JUDAS E APOCALIPSE JUDAS • O autor se identifica como Judas, “irmão de Tiago”, provavelmente o Tiago que era irmão de nosso Senhor e Líder da igreja de Jerusalém (At 15.13; 21.18; Gl 1.19; 2.12). Mc 6.3 menciona Judas como um irmão do Senhor. • Podemos aprender muita coisa acerca de um homem ao escutar o que tem a dizer acerca de si mesmo. • Judas faz duas alegações relevantes: • Primeiro Lugar, é servo de Jesus Cristo. O próprio reconhecimento de Jesus como Cristo ou Messias significava que o cristão se via como servo devoto de Jesus • Que mudança desde os dias antes da ressurreição, quando seus irmãos não acreditavam nele, antes, pensavam que estava fora de Si (Jo 7.5; Mc 3.21, 31). • Agora, estava totalmente à disposição do Messias Jesus • Segundo lugar, Judas se chama irmão de Tiago. O nome Tiago, sem outro acréscimo, significava uma só pessoas exclusivamente na igreja apostólica – Tiago, o irmão do Senhor, o líder da igreja em Jerusalém. Embora outros chamassem Judas de “irmão do Senhor” (I Co 9.5), ele preferia intitularse irmão de Tiago e servo de Jesus Cristo. Marca adicional de sua modéstia . A EPÍSTOLA • Foi escrita como advertência contra certos infiltrados na igreja. Estes eram cristãos apenas de nome, uma vez que ameaçavam minar e destruir a comunhão dos crentes com caráter e condutas imorais. • Os que seguiam estes caminhos podiam estar cerros do julgamento de Deus. • Judas mostrou urgência em seu propósito de advertir uma comunidade desconhecida de cristãos contra os falsos mestres. Pervertem a verdade (4), e são destinados ao julgamento divino (14,15). Eles são chamados “adormecidos” no v.8 e são expostos por não ter o Espírito no v.19. • A última referência insinua que os falsos mestres representavam a eles mesmos como aqueles que tinha o Espírito (Mt 7.22-23). • A carta começa e termina com uma afirmação de ação graciosa de Deus em nome dos crentes, ressaltando a preservação divina (vs 1,24). Entretanto, os próprios cristãos devem “batalhar pela fé” (3). • As responsabilidades dos cristão são mais desenvolvidas nos vs. 20-23 por uma série de exortações práticas. O balanço da carta expõe, especialmente levando em conta as analogias do AT, a presença secreta de falsos mestres dentro da comunidade, os quais buscam destruir a fé do povo de Deus. PROPÓSITO E TEOLOGIA • Judas Pretendia escrever uma mensagem sobre a salvação que tinha em comum com seus leitores (v. 3). Seu conhecimento do surgimento de uma heresia, no entenanto, levou-a a mudar sua ênfase para uma denúncia da heresia que o cercava. Judas deu orientações sobre como deter o avanço da heresia entre seus leitores nos versículos 17-23. • A epístola tem pouco conteúdo teológico porque seu propósito era antes de tudo prático. Um detalhe polêmico do livro são as citações dos livros apócrifos de I Enoque (v 14) e da Ascensão de Moisés (v.9). Alguns estudiosos viram nessas citações razão para questionar a autoridade de Judas, mas Paulo citou um poeta pagão em Atos 17.28 e referiu-se a um escrito não canônico em II Tm 3.8. • Judas usou as citações como ilustrações para dar substância às suas afirmações. A descrição dos falsos mestres • Judas mostra que os hereges merecem receber a condenação de Deus do mesmo modo que os judeus descrentes, os anjos que pecaram e as cidades de Sodoma e Gomorra que incorreram em condenação (v 5-7) • Ele mostrou que os falsos mestres estavam desafiando a Deus com arrogãncia, com sua conduta moral pervertida. Desprezavam criaturas angélicas que não conseguiam entender. Judas elogiou o exemplo do anjo Miguel, que não revidou às pretensões do Diabo com base em sua própria autoridade (v. 9). Judas usou a história do livro apócrifo conhecido como Ascensão de Moisés para mostrar a atitude correta diante do sobrenatural. • Nos versículos 10-13 ele extraiu exemplos históricos do AT para caracterizar os falsos mestres como materialistas e imorais. Eles eram gananciosos como Balaão e tão rebeldes como Corá. (Nm 16, 22, 23, 24 e 25) • Nos versículos 14-15, Judas citou uma afirmação de I Enoque para provar que o julgamento divino dos incrédulos é uma realidade. Judas não necessariamente considerou I Enoque inspirado, apenas estava citando um livro que seus leitores deviam conhecer e respeitar. EXERCÍCIO • Relacione algumas verdades sobre Deus mencionadas por Judas nos versículos 24-25. APOCALIPSE • O autor se refere a si mesmo quatro vezes como João (1.1,4,9; 22.8). Ele era tão bem conhecido por seus leitores e sua autoridade espiritual era tão amplamente reconhecida que ele não precisou estabelecer suas credenciais. A Antiga tradição eclesiásticas atribui unanimemente este livro ao apóstolo João. • As evidências em Ap indicam que foi escrito durante um período de extrema perseguição aos cristãos, que possivelmente tenha começado com Nero depois do grande fogo que quase destruiu Roma, em Julho de 64 dC, e continuou até seu suicídio, em junho de 68 dC. • Profecia autêntica sobre o sofrimento continuo e a perseguição dos cristãos, que tornou-se bem mais intensa e severa nos anos seguintes. • O objetivo desta mensagem era fornecer estímulo pastoral aos cristãos perseguidos, confortando, desafiando e proclamando a esperança cristã garantida e certa, junto com a garantia de que, em Cristo, eles estavam compartilhando o método soberano de Deus de superar totalmente as forças do mal em todas suas manifestações. • O Ap também é um apelo evangelístico a todos aqueles que estão atualmente vivendo no reino das trevas para entrar no Reino da Luz (22.17) CONTEÚDO • A mensagem central do Ap é que “Deus Todo-poderoso reina” (19.6). Este tema foi validado na história devido à vitória do cordeiro, que é “o Senhor dos senhores e Reis dos reis” (17.14). Entretanto, aqueles que seguem o Cordeiro estão envolvidos em um conflito espiritual contínuo e, sendo assim, o Ap fornece um maior discernimento quanto à natureza e tática do inimigo (Ef 6.10-12). As cartas às sete igrejas • As cartas às igreja de Éfeso, Esmirna, Pérgamo, Tiatira, Sardes, Filadélfia e Laodiceia. Esmirna e Filadélfia só tinha elogios, a exortação era que permanecessem firmes Éfeso é dito que retorne ao primeiro amor, ou o seu candeeiro seria retirado do seu lugar, punição que implica a morte da igreja. Esmirna – foi amavelmente incentivada a ser fiel até a morte Pérgamo e Tiatira foram advertidas com ternura a tomar cuidado com os falsos ensino e com as ações imorais que com tanta frequência os acompanham. Sardes – é chamada a despertar e a completar seus atos de obediência. Laodiceia – recebe a ordem de não se enganar e de arrepender-se da sua mornidão. • Essas advert~encias e exortações foram enviadas a sete igrejas reais. Não há dúvida de que o número “sete” tem significado simbólico e pode muito bem significar que as 7 igrejas da Ásia representavam muitas outras comunidades da Ásia Menor. • Eram palavras de advertência e de esperança. A soberania do Deus Criador • O dragão, frustrado por sua derrota na cruz e pelas conseqüentes restrições imposta sobre sua atividade, “fazer guerra” com os santos (12.17). • João recebeu essas profecias de uma série de visões vívidas contendo imagens simbólicas e números que ecoam aqueles encontrados nos livros proféticos do AT. • Toda a mensagem é “notificada” (1.1). Há um segredo para a compreensão das visões, todas as quais contém linguagem figurativa que aponta para realidades espirituais em e por trás da experiência histórica. Os sinais e símbolos são essenciais porque a verdade espiritual e a realidade invisível deve sempre ser comunicada a seres humanos através de seus sentidos. Cristo, o Cordeiro • Ele é o “Reis dos reis e o Senhor dos senhores” (17.14; 19.16) e deve receber a mesma adoração que recebe de Deus, o Criador ( 5.12-14). O único que é “digno” para executar o propósito eterno de Deus é o “Leão de Judá”, que não é um Messias político, mas um Cordeiro morto (5.5,6). “O Cordeiro” é seu título primário, utilizado vinte e oito vezes em Ap • Como aquele que conquistou, ele tem a legítima autoridade e poder de controlar todas as forças do mal e suas conseqüências para seus propósitos de julgamento e salvação (6.1-7.17). O Cordeiro está no trono (4.1-5.14; 22.3). O Cordeiro, como “um semelhante ao Filho do Homem”, está sempre no meio de seu povo (1.9-3.22; 14.1), cujos nomes estão registrados em seu livro da vida (3.5; 21.27). • Ele os conhece intimamente, e com um amor incomensuravelmente sagrado, ele cuida, protege, disciplina e os desafia. Eles compartilham totalmente sua vitória presente e futura (17.14; 19.11-16; 21.122.5), bem como a “ceia das bodas” (19.79; 21.2) presente e futura. Ele habita neles (1.13), e eles habitam nele (21.22). • Como “um semelhante ao Filho do Homem”, ele também é o Senhor da colheita final (14.14-20). Ele derrama sua ira em julgamento sobre Satanás (20.10), seus aliados (19.20; 20.14) e sobre os espiritualmente “mortos” (20.12,15) - todos aqueles que escolheram “habitar na terra” (3.10). • O cordeiro é o Deus que está chegando (1.78; 11.17; 22.7,20) para consumar seu plano eterno, para completar a criação da nova comunidade de seu povo em “um novo céu e uma nova terra” (21.1) e restaurar as bênçãos do paraíso de Deus (22.2-5). O Cordeiro é a meta de toda a história (22.13)