Edição
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Edição 259 - Ano 6 - 23 de agosto de 2013
Expedição reconhece trecho
inexplorado do Parna Tumucumaque
Presidente Vizentin recebe comissão
da Jornada das Margaridas
Formada mais uma turma do Ciclo de
Capacitação em Gestão Participativa
ICMBio fortalece monitoramento
de aves marinhas no Parna Abrolhos
Diagnóstico Ambiental subsidiará
planos de manejo de UCs do
Interflúvio Purus-Madeira
Instituto chega a 100% das reservas
extrativistas com conselho deliberativo
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Edição
ICMBio em Foco
O presidente do ICMBio, Roberto Vizentin, e o
diretor da nossa Disat, João Arnaldo Novaes Júnior, estiveram reunidos na tarde da última segunda-feira na sede do Instituto em Brasília com
representantes do Movimento Interestadual das
Quebradeiras de Coco Babaçu, o MIQCB, e da
Jornada das Margaridas 2013, realizada de 17 a
21 deste mês na capital federal. A Jornada das
Margaridas é uma continuidade da Marcha das
Margaridas e tem como objetivo fiscalizar o andamento das reivindicações.
Vizentin destacou a importância do movimento
das quebradeiras de coco. “Essas mulheres se organizaram e foram para a luta. É um movimento articulado, aliado à conservação do meio ambiente.
A atividade é viável e um trabalho extremamente
pesado e muito digno”, reconheceu.
dicada a criação da Reserva Extrativista de Enseada
da Mata, no município de Penalva, no Maranhão,
e da Reserva Extrativista de Babaçu, no município
de Amarante, no mesmo estado, abrangendo as
comunidades de Grotão, Pifeiro, Água Preta, Pindarezinho e Mundo Novo.
Para Sandra Regina Monteiro, integrante da comissão da Jornada das Margaridas e do MIQCB, o
encontro serviu para buscar novas soluções. “A reunião reabriu o canal de diálogo entre o movimento
das quebradeiras de coco e o ICMBio para tratar de
antigas reivindicações e avaliar novas opções para
solucionar conflitos existentes”, frisou.
Como encaminhamento da reunião, o Instituto
Chico Mendes apresentará ao MIQCB e à comissão da Jornada das Margaridas um estudo
detalhado sobre a situação atual do processo
de criação da Resex Enseada da Mata. Também
ficou decidido que, em outubro, será realizada
uma reunião em São Luís para discutir a gestão
participativa na região.
Leonardo Milano
Na pauta do encontro a regularização integral das
reservas extrativistas de Mata Grande e do Ciriaco,
ambas no Maranhão, e a do Extremo Norte do Estado do Tocantins. Além disso, também foi reivin-
ICMBio fortalece monitoramento
de aves marinhas no Parna Abrolhos
O nosso Instituto e a Associação Vila-Velhense de
Proteção Ambiental - Avidepa acabam de assinar
Termo de Reciprocidade para a realização de atividades de pesquisa e monitoramento de sítios reprodutivos das aves marinhas no Parque Nacional
Marinho dos Abrolhos, no estado da Bahia, e nas
ilhas costeiras do estado do Espírito Santo.
Acervo Avidepa
Vizentin recebe comissão
da Jornada das Margaridas
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O Parna Marinho dos Abrolhos, em parceria
com a Avidepa e o Centro Nacional de Pesquisa
e Conservação de Aves Silvestres - Cemave, já
vem monitorando as aves marinhas do arquipélago dos Abrolhos desde 2011. Além de realizar atividades de localização de ninhos e anilhamento, as pesquisas identificam dispersão,
migração, comportamento, estrutura social,
dinâmica de populações, sobrevivência, sucesso
reprodutivo, monitoramento ambiental, toxicologia e manejo.
Desde junho de 2011 até agora foram realizadas 12 expedições ao arquipélago, anilhadas
mais de 4.300 aves e recuperadas 418 aves que
foram anilhadas desde 1991. Além do anilhamento, foram identificados mais de 500 ninhos
de grazinas (Phaethon lepturus ), aves ameaçadas que estão sendo monitoradas na UC.
A partir dos resultados das atividades de monitoramento realizadas, o Parna pode utilizar os resultados para a sua gestão. Além de nos encantar
com sua beleza e seus sons, as aves têm importante papel no ecossistema e também servem como
ótimos indicadores da qualidade dos ambientes.
O Termo de Reciprocidade encontra-se em www.
in.gov.br/visualiza/index.jsp?data=12/07/2013
&jornal=3&pagina=127&totalArquivos=216 .
Representantes do Parna, do Cemave e da Avidepa
monitoram aves marinhas na UC desde 2011
Presidente dialoga com representantes do MIQCB e da Jornada das Margaridas
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Edição
ICMBio em Foco
Conselhos deliberativos
chegam a 100%
das reservas extrativistas
Para o diretor de Ações Socioambientais e Consolidação Territorial em UCs, João Arnaldo Novaes, a formação dos conselhos deliberativos é um importante
passo para a consolidação da gestão dessas unidades. “O resultado é bastante significativo, pois coloca
essas UCs em um novo patamar de gestão, uma vez
que todas as instâncias de gestão previstas pela Lei
do Sistema Nacional de Unidades de Conservação, o
SNUC, foram formalizadas, além de envolver os diversos atores públicos e a sociedade local nos desafios
para a implementação das unidades”, frisa Novaes.
Nosso coordenador-geral de Gestão Socioambiental,
Daniel Castro, destaca que “historicamente está entre
as pautas dos movimentos extrativistas os anseios de
implementação das reservas e formalização de seus
conselhos, pois são nesses espaços, em especial, que
as comunidades tradicionais exercem parte de seu
protagonismo na gestão da unidade”.
Ao todo, contando a partir da promulgação do
SNUC, em 2000, foram 13 anos para estruturar esta
categoria de UC com conselhos deliberativos. Para
Felipe Mendonça, chefe da Divisão de Gestão Participativa do ICMBio, a gestão democrática das reservas
extrativistas e de desenvolvimento sustentável vem
avançando com o amadurecimento das instituições e
o contínuo ganho de cidadania que estas populações
beneficiárias vêm conquistando na sua luta por reconhecimento e direitos. “Evidente que a participação
dessas populações não se dá apenas no conselho,
mas essa instância tem grande peso na gestão de
uma Resex”, reforça Felipe.
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Conselhos de UCs
Ontem, hoje e amanhã
Renascer: última Resex a ter conselho
entre as 59 atuais
A Resex Renascer (PA) iniciou o processo de estruturação de seu
conselho deliberativo em 2012, conciliando atividades de fiscalização e monitoramento com reuniões para discutir a importância
de se formar um conselho da UC. “O processo foi participativo,
com visitas e reuniões feitas nas três regiões da reserva – Guajará,
Tamuatai e Uruará – em que foi possível mergulhar mais profundamente no conhecimento da realidade das comunidades que habitam a UC”, explica a chefe da Resex, Rosária Farias. O processo de
discussão proporcionou aos moradores conhecerem o papel do
ICMBio, bem como de seus direitos e deveres em relação à gestão
dos recursos naturais da unidade e despertou nas comunidades
esse olhar como fiscais dos recursos naturais da UC. A expectativa
é de que o conselho viabilize com mais rapidez o acesso dessas
populações às políticas públicas já aplicadas em outras reservas.
Para isso é consenso entre os extrativistas fortalecer o bom manejo
dos recursos naturais da reserva.
Corumbau: um bom exemplo de Conselho
O conselho da Resex Corumbau (BA) começou a ser estruturado no processo de sua criação, assim como seu Plano de Manejo - Fase 1 (Plano de Utilização). No segundo aniversário de
criação da Resex o conselho tomou posse e já fez sua primeira
reunião, ocasião em que os membros aprovaram a Fase 1 do
Plano. Entre as principais mudanças e ganhos a partir daí está
a reorganização da distribuição de poder entre os atores envolvidos. Segundo o extrativista Ademi Januário, dirigindo-se a
um vereador,“agora teremos que ser ouvidos. Passou o tempo
em que somente vocês falavam e nós apenas balançávamos a
cabeça”. Outro ponto crucial se refere ao sentimento de pertencimento da comunidade à Resex Corumbau. “Quem tem
passado pela experiência do conselho tem mantido seu grau
de participação de diversas maneiras, mesmo após deixar de
ser membro”, frisa Ronaldo Freitas Oliveira, chefe da unidade.
A maior expectativa para o futuro diz respeito à participação
do conselho na gestão cotidiana da UC, que se dará a partir
do Plano de Ações que foi construído. A proposta é fortalecer
a organização comunitária, com reflexo direto na própria dinâmica do conselho.
Acervo Resex Corumbau
O Instituto Chico Mendes celebra o número de
100% das reservas extrativistas geridas pela autarquia com conselho deliberativo criado e atuante.
Desde os primeiros conselhos criados em 2003, foi
grande o esforço na formalização deste importante
instrumento de gestão. O Diário Oficial da União
de 3 de julho publicou a última portaria de conselho deliberativo, o da Reserva Extrativista Renascer
(PA), fechando com isso o rol de 59 reservas extrativistas com conselho formalizado.
Reunião do Conselho da Resex Corumbau na aldeia
indígena Pataxó, em Barra Velha (BA)
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O desafio de concluir a formalização dos conselhos
das 313 unidades de conservação federais do país
está perto do fim. Hoje, cerca de 80% delas já possuem esta importante instância de gestão. Entre as
categorias, as duas que já alcançaram 100% com
seus conselhos formalizados foram as reservas extrativistas e a reserva de desenvolvimento sustentável. Destacam-se também as florestas nacionais
(84%), os parques nacionais (82%) e as áreas de
proteção ambiental (81%) como categorias que estão próximas de alcançar a meta de 100%.
“Superado este momento de formalização dos conselhos deliberativos, o desafio que temos é o de qualificar
as ações e os atores destes espaços, promovendo sua
efetiva participação na gestão das UCs e fortalecendo
seu papel de articulação junto aos setores e políticas
públicas que compõem o território, favorecendo a integração da unidade com a dinâmica regional”, finaliza o nosso diretor de Ações Socioambientais e Consolidação Territorial em UCs, João Arnaldo Novaes.
É possível perceber como nos últimos anos os
esforços do Instituto Chico Mendes em dotar todas as unidades de conservação de conselho vêm
dando resultado. A partir do ano de criação do
Instituto, 2007, vê-se um salto nos conselhos formalizados por ano. Nos últimos seis anos foram
formalizados cerca de 56% do total dos conselhos
hoje já em funcionamento.
“Estamos chegando no final do esforço em formalizar estes conselhos, o que demanda também
uma atenção a mais, em função de que as UCs
que ainda não possuem seus conselhos formalizados são aquelas unidades que, em geral, possuem
grandes dificuldades de gestão e que precisam de
atenção maior para a sua formalização”, afirma
Felipe Mendonça, chefe da nossa Divisão de Gestão Participativa.
O ICMBio vem trabalhando cada vez mais estas instâncias colegiadas no intuito de buscar fortalecer a sua
participação e efetividade na gestão das UCs, tornando-as assim espaços de excelência na articulação regional das unidades. “O processo de qualificação dos
conselhos vem sendo trabalhado com a revisão das
instruções normativas de conselhos consultivos e deliberativos que está em andamento, elaboração do guia
de orientação a conselheiros e gestores para o funcionamento dos conselhos e construção de metodologias
que proporcionem efetiva participação e efetividade
destes colegiados na gestão”, afirma Daniel Castro,
coordenador-geral de Gestão Socioambiental.
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Edição
ICMBio em Foco
Encerrada
outra etapa presencial
do 4º Ciclo de Gestão Participativa
Vinte e oito servidores participaram do Seminário de
Encerramento e Formatura do 3º Ciclo de Capacitação
em Gestão Participativa, realizado na Acadebio, entre
os dias 7 e 9 deste mês.
Terminou no último dia 9 o segundo momento presencial do 4º Ciclo de Gestão Participativa, ocorrido na
Acadebio desde 31 de julho. O evento teve como um
dos objetivos promover o autodesenvolvimento pela
percepção de si e do outro de forma a desenvolver
habilidades como gestor facilitador. Outro objetivo foi
explorar e desenvolver ferramentas e técnicas para facilitar a participação social e a gestão ambiental pública.
ferramentas que facilitam o diálogo na gestão nas diferentes instâncias de nossa instituição. Outro destaque do módulo, segundo Virginia, é a ampliação do
entendimento sobre conflitos interpessoais, um tema
presente em várias equipes de trabalho. Para Paulo
Russo, instrutor dos módulos, o ciclo é uma oportunidade para fortalecer a participação como estratégia
para o cumprimento da missão do Instituto.
Alguns dos assuntos tratados na 2ª etapa presencial
do 4° Ciclo – módulos 2 e 3 – foram conhecimentos,
habilidades, comportamentos e crenças do gestor facilitador; aspectos da tomada de decisão e conflitos
interpessoais; técnicas – como coleta, estruturação e
visualização de ideias – e ferramentas que podem ser
utilizadas no cotidiano da gestão não só com o público externo, mas também com a equipe de trabalho;
reflexão sobre a motivação para a participação; e passos de um processo participativo.
O evento contou com a participação de 29 educandos,
entre eles servidores do Ibama, da Agência Nacional
de Águas e do Instituto Estadual de Florestas - MG. Os
próximos módulos estão previstos para acontecer em
outubro de 2013.
Segundo Gabriella Calixto, analista da Reserva Extrativista Marinha de Soure (PA) e participante da turma de
formandos, “o ciclo tem um potencial imenso tanto
no que diz respeito à capacitação dos gestores como
facilitadores dos processos de gestão participativa de
UCs quanto na construção do ICMBio como instituição. Para além de técnicas e ferramentas, o ciclo proporciona a imersão dos participantes num ambiente
de reflexão focada nos caminhos da gestão ambiental
pública, criando e recriando seus caminhos a partir do
diálogo com a sociedade civil. É hora da missão do
ICMBio sair das paredes e painéis e ganhar vida, possibilitando que efetivamente a proteção do patrimônio
natural ande junto com a promoção do desenvolvimento socioambiental”.
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Virginia Talbot, coordenadora do Ciclo de Gestão Participativa deste ano, diz que esse momento do ciclo
oportuniza aos participantes refletir sobre as habilidades pessoais que já têm e as que podem aprimorar,
assim como conhecer e exercitar o uso de técnicas e
O ciclo é uma iniciativa da Coordenação-geral de
Gestão Socioambiental, por meio da sua Divisão de
Gestão Participativa, em parceria com a Educação
Corporativa da Coordenação-geral de Gestão de Pessoas. Sua implementação conta com o apoio da cooperação alemã GIZ/GOPA.
Participantes do 4º Ciclo de Gestão Participativa
Vanessa Bitencourt
No último dia, instrutores, alunos e convidados se reuniram no auditório para a cerimônia de formatura. Os
formandos compartilharam suas expectativas e falaram sobre as experiências que tiveram durante o ciclo.
Daniel Castro, coordenador-geral de Gestão Socioambiental, destaca a importância do ciclo como espaço
de formação de servidores e do seu sucesso em levar a
transversalidade da participação para diversas agendas
do Instituto. “O êxito do Ciclo de Gestão Participativa
se comprova nos projetos apresentados. Ele tem sido
estudado no sentido de buscar avaliar o seu impacto
no cumprimento da missão do Instituto, acreditando
na importância da avaliação para aprimoramento.
Uma das características que o evento traz é sua capacidade de acolher colaborações e contribuições dos
participantes que passam pela capacitação oferecida,
buscando sempre a melhoria contínua”, ressalta.
Aline Polli
O Seminário de Encerramento teve como objetivo ampliar a discussão acerca das ambiências de participação, bem como tornar público os desafios enfrentados
e os resultados alcançados pelos projetos de gestão
participativa, ampliando assim o conhecimento da instituição sobre os avanços desta temática na gestão das
áreas protegidas. O conteúdo foi transmitido, entre
outras maneiras, por meio de aulas expositivas, palestras, debates, trabalhos em grupo e o “Café Mundial”,
momento em que os participantes se reuniram em
grupos, durante o café da manhã, para avaliar o ciclo.
Aline Polli
O 3º Ciclo teve início em maio de 2012 e foi dividido
em cinco módulos, elaboração e implementação de
um projeto de intervenção na gestão, intercâmbio e
dois seminários, sendo um de monitoria e o outro de
encerramento.
A coordenação do evento foi de Felipe Mendonça,
chefe da Divisão de Gestão Participativa. Ele ressalta
que este ano diversos projetos foram construídos e
estão em implementação na área de plano de manejo, uso público, acordo de gestão, educação ambiental, planejamento estratégico participativo, termos de
compromisso, formação e capacitação de conselhos,
entre outras. “O ciclo, além de resultados concretos
no cumprimento da missão do nosso Instituto, cria
nos participantes grande sentimento de motivação e
confiança nas mudanças necessárias para que nossa
gestão esteja sempre alinhada com os princípios da
participação social”, afirma Felipe.
Talita Cruz
Formada mais uma turma
do Ciclo de Capacitação
em Gestão Participativa
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Mesa da cerimônia do Seminário de Encerramento do 3º Ciclo
Alunos durante discurso
Participantes avaliam o ciclo
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Edição
ICMBio em Foco
Expedição
reconhece trecho inexplorado
do Parna Tumucumaque
Parna Montanhas do
Tumucumaque lança sua marca
Ela foi apresentada ontem, pela primeira vez, na
19ª Reunião Ordinária do Conselho Consultivo
do Parna, em Macapá. Para a escolha, a comissão julgadora considerou propostas que abrangessem aspectos peculiares do parque e que resultassem numa marca objetiva, clara e concisa,
capaz de ser reconhecida e identificada pela comunidade. O resultado foi divulgado em novembro de 2012. Caio Betto Corrêa Almeida, vencedor do concurso, utilizou cores e características
que fazem referência à natureza e ao parque.
A expedição consistiu de duas etapas: a primeira, com
embarcações motorizadas, percorreu o rio Jari a montante por aproximadamente 400 km, passando por
trechos difíceis, como o complexo de corredeiras Urucupatá-Mucurú e a Cachoeira do Macaquara. A partir
da foz do rio Culari, o grupo se dividiu e cinco pessoas
seguiram este rio em dois caiaques a remo por mais
120 km até suas cabeceiras. Após desmontarem as
embarcações, atravessaram a fronteira em caminhada
e retomaram o deslocamento fluvial pelo igarapé Tampak, um dos formadores do rio Maroni, já em terras
franco-guianenses, atingindo, finalmente, a localidade
de Maripassoula. A equipe gestora do Parque Nacional
Montanhas do Tumucumaque ainda aguarda a conclusão do relatório final da missão, cujos resultados
serão divulgados oportunamente.
do documentário Globo Repórter, além de diversos
pesquisadores, na Serra Macaquara, também na região do Jari. Em maio ocorreu outra expedição com
o intuito de mapear os atrativos turísticos do rio Amapari. Na ocasião, participaram representantes das secretarias de Meio Ambiente e Turismo dos municípios
amapaenses de Pedra Branca e Serra do Navio, do grupo do Fotoclube de Macapá e de repórteres do Jornal
Amapá em Foco.
Segundo o analista Leonardo Milano, fotógrafo da
nossa Divisão de Comunicação - DCOM e um dos integrantes da expedição, “trata-se de uma das áreas mais
isoladas e desconhecidas do mundo. Portanto, fazer o
reconhecimento da região e divulgá-la pode estimular
futuras expedições científicas”.
Através dessas e de outras iniciativas, o Parna Montanhas do Tumucumaque procura implementar seu Plano de Manejo, aprovado em 2010, tendo como principal foco a abertura da unidade de conservação ao uso
público, a execução de ações de educação ambiental e
a promoção de atividades científicas.
Esta não foi a primeira expedição do ano no Parna
Montanhas do Tumucumaque. Em fevereiro a equipe
gestora da unidade, com o apoio do Exército Brasileiro,
acompanhou os trabalhos de um time de jornalistas
O parque abrange parte dos municípios de Oiapoque,
Calçoene, Pedra Branca do Amapari, Serra do Navio
e Laranjal do Jari; além de uma pequena porção do
município de Almeirim, no estado do Pará.
Marca utiliza cores e características que fazem referência à
natureza e ao parque
participação no concurso de pessoas de todo
país demonstra a escala de influência que o Parna possui em termos de opinião pública. Portanto, havia a necessidade da unidade expressar
numa imagem bela, cativante e objetiva uma
mensagem sobre a importância da conservação
da natureza, uma mensagem para todos o brasileiros”, explica.
Após o processo de escolha, o projetista Jair Júnior adequou a marca conforme as necessidades
dos gestores da UC, que, em seguida, enviaram
a arte à nossa Divisão de Comunicação - DCOM.
Lá o designer gráfico Luís Otávio Correa adequou
a marca às diretrizes da instituição e também desenvolveu seu manual técnico de uso.
Para o analista Paulo Russo, o processo de elaboração da marca foi extremamente rico. “A
Alessandra Lameira
Iniciada no dia 22 de julho, a ação foi realizada pelo
ICMBio em parceria com a Secretaria de Meio Ambiente do Estado do Amapá e o Centre National de la
Recherche Scientifique - CNRS, instituição federal francesa de pesquisa científica.
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Uma montanha, um galho de árvore e o jupará, animal característico da Amazônia. Esses são os elementos que compõem a nova marca do Parque Nacional
Montanhas do Tumucumaque (AP/PA). A imagem,
lançada este mês, foi concebida por meio de concurso
de seleção em escala nacional no final de 2012.
Presidente Vizentin, diretores e chefes de UCs
Chrisptoph Jaster, chefe da UC
No mês em que se comemora seus 11 anos de criação, o Parque Nacional Montanhas do Tumucumaque realizou ontem a
19ª Reunião Ordinária do Conselho Consultivo. Apoiado pelo
WWF-Brasil e o Programa Áreas Protegidas da Amazônia –
Arpa, o evento tem o objetivo de apresentar aos conselheiros
as atividades desenvolvidas pelo parque no primeiro semestre
deste ano. Na ocasião, foram abordados o processo de renovação do Conselho Consultivo; as estratégias para a Terra
Indígena Wajãpi e para o trabalho em conjunto com o Conselho Consultivo do Parna Montanhas do Tumucumaque; os
caminhos do Projeto Biodiversidade nas Costas; e a apresentação dos resultados sobre o projeto piloto para roteiro turístico
pólo Oiapoque. Desde sua criação, em 2002, o conselho tem
apoiado a administração da UC, participando das etapas de
construção de seu plano de manejo e contribuindo para definição de prioridades para sua gestão, especialmente no que
se refere à relação com as comunidades situadas no entorno
do parque e a discussão de estratégias de desenvolvimento
para os municípios onde a unidade está inserida.
Sandra Tavares
Leonardo Milano
Foi encerrada na última sexta-feira (16) expedição no
Parque Nacional Montanhas do Tumucumaque, maior
unidade de conservação federal do país, com quase 4
milhões de hectares, entre os estados do Amapá e do
Pará. O objetivo foi fazer o reconhecimento e mapeamento de trecho inexplorado, no rio Culari, afluente
pela margem esquerda do rio Jari.
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Desde 2011, o WWF-Brasil realiza, por meio do projeto Ecosia, em parceria com o ICMBio, atividades de apoio à gestão
e implementação das unidades de conservação da região
norte do rio Amazonas, nos estados do Pará e Amapá, na
qual fica localizado o Parque Nacional Montanhas do Tumucumaque. Entre as atividades estão o apoio à divulgação
dos planos de manejo das unidades de conservação da região, capacitação e apoio às reuniões dos conselhos gestores e às atividades de educação ambiental desenvolvidas no
entorno das UCs.
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ICMBio em Foco
O Mosaico Lagamar está em pleno processo de formatação e teve como última atividade o II Encontro
de Gestores do Mosaico Lagamar, promovido pelo
ICMBio entre os dias 6 e 8 deste mês no município
de Piraquara (PR).
Nessa ocasião, os gestores presentes definiram a
indicação do colega Márcio Barragana Fernandes,
da Área de Proteção Ambiental Cananéia-Iguape
e Peruíbe, para a presidência do futuro conselho.
ticiparam do processo em diversos momentos e
chegaram a uma nova proposta de composição do
conselho que foi enviada ao MMA em 2 de julho
de 2012.
O mosaico abrange 45 unidades de conservação
e está situado no litoral sul de São Paulo e litoral do Paraná, na região do Complexo Estuarino
Lagunar do Lagamar. Inserido no maior remanescente contínuo ainda bem preservado de Mata
Atlântica do Brasil, a região do Mosaico abrange
aproximadamente dois milhões de hectares, incluindo parte da Serra do Mar, toda a planície
litorânea, ilhas interiores e oceânicas, além do
Complexo Estuarino, maior estuário da costa
brasileira, nos quais há rica biodiversidade, inúmeras espécies endêmicas, patrimônio históricocultural único, comunidades tradicionais, paisagens de grande beleza e apelo turístico.
Mônia Laura Faria Fernandes
O Mosaico Lagamar foi instituído pelo Ministério
do Meio Ambiente em 2006. Em consequência de
alterações ocorridas no território desde seu reconhecimento, foram propostas adequações à sua
composição que foram amplamente discutidas e
referendadas por servidores públicos das três esferas, representantes da sociedade civil e outros
setores que atuam no território. Esses atores par-
UCs realizam
Festa do Peixinho Quente
Participantes do II Encontro de Gestores do Mosaico Lagamar
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Em continuidade ao “Programa Pesca Responsável”, organizado pela Área de Proteção Ambiental Marinha Litoral-Centro com os pescadores da
região, a Estação Ecológica dos Tupiniquins e a
Área de Relevante Interesse Ecológico Ilhas Queimada Grande e Queimada Pequena realizaram
no último dia 10 a II Festa do Peixinho Quente,
com doação de agasalhos, sorteio de brindes,
comida e atividades de educação ambiental. O
local foi o Bar do Tadeu, no entreposto de pesca
do Baixio, município de Itanhaém (SP).
Acervo Esec Tupiniquins
Mosaico Lagamar
não pode parar
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O evento foi realizado em parceria com a ONG
Vivamar e teve apoio da Prefeitura de Itanhaém,
Fundação Florestal (Curucutu e APA Marinha),
Associação Comercial de Itanhaém, do Instituto
Ernesto Zwarg, da OAB Itanhaém, do Coletivo de
Fotógrafos de Itanhaém, dos pescadores Paulinho
e Leandro, do Bar do Tadeu, da Sociedade Protetora de Animais de Itanhaém, Codesp Santos, do
Café da Vila e das ONGs Ecosurf e Pró-Mangue.
A intenção do evento foi fomentar, por meio de
mensagens e brincadeiras, que o mar é fonte
de recursos esgotáveis e, portanto, é necessário
respeitar o defeso das espécies, contribuindo
para que elas se reproduzam e não venham a
desaparecer, e a conscientização sobre a destinação do óleo retirado das embarcações para
que tenham destinação correta e não seja derramado no mar, provocando a formação de
“manchas órfãs”.
A II Festa do Peixinho Quente alcançou público de
aproximadamente 150 pessoas entre pescadores
e familiares, proporcionando também a interação
entre pais e filhos pela educação ambiental. As
crianças ganharam uma cartilha em quadrinhos.
A festa teve ainda pescaria, pintura facial infantil,
corte de cabelo, contação de estórias, quebra-cabeça, bate papo com a ONG Pró-Mangue e slack
line para crianças e adultos se exercitarem.
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Edição
ICMBio em Foco
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Diagnóstico Ambiental subsidiará
planos de manejo de UCs do
Interflúvio Purus-Madeira
Na segunda-feira (19) foi publicado pelo Programa das
Nações Unidas para o Desenvolvimento - PNUD edital
para contratação de consultoria técnica especializada
que realizará o diagnóstico ambiental que subsidiará
a elaboração de 11 planos de manejo integrados das
unidades de conservação federais do Interflúvio PurusMadeira, nos estados do Amazonas e de Rondônia.
Ações no Parna Saint-Hilaire/Lange
viram documentário
A pré-estreia do documentário ocorreu na semana
passada, na UFPR Litoral, em Matinhos (PR), durante a apresentação do TCC de Péricles. Após a exibição do vídeo, o autor falou sobre o processo de
produção do documentário, argumentando que o
trabalho tem como principal objetivo ser material
de apoio na sensibilização da população quanto à
importância do Parna.
Após a apresentação do estudante, a banca avaliadora fez ponderações e sugestões de melhorias. O analista da UC, Rodrigo Filipak Torres, fez parte da banca
examinadora e comentou que este tipo de iniciativa é
muito importante para o parque e deveria ser melhor
explorada pelos órgãos gestores das UCs no Brasil.
A produção do documentário teve orientação da
professora Liliani Marília Tiepolo, da UFPR. O trailer
pode ser conferido em http://vimeo.com/70988366.
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Péricles apresenta seu TCC
Outros mais
Esta é a terceira vez que o Parque Nacional de Saint-Hilaire/Lange
é abordado em uma produção audiovisual. A primeira foi no documentário “Quem Acordou o Dragão?”, que fez um relato sobre
os desastres ambientais de março de 2011 no litoral do Paraná,
que afetaram a UC. Também produzido por Péricles, o vídeo “Na
Trilha da Prata” divulgou a implantação da sinalização na Trilha
da Torre da Prata.
O prazo para recebimento de propostas vai até 19
de setembro. A equipe técnica que for contratada
apresentará análise integrada dos dados do meio
físico e biótico da região do Interflúvio e das UCs
objeto do termo de referência. Mais um diferencial
dessa proposta é que a logística de campo será de
responsabilidade do ICMBio. As empresas deverão
apresentar apenas a equipe técnica para o desenvolvimento dos trabalhos.
Assim, a área de abrangência dos estudos para o Interflúvio Purus-Madeira compreende 11 UCs federais
com características distintas, tais como tempo de criação, importância ecológico-econômica local/regional,
infraestrutura, extensão e níveis de gestão. As unidades são: Reserva Biológica Abufari; Estação Ecológica
Cuniã; parques nacionais Mapinguari e Nascentes do
Lago Jari; florestas nacionais Balata-Tufari, Humaitá e
Iquiri; além das reservas extrativistas Lago do Cuniã,
Lago do Capanã Grande, Médio-Purus e Rio Ituxi.
A área de influência é a da rodovia BR-319 – considerada pelo Plano de Proteção e Implementação das
O edital e seus anexos estão disponíveis em http://
www.undp.org.br/licitacoes/ListarAvisos.aspx.
Nova expedição ao Atol das Rocas
Capa do documentário
Clharlotte Couto Melo
Com o título “Na trilha da Conquista”, o documentário de 30 minutos mostra a história da conquista
da Torre da Prata, um atrativo do parque, ocorrida
em 1944, e a abertura em 1966 da trilha usada atualmente na subida da montanha. Também são abordadas as atividades de ordenamento do uso público
e de pesquisa científica realizada na UC recentemente. A conquista pessoal de Péricles em subir a montanha também é mencionada na produção.
Divulgação
Estudante do curso de graduação em Gestão Ambiental na Universidade Federal do Paraná - UFPR, Péricles
Augusto dos Santos realizou documentário sobre o
Parque Nacional de Saint-Hilaire/Lange, no Paraná,
como seu trabalho de conclusão de curso - TCC.
UCs da BR-319 – e região compreendida no Interflúvio dos rios Purus e Madeira, em seus cursos médio e
baixo no estado do Amazonas, e uma pequena parte
do extremo noroeste de Rondônia, acrescida de todo
o município de Porto Velho e de um buffer de 30 km
nos limites das UCs federais.
Entre os dias 27 de junho e 27 de julho foi realizada a
segunda expedição à Reserva Biológica do Atol das Rocas, como parte das atividades do Grupo de Trabalho
“Respostas da Linha de Costa”, do INCT AmbTropic,
uma iniciativa conjunta das universidades federais da
Bahia e de Pernambuco. A ação teve por objetivo obter um conjunto de dados in situ sobre os processos
hidrodinâmicos que controlam a geomorfologia das
ilhas no interior do atol.
Foram obtidos dados de onda, correntes e marés, com
o fundeio de três ADCPs - Acustic Doppler Current
Profiler, medidores de vazão, no interior do atol e um
ADCP na porção externa, além de dados da morfologia tridimensal das ilhas recifais e run up. O trabalho
faz parte do doutorado de Mirella Costa, desenvolvido
no Instituto de Oceanografia da USP sob orientação
do professor Eduardo Siegle.
Esta expedição contou com apoio do analista
Eduardo Macedo, do Parque Nacional Marinho
de Fernando de Noronha, e do professor Carlos
Schettini, da Universidade Federal de Pernambuco. Também contribuíram para o sucesso da
campanha o prof. Natan Pereira, da Uneb, o
doutorando Miguel Loiola e o mestrando Tiago
Albuquerque, ambos da Universidade Federal
da Bahia.
A primeira expedição ocorreu no segundo semestre de 2012, quando foi medido o mesmo conjunto de dados, contudo durante um período de alta
energia, caracterizado pela entrada de ondulações
de direção norte. Os resultados da primeira campanha serão apresentados pela doutoranda Mirella
na sessão oral “Reef Forms” da 8ª Conferência Internacional de Geomorfologia, a ser realizado em
Paris, no final deste mês.
Informações sobre o Grupo de Trabalho em www.
inctambtropic.org/grupos-de-trabalho/zona-costeira--escala/respostas-da-linha-de-costa.html.
13
Edição
ICMBio em Foco
Protegidos pelo muro, as estruturas do Tamar e
dos prédios da década de 30, que estão na área
da Marinha do Brasil e abrigavam a equipe do
antigo farol Garcia D’ Ávila, nada sofreram. Já a
colônia de pescadores, que fica em uma casa ao
lado do Centro de Visitantes do Tamar, não teve
a mesma sorte. O mar retirou a areia por baixo
da casa, derrubando a varanda e deixando-a parcialmente suspensa no ar, inviabilizando a utilização do frigorífico. Funcionários da prefeitura com
apoio do Tamar já estão no local para recuperar a
estrutura que pode desabar.
A coleta de frutos para geração de renda na Reserva Extrativista Mata Grande, no Maranhão, e nas
comunidades do seu entorno é o ponto central do
programa de aproveitamento de frutos do Cerrado
implantado numa parceria entre o ICMBio, a Associação de Trabalhadores da Resex - Atramag e a
empresa Fruta Sã. Foram escolhidos representantes
das comunidades da Resex para participar de um
treinamento previsto no programa.
Um dos coordenadores do Tamar, Guy Marcovaldi,
quando chegou à Praia do Forte, há mais de 30
anos, presenciou maré desse tipo. As ondas derrubaram parte da casa onde morava, ferindo um outro morador. Eles testemunharam duas casas sendo levadas pelo mar sem nada poder fazer. O muro
que havia sido construído em 1996 pela Conder e
o Ibama foi reforçado e finalizado em 2012. “Sem
a estrutura, toda a área da base de pesquisa estaria
comprometida, e com a invasão do mar dessa vez
teria ruído”, conta o pesquisador. Durante o período em que os banhistas ficaram sem acesso à passagem pela praia por conta dessa invasão do mar,
eles puderam transitar por uma alameda paralela à
praia, garantindo sua segurança.
O coordenador Mayk Arruda, representante da
Fruta Sã, falou em reuniões em cada comunidade sobre a empresa, que trabalha com compra de
frutos para comercialização de polpa de abacaxi,
acerola, araçá-goiaba, bacuri, buriti, cagaita, cajá,
caju, cupuaçu, goiaba vermelha, juçara/açaí, manga, maracujá, murici e tamarindo. Foram explicados a proposta do projeto e os benefícios que ele
traria às comunidades.
Acervo Tamar
Umas das preocupações dos pesquisadores é que
a força da água pode soterrar ninhos, arrastar e
destruir ovos, impedindo o nascimento dos filhotes
de tartarugas marinhas. Em 2011, um dos efeitos
desse avanço da maré sobre a sede do Tamar foi a
destruição do muro que protege a base de pesquisa. No local existe um cercado de incubação que
recebe ninhos expostos aos perigos da força da
natureza e da ação do homem. A antiga casa do
faroleiro, onde está a loja do Tamar, ficava a mais
de 60 metros do mar. Hoje, o mar bate no muro e
alcança as janelas.
Maré bate forte no muro do Tamar
14
Mar engole a frente da colônia de pescadores
Os trabalhos foram focados desde a colheita dos
frutos pelos comunitários até o seu recolhimento
pela empresa, e também na melhoraria da renda
familiar com a venda dos frutos por meio do projeto, que abrange 32 comunidades em quatro cidades da região – Imperatriz, Davinópolis, Senador
Laroque e Buritirana.
Euvaldo Pereira da Silva
Programa gera renda
na Resex Mata Grande
e nas comunidades do entorno
Avanço da maré
preocupa pesquisadores na Bahia
Nos últimos dois meses, na Praia do Forte (BA) e
áreas vizinhas, ocorreram marés de grande porte
associadas aos ventos e ondas de inverno. A primeira consequência foi a supressão de boa parte
da areia da praia por alguns dias, encurtando a distância até o mar e formando um buraco próximo
ao muro. Depois, a natureza devolveu a areia ao
mesmo lugar.
259
Reunião com o coordenador Mayk
Inicialmente, a capacitação se deu com treinamento em boas práticas com o fruto tamarindo. As
informações foram repassadas aos representantes
das comunidades da Resex pelo técnico extensionista Amadeus dos Santos, representante da empresa Fruta Sã. O treinamento consistiu de práticas
como a de coleta dos frutos, o ponto certo de colher e como proceder em relação à secagem para
armazenamento e conservação até o momento
dos frutos serem recolhidos pela empresa. Foi feito
treinamento com o fruto e foram entregues sacos
para sua armazenagem. Os representantes das comunidades ficaram muito interessados na proposta e na capacitação oferecida pela empresa.
Capacitação com o técnico extensionista Amadeus
15
Edição
ICMBio em Foco
Gavião-pato é o novo mascote
da Rebio Perobas
Em continuidade ao Projeto Carnívoros no Parque Nacional da Serra de Itajaí (SC), o Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Mamíferos Carnívoros - Cenap
organizou, com apoio da direção da UC, entre 10 e 28
de julho, mais uma expedição para captura de onçaspardas. Os responsáveis por coordenar a campanha
de captura foram a bióloga e analista do Cenap, Lilian
Bonjorne de Almeida; a bióloga Cintia Gruener, do Instituto Caeté-Açu; e o médico veterinário do Cepesb/
Prefeitura Municipal de Indaial e professor da Fundação Universidade Regional de Blumenau, Júlio César de
Souza Júnior.
A Reserva Biológica das Perobas (PR) já tem um
mascote para representar a unidade: o gaviãopato. A seleção final ocorreu após concurso que
envolveu alunos do 6° ao 9° ano do ensino fundamental das escolas públicas de Tuneiras do Oeste,
Cruzeiro do Oeste e Cianorte. O desenho vencedor
é obra do estudante Eduardo Ferrari Barrozo.
Quatro dias após ter nevado, foi registrada a passagem do Betão, onça-parda capturada pela equipe em
dezembro de 2012, a menos de 30 metros de um dos
laços, aparentemente seguindo o carreiro de uma presa que havia ido para o lado contrário em que estava
instalada a armadilha. O outro objetivo da campanha,
que era a recaptura do Betão para realizar a troca do
colar, por pouco deixou de ser alcançado. Espera-se
que a equipe tenha sucesso nessa recaptura na próxima expedição.
16
Equipe de captura da onça-parda que está sendo
monitorada por colar GPS-satélite
Foram analisados desenhos de 18 finalistas, de seis
escolas. O segundo lugar foi o tamanduá-mirim,
desenhado por João Paulo Alves da Silva, que juntamente com Eduardo Barrozo, representam a Escola Estadual Duque de Caxias. A gata-maracajá,
de autoria de Estefanie Pereira Lobato, do Colégio
Estadual Professor Caio Moreira, de Cianorte, ficou
em terceiro lugar no concurso.
O vencedor ganhou uma visita à reserva e uma
viagem de um dia ao Parque Nacional do Iguaçu,
também no Paraná, com traslado de ida e volta.
Os três primeiros colocados recebem certificado
de participação.
Acervo Rebio Perobas
Ao longo da campanha, a equipe enfrentou alguns
dias de bastante frio, chegando a nevar na área de
acampamento e nas áreas onde estavam instaladas armadilhas. Durante dois dias as armadilhas tiveram de
ser fechadas para segurança da equipe e dos animais.
A escolha do vencedor foi feita pelo júri formado por representantes do Conselho Consultivo
da Rebio Perobas, ICMBio, Núcleo Regional de
Educação de Cianorte, Instituto Tecnológico de
Transportes e Infraestrutura e secretarias municipais de Educação de Cianorte, Tuneiras do Oeste
e Cruzeiro do Oeste.
Lilian Bonjorne
Logo no terceiro dia de campo, foi alcançado um dos
objetivos da campanha: a captura de um exemplar de
onça-parda, um macho jovem, batizado de Fritz Krieg,
em homenagem ao proprietário da área utilizada pelos
pesquisadores como acampamento. Fritz tem de 2 a 3
anos e pesa cerca de 42 kg. Ele foi marcado com um
colar GPS-satélite, que já está enviando seus pontos de
localização, que permitem saber, por exemplo, que nas
primeiras semanas após a captura o animal saiu dos
limites do Parna, mas já havia retornado semana passada para a UC. O monitoramento desse e de outros
indivíduos da população poderá indicar áreas importantes para conservação na UC e no entorno, utilizando as onças-pardas como “detetives ecológicos”.
Um apoio fundamental que a equipe teve durante
toda a campanha foi do 2º Pelotão da 2ª Companhia
do Batalhão de Polícia Militar Ambiental do Estado de
Santa Catarina. A região onde foi feita a campanha
de captura contou com várias ações de fiscalização ao
longo deste ano, que resultaram na prisão de caçadores. Os policiais foram a campo diversas vezes auxiliar a
equipe, garantindo sua segurança e inclusive ajudando
a desbloquear as estradas do Parna que ficaram bloqueadas por queda de árvores após a incidência de
neve. Além disso, a brigada da UC também prestou
apoio durante toda a expedição, assim como o proprietário do rancho usado como área de acampamento e seu filho, Vendelin e Vanderlei Krieg.
Equipes do Projeto Carnívoros e da Polícia Militar Ambiental
e proprietário do rancho onde os pesquisadores acamparam,
após trabalho para desbloquear estradas nas áreas
de instalação das armadilhas
Eduardo Ferrari Barrozo
Cenap e parceiros realizam ação
no Parna Serra do Itajaí
259
Desenho vencedor do concurso
Espécie rara e ameaçada
Para o chefe da Rebio Perobas, Carlos Alberto De Giovanni, a escolha do gavião-pato é significativa para a unidade. A única vez em que a ave apareceu no Paraná foi há 40
anos, na área de reserva. O registro de um casal da espécie
foi feito pelo pesquisador Willian Menq. “A presença de
um animal como esse, raro e ameaçado de extinção, em
uma reserva nova e em estruturação representa muito.
Com certeza a escolha do mascote foi bastante simbólica
para a Rebio”, afirmou Carlos.
Para a designer Cecília Yojo, do Instituto Tecnológico de
Transportes e Infraestrutura - ITTI, da Universidade Federal
do Paraná, que participou do júri representando o projeto “Estrada Boiadeira – Sonho que se Realiza”, o desenho
escolhido reuniu elementos como simpatia e comunicabilidade, com potencial para chamar atenção para a importância da preservação da vida na reserva.
Na pesquisa de opinião realizada pela Rebio Perobas na
internet, anterior à análise dos desenhos, o gavião-pato
conquistou o segundo lugar. Feita em caráter consultivo,
a votação colocou o morcego-ruivo como primeiro colocado e a onça-parda em terceiro.
Júri avalia desenhos de 18 finalistas
17
Edição
ICMBio em Foco
259
CPB e Rebio Guaribas
apresentam estudos e pesquisas
em congressos de primatologia
denador de táxon neste processo, “a divulgação
destas informações inéditas representam um retorno à sociedade que tanto contribuiu para este
processo, marcado pela qualidade das informações técnicas e pela participação ativa da comunidade cientifica”.
Coordenador-substituto do CPB, Marcos também frisa
uma constatação importante: “Ficou claro no congresso que um dos maiores desafios para a conservação
dos primatas brasileiros na atualidade é dado pela
presença de populações exóticas invasoras, e que uma
atenção maior deve ser voltada ao manejo delas”.
Gabriela Ludwig
Um dos destaques foi o produto da etapa técnicocientífica da Avaliação do Estado de Conservação
dos Primatas Brasileiros. Para Marcos Fialho, coor-
Plautino Laroque, analista do CPB, ao lado de painel
sobre sua pesquisa com macacos-prego-galego
18
Já o coordenador do CPB, Leandro Jerusalinsky,
registra o reconhecimento das comunidades primatológicas brasileira e latino-americana às contribuições do centro e de outras unidades do ICMBio
para o conhecimento e a conservação de primatas
neotropicais. “Os planos de ação nacionais foram
recorrentemente mencionados em diversas apresentações de pesquisadores do Brasil e do exterior
como exemplo de planejamento estratégico para
a conservação de espécies ameaçadas; e registros
inéditos da ocorrência de primatas, como aqueles
obtidos por meio do projeto Primatas em Unidades
de Conservação da Amazônia, foram citados para
atualizar o conhecimento sobre distribuição e estado de conservação de espécies pouco conhecidas”,
afirma Leandro.
Indicado como representante do Brasil junto à diretoria da Sociedade Latino-Americana de Primatologia, que realizou sua assembleia de refundação
durante o congresso, Leandro acredita que a participação no evento foi fundamental para consolidar o papel do CPB e do ICMBio no cenário da
conservação de primatas ameaçados. “Além de
apresentar resultados de processos institucionais,
promovemos e fomos chamados a participar de
diversas reuniões para implementação de projetos
de pesquisa, capacitação e manejo voltados à conservação de primatas neotropicais.”
Nosso colega ainda adianta sua expectativa para a próxima edição do Congresso Brasileiro de Primatologia.
“Será em 2015, na região Norte, fato de grande relevância para a formação de recursos humanos na área,
visto que a região se destaca no Brasil e no mundo
por sua diversidade de primatas, e que no momento
ainda possui muito poucos primatólogos”, pondera.
Leandro também comemora a escolha da região-sede:
“Precisamos ampliar o conhecimento sobre os primatas amazônicos e ainda estamos deficitários em termos
de estratégias de conservação para eles; assim, realizarmos o próximo congresso no Norte do Brasil poderá nos ajudar a impulsionar estas iniciativas”.
Gabriela Ludwig
Analistas ambientais, bolsistas e estagiários do nosso
Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Primatas Brasileiros - CPB expuseram resultados de trabalhos do centro em simpósios, apresentações orais
e painéis ocorridos durante o II Congresso LatinoAmericano e o XV Congresso Brasileiro de Primatologia realizados conjuntamente entre os dias 4 e 9 de
agosto, em Recife. O CPB foi uma das instituições que
apoiaram a realização de ambos os eventos.
Analistas do CPB apresentam resultados
dos trabalhos do centro
Rebio Guaribas
Além do CPB, o ICMBio foi representado no evento por servidores da Reserva Biológica Guaribas, situada no município de
Mamanguape (PB). No dia 6 de agosto, nosso colega Jorge Nascimento apresentou o estudo “Pesquisa com primatas e gestão
da Reserva Biológica Guaribas: caminhos entrecruzados” no
simpósio “O papel das unidades de conservação na manutenção da biodiversidade de primatas no Brasil”, no qual também
estiveram representados o CPB, a Secretaria de Meio Ambiente
do Estado do Rio Grande do Sul, o Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá, a Universidade Federal de Goiás e a
Sociedade para a Preservação do Muriqui.
nascentes e de madeira de qualidade foi um dos principais motivos da utilização da reserva, mas o projeto Guaribas do Nordeste, surgido de pesquisas da Universidade Federal da Paraíba
na década de 1980, apresentou o mote perfeito não apenas
para dar nome à UC, mas também gerar uma proposta de projeto de pesquisa e manejo da biodiversidade”, destacou o analista. “Desde então”, continua Jorge, “a reserva biológica vem
servindo como laboratório natural e exemplo de gestão, pois
quando de sua criação os guaribas estavam extintos no interior
da unidade, e o projeto de conservação da espécie garantiu
que hoje exista uma população estabelecida e bem protegida”.
Em sua apresentação, Jorge relatou o histórico de criação da
Rebio, implementada em 1990 em uma área ocupada e explorada pelo menos desde o século XVII. “Ao longo dos séculos e
mesmo da década que antecedeu sua criação, a presença de
A estratégia foi tão bem-sucedida que hoje a Rebio Guaribas é a UC
com mais pesquisa no Nordeste e uma das dez mais atrativas para a
pesquisa em 2013, segundo dados do Sistema de Autorização e Informação em Biodiversidade - Sisbio, também apresentados na ocasião.
19
Edição
ICMBio em Foco
259
CMA
prevê aumento de ocorrência de cetáceos
na APA Costa dos Corais
Durante a época, tais baleias se deslocam de
suas áreas de alimentação nas proximidades
das ilhas Geórgia do Sul e Sandwich do Sul e
procuram as águas quentes do Brasil para se
reproduzir e cuidar dos filhotes. Neste ano, de
acordo com o Instituto Baleia Jubarte, são esperados cerca de 14 mil exemplares da espécie
nas águas do litoral brasileiro, do Rio Grande
do Norte ao Rio Grande do Sul, concentradas
principalmente entre Bahia e Espírito Santo.
Acervo Instituto Baleia Jubarte
De acordo com o Centro Nacional de Pesquisa e
Conservação de Mamíferos Aquáticos - CMA e
a Área de Proteção Ambiental da Costa dos Corais, até o mês de novembro tende a aumentar
o número de registros de avistagens e encalhes
de cetáceos nas praias daquela APA, situada
entre Alagoas e Pernambuco, devido ao início
do período reprodutivo das baleias-jubarte ( Megaptera novaeangliae).
Para conscientizar turistas e a população local
da região abrangida pela UC sobre o fenômeno
dos encalhes, o ICMBio vem distribuindo material informativo por restaurantes, quiosques e
hotéis, além de realizar reuniões com os secretários municipais de meio ambiente e representantes das colônias de pescadores.
Os encalhes de mamíferos aquáticos na região
Nordeste do Brasil são registrados pela Rede de
Encalhe e Informação de Mamíferos Aquáticos
do Nordeste - Remane – da qual o CMA é membro –, um dos braços regionais da Rede de Encalhe e Informação de Mamíferos Aquáticos do
Brasil - Remab.
Fábia Luna
Baleia encalhada
Baleia-jubarte (Megaptera novaeangliae )
20
Atendimento prestado por técnicos do Instituto Baleia Jubarte
21
Edição
ICMBio em Foco
259
PRATA DA CASA
Conservação da onça-pintada no
Pantanal é tema de estudo de analistas
Na pesquisa, imagens georreferenciadas de Panthera onca foram obtidas nos rios que ficam no
entorno e na borda da unidade de conservação.
Os registros fotográficos permitiram identificar 27
indivíduos distintos ao longo de vários anos. Por
meio dessas informações e da comparação com
informações obtidas na literatura, nossos colegas
concluem que a área total protegida pela Esec não
é suficiente em tamanho para proteger legalmente
a população deste felino na região, sugerindo a necessidade de ampliação da área da UC.
desta espécie na região do Pantanal Norte. Além
disso, por ser uma espécie guarda-chuva, os esforços para conservar a onça-pintada se estendem por
toda a biota local”.
A – Adriano Gambarini; B, C, D, E e F – Daniel Kantek
Os analistas Daniel Luís Zanella Kantek e Selma
Samiko Miyazaki Onuma, da Estação Ecológica de
Taiamã (MT), são os autores do artigo “Conservação da onça-pintada na região da Estação Ecológica de Taiamã, Pantanal Norte, Brasil”. O estudo
foi publicado na Revista Publicatio UEPG: Ciências
Biológicas e da Saúde, Vol. 19, nº 1.
A Estação Ecológica de Taiamã, situada no Pantanal Matogrossense, município de Cáceres, tem
área total de 115,55 km² e está localizada no centro de uma das áreas de grande concentração de
onças-pintadas no Pantanal.
O artigo está disponível em www.revistas2.uepg.
br/index.php/biologica/article/view/5116.
Segundo o chefe da Esec, Daniel Kantek, ”a publicação desta pesquisa é um importante passo para
melhorar a eficiência do esforço de conservação
Registros fotográficos de onças: A e B são do mesmo indivíduo em anos distintos (2009 e 2010); C, D, E e F são indivíduos distintos
22
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Edição
ICMBio em Foco
259
PRATA DA CASA
História de pescador – Servidor da Flona Ipanema finaliza
pesquisa sobre mudanças socioambientais na pesca
Na pesquisa foram estudadas quatro técnicas de
pesca – o arrasto de praia, a pesca com rede de
emalhe, o cerco fixo e o cerco flutuante – a partir da
evolução dos petrechos, materiais, métodos e das
embarcações. Uma das conclusões do trabalho é de
que apesar do aumento da frota, do aprimoramento tecnológico das embarcações, das inovações nas
técnicas e petrechos e das políticas de controle e fis-
24
calização, a quantidade de pescado vem diminuindo a cada ano no litoral de São Paulo, atingindo em
2011 o menor número nos últimos 45 anos.
Marcelo Afonso
Já está disponível na Biblioteca Digital de Teses e
Dissertações da Universidade de São Paulo - USP a
dissertação de mestrado de Marcelo Afonso, analista da Floresta Nacional de Ipanema, defendida na
Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas
da USP no último dia 14. Nosso colega apresentou
um estudo da evolução das principais técnicas de
pesca utilizadas historicamente pelos pescadores
caiçaras do litoral do estado, buscando relacionar
as transformações técnicas com as mudanças socioambientais ocorridas na costa paulista.
Além das pesquisas bibliográficas, foram realizados trabalhos de campo nos litorais norte e sul de
São Paulo, onde foram colhidos depoimentos de
pescadores artesanais e industriais e de pesquisadores de instituições relacionadas ao tema, como
o Instituto de Pesca de Santos, Tamar/Ubatuba e
Instituto de Pesquisas Cananéia, além de representantes de ONGs ligadas às questões socioambientais vinculadas à pesca.
A dissertação, que tem o título “História de pescador: um século de transformações técnicas e
socioambientais na pesca do caiçara do litoral
de São Paulo (1910-2011)” pode ser acessada
no endereço www.teses.usp.br/teses/ disponiveis/8/8138/tde-20082013-090348.
Cerco fixo, armadilha artesanal para captura de peixes em Cananéia (SP)
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Edição
ICMBio em Foco
259
CURTAS
Unimed
Centro-Oeste e Tocantins
Os servidores que têm plano de
saúde Unimed Centro-Oeste e Tocantins, disponibilizado pela Aliança Administradora de Benefícios,
serão automaticamente migrados
à Seguros Unimed, devido ao fato
da operadora ter entrado em processo de falência. Com a mudança,
não haverá qualquer modificação
em relação às principais condições
do plano contratado pelo beneficiário, tais como o valor da mensalidade atualmente paga, a forma e
a data de pagamento, a data base
de reajuste, a cobertura médicohospitalar, o tipo de acomodação,
bem como as condições de carências já cumpridas, as quais perma-
26
amostragem de vegetação, de
estudos etnobotânicos e observadas características das principais
famílias botânicas ocorrentes na
Flona. Ações como a expedição
acadêmica fazem parte da formação dos futuros biólogos e compreende o Programa de Extensão
da Unifap, possibilitando às UCs
federais serem protagonistas no
desenvolvimento desses futuros
profissionais, além de despertar
interesse pela realização de novas pesquisas científicas em suas
áreas e a importância destas áreas
para a conservação da biodiversi-
Curso de Ciências Biológicas
realiza expedição
à Flona Amapá
A Floresta Nacional do Amapá e
o Curso de Ciências Biológicas da
Universidade Federal do Amapá Unifap realizaram, entre os dias 8
a 12 deste mês, uma expedição
acadêmica àquela UC para consolidar atividades das disciplinas de
Botânica e Biogeografia, coordenadas pelas professoras Dra. Wegliane Campelo e Msc. Cristiane
Rodrigues Menezes, ambas do Laboratório de Botânica e Educação
Ambiental. Foi realizada uma oficina sobre Biogeografia e Conservação para aprofundar questões
sobre recursos naturais e gestão
das áreas protegidas. A disciplina
de Botânica foi desenvolvida na
grade do Programa de Pesquisa
em Biodiversidade em que foram
aplicadas diferentes técnicas de
dade e a promoção do desenvolvimento sustentável.
Alunos da Unifap visitam Flona
Flona Canela
realiza ação voluntária
A Floresta Nacional de Canela (RS)
reunirá, até o final do mês, professores e alunos voluntários para uma
atividade de limpeza e manutenção
de trilhas no interior da UC. A ação
está ligada a projeto da Secretaria
Municipal de Educação, em parceria com o Comdema e o ICMBio.
A meta é levar mais de 2 mil estudantes do 1°, 4° e 7° ano do ensino
básico à Flona. Como Canela fica
em um polo turístico, em que os
principais atrativos são os recursos
naturais, o objetivo da ação é que a
população local compreenda a importância da conservação ambiental e da UC para assim valorizá-las.
A tarefa mais comum é a retirada
de galhos caídos que dificultem o
percurso, bem como o controle de
espécies invasoras em alguns pontos, corte de troncos e identificação
de espécies. As visitas, que acontecem em companhia dos servidores
da unidade, se estenderão até novembro, retornando em março até
junho de 2014. Até lá, a sinalização
das trilhas deve ser melhorada, bem
como o número de espécies nativas
identificadas e, em uma delas, deve
ser ampliado para além dos atuais
sessenta e um.
3.400 km e instaladas placas in-
Expedição à Esec
Terra do Meio
Instalação de placas informativas
Entre 30 de junho e 17 de julho,
o ICMBio realizou uma expedição
de sinalização e gestão de conflitos na Estação Ecológica da Terra
do Meio, no Pará. Nesse período
foram promovidas reuniões com
agricultores familiares residentes na UC visando minimizar o
impacto socioambiental sobre a
Esec e a elaboração de propostas
de reassentamento/indenização
dos moradores. Durante as reuniões foi elaborado mapa falado
e validado o cadastro das famílias dos agricultores familiares
residentes quando da criação da
UC. Foram percorridos cerca de
formativas nos principais acessos
terrestres à unidade. Também foi
iniciado um estudo de valoração
econômica de forma a apresentar ao governo uma proposta de
cálculo de indenização mais justa
aos moradores. A expedição contou com apoio de diversos colaboradores, entre eles bombeiros,
policiais militares, pesquisadores
de operação dos empreendimentos
minerais no interior da UC. A experiência iniciada em 2005 conseguiu
reduzir a quantidade de resíduo
disposto em aterro e o aproveitamento de diversos tipos de material pela coleta seletiva, triagem e
destinação para reciclagem. Houve
manifestação de muitos representantes de prefeituras interessados
em conhecer o projeto.
Deu no DOU
e servidor do Incra.
Dalila Mello
Entre os dias 10 e 12 de setembro, o
Instituto Chico Mendes realizará, em
Brasília, seu V Seminário de Pesquisa
e V Encontro de Iniciação Científica.
Este ano o tema do evento é “Gestão do Conhecimento”. O Seminário
de Pesquisa e Iniciação Científica é
um dos grandes fóruns de pesquisa
e apresentação de trabalhos, tanto
dos bolsistas do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica - Pibic, como dos servidores
do ICMBio. Serão apresentados 86
trabalhos, sendo 22 de estudantes
do Pibic e 64 de servidores do nosso
próprio instituto.
necerão exatamente as atualmente
praticadas no contrato da Unimed
Centro-Oeste e Tocantins. Antes de
1º de setembro os servidores receberão em sua casa o novo cartão de
atendimento da Seguros Unimed,
juntamente com uma carta e um
formulário onde constarão todas as
informações sobre o novo produto.
Outras informações com o Setor
de Qualidade de Vida, da nossa Coordenação-geral de Gestão de Pessoas, pelo endereço
[email protected] ou
pelos telefones (61) 3341-9155 /
3341-9590 / 3341-9600.
Cristiane Menezes
V Seminário de Pesquisa e
V Encontro de Iniciação
Científica do ICMBio
Seminário
sobre resíduos sólidos
movimenta sudeste do Pará
A Câmara de Vereadores de Parauapebas recebeu nos dias 8 e 9
deste mês o I Seminário Regional
do Sudeste do Pará de Resíduos
Sólidos. O evento foi organizado
pela prefeitura municipal, tendo
como tema central “Os desafios
da implantação da Política Nacional de Resíduos Sólidos”. O ICMBio
coordenou o painel sobre Gestão
Integrada de Resíduos Sólidos, em
que foi apresentado o Programa de
Gestão de Resíduos Sólidos na Floresta Nacional de Carajás, em andamento de acordo com a licença
As composições dos conselhos
consultivos do Refúgio de Vida
Silvestre de Santa Cruz (ES) e da
Estação Ecológica de Tupinambás (SP) foram modificadas por
portarias na última terça-feira. Os
documentos estão disponíveis em
www.in.gov.br/visualiza/index.jsp
?data=20/08/2013&jornal=1&p
agina=41&totalArquivos=128.
Capacitação melhora
atendimento de visitantes
na Flona Carajás
Entre os dias 5 e 9 de agosto, o
Centro de Educação Ambiental
de Parauapebas - Ceap, no Pará,
realizou capacitação direcionada aos funcionários da Secretaria Municipal de Meio Ambiente
que trabalham diretamente na
portaria da Floresta Nacional de
Carajás. A partir do Programa de
Uso Público da Flona, com a necessidade de atender de forma
mais adequada os visitantes da
UC e as pessoas que constantemente cruzam a portaria para os
27
Edição
ICMBio em Foco
259
Pesquisa
na Resex do Alto Tarauacá
gera dissertação de mestrado
André Luís Botelho de Moura
apresentou em público, no último dia 5, sua dissertação de
mestrado pela Universidade Federal do Acre, cuja pesquisa foi
executada em parceria com a
Base Avançada do nosso Centro
Nacional de Pesquisa e Conservação da Sociobiodiversidade
Associada a Povos e Comunidades Tradicionais - CNPT naquele estado. O estudo, intitulado
“Caracterização da caça de subsistência e seus efeitos sobre as
populações de mamíferos de
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Rosenil de Oliveira e Cláudia Cunha, do
CNPT, prestigiam defesa de dissertação de
André Luís (lado direito), acompanhado
do orientador, Prof. Armando Calouro
Justiça no Bairro
A equipe da Reserva Biológica das
Perobas (PR) participou no último
sábado do evento Justiça no Bairro.
Na oportunidade foram exibidos vídeos e expostos banners e equipamentos sobre o ICMBio e a unidade. A população foi atendida com
a prestação de informações e es-
Nossos colegas da Rebio com os banners
Nota de Falecimento
O Movimento pela Preservação
da Serra do Gandarela perdeu
um de seus principais líderes.
Faleceu no último dia 14 Júlio
César Gomes. Ele foi presidente
do Sindicato dos Trabalhadores
Rurais de Santa Bárbara (MG) e
como morador do pequeno povoado de André do Mato Dentro
foi um dos mentores e proponentes da RDS Serra do Gandarela,
cujo processo de criação está em
curso no ICMBio. Há apenas duas
semanas Júlio esteve em Brasília
na mobilização nacional contra
o regime de urgência da tramitação do projeto de lei do novo
código da mineração. E esteve no
ICMBio para acompanhar o an-
Carolina Herrmann
damento do processo de criação
da RDS. Júlio César Gomes, um
grande ambientalista e batalhador pela Serra do Gandarela!
Júlio César no ICMBio, em Brasília
Novos cursos
na Flona Passa Quatro
Acontece nesta semana, na Floresta Nacional de Passa Quatro (MG),
o curso Trabalhador na Operação e
Manutenção de Motoserras e Roçadeiras, realizado pelo Senar Minas
em parceria com o Sindicato Rural de
Passa Quatro. O evento já faz parte do
cronograma anual de cursos na Flona. A UC oferece infraestrutura para
a sua realização e hospedagem para
o seu instrutor. Entre os participantes,
estão funcionários da UC e moradores
do entorno. Outro curso da mesma
parceria foi realizado na Flona en-
tre os dias 5 e 9 últimos: Artesanato
de Fibras Naturais Rígidas (bambu)
– Objetos Utilitários e Decorativos.
Participaram brigadistas da UC, moradores do entorno e estagiárias do
curso técnico em meio ambiente do
Instituto Federal de Itanhandú, de
uma cidade vizinha. Foram abordados a valorização da atividade de
“bambuzeiro” (artesão do bambu) e
o resgate cultural, colheita, preparo e
tratamento do bambu para fabricação de objetos. Todos aprenderam a
confeccionar “bailarina dos ventos”,
porta-vaso suspenso, jogo de canecas
com suporte e suporte para revistas.
A espécie utilizada foi o bambu chinês
ou cana-da-índia ou vara de pescar
(Phyllostachys aurea).
Acervo Rebio Perobas
Participantes da capacitação
clarecimentos sobre nosso trabalho
na conservação da biodiversidade
em todo o país e, em especial, na
Rebio. O projeto Justiça no Bairro
atua, desde 2005, em parceria com
o Sesc Cidadão, programa que envolve todo o Sistema Fecomércio do
Paraná. Os projetos seguem juntos
com a proposta de atender a população vulnerável economicamente,
garantindo os direitos fundamentais à pessoas de baixa renda.
Acervo Rebio Perobas
médio e grande porte na Resex
Alto Tarauacá, AC”, tinha sido
aprovado por edital da Diretoria
de Pesquisa, Avaliação e Monitoramento da Biodiversidade Dibio em 2012 com recursos do
PNUD. Foram dez meses de pesquisa em duas áreas amostrais
da Resex, sendo uma com baixa
e outra com alta densidade humana. Participaram do projeto
55 famílias da UC, que contribuíram com informações registradas em 493 calendários de caça.
“Foram obtidos quase 2.300 registros de animais silvestres com
o uso de armadilhas fotográficas
instaladas nas áreas de estudo”,
informou Rosenil de Oliveira, coordenadora do projeto.
Acervo CNPT
Acervo Flona Carajás
mais diversos fins, a gestão da
UC entrou em contato com a direção do Ceap e solicitou capacitação específica para aqueles
funcionários, com o objetivo de
ampliar os conhecimentos dos
servidores da secretaria sobre
educação ambiental, legislação
ambiental, Programa de Uso Público da Flona, missão do ICMBio
e principais atrativos naturais da
UC. Também participaram da
capacitação representantes da
Cooperativa de Ecoturismo de
Carajás - Cooperture.
Acervo Rebio Perobas
CURTAS
Participantes do curso confeccionam
canecas de bambu
Ops!
Na Galeria de Fotos da edição passada
do ICMBio em Foco, o nome do Cepta está incorreto. A sigla, na verdade,
significa Centro Nacional de Pesquisa
e Conservação de Peixes Continentais.
Foto da capa
Aves marinhas, que são objeto do
Termo de Reciprocidade entre ICMBio
e Associação Vila-Velhense de Proteção Ambiental - Avidepa, que visa a
realização de atividades de pesquisa
e monitoramento de sítios reprodutivos dessas aves no Parque Nacional
Marinho dos Abrolhos (BA) e nas ilhas
costeiras do estado do Espírito Santo.
A foto é do acervo da Avidepa.
CURTAS
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Aula sobre colheita no bosque de
bambu da Flona
CURTAS
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ICMBio em Foco
Edição
259
Parque Nacional Montanhas
do Tumucumaque (AP/PA)
Fotos: Leonardo Milano
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ICMBio em Foco
ICMBio em Foco
Revista eletrônica semanal
Editores
Ana Carolina Lobo da Silveira - Jornalista
Ivanna Costa Brito
Lísias de Moura
Fotógrafo da DCOM
Leonardo Milano
Projeto Gráfico / Diagramação
Eduardo Giovani Guimarães
Lainy Aparecida da Silva
Revisão
Thaís Alves de Lima
Colaboraram nesta edição
Alessandra Lameira – Parna Montanhas do Tumucumaque; Assessoria de Comunicação do INCT AmbTropic;
Assessoria de Comunicação do ITTI; Carlos Birckolz – Parna Saint-Hilaire/Lange; Dandara Santos – DCOM;
Edgard de Souza Andrade Júnior – Flona Passa Quatro; Eurípia Maria da Silva – Coape; Euvaldo Pereira da Silva – Resex Mata Grande; Fernando Pinto – DCOM; Frederico Brandão – Parna Montanhas do Tumucumaque;
João Augusto Madeira – Coeco; Lilian Bonjorne – Cenap; Marcel Regis – Flona Carajás; Marcelo Afonso – Flona
Ipanema; Marcus Vinícius Mendonça – Flona Carajás; Ricardo Jerozolimski – Parna Marinho dos Abrolhos; Rodrigo
Rueda – DCOM; Rosenil de Oliveira – CNPT/AC; Sandra Tavares – DCOM; Simone Campos – Consultora Projeto
Manguezais do Brasil; Tathiana Chaves de Souza – Esec Terra do Meio; Thaís Alves – DCOM; Vanessa Bitencourt –
Acadebio; Victor Souza – Núcleo de Comunicação Nordeste.
Divisão de Comunicação - DCOM
Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade - ICMBio
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1 Edição 259 Formada mais uma turma do Ciclo de