3ª Edição do Prémio Maria José Nogueira Pinto em Responsabilidade Social regista 107 candidaturas “Memo e Kelembra nas Escolas”da Associação Alzheimer Portugal vence 1º Prémio Lisboa, 6 de julho de 2015 – O projeto “Memo e Kelembra nas Escolas” da Associação Alzheimer Portugal, foi distinguido pelo Júri do Prémio Maria José Nogueira Pinto em Responsabilidade Social, como o projeto que melhor corresponde ao conceito “socialmente responsável na comunidade em que nos inserimos”, máxima defendida por Maria José Nogueira Pinto na sua prática diária, tendo‐lhe sido atribuído o Primeiro Prémio. Para além do Primeiro Prémio, o Júri deliberou atribuir quatro Menções Honrosas. Uma Menção Honrosa ao “Projecto Mentes Brilhantes” da Fundação ADFP ‐ Assistência, Desenvolvimento e Formação Profissional; uma Menção Honrosa ao projeto “Escola Virtual de Língua Gestual Portuguesa (LGP)” da Associação de Surdos do Porto; uma terceira Menção Honrosa ao projeto “A Música nos Hospitais” da Associação Portuguesa de Música nos Hospitais e Instituições de Solidariedade ‐ APMHIS e, por fim, uma Menção Honrosa ao projeto “Casa em Ordem” da JRS Portugal, Serviço Jesuíta aos Refugiados. À 3ª edição do Prémio Maria José Nogueira Pinto em Responsabilidade Social concorreram 107 projetos de instituições privadas de solidariedade social de norte a sul do país e arquipélagos da Madeira e dos Açores. O Prémio Maria José Nogueira Pinto em Responsabilidade Social foi instituído em 2012 pela MSD que, homenageando uma Grande Mulher que se distinguiu pela sua persistência na defesa da responsabilização social, visa reconhecer o trabalho desenvolvido por pessoas, individuais ou coletivas, que se tenham destacado no âmbito de ações de responsabilidade social ativa, em território nacional. Este Prémio, atribuído anualmente com o valor pecuniário de 10.000 euros ao Primeiro Prémio e 1.000 euros a cada uma das quatro Menções Honrosas, pretende ser um incentivo ao reconhecimento do que se faz de bem em Portugal na área da Responsabilidade Social e associá‐lo ao nome de Maria José Nogueira Pinto é recordar quem dedicou uma importante parte da sua vida a defender uma intervenção socialmente responsável, que mantivesse a coesão e a persistência nos valores da solidariedade e da equidade social. O Júri é presidido por Maria de Belém Roseira e constituído por mais seis personalidades, procurando assim a representação da família e da sociedade portuguesa: Anacoreta Correia, Clara Carneiro, Isabel Saraiva, Jaime Nogueira Pinto, Óscar Gaspar, em representação da MSD, e Padre Vítor Feytor Pinto. A Cerimónia Pública de atribuição da 3ª edição do Prémio Maria José Nogueira Pinto em Responsabilidade Social realiza‐se no dia 6 de julho, na Biblioteca do Grémio Literário, pelas 17 Horas. Descrição dos projetos distinguidos Primeiro Prémio “Memo e Kelembra nas Escolas”, da Associação Alzheimer Portugal “O projeto Memo e Kelembra nas Escolas” tem como principal objetivo aumentar o nível de literacia e de sensibilizar as crianças para uma realidade cada vez mais evidente: doenças na área da demência. 1 Devido ao envelhecimento da população portuguesa torna‐se cada vez mais óbvia a prevalência de doenças na área da demência principalmente nos mais idosos, uma vez que estas doenças vão aumentando consideravelmente com a idade. De acordo com dados epidemiológicos disponíveis, em Portugal existem cerca de 182 mil pessoas com demência e os dados do INE referem que em 2007 havia 26 pessoas com mais de 65 anos por cada 100 pessoas em idade ativa, prevendo‐se que em 2050 estes valores possam crescer para 58% (2008: 27, INE – População e Sociedade). O público‐alvo deste projeto são crianças entre os 6 e os 12 anos do 1º e 2º ciclo do ensino básico, uma vez que serão elas os futuros “cuidadores” das pessoas atingidas por estas doenças. O projeto consiste na realização de sessões de dramatização e informação tendo como suporte o livro infantil “O Pequeno Elefante Memo”, propriedade da Alzheimer Portugal. As sessões contam com a participação de alunos, dos professores e dos auxiliares de ação educativa para momentos de dramatização, seguindo‐se uma sessão informativa onde são abordados temas como as demências e a importância do relacionamento intergeracional. A aproximação destas doenças em linguagem simples às crianças é feita em contexto escolar e através de uma representação teatral que aborda questões como “Quais os primeiros sinais?”, “O que são as demências?”, “Como lidar com as suas características?”, “O que se passa com o meu avô/avó?”, “Enquanto neto como posso ajudar?”, “Dar mimos ajuda?”. Todas estas questões ajudam à verdadeira promoção da saúde entre os mais jovens e acima de tudo à melhoria do bem‐estar e qualidade de vida. Desta forma, é explicado e enquadrado de forma muito positiva as alterações que podem ocorrer na vida familiar e que nem sempre existe uma explicação compatível com a idade de perceção dos mais novos. O Projeto Educacional “Memo e Kelembra nas escolas” passou por um planeamento e uma estruturação prévia realizados por duas psicólogas da Alzheimer Portugal e uma voluntária com formação em teatro e experiência em trabalho com pessoas com demência, contando ainda com a mais‐valia da intervenção no terreno de uma técnica e de uma voluntária desta associação. A sua divulgação foi feita através do site da Associação e através de outros meios da Alzheimer Portugal, como é o exemplo do Facebook, Newsletters e o boletim da Alzheimer Portugal. Em parceria com esta Associação estiveram diversas escolas do setor público de forma a promover a responsabilidade social e a Associação teve ainda o apoio do Instituto Nacional para a Reabilitação. No que diz respeito ao impacto deste projeto podemos considerar que ao sensibilizarmos as camadas mais jovens e também os seus educadores para estes temas, poderemos no futuro diminuir o recurso à terapêutica antidepressiva ou ansiolítica, reduzir a necessidade de consultas de apoio psiquiátrico e psicológico e poderemos contar com a sensibilização dos pais e familiares possibilitando um diagnóstico atempado. Desta forma é possível atrasar o recurso a serviços de apoio mais dispendiosos, como é o exemplo de serviços de apoio domiciliário. Este projeto tem ainda impacto sobre diferentes áreas, nomeadamente, manutenção de postos de trabalho, aumento das competências dos profissionais, respeito pelos valores da solidariedade, aumento da coesão social e aumento da participação social e cultural, e por fim, utilização e gestão de recursos pela atribuição de verbas para a realização do projeto. O resultado deste projeto é bastante positivo, distinguindo‐se pela sua relevância social e educacional. Através das ações promovidas é possível chegar às gerações mais novas e aproximá‐las dos mais idosos, fomentando assim a solidificação de relações, desta forma a associação conseguiu dar um passo para uma sociedade mais inclusiva que integre e respeite as pessoas com demência e promover uma melhor qualidade de vida aos doentes e aos seus cuidadores sejam eles familiares ou profissionais. Este projeto foi já implementado em 19 escolas de 11 distritos de Portugal continental, tendo impactado 3429 participantes e pretende alargar‐se por mais escolas do país. Com o Prémio Maria José Nogueira Pinto a instituição pretende efetuar um reforço do conhecimento público pelas boas práticas desenvolvidas e disseminadas pela Alzheimer Portugal, fazendo realçar a sua importância estratégica, como instituição de relevo no setor social e expandir este projeto a todos os distritos de Portugal nos anos 2015 e 2016.” 2 Menção Honrosa Projeto “Mentes Brilhantes”, da Fundação ADFP ‐ Assistência, Desenvolvimento e Formação Profissional “O projeto Mentes Brilhantes nasceu no ano letivo de setembro de 2014, sendo um projeto inovador com o propósito de detetar e potenciar as competências e talentos de jovens através de cursos de estudos avançados nas áreas de Ciências, Matemática, Língua Portuguesa e História totalmente gratuitos, workshops nas escolas, conferências para diferentes anos de ensino e campos de férias e atividades escolares durante as férias. O Mentes Brilhantes atua no concelho de Miranda do Corvo, onde um dos maiores desafios é diminuir os níveis de abandono escolar e as debilidades no âmbito da educação, uma vez que o concelho é eminentemente rural e muitos alunos abandonam a escola para acompanhar os pais nas respetivas atividades rurais. O projeto dá apoio a 150 alunos de todo o concelho, que frequentam o ensino pré‐escolar até ao 1º ciclo e é desenvolvido por uma equipa de especialistas da educação e psicólogos que pretendem avaliar e apoiar as crianças que revelem talentos especiais, dificuldades de aprendizagem e /ou comportamento. Este projeto não pretende diagnosticar deficiências mas sim descobrir talentos e potenciar aptidões de todos os alunos. Os beneficiários indiretos desta iniciativa são as famílias dos respetivos alunos, nomeadamente adultos e idosos. O projeto Mentes Brilhantes conta com o apoio de inúmeras entidades, como é o caso do Agrupamento de Escolas de Miranda do Corvo e a respetiva Câmara Municipal, Instituto Educação e Cidadania, Centro de Neurociências e Biologia Celular da Universidade de Coimbra, Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade de Coimbra, Dislesx – Associação Portuguesa de Dislexia, Associação Portuguesa de Crianças Sobredotadas e o Centro de Ciência Viva de Coimbra, Caixa Agrícola, Delta, Efapel e empresas locais. Estas entidades dão apoio nas áreas das ciências naturais, apoio monetário, apoio pedagógico e psicológico, entre outros e permitem a viabilidade e a continuidade do projeto. O impacto do projeto é muito positivo, tendo alcançado um aumento do sucesso escolar em 150 alunos e nas respetivas famílias. No futuro, o projeto pretende estender a sua intervenção a alunos da pré‐escola, a alunos do 1º e 4 º ano do Ensino Básico e a alunos do 5º ano, continuar com curso avançados de Ciências, História, Português e Matemática e possibilitar o acompanhamento psicológico. Mentes Brilhantes impactou já um total de 250 alunos. O Prémio Maria José Nogueira Pinto servirá para alcançar 350 alunos no projeto, reforçar a equipa técnica, diversificar as áreas dos cursos avançados, fazer um upgrade nos materiais e instrumentos científicos e aumentar a frequência do acompanhamento. Desta forma será possível um aumento qualitativo nas experiências realizadas pelos jovens e “pequenos cientistas”. Menção Honrosa Projeto “Escola Virtual de Língua Gestual Portuguesa (LGP)”, da Associação de Surdos do Porto “A Escola Virtual de Língua Gestual Portuguesa (LGP), é um projeto que tem como objetivo disponibilizar, através de uma plataforma de ensino online, uma oferta formativa em linguagem gestual com diferentes níveis de aprendizagem e aprofundamento, sendo aberta a toda a comunidade. Os conteúdos disponibilizados são de domínio básico e irão sendo gradualmente aumentados até atingirem níveis médios ou avançados. A LGP é dirigida a pessoas ouvintes que queiram aprender linguagem gestual e desta forma quebrar a grande barreira de comunicação existente entre pessoas surdas e pessoas ouvintes, nomeadamente os familiares de crianças e jovens que sofrem de surdez. A Associação de Surdos do Porto foi fundada em 1995, tendo este projeto início em dezembro de 2013 e ficou disponível oficialmente em março de 2015. A LGP foi distinguida com o prémio BPI Capacitar 2013 e conta com a pareceria da Escola Superior de Educação de Coimbra e atualmente é coordenada e gerida pela Associação de Surdos do Porto. 3 O projeto conta com 5.629 registos na plataforma da Escola Virtual de Língua Gestual e espera alargar os conteúdos de maneira a atingir cerca de 25.000 utilizadores até ao final de 2016. No futuro, a Escola Virtual de Língua Gestual Portuguesa pretende publicar conteúdos com temas mais aprofundados que serão de acesso condicionado e disponibilizados apenas através do pagamento por parte dos respetivos utilizadores. Desta forma será possível garantir a existência de financiamento que permita o investimento na produção de novos conteúdos e na disponibilização de tutoriais mais ativos no processo ensino‐aprendizagem. Trata‐se da única escola de língua gestual portuguesa que permite aos utilizadores a realização de cursos online, não sendo conhecidas experiências deste tipo a nível internacional. O Prémio Maria José Nogueira Pinto possibilitará continuar a publicar novos conteúdos de maneira a que os utilizadores possam progredir na sua aprendizagem e criar uma área dirigida aos mais novos com conteúdos para crianças a partir do pré‐escolar até aos 12 anos, pois consideram importante incutir no público infanto‐ juvenil sentimentos verdadeiros de inclusão e aceitação da diferença do outro.” Menção Honrosa Projeto “A Música nos Hospitais”, da Associação Portuguesa de Música nos Hospitais e Instituições de Solidariedade – APMHIS “A Música nos Hospitais é um projeto que nasceu em 2004 e tem como objetivos o desenvolvimento de projetos e intervenções musicais enquanto meio de humanização em contextos comunitários e institucionais e a elaboração, implementação e desenvolvimento de projetos e ações musicais, criando coesão social e comunitária. Apesar de ser um projeto sólido e que já dura há cerca de 11 anos, podemos considerar que é um projeto inovador, pois permite, através da música, introduzir momentos de rutura na rotina dos beneficiários, construir um espaço sensível e facilitador de expressão de emoções e de diálogo criando momentos de prazer e bem‐estar, sendo as mais‐valias deste projeto o alívio de stress, quebra da rotina hospitalar, estimulo à criatividade e proporcionar maior qualidade de vida dos doentes e profissionais de saúde. Os principais beneficiários deste projeto são as instituições hospitalares, nomeadamente as áreas de pediatria e geriatria, instituições de educação e de cuidados especiais, estabelecimentos prisionais e instituições de terceira idade públicas e privadas, no domínio da saúde, educação e de ação social e integração social. A APMHIS forma músicos para trabalharem junto do público‐alvo que estão institucionalizados devido a questões de fragilidade de saúde e/ou social. Atualmente conta com uma equipa de 22 músicos com uma atividade intensa ao longo do ano, que vai desde intervenções musicais nas instituições protocoladas ‐ como é o exemplo do IPO de Lisboa, Hospital Garcia da Horta, Hospital de Santa Maria, Santa Casa da Misericórdia de Santarém, e o Centro de Acolhimento Temporário “Janela Aberta”, no Seixal ‐ a participações em congressos, ações de formação e momentos comemorativos. Desde 2006 A Música nos Hospitais tocou para mais de 140.000 beneficiários por ano, incluindo crianças, idosos, familiares e profissionais de saúde, e estima aumentar o seu serviço para cerca de 420 mil nos próximos três anos. Esta iniciativa conta com apoios de entidades como a Associação Portuguesa de Cuidados Paliativos, APEG Saúde e APHD, e ainda apoios financeiros da Apifarma, Sic Esperança, Armazéns do Chiado, Fundação D.Pedro IV, HardRock Café de Lisboa e Prémio BPI Sénior. O Prémio Maria José Nogueira Pinto servirá para o desenvolvimento de uma equipa multidisciplinar de reabilitação cardiovascular, de um hospital de referência em Lisboa, e a criação de bem‐estar, qualidade de vida, criatividade em ambiente improvável e descoberta de talento que poderá conduzir a uma reabilitação mais rápida.” Menção Honrosa Projeto “Casa em Ordem”, do JRS Portugal, Serviço Jesuíta aos Refugiados 4 “A Casa em Ordem” surge em parceria com a Câmara Municipal de Lisboa e da necessidade de integrar socialmente e profissionalmente mulheres migrantes na área dos serviços domésticos e cuidados a crianças e/ou idosos. Por outro lado, existe uma necessidade por parte das famílias portuguesas de encontrarem uma cuidadora formada e qualificada para prestar os respetivos serviços. Este projeto, criado em 2012, possibilita às mulheres provenientes de outros países e com outras culturas terem formação gratuita técnica e comportamental nas áreas de serviço doméstico, culinária, cuidados a idosos, técnicas de procura de emprego, autoconhecimento, entre outros, através de um curso com duração de dois meses, sendo que o segundo mês inclui um estágio de maneira a poderem aplicar as práticas lecionadas. As mulheres que frequentam estes cursos encontram‐se numa situação vulnerável do ponto de vista socioeconómico, desempregadas, com pouco conhecimento da cultura portuguesa e poucos conhecimentos para exercer a profissão pretendida. Este projeto conta já com a 2ª edição, teve início em setembro de 2014 estando prevista a sua conclusão em setembro de 2015. Distingue‐se por responder às necessidades apresentadas por duas populações com necessidades específicas – mulheres migrantes e famílias ‐, colocando as mulheres migrantes no mercado de trabalho e fomentando o estabelecimento de laços entre as mesmas, uma vez que na sua maioria se encontram sozinhas e sem apoio em Portugal. Os beneficiários diretos são as mulheres que usufruíram e irão usufruir de formação, sendo possível apoiar 50 mulheres migrantes no seu processo de formação e integração e por consequência 50 famílias. O beneficiário indireto é o agregado familiar que solicitou o serviço, quer seja ele pela necessidade de uma empregada doméstica, ou uma cuidadora de crianças e/ou idosos. Este projeto foi considerado uma Boa Prática para a integração pelo European Web Site On Integration, que promove a divulgação de boas práticas de integração de nacionais de países de terceiros no Estados Membros da União Europeia. “A Casa em Ordem” conta com parcerias com a Câmara Municipal de Lisboa como entidade financiadora, Casa Nossa Senhora da Vitória e a Associação Profissional de Cozinheiros de Portugal. Estas entidades possibilitam uma melhor qualidade de formação das formandas. Atualmente, o projeto dispõe de espaço para a realização das formações, de formadores voluntários, de mulheres migrantes a aguardar a realização da formação e ainda de mercado de trabalho para as integrar, mas são necessárias novas fontes de financiamento para dar continuidade ao projeto. O Prémio Maria José Nogueira Pinto irá promover o aumento do número de mulheres migrantes formadas na área do serviço doméstico, cuidado a idosos e cuidado a crianças, maior valorização sobre a profissão “empregada doméstica” que ainda é desvalorizada na atual sociedade, combater a exploração laboral na área do serviço doméstico, aumentar a resposta qualificada às famílias portuguesas e promover novas parcerias. Desde outubro de 2012 foram envolvidas 82 mulheres, sendo objetivo da Instituição impactar 50 novas mulheres por ano. Para mais informações contacte: Lift Consulting – 21 466 65 00 Anabela Pereira – 93 628 28 63 – [email protected] 5