UNIVERSIDADE COMUNITÁRIA DA REGIÃO DE CHAPECÓ Área de Ciências Sociais e Aplicadas Área: 1081 - COMUNICAÇÃO SOCIAL - PUBLICIDADE E Curso: PROPAGANDA 421 - COMUNICAÇÃO SOCIAL - PUBLICIDADE E Matriz: PROPAGANDA Componente 6090307 - REDAÇÃO PUBLICITÁRIA I Curricular: A Período: 3 Carga horária: 72 Turma: h/a Ano/Semestre: 2014 / 1 RICARDO JOSE SEKULA Professor(a): Aluno(a): TAIS REGINA PAULETTO Morte Como dizia Pedro Bial, em uma de suas obras mais importantes, “A morte obriga você a sair no melhor da festa... Os outros serão obrigados a arrumar suas coisas, a apagar pistas que você deixou durante uma vida inteira, que pegadinha macabra”. Palavras que representam a surpresa dessa pegadinha sem graça, trazendo consigo a destruição da vida de todos os que ficam. Às vezes em cerimônias de despedidas me pergunto: “Será que esta pessoa era tão especial assim?” Observo pessoas que nunca sequer demostraram carinho, chorando ao lado do caixão, às vezes a cena até parece cômica, com um efeito tão falso que a morte pode causar em todos nós. Não importa se aconteceu repentinamente, a morte causa um choque tão grande, que se torna difícil falar. É tão cômico saber que aquela pessoa tinha sua agenda cheia de compromissos e que não poderá comparecer a nenhum. Engraçado saber que aquela pessoa fazia planos para o futuro e que seus objetos pessoais foram destruídos para tentar apagar seus vestígios. É tão cômico ver aquela pessoa que há muito tempo não se ouvia falar, aparecer lá, de uma hora pra outra, com os olhos vermelhos, consternada. É trágico perceber que durante uma vida inteira não ganhamos nenhuma flor sequer e após falecer recebemos centenas delas. Pessoas, que não derramaram uma lágrima em anos de convivência, resolvem chorar tardiamente. Tantas pessoas desaparecidas até então, marcando presença, e eu me pergunto de que adianta? Já é tarde demais para reparar os erros, o tempo de presentear alguém com uma rosa já passou ou um beijo, enfim, para demonstrar afeto. Mas o que falar da suposta “outra vida”? Será que aquela pessoa estrará presente em alma, será que irá nos ver entristecidos com sua partida? Será que ela entenderá o motivo da ausência ou será tarde de mais? São tantas perguntas sem respostas sobre essa “pegadinha macabra”, tantas dúvidas e crenças de uma palavra tão pequena: Morte! É estranho até imaginar uma vida sem a pessoa que está ao seu lado há anos, será mesmo que a vida continua? É tão difícil acreditar, de aceitar a nova situação. É tão estranho saber que você se prepara a vida inteira para terminar de uma hora para a outra, com uma bala perdida, um acidente ocasionado por um bêbado qualquer, ou pelos delírios de um ex-namorado furioso e incontrolável. E é essa surpresa tão certa que leva consigo lembranças de um período cheio de cicatrizes, histórias e lembranças, mas também não deixa de carregar a necessidade do descanso eterno Morte A triste “piadinha macabra” chamada morte, deixa as pessoas sem reação, as pega de surpresa e em muitas vezes determina uma drástica mudança na vida de familiares e amigos. Sem falar o contexto enorme movido por crenças, relacionado ao assunto “vida após a morte”, que é manifestada de várias formas.