UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA “JÚLIO DE MESQUITA FILHO” FACULDADE DE ENGENHARIA DE GUARATINGUETÁ ARMAS DE FOGO Augusto Araujo Peres Gonçalez Érika Monique F. Jannuzzelli Guilherme Silva Lima Pedro Pereira Lima Junior Prof. Marcelo A. Santos Torres 102401 101581 102231 102261 17/06/10 T – 111 T – 111 T – 111 T – 111 IEMC INTRODUÇÃO Durante milhões de anos, o homem viveu com suas armas naturais, ou seja, somente com suas defesas naturais, suas garras e dentes (como os demais animais). Durante o período neolítico, surgiram as primeiras armas humanas de pedra lascada usadas para que grupos se defendessem dos predadores, de outros grupos e para a caça. Com a evolução desses grupos o temor aumentava, pois quanto mais um grupo se desenvolvia, maior era a possibilidade de sofrer ataques de grupos rivais. A necessidade de proteção e a tendência a agressões próprias do homem orientaram seus esforços para o desenvolvimento e fabricação de armas. A origem e a seqüência dos primeiros meios mecânicos usados nas armas podem apenas ser imaginadas, e com certeza surgiram na Pré-História. Provavelmente o uso de um galho como prolongamento de suas mãos e a potência de uma pedra arremessada com a mão foram os primeiros aperfeiçoamentos introduzidos no armamento humano. Não se sabe quando foi descoberto que, ao ser lapidada de diversas formas, a pedra poderia causar muito mais dano ao oponente, sendo mais eficaz. Assim as armas foram se evoluindo para se tornarem facas, espadas, punhais etc. Paralelamente, eles perceberam que se conseguissem lançar um projétil com precisão, poderiam atacar a presa ou inimigo sem se aproximar. Surgiu assim o conceito dos arcos flecha, das bestas, dos bumerangues, etc. Os dardos e as lanças leves de arremesso apareceram nos primórdios da civilização. A funda, cuja criação é atribuída aos fenícios ou aos habitantes das ilhas Baleares, foi usada como arma de guerra durante séculos. Com a evolução humana, na Idade do Cobre, período posterior ao Neolítico, que os metais tornaram-se a matéria-prima mais utilizada. Foi o primeiro período em que se utilizaram os metais de forma sistemática. Com a descoberta do metal, principalmente do bronze, foi possível produzir espadas, lanças, facas, pontas de flechas, etc. mais eficientes para a caça e defesa. Com tais desenvolvimentos, surge a função específica de defesa do grupo, concedida aos mais bravos e corajosos, surgindo, dessa forma, os exércitos que mantém sua função até os dias de hoje. A invenção da pólvora pelos chineses revolucionou as armas. Surgiram então os canhões, mosquetes, pistolas, que conseguiam lançar projéteis a velocidades e distâncias antes inimagináveis, pois as armas deixaram de funcionar apenas por processos mecânicos, como a catapulta. Com o desenvolvimento crescente ao passar dos anos, os canhões reduziram em tamanho até chegar a uma dimensão que fosse possível ser transportado e manipulado por um só homem, surgindo os mosquetes, as primeiras armas de fogo que puderam ser consideradas de uso pessoal. Grandes avanços na tecnologia das armas surgiram antes, durante e após a Segunda Guerra Mundial. FUNCIONAMENTO DO REVÓLVER E DE ARMAS DE FOGO EM GERAL Para entender como o revólver funciona é bom saber algo sobre armas de fogo em geral, quase todas se baseiam no mesmo conceito simples: aplica-se um explosivo sob pressão atrás de um projétil para lançá-lo através de um cano. A mais antiga e simples aplicação dessa idéia é o canhão. 1 O canhão é simplesmente um tubo de metal com uma extremidade fechada e outra aberta. A extremidade fechada tem um pequeno buraco fundido. Para carregar o canhão coloca-se pólvora, uma mistura de carvão, enxofre e nitrato de potássio e, em seguida, uma bala de canhão. A pólvora e a bala entram na culatra, a parte posterior do calibre, o espaço aberto no canhão. Para preparar o tiro é inserido um pavio, um pedaço de material inflamável através do furo, de modo que se atinja a pólvora. Para disparar o canhão, acende-se o pavio. A chama queima ao longo do pavio e finalmente atinge a pólvora. Quando a pólvora inflama, queima rapidamente, produzindo grande quantidade de gás quente no processo. Tal gás aplica uma pressão muito maior dentro do canhão do que a pressão do ar atmosférico, fazendo com que a bala seja arremessada com uma velocidade muito grande. As primeiras armas de mão eram essencialmente canhões em miniatura. Carregava-se um pouco de pólvora, uma bala feita de aço e acendia-se um pavio. Essa tecnologia abriu caminho para as armas de ativação por gatilho, como a armas de pederneira e a cápsula explosiva. A espingarda de pederneira queimava a pólvora produzindo uma minúscula fagulha. Para carregar a cápsula explosiva, vertia-se pólvora na culatra, empurrava-se uma bala e colocavase uma coifa de fulminato de mercúrio no topo de um bocal roscado. Para disparar a arma, você armava um martelo para trás e puxava o gatilho da arma. O gatilho liberava o martelo, que atingia com força a cápsula explosiva. A cápsula queimava, disparando uma pequena chama no tubo em direção à pólvora. A pólvora explodia, lançando a bala para fora do cano. Ao longo do século 19, a arma de cápsula explosiva lentamente deu lugar ao revólver, que tinha que ser recarregado somente a cada cinco ou seis disparos em vez de a cada disparo. Em 1830, quando tinha apenas 16 anos, Samuel Colt começou a desenhar em seus tempos vagos um projétil de arma que podia disparar várias vezes antes de ser carregada. Criou então o revolver, uma arma de altíssima confiança e que teve profundo impacto nos Estados Unidos. O REVÓLVER Os primeiros revólveres usavam pólvora, balas e cápsulas como as antigas pistolas de cápsula explosiva. O atirador carregava cada uma das seis câmaras no cilindro com pólvora e um projétil e depois posicionava seis cápsulas explosivas nos bocais correspondentes. Embora o procedimento de carregamento fosse tedioso, um atirador poderia ter seis rodadas totalmente preparadas com antecipação. Na década de 1870 esses modelos foram substituídos por revólveres que usavam cartuchos de bala, em vez de pólvora e cápsulas. Os cartuchos são uma combinação de projétil (a bala), propulsor (por exemplo, pólvora) e estopim (a cápsula explosiva), todos encerrados em uma cápsula metálica. Em um revólver moderno, os cartuchos são carregados em seis câmaras, cada uma podendo ser posicionada na frente do cano da arma. Um martelo carregado por mola é posicionado no outro lado do cilindro, alinhado com o cano. A idéia é armar o martelo para trás, alinhar um novo cartucho entre o martelo e o cano e, em seguida, liberar o martelo puxando o gatilho. A mola lança o martelo para frente, atingindo assim, o estopim. O estopim explode, inflamando o propulsor que expele a bala para fora do cano. O interior do cano é forrado com estrias espiraladas que giram a bala para dar estabilidade. Um cano longo proporciona estabilidade, visto que gira a bala por mais tempo. A extensão do cano aumenta também a velocidade da bala, pois a pressão do gás acelera a bala por um período de tempo maior. Nos primeiros revólveres, o atirador tinha que puxar o martelo para trás antes de cada tiro, e então puxar o gatilho para liberá-lo. Nos revólveres modernos, um simples puxão no gatilho força o martelo para trás e o libera. Evidentemente, é mais fácil usar um revólver do que usar uma espingarda de pederneira ou uma arma de cápsula explosiva. O atirador pode carregar seis tiros de uma vez e necessita somente puxar o gatilho para disparar. Entretanto os revólveres parecem muito limitados em relação às novas tecnologias. O atirador deve puxar o gatilho para cada disparo e parar para recarregar com regularidade. A duração da popularidade dos revólveres se dá pela simplicidade de seu desenho. Tudo se encaixa tão bem que é muito raro as armas emperrem. E visto que elas são feitas com um número relativamente pequeno de partes, torna-se relativamente barata a sua fabricação. A MUNIÇÃO 2 A munição, dividida em quatro partes principais: o estopim (ou espoleta), a cápsula (ou estojo), a pólvora (ou propelente) e o projétil. A função da espoleta é dar a ignição para a queima do propelente. Ela é a responsável por gerar faísca e iniciar a queima do propelente quando receber um forte impacto (vindo do percussor da arma). A cápsula tem a função de isolar o propelente do meio, impedindo a entrada ou saída de ar ou qualquer outra substância. A função do projétil é manter lacrada a cápsula até o momento do disparo e ser impulsionado até o alvo. O propelente (no caso a pólvora), que é o real responsável pelo disparo, não explode, o projétil não é arremessado devido à explosão. O que ocorre é a queima gradual do propelente, gerando gás em alta temperatura. Este gás aumenta a pressão interna dentro da cápsula, até o ponto em que o projétil não consegue mais manter a cápsula fechada. Neste momento o projétil é empurrado gradualmente para frente pelos gases em alta temperatura, que continuam agindo e aumentando a energia do projétil até que este saia do cano da arma. Um revólver perde potência devido à distância entre o tambor e o cano, dissipando gases. A pistola aproveita a ação e ração criada pelos gases, aproveitando a força gerada em sentido contrário ao projétil para a recarga do próximo tiro e com isto reduz o recuo da arma. Fuzis, em geral, aproveitam a pressão do gás em alta temperatura para alimentar o funcionamento dos disparos em rajada e tiro contínuo. Há diversos outros itens importantes sobre as munições, como por exemplo, elas criam uma parábola, e não percorrem uma linha reta. Assim sendo, só existem dois momentos em que o projétil está exatamente no ponto indicado pela mira. Além disso, há diversos tipos de projeteis, perfurantes, ponta oca, hydra, etc. FUNCIONAMENTO DOS DISPAROS A alavanca do gatilho empurra o martelo para trás; Ao se mover para trás, o martelo comprime a mola na coronha; Ao mesmo tempo, uma lingüeta ligada ao gatilho impulsiona a catraca para girar o cilindro. Isso posiciona a próxima câmara da culatra na frente do cano da arma; Outra lingüeta aloja-se em uma pequena depressão no cilindro. Isso estaciona o cilindro em uma posição particular de modo que fique perfeitamente alinhado com o cano; Quando a alavanca do gatilho é pressionada totalmente para trás, libera então o martelo; A mola comprimida impulsiona o martelo para frente. O gatilho no martelo se estende através do corpo da arma atingindo o estopim. O estopim explode, inflamando o propulsor; O propulsor queima, liberando um enorme volume de gás. A pressão do gás impele a bala para fora do cano e também provoca uma expansão no cartucho da bala, fechando temporariamente a culatra; Para recarregar a arma, o atirador move o cilindro e empurra a vara ejetora, colocando em funcionamento o extrator no meio do cilindro. O extrator prende a base do cartucho usado e o remove do cilindro; Para recarregar, o atirador pode colocar os cartuchos um a um nas câmaras ou carregar seis de uma só vez com um carregador rápido, que é basicamente, um pequeno cabo de metal com cartuchos fixados na posição correta. Nos revólveres de dupla ação, o atirador pode também puxar o gatilho para armar e disparar ou empurrar o martelo para trás com antecipação. A vantagem de armar o martelo primeiro é que o gatilho se move mais facilmente quando é disparado. BIBLIOGRAFIA HowStuffWorks – Como funcionam os revólveres. http://ciencia.hsw.uol.com.br/revolver.htm Quarta-Feira, 26 de Maio de 2010, 14h07min. Arma – Wikipédia, a enciclopédia livre. 3 http://pt.wikipedia.org/wiki/Arma Quarta-Feira, 26 de Maio de 2010, 14h10min. HowStuffWorks – História das armas de fogos e seus princípios http://ciencia.hsw.uol.com.br/revolver1.htm Quarta-Feira, 26 de Maio de 2010, 14h19min HowStuffWorks – O revólver http://ciencia.hsw.uol.com.br/revolver2.htm Quarta-Feira, 26 de Maio de 2010, 14h32min. Armas de fogo: Funcionamento básico das munições http://armasdefogo.amatilha.com.br/2008/09/funcionamento-basico-das-municoes/ Quinta-Feira, 26 de Maio de 2010, 15h01min. 4