encontrou um porquinho. Vestia umas calças com quadrados às cores
e estava a dormir profundamente. Aquilo era muito estranho. Como
teria chegado até ali, tão só? Teria ele estado em perigo de
naufragar e teria sido arrastado para o Pólo Norte?
Ulisses tomou o porquinho nos braços e levou-o depressa para
a sua toca. Deitou-o na sua própria cama e cobriu-o muito bem. Em
seguida, foi fazer-lhe uma sopa de peixe, pois o porquinho de
certeza que teria fome quando acordasse….
Ulisses e os cinco pinguins já estavam curiosos por saber o que
o visitante teria para lhes contar…
Ora diz o que ouviste….
Uma visita fora do normal Erwin Moser
Mario der Bär
Weinheim Basel, Parabel, 2005
(Tradução e adaptação)
L
á muito para cima, perto do Pólo Norte, morava Ulisses, o
urso polar. Não havia muitos animais que morassem tão a
norte, por isso Ulisses passava a maior parte do tempo sozinho. Nos
últimos tempos, aliás, tinha recebido uma série de visitas
interessantes. Primeiro, tinham chegado num navio três pinguins e,
mais tarde, outros dois. Vinham de longe, do outro lado do mundo,
mais precisamente do Pólo Sul, onde tudo também é gelado, como no
norte.
Nos dias anteriores, Ulisses tinha andado a mostrar a sua
terra aos pinguins e todos tinham gostado muito. É certo que o urso
polar não podia mostrar-lhes muita coisa, porque muito não havia,
mas os pinguins sentiam-se bem, e isso era o mais importante.
Certa noite, chegou um terceiro barco à pequena baía onde
Ulisses tinha a sua toca. Seriam mais pinguins? Ulisses e os cinco
pinguins correram para a praia e puxaram o barco para terra.
Curiosamente, não estava ninguém na coberta. O urso abriu a porta
gelada do camarote. Lá dentro, enrolado num cobertor fino,
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Uma visita fora do normal