Edição 259 Edição 259 - Ano 6 - 23 de agosto de 2013 Expedição reconhece trecho inexplorado do Parna Tumucumaque Presidente Vizentin recebe comissão da Jornada das Margaridas Formada mais uma turma do Ciclo de Capacitação em Gestão Participativa ICMBio fortalece monitoramento de aves marinhas no Parna Abrolhos Diagnóstico Ambiental subsidiará planos de manejo de UCs do Interflúvio Purus-Madeira Instituto chega a 100% das reservas extrativistas com conselho deliberativo 1 Edição ICMBio em Foco O presidente do ICMBio, Roberto Vizentin, e o diretor da nossa Disat, João Arnaldo Novaes Júnior, estiveram reunidos na tarde da última segunda-feira na sede do Instituto em Brasília com representantes do Movimento Interestadual das Quebradeiras de Coco Babaçu, o MIQCB, e da Jornada das Margaridas 2013, realizada de 17 a 21 deste mês na capital federal. A Jornada das Margaridas é uma continuidade da Marcha das Margaridas e tem como objetivo fiscalizar o andamento das reivindicações. Vizentin destacou a importância do movimento das quebradeiras de coco. “Essas mulheres se organizaram e foram para a luta. É um movimento articulado, aliado à conservação do meio ambiente. A atividade é viável e um trabalho extremamente pesado e muito digno”, reconheceu. dicada a criação da Reserva Extrativista de Enseada da Mata, no município de Penalva, no Maranhão, e da Reserva Extrativista de Babaçu, no município de Amarante, no mesmo estado, abrangendo as comunidades de Grotão, Pifeiro, Água Preta, Pindarezinho e Mundo Novo. Para Sandra Regina Monteiro, integrante da comissão da Jornada das Margaridas e do MIQCB, o encontro serviu para buscar novas soluções. “A reunião reabriu o canal de diálogo entre o movimento das quebradeiras de coco e o ICMBio para tratar de antigas reivindicações e avaliar novas opções para solucionar conflitos existentes”, frisou. Como encaminhamento da reunião, o Instituto Chico Mendes apresentará ao MIQCB e à comissão da Jornada das Margaridas um estudo detalhado sobre a situação atual do processo de criação da Resex Enseada da Mata. Também ficou decidido que, em outubro, será realizada uma reunião em São Luís para discutir a gestão participativa na região. Leonardo Milano Na pauta do encontro a regularização integral das reservas extrativistas de Mata Grande e do Ciriaco, ambas no Maranhão, e a do Extremo Norte do Estado do Tocantins. Além disso, também foi reivin- ICMBio fortalece monitoramento de aves marinhas no Parna Abrolhos O nosso Instituto e a Associação Vila-Velhense de Proteção Ambiental - Avidepa acabam de assinar Termo de Reciprocidade para a realização de atividades de pesquisa e monitoramento de sítios reprodutivos das aves marinhas no Parque Nacional Marinho dos Abrolhos, no estado da Bahia, e nas ilhas costeiras do estado do Espírito Santo. Acervo Avidepa Vizentin recebe comissão da Jornada das Margaridas 259 O Parna Marinho dos Abrolhos, em parceria com a Avidepa e o Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Aves Silvestres - Cemave, já vem monitorando as aves marinhas do arquipélago dos Abrolhos desde 2011. Além de realizar atividades de localização de ninhos e anilhamento, as pesquisas identificam dispersão, migração, comportamento, estrutura social, dinâmica de populações, sobrevivência, sucesso reprodutivo, monitoramento ambiental, toxicologia e manejo. Desde junho de 2011 até agora foram realizadas 12 expedições ao arquipélago, anilhadas mais de 4.300 aves e recuperadas 418 aves que foram anilhadas desde 1991. Além do anilhamento, foram identificados mais de 500 ninhos de grazinas (Phaethon lepturus ), aves ameaçadas que estão sendo monitoradas na UC. A partir dos resultados das atividades de monitoramento realizadas, o Parna pode utilizar os resultados para a sua gestão. Além de nos encantar com sua beleza e seus sons, as aves têm importante papel no ecossistema e também servem como ótimos indicadores da qualidade dos ambientes. O Termo de Reciprocidade encontra-se em www. in.gov.br/visualiza/index.jsp?data=12/07/2013 &jornal=3&pagina=127&totalArquivos=216 . Representantes do Parna, do Cemave e da Avidepa monitoram aves marinhas na UC desde 2011 Presidente dialoga com representantes do MIQCB e da Jornada das Margaridas 2 3 Edição ICMBio em Foco Conselhos deliberativos chegam a 100% das reservas extrativistas Para o diretor de Ações Socioambientais e Consolidação Territorial em UCs, João Arnaldo Novaes, a formação dos conselhos deliberativos é um importante passo para a consolidação da gestão dessas unidades. “O resultado é bastante significativo, pois coloca essas UCs em um novo patamar de gestão, uma vez que todas as instâncias de gestão previstas pela Lei do Sistema Nacional de Unidades de Conservação, o SNUC, foram formalizadas, além de envolver os diversos atores públicos e a sociedade local nos desafios para a implementação das unidades”, frisa Novaes. Nosso coordenador-geral de Gestão Socioambiental, Daniel Castro, destaca que “historicamente está entre as pautas dos movimentos extrativistas os anseios de implementação das reservas e formalização de seus conselhos, pois são nesses espaços, em especial, que as comunidades tradicionais exercem parte de seu protagonismo na gestão da unidade”. Ao todo, contando a partir da promulgação do SNUC, em 2000, foram 13 anos para estruturar esta categoria de UC com conselhos deliberativos. Para Felipe Mendonça, chefe da Divisão de Gestão Participativa do ICMBio, a gestão democrática das reservas extrativistas e de desenvolvimento sustentável vem avançando com o amadurecimento das instituições e o contínuo ganho de cidadania que estas populações beneficiárias vêm conquistando na sua luta por reconhecimento e direitos. “Evidente que a participação dessas populações não se dá apenas no conselho, mas essa instância tem grande peso na gestão de uma Resex”, reforça Felipe. 4 Conselhos de UCs Ontem, hoje e amanhã Renascer: última Resex a ter conselho entre as 59 atuais A Resex Renascer (PA) iniciou o processo de estruturação de seu conselho deliberativo em 2012, conciliando atividades de fiscalização e monitoramento com reuniões para discutir a importância de se formar um conselho da UC. “O processo foi participativo, com visitas e reuniões feitas nas três regiões da reserva – Guajará, Tamuatai e Uruará – em que foi possível mergulhar mais profundamente no conhecimento da realidade das comunidades que habitam a UC”, explica a chefe da Resex, Rosária Farias. O processo de discussão proporcionou aos moradores conhecerem o papel do ICMBio, bem como de seus direitos e deveres em relação à gestão dos recursos naturais da unidade e despertou nas comunidades esse olhar como fiscais dos recursos naturais da UC. A expectativa é de que o conselho viabilize com mais rapidez o acesso dessas populações às políticas públicas já aplicadas em outras reservas. Para isso é consenso entre os extrativistas fortalecer o bom manejo dos recursos naturais da reserva. Corumbau: um bom exemplo de Conselho O conselho da Resex Corumbau (BA) começou a ser estruturado no processo de sua criação, assim como seu Plano de Manejo - Fase 1 (Plano de Utilização). No segundo aniversário de criação da Resex o conselho tomou posse e já fez sua primeira reunião, ocasião em que os membros aprovaram a Fase 1 do Plano. Entre as principais mudanças e ganhos a partir daí está a reorganização da distribuição de poder entre os atores envolvidos. Segundo o extrativista Ademi Januário, dirigindo-se a um vereador,“agora teremos que ser ouvidos. Passou o tempo em que somente vocês falavam e nós apenas balançávamos a cabeça”. Outro ponto crucial se refere ao sentimento de pertencimento da comunidade à Resex Corumbau. “Quem tem passado pela experiência do conselho tem mantido seu grau de participação de diversas maneiras, mesmo após deixar de ser membro”, frisa Ronaldo Freitas Oliveira, chefe da unidade. A maior expectativa para o futuro diz respeito à participação do conselho na gestão cotidiana da UC, que se dará a partir do Plano de Ações que foi construído. A proposta é fortalecer a organização comunitária, com reflexo direto na própria dinâmica do conselho. Acervo Resex Corumbau O Instituto Chico Mendes celebra o número de 100% das reservas extrativistas geridas pela autarquia com conselho deliberativo criado e atuante. Desde os primeiros conselhos criados em 2003, foi grande o esforço na formalização deste importante instrumento de gestão. O Diário Oficial da União de 3 de julho publicou a última portaria de conselho deliberativo, o da Reserva Extrativista Renascer (PA), fechando com isso o rol de 59 reservas extrativistas com conselho formalizado. Reunião do Conselho da Resex Corumbau na aldeia indígena Pataxó, em Barra Velha (BA) 259 O desafio de concluir a formalização dos conselhos das 313 unidades de conservação federais do país está perto do fim. Hoje, cerca de 80% delas já possuem esta importante instância de gestão. Entre as categorias, as duas que já alcançaram 100% com seus conselhos formalizados foram as reservas extrativistas e a reserva de desenvolvimento sustentável. Destacam-se também as florestas nacionais (84%), os parques nacionais (82%) e as áreas de proteção ambiental (81%) como categorias que estão próximas de alcançar a meta de 100%. “Superado este momento de formalização dos conselhos deliberativos, o desafio que temos é o de qualificar as ações e os atores destes espaços, promovendo sua efetiva participação na gestão das UCs e fortalecendo seu papel de articulação junto aos setores e políticas públicas que compõem o território, favorecendo a integração da unidade com a dinâmica regional”, finaliza o nosso diretor de Ações Socioambientais e Consolidação Territorial em UCs, João Arnaldo Novaes. É possível perceber como nos últimos anos os esforços do Instituto Chico Mendes em dotar todas as unidades de conservação de conselho vêm dando resultado. A partir do ano de criação do Instituto, 2007, vê-se um salto nos conselhos formalizados por ano. Nos últimos seis anos foram formalizados cerca de 56% do total dos conselhos hoje já em funcionamento. “Estamos chegando no final do esforço em formalizar estes conselhos, o que demanda também uma atenção a mais, em função de que as UCs que ainda não possuem seus conselhos formalizados são aquelas unidades que, em geral, possuem grandes dificuldades de gestão e que precisam de atenção maior para a sua formalização”, afirma Felipe Mendonça, chefe da nossa Divisão de Gestão Participativa. O ICMBio vem trabalhando cada vez mais estas instâncias colegiadas no intuito de buscar fortalecer a sua participação e efetividade na gestão das UCs, tornando-as assim espaços de excelência na articulação regional das unidades. “O processo de qualificação dos conselhos vem sendo trabalhado com a revisão das instruções normativas de conselhos consultivos e deliberativos que está em andamento, elaboração do guia de orientação a conselheiros e gestores para o funcionamento dos conselhos e construção de metodologias que proporcionem efetiva participação e efetividade destes colegiados na gestão”, afirma Daniel Castro, coordenador-geral de Gestão Socioambiental. 5 Edição ICMBio em Foco Encerrada outra etapa presencial do 4º Ciclo de Gestão Participativa Vinte e oito servidores participaram do Seminário de Encerramento e Formatura do 3º Ciclo de Capacitação em Gestão Participativa, realizado na Acadebio, entre os dias 7 e 9 deste mês. Terminou no último dia 9 o segundo momento presencial do 4º Ciclo de Gestão Participativa, ocorrido na Acadebio desde 31 de julho. O evento teve como um dos objetivos promover o autodesenvolvimento pela percepção de si e do outro de forma a desenvolver habilidades como gestor facilitador. Outro objetivo foi explorar e desenvolver ferramentas e técnicas para facilitar a participação social e a gestão ambiental pública. ferramentas que facilitam o diálogo na gestão nas diferentes instâncias de nossa instituição. Outro destaque do módulo, segundo Virginia, é a ampliação do entendimento sobre conflitos interpessoais, um tema presente em várias equipes de trabalho. Para Paulo Russo, instrutor dos módulos, o ciclo é uma oportunidade para fortalecer a participação como estratégia para o cumprimento da missão do Instituto. Alguns dos assuntos tratados na 2ª etapa presencial do 4° Ciclo – módulos 2 e 3 – foram conhecimentos, habilidades, comportamentos e crenças do gestor facilitador; aspectos da tomada de decisão e conflitos interpessoais; técnicas – como coleta, estruturação e visualização de ideias – e ferramentas que podem ser utilizadas no cotidiano da gestão não só com o público externo, mas também com a equipe de trabalho; reflexão sobre a motivação para a participação; e passos de um processo participativo. O evento contou com a participação de 29 educandos, entre eles servidores do Ibama, da Agência Nacional de Águas e do Instituto Estadual de Florestas - MG. Os próximos módulos estão previstos para acontecer em outubro de 2013. Segundo Gabriella Calixto, analista da Reserva Extrativista Marinha de Soure (PA) e participante da turma de formandos, “o ciclo tem um potencial imenso tanto no que diz respeito à capacitação dos gestores como facilitadores dos processos de gestão participativa de UCs quanto na construção do ICMBio como instituição. Para além de técnicas e ferramentas, o ciclo proporciona a imersão dos participantes num ambiente de reflexão focada nos caminhos da gestão ambiental pública, criando e recriando seus caminhos a partir do diálogo com a sociedade civil. É hora da missão do ICMBio sair das paredes e painéis e ganhar vida, possibilitando que efetivamente a proteção do patrimônio natural ande junto com a promoção do desenvolvimento socioambiental”. 6 Virginia Talbot, coordenadora do Ciclo de Gestão Participativa deste ano, diz que esse momento do ciclo oportuniza aos participantes refletir sobre as habilidades pessoais que já têm e as que podem aprimorar, assim como conhecer e exercitar o uso de técnicas e O ciclo é uma iniciativa da Coordenação-geral de Gestão Socioambiental, por meio da sua Divisão de Gestão Participativa, em parceria com a Educação Corporativa da Coordenação-geral de Gestão de Pessoas. Sua implementação conta com o apoio da cooperação alemã GIZ/GOPA. Participantes do 4º Ciclo de Gestão Participativa Vanessa Bitencourt No último dia, instrutores, alunos e convidados se reuniram no auditório para a cerimônia de formatura. Os formandos compartilharam suas expectativas e falaram sobre as experiências que tiveram durante o ciclo. Daniel Castro, coordenador-geral de Gestão Socioambiental, destaca a importância do ciclo como espaço de formação de servidores e do seu sucesso em levar a transversalidade da participação para diversas agendas do Instituto. “O êxito do Ciclo de Gestão Participativa se comprova nos projetos apresentados. Ele tem sido estudado no sentido de buscar avaliar o seu impacto no cumprimento da missão do Instituto, acreditando na importância da avaliação para aprimoramento. Uma das características que o evento traz é sua capacidade de acolher colaborações e contribuições dos participantes que passam pela capacitação oferecida, buscando sempre a melhoria contínua”, ressalta. Aline Polli O Seminário de Encerramento teve como objetivo ampliar a discussão acerca das ambiências de participação, bem como tornar público os desafios enfrentados e os resultados alcançados pelos projetos de gestão participativa, ampliando assim o conhecimento da instituição sobre os avanços desta temática na gestão das áreas protegidas. O conteúdo foi transmitido, entre outras maneiras, por meio de aulas expositivas, palestras, debates, trabalhos em grupo e o “Café Mundial”, momento em que os participantes se reuniram em grupos, durante o café da manhã, para avaliar o ciclo. Aline Polli O 3º Ciclo teve início em maio de 2012 e foi dividido em cinco módulos, elaboração e implementação de um projeto de intervenção na gestão, intercâmbio e dois seminários, sendo um de monitoria e o outro de encerramento. A coordenação do evento foi de Felipe Mendonça, chefe da Divisão de Gestão Participativa. Ele ressalta que este ano diversos projetos foram construídos e estão em implementação na área de plano de manejo, uso público, acordo de gestão, educação ambiental, planejamento estratégico participativo, termos de compromisso, formação e capacitação de conselhos, entre outras. “O ciclo, além de resultados concretos no cumprimento da missão do nosso Instituto, cria nos participantes grande sentimento de motivação e confiança nas mudanças necessárias para que nossa gestão esteja sempre alinhada com os princípios da participação social”, afirma Felipe. Talita Cruz Formada mais uma turma do Ciclo de Capacitação em Gestão Participativa 259 Mesa da cerimônia do Seminário de Encerramento do 3º Ciclo Alunos durante discurso Participantes avaliam o ciclo 7 Edição ICMBio em Foco Expedição reconhece trecho inexplorado do Parna Tumucumaque Parna Montanhas do Tumucumaque lança sua marca Ela foi apresentada ontem, pela primeira vez, na 19ª Reunião Ordinária do Conselho Consultivo do Parna, em Macapá. Para a escolha, a comissão julgadora considerou propostas que abrangessem aspectos peculiares do parque e que resultassem numa marca objetiva, clara e concisa, capaz de ser reconhecida e identificada pela comunidade. O resultado foi divulgado em novembro de 2012. Caio Betto Corrêa Almeida, vencedor do concurso, utilizou cores e características que fazem referência à natureza e ao parque. A expedição consistiu de duas etapas: a primeira, com embarcações motorizadas, percorreu o rio Jari a montante por aproximadamente 400 km, passando por trechos difíceis, como o complexo de corredeiras Urucupatá-Mucurú e a Cachoeira do Macaquara. A partir da foz do rio Culari, o grupo se dividiu e cinco pessoas seguiram este rio em dois caiaques a remo por mais 120 km até suas cabeceiras. Após desmontarem as embarcações, atravessaram a fronteira em caminhada e retomaram o deslocamento fluvial pelo igarapé Tampak, um dos formadores do rio Maroni, já em terras franco-guianenses, atingindo, finalmente, a localidade de Maripassoula. A equipe gestora do Parque Nacional Montanhas do Tumucumaque ainda aguarda a conclusão do relatório final da missão, cujos resultados serão divulgados oportunamente. do documentário Globo Repórter, além de diversos pesquisadores, na Serra Macaquara, também na região do Jari. Em maio ocorreu outra expedição com o intuito de mapear os atrativos turísticos do rio Amapari. Na ocasião, participaram representantes das secretarias de Meio Ambiente e Turismo dos municípios amapaenses de Pedra Branca e Serra do Navio, do grupo do Fotoclube de Macapá e de repórteres do Jornal Amapá em Foco. Segundo o analista Leonardo Milano, fotógrafo da nossa Divisão de Comunicação - DCOM e um dos integrantes da expedição, “trata-se de uma das áreas mais isoladas e desconhecidas do mundo. Portanto, fazer o reconhecimento da região e divulgá-la pode estimular futuras expedições científicas”. Através dessas e de outras iniciativas, o Parna Montanhas do Tumucumaque procura implementar seu Plano de Manejo, aprovado em 2010, tendo como principal foco a abertura da unidade de conservação ao uso público, a execução de ações de educação ambiental e a promoção de atividades científicas. Esta não foi a primeira expedição do ano no Parna Montanhas do Tumucumaque. Em fevereiro a equipe gestora da unidade, com o apoio do Exército Brasileiro, acompanhou os trabalhos de um time de jornalistas O parque abrange parte dos municípios de Oiapoque, Calçoene, Pedra Branca do Amapari, Serra do Navio e Laranjal do Jari; além de uma pequena porção do município de Almeirim, no estado do Pará. Marca utiliza cores e características que fazem referência à natureza e ao parque participação no concurso de pessoas de todo país demonstra a escala de influência que o Parna possui em termos de opinião pública. Portanto, havia a necessidade da unidade expressar numa imagem bela, cativante e objetiva uma mensagem sobre a importância da conservação da natureza, uma mensagem para todos o brasileiros”, explica. Após o processo de escolha, o projetista Jair Júnior adequou a marca conforme as necessidades dos gestores da UC, que, em seguida, enviaram a arte à nossa Divisão de Comunicação - DCOM. Lá o designer gráfico Luís Otávio Correa adequou a marca às diretrizes da instituição e também desenvolveu seu manual técnico de uso. Para o analista Paulo Russo, o processo de elaboração da marca foi extremamente rico. “A Alessandra Lameira Iniciada no dia 22 de julho, a ação foi realizada pelo ICMBio em parceria com a Secretaria de Meio Ambiente do Estado do Amapá e o Centre National de la Recherche Scientifique - CNRS, instituição federal francesa de pesquisa científica. 8 Uma montanha, um galho de árvore e o jupará, animal característico da Amazônia. Esses são os elementos que compõem a nova marca do Parque Nacional Montanhas do Tumucumaque (AP/PA). A imagem, lançada este mês, foi concebida por meio de concurso de seleção em escala nacional no final de 2012. Presidente Vizentin, diretores e chefes de UCs Chrisptoph Jaster, chefe da UC No mês em que se comemora seus 11 anos de criação, o Parque Nacional Montanhas do Tumucumaque realizou ontem a 19ª Reunião Ordinária do Conselho Consultivo. Apoiado pelo WWF-Brasil e o Programa Áreas Protegidas da Amazônia – Arpa, o evento tem o objetivo de apresentar aos conselheiros as atividades desenvolvidas pelo parque no primeiro semestre deste ano. Na ocasião, foram abordados o processo de renovação do Conselho Consultivo; as estratégias para a Terra Indígena Wajãpi e para o trabalho em conjunto com o Conselho Consultivo do Parna Montanhas do Tumucumaque; os caminhos do Projeto Biodiversidade nas Costas; e a apresentação dos resultados sobre o projeto piloto para roteiro turístico pólo Oiapoque. Desde sua criação, em 2002, o conselho tem apoiado a administração da UC, participando das etapas de construção de seu plano de manejo e contribuindo para definição de prioridades para sua gestão, especialmente no que se refere à relação com as comunidades situadas no entorno do parque e a discussão de estratégias de desenvolvimento para os municípios onde a unidade está inserida. Sandra Tavares Leonardo Milano Foi encerrada na última sexta-feira (16) expedição no Parque Nacional Montanhas do Tumucumaque, maior unidade de conservação federal do país, com quase 4 milhões de hectares, entre os estados do Amapá e do Pará. O objetivo foi fazer o reconhecimento e mapeamento de trecho inexplorado, no rio Culari, afluente pela margem esquerda do rio Jari. 259 Desde 2011, o WWF-Brasil realiza, por meio do projeto Ecosia, em parceria com o ICMBio, atividades de apoio à gestão e implementação das unidades de conservação da região norte do rio Amazonas, nos estados do Pará e Amapá, na qual fica localizado o Parque Nacional Montanhas do Tumucumaque. Entre as atividades estão o apoio à divulgação dos planos de manejo das unidades de conservação da região, capacitação e apoio às reuniões dos conselhos gestores e às atividades de educação ambiental desenvolvidas no entorno das UCs. 9 Edição ICMBio em Foco O Mosaico Lagamar está em pleno processo de formatação e teve como última atividade o II Encontro de Gestores do Mosaico Lagamar, promovido pelo ICMBio entre os dias 6 e 8 deste mês no município de Piraquara (PR). Nessa ocasião, os gestores presentes definiram a indicação do colega Márcio Barragana Fernandes, da Área de Proteção Ambiental Cananéia-Iguape e Peruíbe, para a presidência do futuro conselho. ticiparam do processo em diversos momentos e chegaram a uma nova proposta de composição do conselho que foi enviada ao MMA em 2 de julho de 2012. O mosaico abrange 45 unidades de conservação e está situado no litoral sul de São Paulo e litoral do Paraná, na região do Complexo Estuarino Lagunar do Lagamar. Inserido no maior remanescente contínuo ainda bem preservado de Mata Atlântica do Brasil, a região do Mosaico abrange aproximadamente dois milhões de hectares, incluindo parte da Serra do Mar, toda a planície litorânea, ilhas interiores e oceânicas, além do Complexo Estuarino, maior estuário da costa brasileira, nos quais há rica biodiversidade, inúmeras espécies endêmicas, patrimônio históricocultural único, comunidades tradicionais, paisagens de grande beleza e apelo turístico. Mônia Laura Faria Fernandes O Mosaico Lagamar foi instituído pelo Ministério do Meio Ambiente em 2006. Em consequência de alterações ocorridas no território desde seu reconhecimento, foram propostas adequações à sua composição que foram amplamente discutidas e referendadas por servidores públicos das três esferas, representantes da sociedade civil e outros setores que atuam no território. Esses atores par- UCs realizam Festa do Peixinho Quente Participantes do II Encontro de Gestores do Mosaico Lagamar 10 Em continuidade ao “Programa Pesca Responsável”, organizado pela Área de Proteção Ambiental Marinha Litoral-Centro com os pescadores da região, a Estação Ecológica dos Tupiniquins e a Área de Relevante Interesse Ecológico Ilhas Queimada Grande e Queimada Pequena realizaram no último dia 10 a II Festa do Peixinho Quente, com doação de agasalhos, sorteio de brindes, comida e atividades de educação ambiental. O local foi o Bar do Tadeu, no entreposto de pesca do Baixio, município de Itanhaém (SP). Acervo Esec Tupiniquins Mosaico Lagamar não pode parar 259 O evento foi realizado em parceria com a ONG Vivamar e teve apoio da Prefeitura de Itanhaém, Fundação Florestal (Curucutu e APA Marinha), Associação Comercial de Itanhaém, do Instituto Ernesto Zwarg, da OAB Itanhaém, do Coletivo de Fotógrafos de Itanhaém, dos pescadores Paulinho e Leandro, do Bar do Tadeu, da Sociedade Protetora de Animais de Itanhaém, Codesp Santos, do Café da Vila e das ONGs Ecosurf e Pró-Mangue. A intenção do evento foi fomentar, por meio de mensagens e brincadeiras, que o mar é fonte de recursos esgotáveis e, portanto, é necessário respeitar o defeso das espécies, contribuindo para que elas se reproduzam e não venham a desaparecer, e a conscientização sobre a destinação do óleo retirado das embarcações para que tenham destinação correta e não seja derramado no mar, provocando a formação de “manchas órfãs”. A II Festa do Peixinho Quente alcançou público de aproximadamente 150 pessoas entre pescadores e familiares, proporcionando também a interação entre pais e filhos pela educação ambiental. As crianças ganharam uma cartilha em quadrinhos. A festa teve ainda pescaria, pintura facial infantil, corte de cabelo, contação de estórias, quebra-cabeça, bate papo com a ONG Pró-Mangue e slack line para crianças e adultos se exercitarem. 11 Edição ICMBio em Foco 259 Diagnóstico Ambiental subsidiará planos de manejo de UCs do Interflúvio Purus-Madeira Na segunda-feira (19) foi publicado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento - PNUD edital para contratação de consultoria técnica especializada que realizará o diagnóstico ambiental que subsidiará a elaboração de 11 planos de manejo integrados das unidades de conservação federais do Interflúvio PurusMadeira, nos estados do Amazonas e de Rondônia. Ações no Parna Saint-Hilaire/Lange viram documentário A pré-estreia do documentário ocorreu na semana passada, na UFPR Litoral, em Matinhos (PR), durante a apresentação do TCC de Péricles. Após a exibição do vídeo, o autor falou sobre o processo de produção do documentário, argumentando que o trabalho tem como principal objetivo ser material de apoio na sensibilização da população quanto à importância do Parna. Após a apresentação do estudante, a banca avaliadora fez ponderações e sugestões de melhorias. O analista da UC, Rodrigo Filipak Torres, fez parte da banca examinadora e comentou que este tipo de iniciativa é muito importante para o parque e deveria ser melhor explorada pelos órgãos gestores das UCs no Brasil. A produção do documentário teve orientação da professora Liliani Marília Tiepolo, da UFPR. O trailer pode ser conferido em http://vimeo.com/70988366. 12 Péricles apresenta seu TCC Outros mais Esta é a terceira vez que o Parque Nacional de Saint-Hilaire/Lange é abordado em uma produção audiovisual. A primeira foi no documentário “Quem Acordou o Dragão?”, que fez um relato sobre os desastres ambientais de março de 2011 no litoral do Paraná, que afetaram a UC. Também produzido por Péricles, o vídeo “Na Trilha da Prata” divulgou a implantação da sinalização na Trilha da Torre da Prata. O prazo para recebimento de propostas vai até 19 de setembro. A equipe técnica que for contratada apresentará análise integrada dos dados do meio físico e biótico da região do Interflúvio e das UCs objeto do termo de referência. Mais um diferencial dessa proposta é que a logística de campo será de responsabilidade do ICMBio. As empresas deverão apresentar apenas a equipe técnica para o desenvolvimento dos trabalhos. Assim, a área de abrangência dos estudos para o Interflúvio Purus-Madeira compreende 11 UCs federais com características distintas, tais como tempo de criação, importância ecológico-econômica local/regional, infraestrutura, extensão e níveis de gestão. As unidades são: Reserva Biológica Abufari; Estação Ecológica Cuniã; parques nacionais Mapinguari e Nascentes do Lago Jari; florestas nacionais Balata-Tufari, Humaitá e Iquiri; além das reservas extrativistas Lago do Cuniã, Lago do Capanã Grande, Médio-Purus e Rio Ituxi. A área de influência é a da rodovia BR-319 – considerada pelo Plano de Proteção e Implementação das O edital e seus anexos estão disponíveis em http:// www.undp.org.br/licitacoes/ListarAvisos.aspx. Nova expedição ao Atol das Rocas Capa do documentário Clharlotte Couto Melo Com o título “Na trilha da Conquista”, o documentário de 30 minutos mostra a história da conquista da Torre da Prata, um atrativo do parque, ocorrida em 1944, e a abertura em 1966 da trilha usada atualmente na subida da montanha. Também são abordadas as atividades de ordenamento do uso público e de pesquisa científica realizada na UC recentemente. A conquista pessoal de Péricles em subir a montanha também é mencionada na produção. Divulgação Estudante do curso de graduação em Gestão Ambiental na Universidade Federal do Paraná - UFPR, Péricles Augusto dos Santos realizou documentário sobre o Parque Nacional de Saint-Hilaire/Lange, no Paraná, como seu trabalho de conclusão de curso - TCC. UCs da BR-319 – e região compreendida no Interflúvio dos rios Purus e Madeira, em seus cursos médio e baixo no estado do Amazonas, e uma pequena parte do extremo noroeste de Rondônia, acrescida de todo o município de Porto Velho e de um buffer de 30 km nos limites das UCs federais. Entre os dias 27 de junho e 27 de julho foi realizada a segunda expedição à Reserva Biológica do Atol das Rocas, como parte das atividades do Grupo de Trabalho “Respostas da Linha de Costa”, do INCT AmbTropic, uma iniciativa conjunta das universidades federais da Bahia e de Pernambuco. A ação teve por objetivo obter um conjunto de dados in situ sobre os processos hidrodinâmicos que controlam a geomorfologia das ilhas no interior do atol. Foram obtidos dados de onda, correntes e marés, com o fundeio de três ADCPs - Acustic Doppler Current Profiler, medidores de vazão, no interior do atol e um ADCP na porção externa, além de dados da morfologia tridimensal das ilhas recifais e run up. O trabalho faz parte do doutorado de Mirella Costa, desenvolvido no Instituto de Oceanografia da USP sob orientação do professor Eduardo Siegle. Esta expedição contou com apoio do analista Eduardo Macedo, do Parque Nacional Marinho de Fernando de Noronha, e do professor Carlos Schettini, da Universidade Federal de Pernambuco. Também contribuíram para o sucesso da campanha o prof. Natan Pereira, da Uneb, o doutorando Miguel Loiola e o mestrando Tiago Albuquerque, ambos da Universidade Federal da Bahia. A primeira expedição ocorreu no segundo semestre de 2012, quando foi medido o mesmo conjunto de dados, contudo durante um período de alta energia, caracterizado pela entrada de ondulações de direção norte. Os resultados da primeira campanha serão apresentados pela doutoranda Mirella na sessão oral “Reef Forms” da 8ª Conferência Internacional de Geomorfologia, a ser realizado em Paris, no final deste mês. Informações sobre o Grupo de Trabalho em www. inctambtropic.org/grupos-de-trabalho/zona-costeira--escala/respostas-da-linha-de-costa.html. 13 Edição ICMBio em Foco Protegidos pelo muro, as estruturas do Tamar e dos prédios da década de 30, que estão na área da Marinha do Brasil e abrigavam a equipe do antigo farol Garcia D’ Ávila, nada sofreram. Já a colônia de pescadores, que fica em uma casa ao lado do Centro de Visitantes do Tamar, não teve a mesma sorte. O mar retirou a areia por baixo da casa, derrubando a varanda e deixando-a parcialmente suspensa no ar, inviabilizando a utilização do frigorífico. Funcionários da prefeitura com apoio do Tamar já estão no local para recuperar a estrutura que pode desabar. A coleta de frutos para geração de renda na Reserva Extrativista Mata Grande, no Maranhão, e nas comunidades do seu entorno é o ponto central do programa de aproveitamento de frutos do Cerrado implantado numa parceria entre o ICMBio, a Associação de Trabalhadores da Resex - Atramag e a empresa Fruta Sã. Foram escolhidos representantes das comunidades da Resex para participar de um treinamento previsto no programa. Um dos coordenadores do Tamar, Guy Marcovaldi, quando chegou à Praia do Forte, há mais de 30 anos, presenciou maré desse tipo. As ondas derrubaram parte da casa onde morava, ferindo um outro morador. Eles testemunharam duas casas sendo levadas pelo mar sem nada poder fazer. O muro que havia sido construído em 1996 pela Conder e o Ibama foi reforçado e finalizado em 2012. “Sem a estrutura, toda a área da base de pesquisa estaria comprometida, e com a invasão do mar dessa vez teria ruído”, conta o pesquisador. Durante o período em que os banhistas ficaram sem acesso à passagem pela praia por conta dessa invasão do mar, eles puderam transitar por uma alameda paralela à praia, garantindo sua segurança. O coordenador Mayk Arruda, representante da Fruta Sã, falou em reuniões em cada comunidade sobre a empresa, que trabalha com compra de frutos para comercialização de polpa de abacaxi, acerola, araçá-goiaba, bacuri, buriti, cagaita, cajá, caju, cupuaçu, goiaba vermelha, juçara/açaí, manga, maracujá, murici e tamarindo. Foram explicados a proposta do projeto e os benefícios que ele traria às comunidades. Acervo Tamar Umas das preocupações dos pesquisadores é que a força da água pode soterrar ninhos, arrastar e destruir ovos, impedindo o nascimento dos filhotes de tartarugas marinhas. Em 2011, um dos efeitos desse avanço da maré sobre a sede do Tamar foi a destruição do muro que protege a base de pesquisa. No local existe um cercado de incubação que recebe ninhos expostos aos perigos da força da natureza e da ação do homem. A antiga casa do faroleiro, onde está a loja do Tamar, ficava a mais de 60 metros do mar. Hoje, o mar bate no muro e alcança as janelas. Maré bate forte no muro do Tamar 14 Mar engole a frente da colônia de pescadores Os trabalhos foram focados desde a colheita dos frutos pelos comunitários até o seu recolhimento pela empresa, e também na melhoraria da renda familiar com a venda dos frutos por meio do projeto, que abrange 32 comunidades em quatro cidades da região – Imperatriz, Davinópolis, Senador Laroque e Buritirana. Euvaldo Pereira da Silva Programa gera renda na Resex Mata Grande e nas comunidades do entorno Avanço da maré preocupa pesquisadores na Bahia Nos últimos dois meses, na Praia do Forte (BA) e áreas vizinhas, ocorreram marés de grande porte associadas aos ventos e ondas de inverno. A primeira consequência foi a supressão de boa parte da areia da praia por alguns dias, encurtando a distância até o mar e formando um buraco próximo ao muro. Depois, a natureza devolveu a areia ao mesmo lugar. 259 Reunião com o coordenador Mayk Inicialmente, a capacitação se deu com treinamento em boas práticas com o fruto tamarindo. As informações foram repassadas aos representantes das comunidades da Resex pelo técnico extensionista Amadeus dos Santos, representante da empresa Fruta Sã. O treinamento consistiu de práticas como a de coleta dos frutos, o ponto certo de colher e como proceder em relação à secagem para armazenamento e conservação até o momento dos frutos serem recolhidos pela empresa. Foi feito treinamento com o fruto e foram entregues sacos para sua armazenagem. Os representantes das comunidades ficaram muito interessados na proposta e na capacitação oferecida pela empresa. Capacitação com o técnico extensionista Amadeus 15 Edição ICMBio em Foco Gavião-pato é o novo mascote da Rebio Perobas Em continuidade ao Projeto Carnívoros no Parque Nacional da Serra de Itajaí (SC), o Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Mamíferos Carnívoros - Cenap organizou, com apoio da direção da UC, entre 10 e 28 de julho, mais uma expedição para captura de onçaspardas. Os responsáveis por coordenar a campanha de captura foram a bióloga e analista do Cenap, Lilian Bonjorne de Almeida; a bióloga Cintia Gruener, do Instituto Caeté-Açu; e o médico veterinário do Cepesb/ Prefeitura Municipal de Indaial e professor da Fundação Universidade Regional de Blumenau, Júlio César de Souza Júnior. A Reserva Biológica das Perobas (PR) já tem um mascote para representar a unidade: o gaviãopato. A seleção final ocorreu após concurso que envolveu alunos do 6° ao 9° ano do ensino fundamental das escolas públicas de Tuneiras do Oeste, Cruzeiro do Oeste e Cianorte. O desenho vencedor é obra do estudante Eduardo Ferrari Barrozo. Quatro dias após ter nevado, foi registrada a passagem do Betão, onça-parda capturada pela equipe em dezembro de 2012, a menos de 30 metros de um dos laços, aparentemente seguindo o carreiro de uma presa que havia ido para o lado contrário em que estava instalada a armadilha. O outro objetivo da campanha, que era a recaptura do Betão para realizar a troca do colar, por pouco deixou de ser alcançado. Espera-se que a equipe tenha sucesso nessa recaptura na próxima expedição. 16 Equipe de captura da onça-parda que está sendo monitorada por colar GPS-satélite Foram analisados desenhos de 18 finalistas, de seis escolas. O segundo lugar foi o tamanduá-mirim, desenhado por João Paulo Alves da Silva, que juntamente com Eduardo Barrozo, representam a Escola Estadual Duque de Caxias. A gata-maracajá, de autoria de Estefanie Pereira Lobato, do Colégio Estadual Professor Caio Moreira, de Cianorte, ficou em terceiro lugar no concurso. O vencedor ganhou uma visita à reserva e uma viagem de um dia ao Parque Nacional do Iguaçu, também no Paraná, com traslado de ida e volta. Os três primeiros colocados recebem certificado de participação. Acervo Rebio Perobas Ao longo da campanha, a equipe enfrentou alguns dias de bastante frio, chegando a nevar na área de acampamento e nas áreas onde estavam instaladas armadilhas. Durante dois dias as armadilhas tiveram de ser fechadas para segurança da equipe e dos animais. A escolha do vencedor foi feita pelo júri formado por representantes do Conselho Consultivo da Rebio Perobas, ICMBio, Núcleo Regional de Educação de Cianorte, Instituto Tecnológico de Transportes e Infraestrutura e secretarias municipais de Educação de Cianorte, Tuneiras do Oeste e Cruzeiro do Oeste. Lilian Bonjorne Logo no terceiro dia de campo, foi alcançado um dos objetivos da campanha: a captura de um exemplar de onça-parda, um macho jovem, batizado de Fritz Krieg, em homenagem ao proprietário da área utilizada pelos pesquisadores como acampamento. Fritz tem de 2 a 3 anos e pesa cerca de 42 kg. Ele foi marcado com um colar GPS-satélite, que já está enviando seus pontos de localização, que permitem saber, por exemplo, que nas primeiras semanas após a captura o animal saiu dos limites do Parna, mas já havia retornado semana passada para a UC. O monitoramento desse e de outros indivíduos da população poderá indicar áreas importantes para conservação na UC e no entorno, utilizando as onças-pardas como “detetives ecológicos”. Um apoio fundamental que a equipe teve durante toda a campanha foi do 2º Pelotão da 2ª Companhia do Batalhão de Polícia Militar Ambiental do Estado de Santa Catarina. A região onde foi feita a campanha de captura contou com várias ações de fiscalização ao longo deste ano, que resultaram na prisão de caçadores. Os policiais foram a campo diversas vezes auxiliar a equipe, garantindo sua segurança e inclusive ajudando a desbloquear as estradas do Parna que ficaram bloqueadas por queda de árvores após a incidência de neve. Além disso, a brigada da UC também prestou apoio durante toda a expedição, assim como o proprietário do rancho usado como área de acampamento e seu filho, Vendelin e Vanderlei Krieg. Equipes do Projeto Carnívoros e da Polícia Militar Ambiental e proprietário do rancho onde os pesquisadores acamparam, após trabalho para desbloquear estradas nas áreas de instalação das armadilhas Eduardo Ferrari Barrozo Cenap e parceiros realizam ação no Parna Serra do Itajaí 259 Desenho vencedor do concurso Espécie rara e ameaçada Para o chefe da Rebio Perobas, Carlos Alberto De Giovanni, a escolha do gavião-pato é significativa para a unidade. A única vez em que a ave apareceu no Paraná foi há 40 anos, na área de reserva. O registro de um casal da espécie foi feito pelo pesquisador Willian Menq. “A presença de um animal como esse, raro e ameaçado de extinção, em uma reserva nova e em estruturação representa muito. Com certeza a escolha do mascote foi bastante simbólica para a Rebio”, afirmou Carlos. Para a designer Cecília Yojo, do Instituto Tecnológico de Transportes e Infraestrutura - ITTI, da Universidade Federal do Paraná, que participou do júri representando o projeto “Estrada Boiadeira – Sonho que se Realiza”, o desenho escolhido reuniu elementos como simpatia e comunicabilidade, com potencial para chamar atenção para a importância da preservação da vida na reserva. Na pesquisa de opinião realizada pela Rebio Perobas na internet, anterior à análise dos desenhos, o gavião-pato conquistou o segundo lugar. Feita em caráter consultivo, a votação colocou o morcego-ruivo como primeiro colocado e a onça-parda em terceiro. Júri avalia desenhos de 18 finalistas 17 Edição ICMBio em Foco 259 CPB e Rebio Guaribas apresentam estudos e pesquisas em congressos de primatologia denador de táxon neste processo, “a divulgação destas informações inéditas representam um retorno à sociedade que tanto contribuiu para este processo, marcado pela qualidade das informações técnicas e pela participação ativa da comunidade cientifica”. Coordenador-substituto do CPB, Marcos também frisa uma constatação importante: “Ficou claro no congresso que um dos maiores desafios para a conservação dos primatas brasileiros na atualidade é dado pela presença de populações exóticas invasoras, e que uma atenção maior deve ser voltada ao manejo delas”. Gabriela Ludwig Um dos destaques foi o produto da etapa técnicocientífica da Avaliação do Estado de Conservação dos Primatas Brasileiros. Para Marcos Fialho, coor- Plautino Laroque, analista do CPB, ao lado de painel sobre sua pesquisa com macacos-prego-galego 18 Já o coordenador do CPB, Leandro Jerusalinsky, registra o reconhecimento das comunidades primatológicas brasileira e latino-americana às contribuições do centro e de outras unidades do ICMBio para o conhecimento e a conservação de primatas neotropicais. “Os planos de ação nacionais foram recorrentemente mencionados em diversas apresentações de pesquisadores do Brasil e do exterior como exemplo de planejamento estratégico para a conservação de espécies ameaçadas; e registros inéditos da ocorrência de primatas, como aqueles obtidos por meio do projeto Primatas em Unidades de Conservação da Amazônia, foram citados para atualizar o conhecimento sobre distribuição e estado de conservação de espécies pouco conhecidas”, afirma Leandro. Indicado como representante do Brasil junto à diretoria da Sociedade Latino-Americana de Primatologia, que realizou sua assembleia de refundação durante o congresso, Leandro acredita que a participação no evento foi fundamental para consolidar o papel do CPB e do ICMBio no cenário da conservação de primatas ameaçados. “Além de apresentar resultados de processos institucionais, promovemos e fomos chamados a participar de diversas reuniões para implementação de projetos de pesquisa, capacitação e manejo voltados à conservação de primatas neotropicais.” Nosso colega ainda adianta sua expectativa para a próxima edição do Congresso Brasileiro de Primatologia. “Será em 2015, na região Norte, fato de grande relevância para a formação de recursos humanos na área, visto que a região se destaca no Brasil e no mundo por sua diversidade de primatas, e que no momento ainda possui muito poucos primatólogos”, pondera. Leandro também comemora a escolha da região-sede: “Precisamos ampliar o conhecimento sobre os primatas amazônicos e ainda estamos deficitários em termos de estratégias de conservação para eles; assim, realizarmos o próximo congresso no Norte do Brasil poderá nos ajudar a impulsionar estas iniciativas”. Gabriela Ludwig Analistas ambientais, bolsistas e estagiários do nosso Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Primatas Brasileiros - CPB expuseram resultados de trabalhos do centro em simpósios, apresentações orais e painéis ocorridos durante o II Congresso LatinoAmericano e o XV Congresso Brasileiro de Primatologia realizados conjuntamente entre os dias 4 e 9 de agosto, em Recife. O CPB foi uma das instituições que apoiaram a realização de ambos os eventos. Analistas do CPB apresentam resultados dos trabalhos do centro Rebio Guaribas Além do CPB, o ICMBio foi representado no evento por servidores da Reserva Biológica Guaribas, situada no município de Mamanguape (PB). No dia 6 de agosto, nosso colega Jorge Nascimento apresentou o estudo “Pesquisa com primatas e gestão da Reserva Biológica Guaribas: caminhos entrecruzados” no simpósio “O papel das unidades de conservação na manutenção da biodiversidade de primatas no Brasil”, no qual também estiveram representados o CPB, a Secretaria de Meio Ambiente do Estado do Rio Grande do Sul, o Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá, a Universidade Federal de Goiás e a Sociedade para a Preservação do Muriqui. nascentes e de madeira de qualidade foi um dos principais motivos da utilização da reserva, mas o projeto Guaribas do Nordeste, surgido de pesquisas da Universidade Federal da Paraíba na década de 1980, apresentou o mote perfeito não apenas para dar nome à UC, mas também gerar uma proposta de projeto de pesquisa e manejo da biodiversidade”, destacou o analista. “Desde então”, continua Jorge, “a reserva biológica vem servindo como laboratório natural e exemplo de gestão, pois quando de sua criação os guaribas estavam extintos no interior da unidade, e o projeto de conservação da espécie garantiu que hoje exista uma população estabelecida e bem protegida”. Em sua apresentação, Jorge relatou o histórico de criação da Rebio, implementada em 1990 em uma área ocupada e explorada pelo menos desde o século XVII. “Ao longo dos séculos e mesmo da década que antecedeu sua criação, a presença de A estratégia foi tão bem-sucedida que hoje a Rebio Guaribas é a UC com mais pesquisa no Nordeste e uma das dez mais atrativas para a pesquisa em 2013, segundo dados do Sistema de Autorização e Informação em Biodiversidade - Sisbio, também apresentados na ocasião. 19 Edição ICMBio em Foco 259 CMA prevê aumento de ocorrência de cetáceos na APA Costa dos Corais Durante a época, tais baleias se deslocam de suas áreas de alimentação nas proximidades das ilhas Geórgia do Sul e Sandwich do Sul e procuram as águas quentes do Brasil para se reproduzir e cuidar dos filhotes. Neste ano, de acordo com o Instituto Baleia Jubarte, são esperados cerca de 14 mil exemplares da espécie nas águas do litoral brasileiro, do Rio Grande do Norte ao Rio Grande do Sul, concentradas principalmente entre Bahia e Espírito Santo. Acervo Instituto Baleia Jubarte De acordo com o Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Mamíferos Aquáticos - CMA e a Área de Proteção Ambiental da Costa dos Corais, até o mês de novembro tende a aumentar o número de registros de avistagens e encalhes de cetáceos nas praias daquela APA, situada entre Alagoas e Pernambuco, devido ao início do período reprodutivo das baleias-jubarte ( Megaptera novaeangliae). Para conscientizar turistas e a população local da região abrangida pela UC sobre o fenômeno dos encalhes, o ICMBio vem distribuindo material informativo por restaurantes, quiosques e hotéis, além de realizar reuniões com os secretários municipais de meio ambiente e representantes das colônias de pescadores. Os encalhes de mamíferos aquáticos na região Nordeste do Brasil são registrados pela Rede de Encalhe e Informação de Mamíferos Aquáticos do Nordeste - Remane – da qual o CMA é membro –, um dos braços regionais da Rede de Encalhe e Informação de Mamíferos Aquáticos do Brasil - Remab. Fábia Luna Baleia encalhada Baleia-jubarte (Megaptera novaeangliae ) 20 Atendimento prestado por técnicos do Instituto Baleia Jubarte 21 Edição ICMBio em Foco 259 PRATA DA CASA Conservação da onça-pintada no Pantanal é tema de estudo de analistas Na pesquisa, imagens georreferenciadas de Panthera onca foram obtidas nos rios que ficam no entorno e na borda da unidade de conservação. Os registros fotográficos permitiram identificar 27 indivíduos distintos ao longo de vários anos. Por meio dessas informações e da comparação com informações obtidas na literatura, nossos colegas concluem que a área total protegida pela Esec não é suficiente em tamanho para proteger legalmente a população deste felino na região, sugerindo a necessidade de ampliação da área da UC. desta espécie na região do Pantanal Norte. Além disso, por ser uma espécie guarda-chuva, os esforços para conservar a onça-pintada se estendem por toda a biota local”. A – Adriano Gambarini; B, C, D, E e F – Daniel Kantek Os analistas Daniel Luís Zanella Kantek e Selma Samiko Miyazaki Onuma, da Estação Ecológica de Taiamã (MT), são os autores do artigo “Conservação da onça-pintada na região da Estação Ecológica de Taiamã, Pantanal Norte, Brasil”. O estudo foi publicado na Revista Publicatio UEPG: Ciências Biológicas e da Saúde, Vol. 19, nº 1. A Estação Ecológica de Taiamã, situada no Pantanal Matogrossense, município de Cáceres, tem área total de 115,55 km² e está localizada no centro de uma das áreas de grande concentração de onças-pintadas no Pantanal. O artigo está disponível em www.revistas2.uepg. br/index.php/biologica/article/view/5116. Segundo o chefe da Esec, Daniel Kantek, ”a publicação desta pesquisa é um importante passo para melhorar a eficiência do esforço de conservação Registros fotográficos de onças: A e B são do mesmo indivíduo em anos distintos (2009 e 2010); C, D, E e F são indivíduos distintos 22 23 Edição ICMBio em Foco 259 PRATA DA CASA História de pescador – Servidor da Flona Ipanema finaliza pesquisa sobre mudanças socioambientais na pesca Na pesquisa foram estudadas quatro técnicas de pesca – o arrasto de praia, a pesca com rede de emalhe, o cerco fixo e o cerco flutuante – a partir da evolução dos petrechos, materiais, métodos e das embarcações. Uma das conclusões do trabalho é de que apesar do aumento da frota, do aprimoramento tecnológico das embarcações, das inovações nas técnicas e petrechos e das políticas de controle e fis- 24 calização, a quantidade de pescado vem diminuindo a cada ano no litoral de São Paulo, atingindo em 2011 o menor número nos últimos 45 anos. Marcelo Afonso Já está disponível na Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da Universidade de São Paulo - USP a dissertação de mestrado de Marcelo Afonso, analista da Floresta Nacional de Ipanema, defendida na Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP no último dia 14. Nosso colega apresentou um estudo da evolução das principais técnicas de pesca utilizadas historicamente pelos pescadores caiçaras do litoral do estado, buscando relacionar as transformações técnicas com as mudanças socioambientais ocorridas na costa paulista. Além das pesquisas bibliográficas, foram realizados trabalhos de campo nos litorais norte e sul de São Paulo, onde foram colhidos depoimentos de pescadores artesanais e industriais e de pesquisadores de instituições relacionadas ao tema, como o Instituto de Pesca de Santos, Tamar/Ubatuba e Instituto de Pesquisas Cananéia, além de representantes de ONGs ligadas às questões socioambientais vinculadas à pesca. A dissertação, que tem o título “História de pescador: um século de transformações técnicas e socioambientais na pesca do caiçara do litoral de São Paulo (1910-2011)” pode ser acessada no endereço www.teses.usp.br/teses/ disponiveis/8/8138/tde-20082013-090348. Cerco fixo, armadilha artesanal para captura de peixes em Cananéia (SP) 25 Edição ICMBio em Foco 259 CURTAS Unimed Centro-Oeste e Tocantins Os servidores que têm plano de saúde Unimed Centro-Oeste e Tocantins, disponibilizado pela Aliança Administradora de Benefícios, serão automaticamente migrados à Seguros Unimed, devido ao fato da operadora ter entrado em processo de falência. Com a mudança, não haverá qualquer modificação em relação às principais condições do plano contratado pelo beneficiário, tais como o valor da mensalidade atualmente paga, a forma e a data de pagamento, a data base de reajuste, a cobertura médicohospitalar, o tipo de acomodação, bem como as condições de carências já cumpridas, as quais perma- 26 amostragem de vegetação, de estudos etnobotânicos e observadas características das principais famílias botânicas ocorrentes na Flona. Ações como a expedição acadêmica fazem parte da formação dos futuros biólogos e compreende o Programa de Extensão da Unifap, possibilitando às UCs federais serem protagonistas no desenvolvimento desses futuros profissionais, além de despertar interesse pela realização de novas pesquisas científicas em suas áreas e a importância destas áreas para a conservação da biodiversi- Curso de Ciências Biológicas realiza expedição à Flona Amapá A Floresta Nacional do Amapá e o Curso de Ciências Biológicas da Universidade Federal do Amapá Unifap realizaram, entre os dias 8 a 12 deste mês, uma expedição acadêmica àquela UC para consolidar atividades das disciplinas de Botânica e Biogeografia, coordenadas pelas professoras Dra. Wegliane Campelo e Msc. Cristiane Rodrigues Menezes, ambas do Laboratório de Botânica e Educação Ambiental. Foi realizada uma oficina sobre Biogeografia e Conservação para aprofundar questões sobre recursos naturais e gestão das áreas protegidas. A disciplina de Botânica foi desenvolvida na grade do Programa de Pesquisa em Biodiversidade em que foram aplicadas diferentes técnicas de dade e a promoção do desenvolvimento sustentável. Alunos da Unifap visitam Flona Flona Canela realiza ação voluntária A Floresta Nacional de Canela (RS) reunirá, até o final do mês, professores e alunos voluntários para uma atividade de limpeza e manutenção de trilhas no interior da UC. A ação está ligada a projeto da Secretaria Municipal de Educação, em parceria com o Comdema e o ICMBio. A meta é levar mais de 2 mil estudantes do 1°, 4° e 7° ano do ensino básico à Flona. Como Canela fica em um polo turístico, em que os principais atrativos são os recursos naturais, o objetivo da ação é que a população local compreenda a importância da conservação ambiental e da UC para assim valorizá-las. A tarefa mais comum é a retirada de galhos caídos que dificultem o percurso, bem como o controle de espécies invasoras em alguns pontos, corte de troncos e identificação de espécies. As visitas, que acontecem em companhia dos servidores da unidade, se estenderão até novembro, retornando em março até junho de 2014. Até lá, a sinalização das trilhas deve ser melhorada, bem como o número de espécies nativas identificadas e, em uma delas, deve ser ampliado para além dos atuais sessenta e um. 3.400 km e instaladas placas in- Expedição à Esec Terra do Meio Instalação de placas informativas Entre 30 de junho e 17 de julho, o ICMBio realizou uma expedição de sinalização e gestão de conflitos na Estação Ecológica da Terra do Meio, no Pará. Nesse período foram promovidas reuniões com agricultores familiares residentes na UC visando minimizar o impacto socioambiental sobre a Esec e a elaboração de propostas de reassentamento/indenização dos moradores. Durante as reuniões foi elaborado mapa falado e validado o cadastro das famílias dos agricultores familiares residentes quando da criação da UC. Foram percorridos cerca de formativas nos principais acessos terrestres à unidade. Também foi iniciado um estudo de valoração econômica de forma a apresentar ao governo uma proposta de cálculo de indenização mais justa aos moradores. A expedição contou com apoio de diversos colaboradores, entre eles bombeiros, policiais militares, pesquisadores de operação dos empreendimentos minerais no interior da UC. A experiência iniciada em 2005 conseguiu reduzir a quantidade de resíduo disposto em aterro e o aproveitamento de diversos tipos de material pela coleta seletiva, triagem e destinação para reciclagem. Houve manifestação de muitos representantes de prefeituras interessados em conhecer o projeto. Deu no DOU e servidor do Incra. Dalila Mello Entre os dias 10 e 12 de setembro, o Instituto Chico Mendes realizará, em Brasília, seu V Seminário de Pesquisa e V Encontro de Iniciação Científica. Este ano o tema do evento é “Gestão do Conhecimento”. O Seminário de Pesquisa e Iniciação Científica é um dos grandes fóruns de pesquisa e apresentação de trabalhos, tanto dos bolsistas do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica - Pibic, como dos servidores do ICMBio. Serão apresentados 86 trabalhos, sendo 22 de estudantes do Pibic e 64 de servidores do nosso próprio instituto. necerão exatamente as atualmente praticadas no contrato da Unimed Centro-Oeste e Tocantins. Antes de 1º de setembro os servidores receberão em sua casa o novo cartão de atendimento da Seguros Unimed, juntamente com uma carta e um formulário onde constarão todas as informações sobre o novo produto. Outras informações com o Setor de Qualidade de Vida, da nossa Coordenação-geral de Gestão de Pessoas, pelo endereço [email protected] ou pelos telefones (61) 3341-9155 / 3341-9590 / 3341-9600. Cristiane Menezes V Seminário de Pesquisa e V Encontro de Iniciação Científica do ICMBio Seminário sobre resíduos sólidos movimenta sudeste do Pará A Câmara de Vereadores de Parauapebas recebeu nos dias 8 e 9 deste mês o I Seminário Regional do Sudeste do Pará de Resíduos Sólidos. O evento foi organizado pela prefeitura municipal, tendo como tema central “Os desafios da implantação da Política Nacional de Resíduos Sólidos”. O ICMBio coordenou o painel sobre Gestão Integrada de Resíduos Sólidos, em que foi apresentado o Programa de Gestão de Resíduos Sólidos na Floresta Nacional de Carajás, em andamento de acordo com a licença As composições dos conselhos consultivos do Refúgio de Vida Silvestre de Santa Cruz (ES) e da Estação Ecológica de Tupinambás (SP) foram modificadas por portarias na última terça-feira. Os documentos estão disponíveis em www.in.gov.br/visualiza/index.jsp ?data=20/08/2013&jornal=1&p agina=41&totalArquivos=128. Capacitação melhora atendimento de visitantes na Flona Carajás Entre os dias 5 e 9 de agosto, o Centro de Educação Ambiental de Parauapebas - Ceap, no Pará, realizou capacitação direcionada aos funcionários da Secretaria Municipal de Meio Ambiente que trabalham diretamente na portaria da Floresta Nacional de Carajás. A partir do Programa de Uso Público da Flona, com a necessidade de atender de forma mais adequada os visitantes da UC e as pessoas que constantemente cruzam a portaria para os 27 Edição ICMBio em Foco 259 Pesquisa na Resex do Alto Tarauacá gera dissertação de mestrado André Luís Botelho de Moura apresentou em público, no último dia 5, sua dissertação de mestrado pela Universidade Federal do Acre, cuja pesquisa foi executada em parceria com a Base Avançada do nosso Centro Nacional de Pesquisa e Conservação da Sociobiodiversidade Associada a Povos e Comunidades Tradicionais - CNPT naquele estado. O estudo, intitulado “Caracterização da caça de subsistência e seus efeitos sobre as populações de mamíferos de 28 Rosenil de Oliveira e Cláudia Cunha, do CNPT, prestigiam defesa de dissertação de André Luís (lado direito), acompanhado do orientador, Prof. Armando Calouro Justiça no Bairro A equipe da Reserva Biológica das Perobas (PR) participou no último sábado do evento Justiça no Bairro. Na oportunidade foram exibidos vídeos e expostos banners e equipamentos sobre o ICMBio e a unidade. A população foi atendida com a prestação de informações e es- Nossos colegas da Rebio com os banners Nota de Falecimento O Movimento pela Preservação da Serra do Gandarela perdeu um de seus principais líderes. Faleceu no último dia 14 Júlio César Gomes. Ele foi presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Santa Bárbara (MG) e como morador do pequeno povoado de André do Mato Dentro foi um dos mentores e proponentes da RDS Serra do Gandarela, cujo processo de criação está em curso no ICMBio. Há apenas duas semanas Júlio esteve em Brasília na mobilização nacional contra o regime de urgência da tramitação do projeto de lei do novo código da mineração. E esteve no ICMBio para acompanhar o an- Carolina Herrmann damento do processo de criação da RDS. Júlio César Gomes, um grande ambientalista e batalhador pela Serra do Gandarela! Júlio César no ICMBio, em Brasília Novos cursos na Flona Passa Quatro Acontece nesta semana, na Floresta Nacional de Passa Quatro (MG), o curso Trabalhador na Operação e Manutenção de Motoserras e Roçadeiras, realizado pelo Senar Minas em parceria com o Sindicato Rural de Passa Quatro. O evento já faz parte do cronograma anual de cursos na Flona. A UC oferece infraestrutura para a sua realização e hospedagem para o seu instrutor. Entre os participantes, estão funcionários da UC e moradores do entorno. Outro curso da mesma parceria foi realizado na Flona en- tre os dias 5 e 9 últimos: Artesanato de Fibras Naturais Rígidas (bambu) – Objetos Utilitários e Decorativos. Participaram brigadistas da UC, moradores do entorno e estagiárias do curso técnico em meio ambiente do Instituto Federal de Itanhandú, de uma cidade vizinha. Foram abordados a valorização da atividade de “bambuzeiro” (artesão do bambu) e o resgate cultural, colheita, preparo e tratamento do bambu para fabricação de objetos. Todos aprenderam a confeccionar “bailarina dos ventos”, porta-vaso suspenso, jogo de canecas com suporte e suporte para revistas. A espécie utilizada foi o bambu chinês ou cana-da-índia ou vara de pescar (Phyllostachys aurea). Acervo Rebio Perobas Participantes da capacitação clarecimentos sobre nosso trabalho na conservação da biodiversidade em todo o país e, em especial, na Rebio. O projeto Justiça no Bairro atua, desde 2005, em parceria com o Sesc Cidadão, programa que envolve todo o Sistema Fecomércio do Paraná. Os projetos seguem juntos com a proposta de atender a população vulnerável economicamente, garantindo os direitos fundamentais à pessoas de baixa renda. Acervo Rebio Perobas médio e grande porte na Resex Alto Tarauacá, AC”, tinha sido aprovado por edital da Diretoria de Pesquisa, Avaliação e Monitoramento da Biodiversidade Dibio em 2012 com recursos do PNUD. Foram dez meses de pesquisa em duas áreas amostrais da Resex, sendo uma com baixa e outra com alta densidade humana. Participaram do projeto 55 famílias da UC, que contribuíram com informações registradas em 493 calendários de caça. “Foram obtidos quase 2.300 registros de animais silvestres com o uso de armadilhas fotográficas instaladas nas áreas de estudo”, informou Rosenil de Oliveira, coordenadora do projeto. Acervo CNPT Acervo Flona Carajás mais diversos fins, a gestão da UC entrou em contato com a direção do Ceap e solicitou capacitação específica para aqueles funcionários, com o objetivo de ampliar os conhecimentos dos servidores da secretaria sobre educação ambiental, legislação ambiental, Programa de Uso Público da Flona, missão do ICMBio e principais atrativos naturais da UC. Também participaram da capacitação representantes da Cooperativa de Ecoturismo de Carajás - Cooperture. Acervo Rebio Perobas CURTAS Participantes do curso confeccionam canecas de bambu Ops! Na Galeria de Fotos da edição passada do ICMBio em Foco, o nome do Cepta está incorreto. A sigla, na verdade, significa Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Peixes Continentais. Foto da capa Aves marinhas, que são objeto do Termo de Reciprocidade entre ICMBio e Associação Vila-Velhense de Proteção Ambiental - Avidepa, que visa a realização de atividades de pesquisa e monitoramento de sítios reprodutivos dessas aves no Parque Nacional Marinho dos Abrolhos (BA) e nas ilhas costeiras do estado do Espírito Santo. A foto é do acervo da Avidepa. CURTAS CURTAS CURTAS Aula sobre colheita no bosque de bambu da Flona CURTAS CURTAS CURTAS CURTAS CURTAS CURTAS 29 ICMBio em Foco Edição 259 Parque Nacional Montanhas do Tumucumaque (AP/PA) Fotos: Leonardo Milano 30 31 ICMBio em Foco ICMBio em Foco Revista eletrônica semanal Editores Ana Carolina Lobo da Silveira - Jornalista Ivanna Costa Brito Lísias de Moura Fotógrafo da DCOM Leonardo Milano Projeto Gráfico / Diagramação Eduardo Giovani Guimarães Lainy Aparecida da Silva Revisão Thaís Alves de Lima Colaboraram nesta edição Alessandra Lameira – Parna Montanhas do Tumucumaque; Assessoria de Comunicação do INCT AmbTropic; Assessoria de Comunicação do ITTI; Carlos Birckolz – Parna Saint-Hilaire/Lange; Dandara Santos – DCOM; Edgard de Souza Andrade Júnior – Flona Passa Quatro; Eurípia Maria da Silva – Coape; Euvaldo Pereira da Silva – Resex Mata Grande; Fernando Pinto – DCOM; Frederico Brandão – Parna Montanhas do Tumucumaque; João Augusto Madeira – Coeco; Lilian Bonjorne – Cenap; Marcel Regis – Flona Carajás; Marcelo Afonso – Flona Ipanema; Marcus Vinícius Mendonça – Flona Carajás; Ricardo Jerozolimski – Parna Marinho dos Abrolhos; Rodrigo Rueda – DCOM; Rosenil de Oliveira – CNPT/AC; Sandra Tavares – DCOM; Simone Campos – Consultora Projeto Manguezais do Brasil; Tathiana Chaves de Souza – Esec Terra do Meio; Thaís Alves – DCOM; Vanessa Bitencourt – Acadebio; Victor Souza – Núcleo de Comunicação Nordeste. Divisão de Comunicação - DCOM Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade - ICMBio Complexo Administrativo Sudoeste - EQSW 103/104 - Bloco B - Térreo - CEP: 70670-350 - Brasília/DF Fone +55 (61) 3341-9280 [email protected] - www.icmbio.gov.br twitter.com/icmbio 32 www.facebook.com/icmbio