A Divina Escada Cada mortal que sobre a Terra surgir Receberá de Deus uma escada para subir; E esta escada cada um há de galgar Degrau por degrau. Desde o mais baixo lugar Vai percorrê-la, passo a passo: desde o início Ao Centro do Espaço, ao seu próprio Princípio. Numa era passada, mas que hoje perdura, Escolhi e moldei minha escada; tu escolheste a tua. Quer seja de Luz ou seja obscura, Por nós mesmos foi ela escolhida: Uma escada de ódio ou uma de Amor Seja ela oscilante ou firmada com vigor. Quer feita em palha ou formada em ouro rei, Cada uma obedece a uma justa Lei. E a deixaremos quando o tempo esgotado; Dela toma-se posse ao ser de novo convocado. Por vigias, em frente a um portão cintilante, Ela é guardada para cada alma passante. Mesmo sendo a minha estreita e a tua alargada, Sozinho chego a Deus por minha própria escada. A de ninguém posso pedir, nem a minha emprestar; Com o esforço em subir na sua, cada um tem de arcar. Se, em cada degrau que escalares, Só barreiras e tormentas encontrares; Se pisar sobre ferro carcomido e madeira bichada, A ti cabe transformar tudo isto para, seguro, galgares tua escada. Reforçá-la e tê-la sempre reconstruída É a tua tarefa árdua, mesmo que longa seja a tua vida. Chegando ao fim da Escada, já terás cruzado a PONTE Que te dará todos os tesouros da Terra, e do Espírito Divino, a FONTE. Tudo o que de outra forma se possa obter Será ilusão apenas. Não pode permanecer. Em revoltas inúteis não faremos o tempo fugir. Subir, cair, reconstruir; cair, subir, reconstruir, Cumpramos isto, até que nossa carreira humana nos leve a toda a Verdade, Até que juntos, homem e Deus, sejamos UMA só Divindade O MAHA CHOHAN