Reestruturação do ICH e Anvisa Brasil se tornará Membro? Renato Alencar Porto Diretor São Paulo, 13 de abril de 2015 EUA, Japão, EU + Suíça e Canadá + PhRMA, JPMA, EFPIA OMS (observadora) Austrália Rússia China Cingapura Coréia do Sul Taiwan ANVISA/Brasil ANVISA A Conferência Internacional para Harmonização de Requisitos Técnicos para o Registro de Fármacos para Uso Humano – ICH está em processo de reestruturação. O processo teve início em 2013 e a expectativa é a de que até o final de 2015 ele seja concluído. Papel crucial da ANVISA: abertura do processo de reestruturação aos comentários e sugestões das Autoridades interessadas. Histórico 2009 e 2010 – Participação da ANVISA em reuniões do Global Cooperation Group - GCG: . Brasil não tinha direito a voz, voto e participação nos grupos de trabalho . Processo de harmonização de normas lento e com conduções as vezes desconexas com o mandato dado ao Grupo. Reguladores X Associações Histórico 2010 – Decisão da ANVISA em não mais participar das reuniões do ICH. 2012 – Reavaliação do envolvimento da Agência – início das discussões sobre mudanças no ICH. ANVISA volta a se acercar às discussões do ICH. 2013 e 2014 – Indicação de representantes para compor discussões dos novos Grupos de Trabalho do ICH; e discussão da reforma. Três objetivos foram apresentados para a reestruturação: Objetivo 1: Realizar o trabalho de harmonização farmacêutica regulatória global em ambiente ampliado; Objetivo 2: Criar espaço que permita que todas as autoridades reguladoras chaves e representantes da indústria tenham a oportunidade de participar mais ativamente no trabalho de harmonização na área de medicamentos; Objetivo 3: manter o processo de elaboração de normas e guias eficiente e bem gerenciado. Dentre os itens apresentados, as mudanças propostas são as seguintes: a. Criação de três categorias: Comitê Gestor, Assembleia e Observadores; (em substituição às duas existentes: Comitê Gestor e Observadores); b. Abertura de processo para um país ser Membro ou Observador do ICH; c. ICH como entidade legal; e d. Financiamento pelos Reguladores. Critérios para ser Parte do ICH Para se tornar Membro do ICH, as autoridades reguladoras precisariam cumprir os seguintes critérios, em três diferentes etapas: Nível 1 – No momento de solicitação para se tornar Parte do ICH, já devem estar implementadas: . Q1 - Diretrizes para Testes de Estabilidade; . Q7 - Guia de Boas Práticas de Fabricação para ingredientes farmacêuticos ativos; e . E6 – Diretrizes para Boas Práticas Clínicas. Critérios para ser Parte do ICH Nível 2 – Planos Específicos para a implementação dentro dos próximos 5 anos, já estabelecidos quando for feita a solicitação para se tornar Parte do ICH; . E2A: Gestão de Dados de Segurança Clínica: Definições e Padrões; .E2B: Elementos de dados para transmissão de Relatórios de Casos Individuais de Segurança; . E2D: Gerenciamento de Dados de Segurança Pós-Aprovação : Definições e Padrões para Relatórios Expeditos; . M4: Documentos Técnicos Comuns para o Registro de Produtos Farmacêuticos; e . MedDRA Critérios para ser Parte do ICH Nível 3 – Compromisso de implementar os demais guias e diretrizes do ICH no médio prazo, mas não há a necessidade de apresentar o cronograma de implementação. Avaliação Brasileira – Principais etapas 1. Participação da ANVISA no processo de discussão e reforma do ICH; 2. Avaliação da ANVISA quanto a viabilidade de se tornar membro do ICH; 3. Avaliação do Setor Produtivo quanto aos impactos para as empresas em o Brasil se tornar membro do ICH; e 4. Discussão da Anvisa com demais órgãos brasileiros (MS, MRE, MDIC...). Avaliação Brasileira – O que a Anvisa tem feito 1. Foi feita a avaliação interna do arcabouço regulatório vigente frente aos 3 Guias do Nível 1: 2. Está em execução a avaliação interna do arcabouço regulatório vigente frente aos Guias do Nível 2: 3. Q1 - Diretrizes para Estudos de Estabilidade de medicamentos e IFA Q7 - Guia de Boas Práticas de Fabricação para IFA; e E6 - Diretrizes para Boas Práticas Clínicas. E2A: Gestão de Dados de Segurança Clínica: Definições e Padrões E2B: Elementos de dados para transmissão de Relatórios de Casos Individuais de Segurança E2D: Gerenciamento de Dados de Segurança Pós-Aprovação : Definições e Padrões para Relatórios Expedidos M4 - The Common Technical Document (CTD) MedDRA – está em execução na Anvisa a avaliação de termos para construção da ponte Who-Art para MedDRA em português do Brasil. Avaliação Brasileira – O que queremos do setor 1. Informar se possuem representatividade em alguma das Associações que fazem parte do ICH: PhRMA, JPMA e EFPIA. 2. Avaliação quanto as convergências e divergências entre o arcabouço regulatório brasileiro e os guias do ICH, com foco na avaliação do impacto para a indústria da internalização das recomendação do ICH : Prioridade para avaliação dos guias dos Níveis 1 e 2: Q1, Q7, E6, E2A, E2B, E2D, M4 e MedDRA. Avaliação Brasileira – O que queremos do setor Proposta de template para avaliação dos guias GUIA DO ICH Dispositivo Texto REGULAMENTAÇÃO CORRESPONDENTE NA ANVISA Dispositivo Texto AVALIAÇÃO Descrever impacto da harmonização Requisito é passível de atendimento? (Sim, Não, Sim com condicionantes Porque?/Quais? Outras observações Avaliação Brasileira Objetivo final Ter um diagnóstico feito por parte do setor produtivo e um por parte da própria Anvisa quanto a participação do Brasil no ICH e a partir dessas informações traçar uma estratégia para os próximos “passos” de negociação que a Anvisa realizará no âmbito da Conferência.