trafaria Praia Joana Vasconcelos Foi a representante oficial de Portugal na 55.ª Exposição Internacional de Arte, Bienal de Veneza 2013. O projeto de Joana Vasconcelos consistiu na criação de um pavilhão flutuante em vez de um pavilhão com uma localização fixa. Trafaria Praia, um cacilheiro que navegou de Lisboa até Veneza, perspetivou a relação histórica entre Portugal e Itália, que se desenvolveu através do comércio, da diplomacia e da arte, e o papel que Lisboa e Veneza desempenharam na expansão da visão europeia no mundo durante a Idade Média e o Renascimento. No exterior do navio, da proa à popa, a artista aplicou um painel de azulejos reproduzindo uma vista da cidade de Lisboa, no convés criou um ambiente à base de têxteis e luz. A artista foi a vencedora da primeira edição do Prémio Novos Artistas Fundação EDP, criado em 2000. Território Comum. Imagens do Inquérito à Arquitetura Regional Portuguesa, 1955-1957 Coletiva Centro de Artes Visuais, Coimbra, 13 de julho a 29 de setembro Galeria Municipal de Arte, Almada, 2 de novembro de 2013 a 11 de janeiro de 2014 Uma Linha Raspada Daniel Barroca Galeria do Parque, Vila Nova da Barquinha, 14 de setembro de 2013 a 12 de junho de 2014 Lightopia Coletiva Vitra Design Museum, Weil am Rhein, Alemanha, 28 de setembro de 2013 a 9 de março de 2014 Peças Mais ou Menos Recentes Patrícia Garrido Teatro da Politécnica, Lisboa 23 de outubro a 16 de novembro de 2013 Noites Brancas Julião Sarmento Museu de Arte Contemporânea de Serralves, Porto, 24 de novembro de 2012 a 3 de março de 2013 Lightopia Vitra Design Museum, Weil am Rhein, Alemanha Coletiva 28 de setembro de 2013 a 9 de março de 2014 Rei Capitão Soldado Ladrão Jorge Molder Museu Nacional de Arte Contemporânea − Museu do Chiado, Lisboa 27 de novembro de 2013 a 23 de fevereiro de 2014 Exposições Cultura • 41 PRÉMIO NOVOS ARTISTAS FUNDAÇÃO EDP 2013 Este prémio já distinguiu artistas que agora são reconhecidos e estão integrados nos panoramas mais recentes da arte nacional e internacional, nomeadamente Joana Vasconcelos (2000), Leonor Antunes (2001), Vasco Araújo (2002), Carlos Bunga (2003), João Maria Gusmão e Pedro Paiva (2004), João Leonardo (2005), André Romão (2007), Gabriel Abrantes (2009) e Priscila Fernandes (2011). Ana Santos (Espinho, 1982) foi a grande vencedora da 10.ª edição do Prémio Novos Artistas Fundação EDP, que distingue jovens talentos na área das artes plásticas e visuais. Uma escolha, entre nove finalistas, que o júri internacional quis destacar pela coerência, uso instintivo do espaço, utilização de materiais que criam uma relação visual e física com o observador. “Um trabalho que combina uma aparente fragilidade com um apurado sentido poético e uma clareza de intenção.” Ana Santos 42 • Cultura GRANDE PRÉMIO FUNDAÇÃO EDP ARTE 2013 Criado em 2000, o Grande Prémio Fundação EDP Arte tem como objetivo a consagração de um artista plástico, com carreira consolidada e historicamente relevante, cujo trabalho contribui para afirmar e fundamentar as tendências estéticas contemporâneas portuguesas. Um humor e uma impertinência que questionam e que conferem uma permanente atualidade à sua obra. Uma constante inventividade que lhe dá um sentido contemporâneo marcante. Estes são alguns dos atributos pelos quais Ana Jotta (Lisboa, 1946) foi distinguida com o Grande Prémio Fundação EDP Arte 2013. A artista junta-se assim a Lourdes Castro (2000), Mário Cesariny (2002), Álvaro Lapa (2004), Eduardo Batarda (2007) e Jorge Molder (2010), vencedores deste prémio em edições anteriores. Ana Jotta Cultura • 43 mece Exposições, espetáculos, festivais de artes, residências artísticas. A Fundação EDP é um dos principais mecenas das Artes em Portugal. E em 2013, o nosso apoio a diversas entidades permitiu criar e/ou apresentar manifestações culturais que chegaram a quase 661 mil pessoas. 44 • Cultura Mecenato nato Mecenato Cultura • *+ 2 1 CNB: bailado de excelência em digressão nacional La Valse: A Sagração da Primavera, com a coreografia de Olga Roriz para a música de Igor Stravinski; Cinderela, com coreografia de Michael Corder e cenários e figurinos da artista plástica Yolanda Sonnabend; e O Lago dos Cisnes, numa coreografia partilhada com imagens do cineasta Edgar Pêra. Estas são três das obras que a Companhia Nacional de Bailado (CNB) apresentou no Teatro Camões, em Lisboa, em 2013, num total de 47 espetáculos e cinco ensaios solidários. E que levou a palco em Almada, Braga, Caldas da Rainha, Coimbra, Faro, Figueira da Foz, Guimarães, Guarda. Mecenas Principal da CNB, a Fundação EDP é também Mecenas Exclusivo desta digressão nacional, contribuindo assim para a descentralização da dança e a criação de novos públicos fora dos grandes centros urbanos. (1) 46 • Cultura Mecenato Três grandes exposições em Serralves Casa da Música: Ciclo de Piano com grandes nomes Patrono da Fundação de Serralves, a Fundação EDP tem também assumido o estatuto de Mecenas Exclusivo de grandes exposições anuais como foram, em 2013, A Substância do Tempo de Jorge Martins; Arte Vida/ Vida Arte: Revelações de Energias e Movimentos da Matéria de Alberto Carneiro; e Noites Brancas de Julião Sarmento. A Fundação de Serralves é um parceiro permanente e fundamental, com o qual partilhamos valores, objetivos e projetos, no âmbito de uma visão comum que atribui à cultura um papel insubstituível na modernização, na criatividade e na inovação. (2) 5 O Ciclo de Piano EDP, que se realiza na Casa da Música no Porto e de que a Fundação EDP é Mecenas Exclusivo, reuniu, nos seus nove concertos em 2013, alguns dos mais importantes pianistas da atualidade internacional. Contou com nomes como Pedro Burmester, Saúl Picado, Evgeni Bozhanov, Elisso Virsaladze, Andrea Lucchesini, Grigori Sokolov, Arcadi Volodos, Andreas Staier e Rafał Blechacz. A Fundação EDP é também membro fundador da Fundação Casa da Música. De Vieira da Silva a Graça Morais A Fundação EDP é, desde 2008, Mecenas Principal da Programação da Fundação Arpad Szenes – Vieira da Silva. Em 2013, a programação incluiu, entre outras, as exposições Graça Morais. Os desastres da guerra; Vieira da Silva e Arpad Szenes na Coleção Millennium BCP; Aparências Privadas. Autorretratos de Artistas Contemporâneos; e Artistas Portugueses − Obras da Coleção Particular de Vieira da Silva e Arpad Szenes. (5) 4 3 Festival das Artes no Verão de Coimbra Organizado pela Fundação Inês de Castro, o Festival das Artes de Coimbra conta com o mecenato da Fundação EDP desde a sua 1.ª edição, em 2009. Este projeto tem como ambição ser uma referência a nível nacional e internacional dos festivais de verão. Na sua 5.ª edição, realizada sob o tema Natureza, apresentou 28 eventos nos quais marcaram presença, por exemplo, a Companhia Nacional de Bailado, o pianista António Rosado, a cantora Cuca Roseta, a Orquestra Gulbenkian, a Orquestra Metropolitana de Lisboa e a Orquestra de Câmara Portuguesa. No âmbito do ciclo de artes plásticas, a exposição Imagens do Inquérito à Arquitetura Regional Portuguesa, produzida pela Fundação EDP, foi apresentada no Centro de Artes Visuais de Coimbra. (3) Olhares contemporâneos sobre o passado A sumptuosa Capela de S. João Baptista, encomendada por D. João V, sobreviveu ao terramoto de 1755 e foi a evocação deste processo e dos seus vestígios que deu origem à exposição A Encomenda Prodigiosa. Da Patriarcal à Capela Real de São João Baptista. Esta foi uma das exposições que marcou a programação de 2013 do Museu Nacional de Arte Antiga (MNAA). Reconhecido como o principal museu português no domínio do património histórico-artístico, o MNAA conta com o apoio mecenático da Fundação Orquestra Sinfónica Juvenil: formação de excelência EDP para a programação de exposições temporárias, desenvolvimento de atividades e disponibilização do seu acervo. Em 2013, a relação entre as duas instituições materializouse também na segunda edição do projeto MNAA Olhares Contemporâneos – Residência Fundação EDP, no âmbito da qual todos os anos artistas são convidados a criar nos espaços do MNAA e a apresentar aí as suas obras, estabelecendo uma relação entre a criação contemporânea e o património. (6) A Orquestra Sinfónica Juvenil (OSJ) celebrou 40 anos de atividade ao serviço da formação profissional de excelência de centenas de jovens músicos. Atualmente, conta com 80 jovens músicos de grande talento, entre os 12 e os 23 anos. Esta ação pedagógica e artística de alto nível conta com o apoio da Fundação EDP, Mecenas Principal da OSJ e também do Programa de Bolsas de estudo Fundação EDP – OSJ que apoia a formação e profissionalização de jovens de elevado potencial artístico. (4) 6 Mecenato Cultura • 47 roteir arte barra 48 • Cultura Arte nas barragens o O Roteiro de Arte Pública e Arquitetura é um projeto inédito que transforma obras imponentes, como são as barragens, em improváveis obras de criação artística contemporânea. A intervenção de grandes nomes da arquitetura e das artes plásticas nacionais em barragens permite assim criar um produto turístico único no mundo. Criando ainda mais património, gerando valor económico para as regiões. Este roteiro nasceu nas barragens de Trás-os-Montes e estendeu-se ao Alqueva em 2013, com uma escultura do artista João Louro. gens Arte nas barragens Cultura • 49 Souto de Moura Siza Vieira Eduardo Souto de Moura, distinguido com o Prémio Pritzker da Arquitetura em 2011, desenhou o edifício sede da central hidroelétrica em Foz Tua. Tendo como pano de fundo a barragem, a obra será integrada na sua envolvente natural, mantendo-se o corte original do monte e respeitando a harmonia do vale. Ficando dissimulada, a central será coberta com solo, no qual serão plantadas oliveiras. Álvaro Siza Vieira assina o projeto de uma central hidroelétrica da barragem do Sabor. Mais uma obra a cargo de um Prémio Pritzker da Arquitetura (2012). 50 • Cultura Arte nas barragens João Louro Joana Vasconcelos É uma das artistas já convidadas a participar no Roteiro de Arte Pública e Arquitetura. Joana Vasconcelos, que foi Prémio Novos Artistas Fundação EDP em 2000, irá criar uma obra de arte para uma barragem da bacia do Douro. Junta-se assim a nomes como Pedro Cabrita Reis, Pedro Calapez e João Louro, artistas que deixaram já a sua marca nas barragens de Bemposta, Picote e Alqueva, respetivamente. O artista João Louro “inscreveu” na larga paisagem de água que a barragem do Alqueva fez nascer na planície alentejana, uma simples frase: “ON A CLEAR DAY YOU CAN SEE FOR EVER.” Erguida na margem do paredão da barragem, numa zona de descanso dos visitantes, essa frase destaca as suas letras sobre a água e o céu e estabelece uma presença altamente cenográfica. É uma frase recortada em aço Corten, com 61,4 metros de comprimento, em que cada letra tem dois metros de altura. Os elementos naturais criam fundos em constante mudança que reforçam as intenções heroicas e positivas do que é dito: Num dia claro podemos ver ou veremos para sempre. A frase – citada do título de uma comédia musical de Vicente Minnelli – diz-nos que o dia claro tem que existir no interior de cada um de nós; só assim poderemos pensar e construir, sem nuvens, o nosso futuro. Arte nas barragens Cultura • 5' ciênciaeenergia museu eletrici 52 • Ciência e Energia Museu da Eletricidade Um espaço inédito de fusão de energia, ciência e artes u da dade O Museu da Eletricidade continuou a afirmar-se, em 2013, como um dos mais visitados do País. Edifício classificado de grande valor arquitetónico, que tem como objetivo preservar a história e o património da Central Tejo, o Museu está no centro de uma estratégia que alia ciência e artes. E de uma missão que privilegia a promoção da literacia científica e o combate ao défice de cultura científica em Portugal. É por isso que, a par da sua exposição permanente e das 11 exposições de artes plásticas que apresentou em 2013, o Museu da Eletricidade é parceiro e palco de várias iniciativas e projetos que promovem a investigação e a divulgação do conhecimento, em especial junto da comunidade escolar. 192,5 mil visitantes em 2013 Museu da Eletricidade Ciência e Energia • 53 Um dos museus + visitados do país 5 9 5 8 5 em Pessoasiadas u visitas g013 2 m e 54 • Ciência e Energia Museu da Eletricidade 192480 199771 139330 191310 130307 113792 67723 Crescimento do n.º de visitantes no Museu da Eletricidade Rankings 2013 192480 Museu Nacional dos Coches* 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 189015 124697 Museu Nacional do Azulejo* Museu da Eletricidade Museu Nacional de Arte Antiga* 101639 * Os 3 museus públicos com mais visitantes Visitas guiadas O serviço educativo do Museu da Eletricidade dinamiza, ao longo de todo o ano, um programa de visitas guiadas dirigidas ao público em geral e, em particular, ao universo escolar, com conteúdos adequados aos vários níveis de ensino e programas curriculares. As visitas incidem na história da Central Tejo e na evolução das energias, num contexto de conhecimento de experimentação. O Museu oferece também visitas guiadas às exposições de artes plásticas que apresenta. Ateliês e workshops Em 2013, a programação do Museu da Eletricidade ofereceu mais de 30 ateliês e workshops diferentes, nas áreas das artes e das ciências. A maioria destas atividades é dirigida a crianças e jovens. “O melhor museu científico que já visitei.” Alemanha, março de 2013 “Este museu seria a minha primeira recomendação a quem visita Lisboa.” Holanda, janeiro de 2013 “Muito informativo quanto à história da eletricidade. Oferece uma série de experiências muito interessantes para crianças e adultos mal informados.” Austrália, julho de 2013 Um dos 10 melhores museus de Portugal Os utilizadores do site de viagens Tripadvisor elegeram, em 2013, o Museu da Eletricidade como um dos 10 melhores de Portugal. Os visitantes destacaram, entre outras facetas, a monumentalidade e a conservação do edifício, a originalidade da exposição permanente e a qualidade das exposições temporárias. “É muito mais do que um museu de eletricidade, uma vez que é uma central elétrica totalmente preservada.” Bélgica, abril de 2014 Museu da Eletricidade Ciência e Energia • 55 apoiar a AS ESCOLAS ESTÃO NO CENTRO DO NOSSO APOIO A PROJETOS Estágios para universitários no Museu da Eletricidade No primeiro trimestre de 2014, 365 jovens candidataramse ao programa de estágios que o Museu da Eletricidade proporciona a cada semestre. Iniciativa da Fundação EDP, gerida pela Fundação da Juventude, o PEJAME – Programa de Estágios Jovens Animadores no Museu da Eletricidade – faculta estágios a estudantes universitários, entre os 18 e os 25 anos, que se encontram a frequentar preferencialmente cursos nas áreas da Ciência e das Artes. Os estágios decorrem em contexto real de trabalho durante um período de seis meses, ao longo do qual os jovens adquirem conhecimentos em áreas como Museologia, História e Arquitetura da Central Tejo, História das Eletricidade e Fontes de Energia e competências como gestão de públicos, planeamento e técnicas de comunicação, entre outras. Mais de 140 estudantes já participaram neste programa iniciado em 2006. Jovens Cientistas e Investigadores competem com 100 projetos A Fundação EDP é parceira do Concurso Jovens Cientistas e Investigadores desenvolvido anualmente pela Fundação da Juventude. Esta é uma das principais competições nacionais dirigidas a estudantes das áreas da ciência aplicada, convidados a desenvolver e a apresentar os seus projetos científicos numa mostra que se realiza todos os anos no Museu da Eletricidade. Em 2013, uma centena de projetos foram apresentados por 255 alunos e 66 professores de 39 escolas de todo o país. Aprender em ambiente de laboratório A Fundação EDP é mecenas do Centro de Ciência Júnior, em Cantanhede. Trata-se de um conceito inovador entre os centros e o museus de ciência que possibilita a formação e a experiência em ambiente de laboratório a alunos entre os 6 e os 18 anos. No primeiro período do ano letivo 2013-2014, este centro desenvolveu atividades com 780 estudantes. 56 • Ciência e Energia Museu da Eletricidade ciência DE CONHECIMENTO E DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA Olimpíadas da Física: 930 alunos a concurso em 2013 Em setembro de 2013, quatro estudantes portugueses destacaram-se nas Olimpíadas Ibero-americanas de Física, na República Dominicana, nas quais participaram 66 alunos de 19 países. Os jovens portugueses representaram escolas de Lisboa, Aveiro e Porto, e regressaram a Portugal com uma medalha de prata, uma de bronze e duas menções honrosas. Esta competição internacional é o culminar de uma competição nacional que, em Portugal, é organizada, desde 2008, pela Sociedade Portuguesa de Física em parceria com a Fundação EDP. Mais de 200 escolas nacionais envolvem-se todos os anos neste concurso científico que, em 2013, foi disputado por 930 alunos, acompanhados por 320 professores. Destes, 69 estudantes e 30 docentes participaram na final nacional das Olimpíadas da Físicas que se realizou no Museu da Eletricidade. Museu acolhe mais de 200 eventos Conferências, espetáculos, lançamentos de livros. Em 2013, o Museu da Eletricidade acolheu nos seus espaços mais de duas centenas de eventos cujo propósito se cruzou com aquela que é a missão da Fundação EDP nas áreas da Cultura, da Ciência e Energia e da Inovação Social. É o caso do concerto dos alunos bolseiros da Orquestra Sinfónica Juvenil apoiados pela Fundação EDP que, a 26 de maio, atuaram para uma plateia de 500 pessoas, da Festa da Criança que juntou mais de oito mil pessoas nos jardins do Museu da Eletricidade e de duas edições do Dia Verde, iniciativa dedicada às grandes causas da sustentabilidade que, a 26 de maio e 22 de setembro, reuniu cerca de cinco mil pessoas no âmbito de um programa composto por workshops, música, atividade desportivas e de bem estar e mercados de produtos biológicos, entre outros. Museu da Eletricidade Ciência e Energia • 57 Estamos a Centro de Artes Um polo cultural e tecnológico de excelência Em dezembro de 2013, no campus do Museu da Eletricidade, tiveram início as obras que estão a fazer nascer, junto ao Museu da Eletricidade, um novo equipamento cultural de excelência que traduz aquela que é a vocação e ambição da Fundação EDP: a criação de novos públicos, a promoção do talento artístico e da criatividade, a criação de parcerias e de modelos de co-criação nacionais e internacionais que aportem valor ao país. Com uma área bruta de construção de 6392 metros quadrados e uma superfície de implantação de 7487 metros quadrados, este novo espaço vai contar com salas para exposições, serviço educativo, reservas de arte, auditório, restaurante e espaços para residências artísticas. 58 • Ciência e Energia Centro de Artes criar um novo e Tecnologia Um edifício ícone, uma arquitetura única Uma aliança de vanguarda entre o presente e o futuro. O Centro de Artes e Tecnologia nasce lado a lado com o Museu da Eletricidade, edifício do início do século XX considerado um exemplar único do património arquitetónico e industrial em Portugal. E que poderá assim afirmar ainda mais a sua vocação de polo de divulgação científica. O novo edifício surgirá como um espaço de vanguarda. A sua arquitetura orgânica criará uma forma topográfica que combina com a paisagem, estabelecendo uma relação fluida e natural entre a cidade e o rio, que atrairá ainda mais pessoas à zona ribeirinha e melhorará a relação entre a cidade e o rio. Será um edifício virado para fora − para as pessoas de Lisboa, para os visitantes culturais e para os turistas em geral. Um novo símbolo para a cidade de Lisboa Um equipamento de características únicas e um novo símbolo para a cidade de Lisboa, que poderá proporcionar ofertas nas áreas artística, cultural e tecnológica ao nível das grandes cidades europeias. Centro de Artes Ciência e Energia • 59 acesso à 60 • Ciência e Energia Acesso à energia Inclusão social à escala global Desenvolvemos e testamos soluções inovadoras que, através do acesso a fontes de energia renovável, promovem o progresso e melhoria das condições de vida de populações que são consideradas como estando na “base da pirâmide” do Desenvolvimento Humano. A exclusão elétrica dificulta o acesso a serviços básicos de saúde e educação, condiciona a segurança das pessoas e comunidades e limita o desenvolvimento económico. Uma missão que iniciámos em 2010, no campo de refugiados de Kakuma, no Quénia, em parceria com o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados. E que levámos já a comunidades na Guiné-Bissau, Angola e Brasil. Uma inovação social que o Grupo EDP integrou, no início de 2014, no seu modelo de negócio para potenciar novas oportunidades de internacionalização em países que ainda mantêm parte significativa das suas populações rurais sem acesso à eletricidade. energia Acesso à energia Ciência e Energia • 61 Soluções inovadoras O PROBLEMA 1/5 da população mundial não tem acesso a eletricidade A IMPORTÂNCIA Mais rendimentos Novos negócios • Mais horas de trabalho Mais educação Acesso a tecnologias de informação • Mais horas de estudo Mais saúde Vacinas • Refrigeração • Bombas de água potável Mais segurança Iluminação pública A SOLUÇÃO – ENERGIA SOLAR Mais barata do que as fontes tradicionais o que a torna acessível para as populações na “base da pirâmide” PRIMEIRO DESAFIO – KAKUMA, QUÉNIA • Grupo EDP implementou um projeto de A2E (“Acess to Energy”, i.e, Acesso à Energia) num campo de refugiados. • Projeto desenvolvido com o envolvimento da comunidade: soluções desenhadas em conjunto, sistema à base de taxa de utilização, formação e capacitação, recursos e parcerias locais, monitorização e avaliação. • Entrega de lanternas solares a estudantes que as utilizam para estudar à noite em casa mas que têm de ir à escola para recarregá-las: mais assiduidade, mais horas de estudo, maior segurança no caminho entre a casa e a escola. • Instalação de sistemas de energia solar em habitações, iluminação pública, fornos, bombas e purificadores de água. • 6 mil refugiados e 300 famílias apoiadas. Poupanças de 50 mil litros/ano de combustível e 700 toneladas/ano de emissões de C02 evitadas. ANGOLA – CABIRI A Fundação EDP concluiu a primeira “aldeia solar” em território angolano, em Cabiri, a norte da capital Luanda. Na aldeia, inaugurada já este ano, foram instalados sistemas solares fotovoltaicos em 500 habitações familiares e equipamentos sociais (escola, posto de saúde, centro de formação, espaço comunitário e um edifício técnico) e 83 postes de iluminação pública solar. BRASIL – AMAZÓNIA Energias renováveis e limpas para 489 famílias. GUINÉ-BISSAU – BAFATÁ Acesso a energia em 15 salas de aulas, para 675 pessoas por ano. 62 • Ciência e Energia Acesso à energia Um projeto feito 100% sem eletricidade Em 2013, os criativos da agência de publicidade Leo Burnett conceberam uma brochura que explica o papel da Fundação EDP na área do Acesso à Energia. E assumiram o desafio de utilizar apenas energia solar na sua produção. Trabalharam apenas com o apoio de luz natural, fizeram pasta e fabricaram o papel de forma artesanal. E, uma a uma, imprimiram manualmente centenas de brochuras. Todo o processo foi registado por uma câmara lomográfica, também sem recurso a eletricidade. “Um trabalho que é, em si mesmo, uma reflexão acerca dos milhões de pessoas que vivem sem qualquer acesso à energia – cerca de 1/5 da população mundial”, descreve Luciana Cani, diretora criativa da agência. A brochura, que lhe mostramos nestas páginas, ganhou já este ano um prémio internacional de design, atribuído pela Global Association for Creative Advertising Design. g n i k a m of Acesso à energia Ciência e Energia • 63 A FUNDAÇÃO EDP barragem como património da humanidade Em junho de 2013, o Comité Mundial da UNESCO decidiu que a obra de construção da Barragem do Tua não afeta de forma irreversível o Alto Douro Vinhateiro, classificado como Património da Humanidade. Uma opinião alicerçada também no conjunto de iniciativas que estão a ser desenvolvidas ou planeadas para a região, com vista a impulsionar o desenvolvimento local, a reforçar a sua identidade turística, a criar empregos e empreendedores e apoiar a cultura e a tradição. 64 • Barragens NAS BARRAGENS Barragens • 65 Apoiamos novos negócios O Prémio Empreendedor Sustentável já apoiou, desde 2010, 169 start ups nas regiões do Sabor e do Tua. Criam-se novos negócios, dinamizando a economia local e gerando emprego (ver pp. 20 e 21). Investimos em projetos sociais O Programa EDP Solidária Barragens já investiu desde o seu início, em 2009, mais de 900 mil euros em projetos que procuram formas inovadoras de sustentabilidade financeira, gerando um forte impacto social nas regiões abrangidas pelos novos investimentos hidroelétricos e diminuindo assimetrias. Em 2013, foram atribuídos mais 200 mil euros a dez projetos sociais. Vários projetos nas regiões das barragens integram também a rede de hortas solidárias da Fundação EDP. Participamos no repovoamento do interior São famílias urbanas que optam por trocar a vida agitada das cidades pelo campo, criando aí o seu próprio negócio. Em 2013, cinco famílias foram instaladas em Alfândega da Fé pelo projeto Novos Povoadores que, com o apoio da Fundação EDP, está desde 2011 em Alfândega da Fé, na região do Sabor, e mais recentemente em Alijó, na região do Tua. Este programa pretende atrair e incentivar a instalação de novas famílias para estes territórios de baixa densidade populacional, promovendo projetos de empreendedorismo que dinamizem a economia das regiões. 66 • Barragens Formamos empreendedores nas escolas A Fundação EDP e a Junior Achievement Portugal desenvolvem, desde 2009, um programa escolar de educação para o empreendedorismo, que é considerado um exemplo de boas práticas pela Comissão Europeia. O programa A Empresa desafia alunos, entre os 15 e os 21 anos, a criarem uma mini empresa ao longo do ano letivo, com a ajuda de um professor ou de voluntários com experiência empresarial. No final, os alunos apresentam publicamente os seus produtos e serviços e têm a possibilidade de participar numa competição nacional e, caso saiam vencedores, numa final europeia. Este programa potencia a aquisição de competências empreendedoras – como espírito de equipa, liderança e comunicação – e incentiva a que alguns dos projetos desenvolvidos se concretizem em negócios reais. Dinamizamos a produção agrícola Em 2013, nove agricultores e quatro produtores ligados ao vinho, azeite, mel, nozes, queijos e enchidos puderam desenvolver novas competências e rotinas comerciais. Pela sua vontade em entrar no mercado de exportação, alguns destes produtores foram envolvidos numa ação de divulgação de Trás-os-Montes em Paris, em junho de 2013, onde deram a conhecer os seus produtos e estabeleceram contactos com potenciais importadores e distribuidores para o mercado da saudade. Agricultores e produtores locais foram também convidados a comercializar os seus produtos junto dos colaboradores e parceiros do Grupo EDP que, ao longo do ano, adquiriram 1500 cabazes regionais. Mais de 5000 cabazes foram adquiridos nos últimos três anos. As regiões e as populações abrangidas pelos novos projetos hidroelétricos sofrem de uma crescente desertificação demográfica e são afetadas por fenómenos de exclusão social e económica. A construção de barragens constituiu um desafio e uma oportunidade de desenvolvimento para as regiões onde se localizam os projetos. Pelo que o Grupo EDP desenhou e está a implementar uma estratégia inovadora de aproximação às comunidades locais. Apostando na Economia Social e nos seus agentes. Estimulando o empreendedorismo. Promovendo e apoiando iniciativas nas áreas da Cultura e da Educação. Apostamos na cultura como fonte de riqueza social e económica O apoio mecenático da Fundação EDP a entidades como a Companhia Nacional de Bailado e a Casa da Música permite que as regiões do interior do país tenham acesso a espetáculos de bailado de excelência e possibilita aos alunos da Orquestra Sinfónica Esproarte, de Mirandela, divulgarem o seu talento num palco privilegiado como é a Casa da Música, no Porto. Da mesma forma, também os jovens músicos das Orquestras Nova Geração estão a ser envolvidos em projetos que lhes permitem atuar fora da região, e do país (ver pp. 70-71). O Roteiro de Arquitetura e Arte Pública nas Barragens é também um exemplo da forma como estamos a intervir nestas regiões, criando um produto turístico inovador e único com potencial para dinamizar a economia local (ver pp. 48-51). Barragens • 67 orquestras nova geração O VALOR DAS ORQUESTRAS Reforço das competências gerais das crianças/jovens • A Orquestra Geração (OG) facilita a comunicação através de meios pouco habituais na escola, encoraja o trabalho em equipa • Ao exigir disciplina e esforço individual permite avanços importantes na motivação, no rigor, no interesse, no cumprimento de horários e na autoestima de alunos provenientes de meios adversos e com origens sociais desfavorecidas • São de destacar os progressos no modo como as crianças se autovalorizam e, de algum modo, como perspetivam o seu futuro. Incremento da identidade • A OG promove novas experiências relacionais e sobretudo reforça não apenas a autoestima dos jovens, mas também a autoestima das famílias e até dos profissionais da educação • Reforçam-se as ligações à escola e desenvolve-se a lógica da comunidade escolar participada e presente. Desenvolvimento social e inclusão • A OG cria (e nalguns casos concretiza) expectativas de futuro distintas e desperta para projetos de vida improváveis nos contextos sociais de origem dos alunos • É uma iniciativa que contribui claramente para a inclusão e o empowerment de crianças desfavorecidas (e mesmo das suas famílias), e também para a mitigação de riscos de comportamento desviantes. Cidadania • A OG incentiva a responsabilidade pessoal e coletiva inerente ao modo de funcionamento de uma orquestra o que facilita a transposição de princípios de trabalho coletivo e de respeito pelos colegas para outros contextos. Excertos de um estudo de avaliação feito pelo Centro de Estudos Geográficos – IGOT da Universidade de Lisboa, em 2012. 68 • Barragens Orquestras nova geração Sem a Orquestra Geração, hoje seria uma aluna rebelde e mal comportada Em Amarante, Mirandela e Murça, mais de 160 crianças e jovens descobriram na aprendizagem da música clássica um novo percurso, de autoestima e de desenvolvimento pessoal e social, de aquisição de competências e de progresso escolar. Criadas em 2010, estas três orquestras constituíram um instrumento de integração social numa região marcada pela falta de respostas no combate ao insucesso escolar. Os resultados obtidos inspiraram os vários protagonistas a dar um passo em frente. Em 2013, começou a desenhar-se uma orquestra única que integra as crianças e jovens destes três municípios transmontanos. Em parceria com a Fundação Gulbenkian começa assim a nascer a Orquestra Nova Geração. Os primeiros passos foram dados em junho. A convite do Consulado de Portugal em Paris, a EDP levou os 15 melhores alunos das orquestras de Amarante, Murça e Mirandela a atuar nas celebrações do Dia de Portugal. Em outubro viajaram até São Paulo, no Brasil, onde participaram na gala anual do projeto Dentista do Bem e mostraram o seu talento musical numa série de outras apresentações. Inspirado no Sistema Nacional de Orquestras Juvenis e Infantis da Venezuela, o projeto Orquestra Geração, com 38 anos de história, integra hoje cerca de 200 orquestras juvenis com crianças e jovens provenientes de contextos problemáticos, marcados pelo absentismo e insucesso escolar e por profundas dificuldades de integração social. Em Portugal, teve início em 2007 no bairro da Boba, na Amadora. Uma iniciativa à qual a Fundação EDP viria a associar-se. Elsa Barros, de 14 anos, integrou o grupo de 45 jovens músicos da Orquestra Nova Geração que, em novembro de 2013, viajou até São Paulo, no Brasil, onde fizeram várias atuações públicas. Em 2010 descobriu a Orquestra Geração de Amarante e, com ela, o violoncelo, ao qual dedica hoje, no mínimo, seis horas por semana, sem contar com os espetáculos e concertos em que participa. No currículo conta já, por exemplo, com um concerto na Aula Magna e um no Museu da Eletricidade, em Lisboa. Elsa conhece todo “um mundo novo” no qual descobriu também que conseguia ser aluna de notas “4” e “5”, deixando para trás negativas a várias disciplinas e mau comportamento. “Sem a Orquestra Geração, hoje seria uma aluna rebelde e mal comportada”, acredita. Orquestras nova geração Barragens • 69 Cultura 19 Açores Ciência EDP Solidária 38 Leiria 60 Aveiro 138 Porto 14 47 35 21 Guarda 28 22 Bragança Saúde Criança Castelo Branco Viseu 28 Vila Real Hortas solidárias Coimbra 57 Braga Viana do Castelo Empreendedorismo e negócios sociais Voluntariado Presença em 245 concelhos de Portugal Continental, Açores e Madeira FUNDAÇÃO EDP EM PORTUGAL 14 Madeira 183 Lisboa 70 • 71 53 Setúbal 41 Santarém 27 Faro 19 Évora 16 Beja 14 Portalegre FUNDAÇÕES DO GRUPO EDP NO MUNDO REINO UNIDO Voluntariado Cultura FRANÇA EUA Voluntariado Voluntariado MÉXICO Inovação social VENEZUELA A 21 de junho, as Orquestras Nova Geração, formadas por crianças transmontanas em risco de exclusão, representaram Portugal no Dia da Música em Paris. Uma iniciativa da Fundação EDP e do Consulado Geral de Portugal. Em outubro, as orquestras viajaram até ao Estado de São Paulo, no Brasil, onde deram vários concertos. Inovação social PANAMÁ Inovação social ESPANHA Cultura COLÔMBIA Inovação social Inovação social Ciência e educação EQUADOR Inovação social BRASIL Voluntariado PERÚ Energia para o desenvolvimento Inovação social Cultura Inovação social BOLÍVIA Ciência e educação Inovação social PARAGUAI CHILE Inovação social Inovação social ARGENTINA Inovação social Veneza 72 • No mundo Paris América Latina ALEMANHA Cultura Uma parceria entre a Fundação EDP e o Vitra Design Museum, em Weil am Rhein, resultou na exposição Lightopia, na qual diversos designers e artistas apresentaram obras que refletem a importância cultural da luz. POLÓNIA Voluntariado ROMÉNIA Voluntariado ITÁLIA Voluntariado Cultura Joana Vasconcelos representou Portugal na Bienal de Veneza 2013, com o cacilheiro Trafaria Praia. Um projeto que teve o apoio da Fundação EDP. QUÉNIA Voluntariado Voluntários da EDP HC Energia estão a trabalhar na instalação de um campo solar com 240 painéis para abastecer energia à aldeia de Nyumbani, onde vivem mil crianças órfãs e cem avós. Energia para o desenvolvimento MOÇAMBIQUE Inovação social ANGOLA Energia para o desenvolvimento Em 2013 a Fundação EDP lançou uma iniciativa de sensibilização para o empreendedorismo social, facultando o filme Quem se Importa a instituições em todo o País. O movimento foi além fronteiras e chegou a Moçambique e Angola. Cultura Inovação social Moçambique Quénia Alemanha No mundo • 73 BRASIL EDP Amiga da Criança apoia 770 meninos EDP Solidária: 97 projetos apoiados desde 2007 Em 2013, 770 crianças foram beneficiadas pelo programa EDP Amiga da Criança, através de seis projetos que visaram estimular o desenvolvimento infantil. Entre os projetos está o “Educando com Robótica” que levou oficinas de robótica para 120 alunos da rede pública em Aparecida, e o “Ponte”, que atende anualmente 230 crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade pessoal e social, em Vitória, no Espírito Santo. O programa EDP Amiga da Criança apoia projetos que contribuem para o desenvolvimento pessoal, físico, social e cultural de crianças e adolescentes. O Instituto EDP no Brasil promove todos os anos o programa EDP Solidária para apoiar projetos sociais que visam a inclusão e a melhoria da qualidade de vida de pessoas em situação de vulnerabilidade. Em 2013, este programa apoiou 16 iniciativas com potencial para beneficiarem, no seu conjunto, 2,4 mil pessoas. Desde 2007, o Programa EDP Solidária no Brasil apoiou já 97 projetos, abrangendo 32,4 mil pessoas. EDP nas Escolas já beneficiou mais de 150 mil alunos O programa visa melhorar a qualidade do ambiente e do ensino em escolas públicas municipais. Todos os anos, a EDP entrega kits escolares, promove iniciativas culturais como espetáculos de teatro nas escolas, e dinamiza campanhas de sensibilização para o uso racional e seguro de energia elétrica. A iniciativa, em doze anos, já beneficiou mais de 150 mil alunos em quase 500 escolas brasileiras. 74 • A Fundação no mundo Brasil Cultura: projetar artistas brasileiros e portugueses O Instituto EDP promove anualmente um prémio que divulga novos talentos das artes plásticas brasileiras e dinamiza exposições para projetar artistas brasileiros e portugueses. Em 2013, entre outras, foi apresentada a exposição Manoel de Oliveira: Uma História do Cinema, organizada pelo Instituto Tomie Othake (um centro cultural em S. Paulo) e pelo Ministério da Cultura do Brasil. João Pina, fotógrafo português, foi convidado a apresentar os seus trabalhos na exposição Luz Portátil Brasil. Luz Portátil é um projeto de inclusão social que, na sua fase piloto, distribuiu kits de iluminação solar a 300 famílias, sem acesso à rede elétrica, residentes numa reserva isolada no estado do Pará. Uma parceria entre entidades públicas e privadas brasileiras e norte-americanas, onde o Instituto EDP marca presença. O projeto Luz Portátil já permitiu fornecer energia a cerca de 1650 pessoas em 16 comunidades. O fotógrafo envolveu-se no quotidiano das comunidades da Amazónia e usou a iluminação da luz portátil para fazer as fotografias. ESPANHA 2013: nasce a Fundación EDP A Fundación EDP foi constituída em 2013 pelas empresas do Grupo EDP que operam em Espanha e tem a sua origem na Fundación Hidrocantábrico. Nasce para desenvolver e apoiar iniciativas de natureza social, cultural, ambiental, educativa e científica. Em 2013 as iniciativas por si desenvolvidas ou apoiadas traduziram-se num investimento social de 3,8 milhões de euros. Apoio aos Prémios Príncipe de Asturias A Fundación EDP apoiou a Fundación Príncipe de Asturias na atribuição dos prestigiados prémios que esta entidade concede a personalidades mundiais nas áreas das artes, comunicação e humanidades, letras, desporto, ciências sociais, investigação científica e técnica, cooperação internacional e concórdia. Em 2013 foram premiados figuras como Peter Higgs, François Englert, Michael Haneke, Anne Leibovitz, Antonio Muñoz Molina, Saskia Sassen e instituições como o CERN ou a Once. A Fundación apoia ainda entidades e iniciativas culturais relevantes como o Museu Guggenheim de Bilbau e o Festival Internacional de Santander, entre outros eventos. Promover a formação de crianças e jovens A Fundación EDP contribui anualmente para a formação de jovens universitários, sendo responsável pelo maior programa de bolsas a alunos da Astúrias, abrangendo mais de 300 estudantes. Também o ensino básico, nos 1º e 2º ciclos, é objecto de especial atenção com o programa “¡Viva nuestra Energía!”, uma iniciativa focada no ensino da utilização racional da energia, bem como na importância das energias renováveis, que chegou já a mais de 88.000 crianças. Voluntariado em nome de causas sociais e ambientais Três toneladas de resíduos e cerca de 200 pneus foram removidos por um grupo de voluntários do reservatório de Pilotuerto, nas Astúrias, que trabalharam em parceria com associações locais de pescadores e de defesa do ambiente. Esta foi uma entre muitas iniciativas de voluntariado que os colaboradores da EDP em Espanha levaram a cabo em 2013, contribuindo para causas ambientais, como a plantação de cerca de 25 mil árvores e a colaboração com associações de pescadores para o repovoamento piscícola, e para causas de cariz social, com iniciativas como a realização de obras em instalações da Cáritas. Espanha A Fundação no mundo • 75 parceiros e amigos 76 • AJU 1000 Rostos A Âncora - Lar de Rapazes A Casa do Caminho AANP ABAE ABEI ABLA ACAF ACAPO Accenture Acreditar ACRS ADAI ADAV ADEIMA Adenorma ADERE ADICE ADSCCL Afacidase AFID Agrupamento de Escolas de Murça Agrupamento de Escolas de Tortosendo Agrupamento de Escolas de Viseu Sul Agrupamento de Escolas Pêro Vaz de Caminha Ajuda de Berço Ajudaris ALADI Althum.com American Club of Lisbon AMI ANAI ANDC Apatris 21 APAV APCB APCD APCL APDC APMHIS Apordoc APPACDM Castelo Branco APPACDM Mirandela APPACDM Porto APPACDM Soure APPDA-Norte AREP ArteMir ASCTE ASPREA ASSIS Associação Acesso Cultura Associação Ambiental Arméria Associação Centro Jovem Santo Adrião Associação Coração Delta Associação Cozinha com Alma Associação Cultural e Social do Amieiro Associação das Escolas Jesus Maria José Associação das Obras Sociais de São Vicente de Paulo Associação de Alcoólicos Recuperados de Santa Maria da Feira Associação De Amigos por uma Comunidade Inclusiva em Sanguedo Associação de Desenvolvimento Social e Cultural dos Cinco Lugares Associação de Escolas de Surf e Surfcamps de Peniche Associação de Promoção Social Recreativa Desportiva e Humanitária de Maceira Associação ERID Associação Fazer Avançar Associação Gondomar Cultural Associação Juvenil Ponte Associação Juvenil Transformers Associação Lavoisier Associação Leque Associação Mais Cidadania Associação Marias Associação Mundos de Vida Associação Novo Futuro Associação para o Desenvolvimento Social e Comunitário de Santarém Associação Prevenir Associação Princesa Leonor Associação Protectora Florinhas da Rua Associação QE Associação Renovar a Mouraria Associação Salvador Associação Social e Cultural da Freguesia de Britelo Associação Sociocultural Terapêutica de Évora Associação Sons da Lusofonia Associação Terra dos Sonhos Associação Trienal de Arquitectura Associação Turismo de Lisboa ATACA Atitude ATL da Galiza Banco Alimentar Contra Fome Beira Serra Biocant Park Bragalux Brandline Brigada do Mar Cabeças no Ar e Pés na Terra CADIn CAIS Caixa Seguros Cajixira Call to Action Caminhar Cáritas da Ilha Terceira Cáritas Diocesana de Coimbra Cáritas Leiria-Fátima CASA Casa Bernardo Sassetti Casa da Criança de Santo António Casa de Saúde do Telhal Casa do Gaiato Casa do Menino Deus Casa do Povo do Curral das Freiras Casa Santa Isabel Cascais Ambiente CEDEMA CENSO Centro Acolhimento Temporário “A Buganvília” Centro Comunitário São Cirilo Centro Cultural de Amarante Centro de Acolhimento João Paulo II Centro de Acolhimento Temporário Rebelo Duarte de Louredo Centro de Artes Visuais de Coimbra Centro de Dia da Vila da Ponte Centro de Dia de S. Mamede Centro de Paralisia Cerebral de Beja Centro Hospitalar da Universidade de Coimbra Centro Jovem Tabor Centro Juvenil de S. José Centro Paroquial de Assistência da Freguesia de Pardilhó Centro Paroquial do Cachopo Centro Paroquial e Social Santa Marinha de Avanca Centro Português de Fundações Centro Social Cultural e Recreativo de Quimbres Centro Social D. Abílio Vaz das Neves Centro Social e Paroquial de Sambade Centro Social e Paroquial do Carregado - São José Centro Social Paroquial de Cristo Rei Centro Social Paroquial Nossa Senhora da Conceição Centro Social Paroquial S. Silvestre do Gradil CER Porto CERCIAG CERCIGAIA CERCILEI CERCIMAC CIES - ISCTE Círculo de Bellas Artes Círculo Musical Português CIRE CITYGÁS - Infraestruturas de Gás CLAP CM Cascais CM de Alfândega da Fé CM de Lisboa CM de Mondim de Basto CM de Sabrosa CM de Sesimbra CM de Vieira do Minho CM de Vila Nova da Barquinha CM do Porto CM Figueira Foz CM Matosinhos CM Peniche CM Seia CM Sintra CM Terras do Bouro CM Vila Real de Santo António Companhia Nacional de Bailado Centro Nacional de Cultura Comendador Rui Nabeiro Comissão de Protecção de Crianças e Jovens de Miranda do Douro Comité Nacional do ICOM Comunidade Vida e Paz Consulai Cor é Vida Coração Amarelo Corpo Nacional de Escutas Corporate Citizenship Cremascoli, Okumura e Rodrigues Arquitectos Crescer Bem CRIO Cruz Vermelha Portuguesa Cruz Vermelha Portuguesa de Braga Cruz Vermelha Portuguesa de Guimarães Cruz Vermelha Portuguesa de Macieira de Rates Cruz Vermelha Portuguesa de Matosinhos DHL Supply Chain E.I.P. - Electricidade Industrial Portuguesa, SA EDIA Edições Tinta da China EIH EMAC Energia com Vida - Escolas Solidárias Entreajuda EPIS Escola Básica e Jardim de Infância de Ribeiradio Escola de Judo Nuno Delgado Escola EB1 - Praias do Sado Escola EB1/JI do Fujacal Escola Secundária Frei Heitor Pinto ESCS Escuteiros de Peniche Eurobest European Foundation Centre Fajudis FASVS Federação Associações de Dadores de Sangue Floresta Unida Fórum Eugénio de Almeida Fundação Benfica Fundação Bernardo Barbosa Fundação Betânia Fundação Calouste Gulbenkian Fundação Carmona e Costa Fundação Casa da Música Fundação Cristina Masaveu Peterson Fundação Claude e Sofia Marion Fundação da Juventude Fundação de Serralves Fundação do Gil Fundação Gomes Teixeira Fundação Inês de Castro Fundação Luso-Brasileira Fundação Mário Soares Fundação PT Galeria Fernando Santos Galeria Municipal de Arte de Almada GARE GAS Porto GRACE Grande Alerta Grupo de Amigos do Museu Nacional de Arte Antiga Grupo Típico Regional Infantil Os Pauliteiritos de Abraveses Habitat for Humanity Have a Nice Day Horta Seca Hospital Garcia de Orta Hospital de Santo António do Porto ICNF IES Impresa Infoex Institute of Public Policy Thomas Jefferson Instituto de Telecomunicações Instituto Internacional Casa Mateus Instituto Politécnico da Guarda Instituto Profissional do Terço Instituto Sãozinha Internato Masculino de Leiria IPAV IPO Lisboa Isisom IST IUNA JICA Junior Achievement Portugal Junta de Freguesia de Fridão Junta de Freguesia de Jou Kameraphoto Lar Nossa Senhora do Carmo Lar Residencial das Fontainhas Leigos para o Desenvolvimento Liga Portuguesa Contra o Cancro Lipor London Benchmarking Group Make a Wish Mamo Filmes Mimos MSFT Mundo a Sorrir Museu de Arte Contemporânea de Serralves Museu do Douro Museu Nacional de Arte Antiga Museu Nacional de Arte Contemporânea Museu Nacional de História Natural e da Ciência Museu Nacional Soares dos Reis Mutualidade de Santa Maria My Change/ Visão Positiva, Lda My Planet NEEB NFIST Nossa Terra Novas Tessituras O Farol - Centro Social e Paroquial de Santa Maria O Joãozinho O Tecto Obra ABC Obra do Frei Gil Obra do Nazareno Obra São José Operário Operação Nariz Vermelho Ordem dos Arquitectos Ordem dos Biólogos Península de Peniche Surf Clube Perelhal Solidário Physis Pista Mágica POSTEREDE Pressley Ridge Prime Book Produções Fictícias Produções Fixe Programa de Conforto Habitacional do Município de Tabuaço Projeto CDI Projeto Eco-Escolas Projeto Sénior de Artes e Saberes de Sines Qualidade de Basto RE-Food 4 Good Residência dos Velhinhos das Irmãzinhas dos Pobres RTP Rumo à Vida Sair da Casca Salesianos Don Bosco SAMP Santa Casa da Misericórdia de Almada Santa Casa da Misericórdia de Lisboa Santa Casa da Misericórdia de Macedo de Cavaleiros Santa Casa da Misericórdia de Mirandela Santa Casa da Misericórdia de Oliveira do Bairro SAOM SelPlus S.A. Serviço Jesuíta aos Refugiados SIC Silhuetas Difusas Simplefruit Sociedade Portuguesa de Física Sociedade Portuguesa de Química Sonae Stone Soup Suão Sumol + Compal Superfície Pictórica Synergia Teatro da Politécnica Teia D’Impulsos Terra de Linho Terra Premium TESE TSF Turma do Bem Unidade Infinita Universidade do Porto UTAD Valoriza Venerável Ordem Terceira de Nossa Senhora do Monte do Carmo da Cidade de Setúbal Ver Pra Ler Viking Kayake Clube VITAE Vitra Design Museum WorldAvenue • 77 Acompanhe-nos em: www.fundacaoedp.pt www.facebook/FundacaoEDP Está a nascer uma geração de transformadores sociais ilumina 2013 •2014