14/06/2011
Circuito da Inclusão capacita mais uma turma de pessoas com deficiência
O Programa Circuito da Inclusão, patrocinado pela Eletrosul e desenvolvido pela
Universidade Livre para a Eficiência Humana (Unilehu), capacitou para o mercado de
trabalho uma nova turma de vinte pessoas com diferentes tipos de deficiência. O curso
aconteceu no município de São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de
Curitiba, durante doze dias, com o apoio da prefeitura da cidade, que cedeu as
instalações para realização do circuito, além de fazer seleção dos alunos e a
divulgação do programa.
Segundo a analista de responsabilidade social da Eletrosul, Raquel Cartagena, o
apoio a projetos que promovem a inclusão de pessoas com deficiência faz parte da
Política de Investimento Social da empresa. “Nesse contexto, o patrocínio concedido
aos projetos desenvolvidos pela Unilehu, pelo segundo ano consecutivo, representa
uma importante parceria no Estado do Paraná”, salientou.
Conforme dados da Agência do Trabalhador do município, hoje existem 320 vagas
abertas para pessoas com deficiência. “Essa parceria é fundamental, certamente esse
alunos não se deslocariam a Curitiba para freqüentar as aulas. E o curso vai contribuir
não só para empregabilidade, mas também para a mudança de cultura. Essas
pessoas irão encarar a vida de uma maneira diferente daqui pra frente”, afirmou Vilson
Marques da Silva, responsável pelo Programa de Apoio à Pessoa com Deficiência, da
Secretaria do Trabalho de São José dos Pinhais.
Marlene Aparecida Teixeira, 32 anos, tem deficiência intelectual e sofre com a
vergonha e timidez por sua condição. Entretanto, o curso trouxe um novo ânimo à sua
vida. “Antes, eu ficava só em casa. Agora, estou saindo e me socializando com outras
pessoas. Com o curso, melhorei bastante a minha timidez, me sinto mais preparada.
Acho que dessa vez vou conseguir um emprego”, disse.
Diogo Henrique Bonin, de 25 anos, enfrenta o mesmo problema de Marlene e também
aprovou o curso. “Sempre que a gente tem oportunidade de fazer um curso como esse
é um degrauzinho a mais que estamos subindo. É uma possibilidade maior para
conseguir a vaga em alguma empresa”, ressaltou.
Ao todo, os vinte alunos passaram por 48 horas de estudos, divididos em três
módulos. O primeiro módulo, “Empregabilidade”, foi destinado aos alunos e seus
familiares. Nele, foram apresentadas as perspectivas e a autonomia ofertadas ao
deficiente que se insere no mercado de trabalho. No segundo módulo, “Vivencial”,
foram realizadas dinâmicas e outras atividades lúdicas, que tinham o objetivo de
auxiliar os alunos a se conhecerem e descobrirem suas aptidões. No último módulo,
“Atendimento ao Cliente”, foram apresentadas questões técnicas, que auxiliarão o
deficiente na prática diária do trabalho.
A professora Adriana Villar, que ministrou o módulo de Atendimento ao Cliente,
ressaltou que os resultados foram surpreendentes. “Dentro das possibilidades, os
resultados são excelentes. Cada um tem suas limitações, uns são mais desenvolvidos,
outros menos. Mas há alunos já aptos a inserir-se no mercado de trabalho”,
comemorou.
Ela explicou que o Circuito da Inclusão é o primeiro passo para a qualificação e a
empregabilidade. “É possível perceber modificações em relação à autoestima, à
maneira de apresentação, de ser portar, de se relacionar. Mas esse é um processo, é
necessário que a qualificação continue”, ressaltou.
O Circuito da Inclusão será realizado também no município de Itaperuçu e Almirante
Tamandaré. No primeiro município que recebeu o programa, Campina Grande do Sul,
38 pessoas com deficiência foram capacitadas.
Unilehu
A Unilehu é uma instituição sem fins lucrativos, que foi criada em 2003, com o objetivo
de atender a carência em relação à capacitação e à qualificação das pessoas com
deficiência. Com a implantação da Lei 8213, promulgada em 1991, as vagas para
pessoas com deficiência nas empresas aumentaram consideravelmente. Isso porque a
Lei obrigou os empreendimentos com 100 funcionários ou mais a preencher de 2% a
5% dos seus cargos com funcionários portadores de deficiência. “As empresas
querem e precisam contratar, mas há dificuldade em encontrar profissionais
capacitados e com a escolaridade desejada. E os municípios, em geral, ainda são
carentes em atividades destinadas à pessoa com deficiência”, salientou a presidente
da instituição, Andrea Moreira de Castilho Koppe.
Para auxiliar nesse processo, a Unilehu atende gratuitamente cerca de 400 pessoas
por mês. São oferecidas dezenas de cursos, como informática, português, inglês,
telemarketing, mecânica, soldagem e outros. A assistente social responsável pela
Mobilização na instituição, Adriana dos Santos, assegura que o emprego proporciona
autonomia e qualidade de vida às pessoas com deficiência. “As pessoas querem
trabalhar, sair, conhecer o mundo, ter independência”, disse.
Atualmente, 33 empresas são mantenedoras da Unilehu, afora as empresas que
atuam como parceiras em projetos especiais. Além do Circuito da Inclusão, a Eletrosul
apoia o projeto Oficinas Culturais, que oferta cursos de teatro, escultura e pintura às
pessoas com deficiência.
Assessoria de Comunicação Social e Marketing - ACS
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Melissa Bergonsi – (48) 3231-7917/ (11) 7705-1657 – [email protected]
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