2 Quinta-feira 12 de fevereiro de 2015 Jornal do Comércio - Porto Alegre Opinião Editor: Roberto Brenol Andrade [email protected] É preciso uma reação do setor leiteiro gaúcho so recorrer à importação. Trabalhar com leite era caro e difícil, pois o tipo C – que quase não possuía normas de higiene na ordenha – durava, no máximo, quatro ou cinco dias. As distâncias entre a produção e o processamento costumavam ser muito longas, o que só veio a melhorar após a introdução de tecnologias que prolongam a durabilidade do produto. Na década de 1960, houve uma guinada na valorização do leite no Estado. Com a criação do Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados do Estado do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS), em 1969, começou o incentivo às pequenas comunidades leiteiras. Foi um período de atenção ao pequeno produtor. Depois de anos de trabalho, obteve-se um maior volume de oferta de leite. A industrialização em estágio tecnológico começou somente na década de 1980, quando a produção gaú- LUCIO BERNARDO JR./AGÊNCIA CÂMARA/DIVULGAÇÃO/JC FRASES E PERSONAGENS cha ultrapassou os 500 milhões de litros ao ano. Em 2014, alcançou a marca de 4 bilhões de litros/ano. Nos últimos 10 anos, o Rio Grande do Sul cresceu 103%, contra 56% da média nacional. Ainda temos muita capacidade produtiva. É preciso organização. Talvez fosse o momento de voltar a dar atenção ao pequeno produtor, fazendo um trabalho de conscientização, e trilhando, também, um caminho de volta às origens, quando postos de coleta recebiam o leite e o processo de recolhimento ainda não era terceirizado. Nos locais, ficavam fiscais do SIF (Serviço de Inspeção Federal), além de técnicos das próprias indústrias. O processo era mais caro, mas havia garantia de qualidade. As próprias indústrias recolhiam o leite, sem intermediários. Havia o entendimento, ou, pelo menos isso transparecia, de que o leite, além de perecível, é um produto fundamental. Com o tempo, para reduzir custos, foi necessária uma alternativa. Dessa forma, a coleta de leite sob o guarda-chuva das indústrias deixou de existir, passando a coleta e o resfriamento a serem terceirizados, e deu no que deu. Em dezembro de 2014, o Ministério Público realizou a sétima fase da Operação Leite Compensado. Foi descoberta a adição de água e sal ao produto. Suspeita-se que os motoristas fossem incentivados a adicionar água em quantidade que não aparecesse nos testes. Porém, em diversos casos, o produto já saía adulterado da propriedade rural, por isso a necessidade de conscientizar produtores e valorizá-los. Todos perdem com os problemas da indústria leiteira, mas o maior lesado é o consumidor, que recebe um produto sem garantia de qualidade. IMAGEM DO DIA TÂNIA RÊGO/ABR/JC A produção de leite no Rio Grande do Sul cresceu 7,5% em 2014, mantendo a trajetória de elevação acima da média nacional. No entanto, esse crescimento não foi suficiente para deixar satisfeito o setor, pois o ano que passou foi de resultados financeiros com margens apertadas. Para 2015, a previsão é que não seja diferente — a elevação das tarifas de energia e combustíveis vai impactar a indústria leiteira. O que atenua o quadro é o crescimento contínuo da produção, mas nem sempre foi assim. Houve períodos em que o Rio Grande do Sul passou por problemas, mas os agricultores tiveram lideranças capazes de mudar a situação. Entre 1945 e 1991, o preço do tipo C era tabelado em todo o País. O setor produtivo não tinha incentivo para crescer e as indústrias não podiam se desenvolver. A pequena produção não atendia ao mercado interno e era preci- que acabam fazendo com que um conjunto inteiro de torcedores pacíficos paguem pelos seus atos de vandalismo.” Cássio Trogildo (PTB), vereador de Porto Alegre, ao elogiar a iniciativa de criar um setor para receber torcedores de Grêmio e Inter no Grenal. “Nós que jogamos futebol convivemos, durante muito tempo, com a paz nas torcidas, e estes momentos devem voltar a fazer parte do cotidiano das partidas de futebol.” Tarciso Fle“A moralização do esporte será uma das minhas batalhas aqui no Senado. Digo isso, porque é preciso uma vigilância constante.” Romá- rio (PSB-RJ), senador, ao prometer priorizar a defesa do esporte ao longo dos seus oito anos de mandato. “Precisamos estabelecer critérios claros de transparência e gestão financeira. Nessa mesma linha, precisamos também debater as responsabilidades da CBF no papel central que detém no futebol brasileiro.” Também Romário. “Os clubes de futebol hoje não administram o time, quem administra são os empresários. É uma coisa que deve ser mudada.” Pelé, durante entrevista a um programa de televisão. “Os clubes de futebol fazem o que querem, da maneira que querem, e nunca se vê uma punição. Chegou a hora de cobrar, mesmo, quem administra o futebol brasileiro.” Também Pelé. “Não podemos mais ser reféns de poucos cha Negra (PSD), vereador de Porto Alegre. “Chegamos à conclusão, após avaliação bastante técnica, de que não devemos prorrogar. Portanto, no próximo dia 22 encerra-se o horário de verão.” Eduardo Braga, ministro de Minas e Energia. “Temos de estar preparados para dois anos de preços baixos ou muito baixos (de petróleo), e a sociedade, a revolução bolivariana, continuará o seu curso.” Nicolás Maduro, presidente da Venezuela, ao pedir à população que se prepare para suportar a conjuntura adversa causada pela queda do preço do petróleo nos mercados internacionais. “É preciso reconhecer que esta gente não fez atentados com explosivos contra a infraestrutura (energética), nem ataques diretos contra a força pública, desde o momento que falaram de cessar-fogo unilateral.” Juan Carlos Pinzón, ministro de Defesa da Colômbia, ao afirmar em coletiva de imprensa que as Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) cumpriram com o acordo. Cia. Jornalística J.C. Jarros Diretor-Presidente Mércio Tumelero Diretor Comercial Luiz G. Borges Editor-Chefe Pedro Maciel www.jornaldocomercio.com [email protected] [email protected] Fundada em 25/5/1933 por Jenor C. Jarros Zaida Jayme Jarros Conselho: Cristina Ribeiro Jarros Jenor Cardoso Jarros Neto Valéria Jarros Tumelero Av. João Pessoa, 1282 - Porto Alegre, RS CEP 90040.001 PABX: (51) 3213.1300 Atendimento ao Assinante: (51) 3213.1313 Outros telefones na página 17 A um ano e meio das Olimpíadas no Rio de Janeiro, intensificam-se os preparativos em todos os setores. Ontem, o Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) fez um treinamento em estações de ônibus BRT e em futuras instalações esportivas, com a simulação de resgate de refém em um ônibus articulado. A ação têm o objetivo de preparar a unidade para a Olimpíada de 2016, e aconteceu na estação Golfe Olímpico e no terminal Alvorada do BRT, na zona Oeste do Rio. Tudo para garantir a segurança dos milhares de estrangeiros e brasileiros que estarão na cidade para os Jogos Olímpicos de 2016. Mas na Baía de Guanabara, onde acontecerão as competições de vela, o compromisso do legado para a cidade só deverá ser alcançado no prazo de 10 anos, com a implementação de um novo programa de despoluição. CENÁCULO / REFLEXÃO Uma mensagem por dia Jamais se deixe abater pela tristeza, desânimo ou pessimismo. Tudo passa, tudo muda. O tempo é como um farol, que guia as pessoas na direção certa. Além disso, é um bálsamo que cura dores, mágoas e feridas. Por isso, entregue tudo nas mãos divinas. No momento certo, Deus agirá. Mesmo que experimente dias de pouca luz e esperança, com a sua graça, tudo será diferente! Meditação Nada tema, se você caminhar na verdade e na justiça. Confirmação “Quem é paciente resistirá até o momento oportuno; depois, a alegria lhe será restituída” (Eclo 1,29). Rosemary de Ross/ Editora Paulinas