UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO Manutenção de computadores Formatação e solução de problemas comuns PET Engenharia de Computação DI-UFES www.inf.ufes.br/~pet 1 Sumário 1 Peças que formam um pc 1.1 O que determina se um pc é bom ou ruim. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1.2 Entradas da placa mãe . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4 6 7 2 Montagem do computador 2.1 Compatibilidade da placa mãe com o processador . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2.2 Diferenças entre memórias . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2.3 Processadores . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11 21 21 23 3 Formatação do HD e Instalação de Sistemas Operacionais 3.1 Preparação para formatação do HD . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3.1.1 Reavaliar a necessidade de formatá-lo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3.1.2 Salvar arquivos e informações desejados em um lugar que não vai ser formatado 3.1.3 Dando boot pelo CD . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3.2 Formatando e instalando Windows . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3.3 Instalando o Ubuntu . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3.4 Recuperando o GRUB . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3.5 Instalação dos drivers . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25 25 25 26 26 27 27 28 29 4 Soluções de problemas comuns 4.1 O computador não liga . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4.1.1 Alimentação externa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4.1.2 Fonte do computador e cabeamento interno . . . . . . . . 4.2 O computador liga e ouço barulhos, mas não aparece nada na tela 4.2.1 Verificando o vídeo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4.3 O computador reinicia sozinho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4.4 O mouse não funciona . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4.5 O computador travou . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4.6 Código de bips da BIOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4.7 Erros comuns na montagem de computador . . . . . . . . . . . . 4.7.1 Placa mãe . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4.7.2 Disco rígido e CD ROM . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4.7.3 Memórias . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31 31 31 31 32 32 33 33 34 34 35 35 35 36 . . . . . . . . 37 37 37 37 37 37 37 38 38 5 Manutenção preventiva no hardware 5.1 O que é . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5.2 Unidade de CD (DVD-ROM,CD-RW) . . . . . . . . . . . . 5.3 Teclado (Keyboard) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5.4 Monitor CRT /Scanner . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5.5 Monitor LCD . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5.6 Impressora Jato de Tinta . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5.7 Placa mãe . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5.8 Placas em geral (Placas conectadas nos slots do computador) 2 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6 5.9 Coolers . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5.10 Fonte de Alimentação (power suply) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5.11 Gabinete ou Box do PC . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 38 38 39 Manutenção por Software 6.1 Desfragmentação de disco . . . . . . . . . 6.2 Corrigindo erros no disco . . . . . . . . . . 6.3 Desinstalação de programas desnecessários 6.4 Limpeza do registro do Windows . . . . . . 6.5 Proteção contra vírus e spywares . . . . . . 40 40 40 40 40 41 3 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Capítulo 1 Peças que formam um pc PC significa “Personal Computer”, ou “Computador pessoal”. Os computadores que hoje são chamados de PCs são derivados do IBM PC, criado no início dos anos 80. Os PCs modernos não são mais exclusividade de um pequeno grupo de grandes fabricantes. Como todas as peças que formam um PC são encontradas com facilidade no comércio, qualquer pequena loja pode ser produtora de PCs. Muitos usuários também constroem seus próprios PCs, bastando que tenham conhecimento técnico para tal. - Gabinete: Local onde o micro é alojado; é a “caixa” do micro. Dentro do gabinete vem a fonte de alimentação. Esse gabinete deve ser escolhido de acordo com a placa-mãe escolhida. - Placa-mãe: Também denominada mainboard ou motherboard, é uma placa de circuito impresso, que serve como base para a instalação dos demais componentes de um computador, como o processador, memória RAM, os circuitos de apoio, as placas controladoras, os slots do barramento e o chipset. A placa mãe deverá ser adquirida de acordo com o processador. Figura 1.1: Placa-Mãe - Processador: É um circuito integrado que realiza as funções de cálculo e tomada de decisão de um computador, por isso é considerado o cérebro do mesmo. Ele também pode ser chamado de Unidade Central de Processamento (em inglês CPU: Central Processing Unit). Nos computadores de mesa (desktop) encontra-se alocado dentro do gabinete juntamente com a placa-mãe e outros elementos de hardware. Os processadores trabalham apenas com linguagem de máquina (lógica booleana). Realizam as seguintes tarefas: - Busca e execução de instruções existentes na memória. Os programas e os dados que ficam gravados no disco (disco rígido ou disquetes), são transferidos para a memória. Uma vez estando na memória, o processador pode executar os programas e processar os dados; - Controle de todos os chips do computador. - Cooler para o processador (“fan” ou “Ventoinha”): Vem acoplada a um dissipador de calor e 4 Figura 1.2: Processador é encaixada sobre o processador. É indispensável, pois evita que ele queime ou trave por super aquecimento. A ventoinha deve ser compatível com o processador escolhido. - Memória (RAM): Encaixada na placa-mãe, é vendida em módulos. A capacidade de memória é expressa em megabytes (MB) ou gigabytes (GB) e quanto mais memória tivermos no microcomputador, melhor. É importante notar que há alguns tipos diferentes de memória, e a placa-mãe do micro deverá ser compatível com a tecnologia escolhida (as diferenças entre os tipos de memória serão abordas no capítulo 2). É nesta memória que são carregados os programas em execução e os respectivos dados do utilizador. Uma vez que se trata de memória volátil, os seus dados são perdidos quando o computador é desligado. Para evitar perdas de dados, é necessário salvar a informação para suporte não volátil (por ex. disco rígido), ou memória secundária. Figura 1.3: Memória (RAM) - Disco Rígido: Popularmente chamado também de HD (derivação de HDD do inglês hard disk drive) ou winchester (em desuso), é a parte do computador onde são armazenadas as informações, ou seja, é a memória permanente propriamente dita (não confundir com “memória RAM”). É caracterizado como memória física, não-volátil, que é aquela na qual as informações não são perdidas quando o computador é desligado. O disco rígido é um sistema lacrado contendo discos de metal recobertos por material magnético onde os dados são gravados através de cabeças, e revestido externamente por uma proteção metálica que é presa ao gabinete do computador por parafusos. É nele que normalmente gravamos dados (informações) e é a partir dele que lançamos e executamos nossos programas mais usados. Este sistema é necessário porque o conteúdo da memória RAM é volátil, ou seja, é apagado quando o computador é desligado. Desta forma, temos um meio de executar novamente programas e carregar arquivos contendo os dados da próxima vez em que o computador for ligado. O disco rígido é também chamado de memória de massa ou ainda de memória secundária. Nos sistemas operacionais mais recentes, o disco rígido é também utilizado para expandir a memória RAM, através da gestão de memória virtual. - Placa de Vídeo: Permite a comunicação do microcomputador com o monitor de vídeo. Algumas placas-mãe trazem vídeo on-board, isto é, a própria placa-mãe desempenha o papel da placa de vídeo. Caso você opte por montar um micro usando esse tipo de placa-mãe, não será necessário 5 Figura 1.4: Disco Rígido adquirir uma placa de vídeo. Porém, para aplicações com mais requisitos de vídeo (como jogos) pode ser necessário adquirir uma placa de vídeo offboard. - Unidade de disquete: unidade presente em computadores antigos, não utilizada nos dias de hoje. - CD-ROM, CD-R ou DVD-ROM: Apesar de em princípio esses componentes serem opcionais, como todos os programas estão sendo comercializados em CD-ROM, torna-se indispensável a aquisição de pelo menos uma unidade de CD-ROM. O preço dos gravadores de CD (CD-R ou CD-RW) baixou muito. Com isso, analise a possibilidade de já adquirir um CD-R ou CD-RW em vez de uma unidade de CD-ROM. Uma outra possibilidade é, em vez de adquirir um CD-ROM, comprar logo um DVD- ROM, que permitirá a você ler CDs e DVDs em seu micro, inclusive assistir a filmes. - Placa de som: Esse é um componente teoricamente opcional (isto é, um micro não precisa dele para funcionar), mas todo mundo quer escutar os sons produzidos através do PC, e então a placa de som tornou-se um equipamento presente em todos os micros. As placas-mãe atuais geralmente vem com a placa de som integrada (áudio on-board). Se este é seu caso, você não precisará comprar uma placa de som avulsa. - Teclado: Principal meio de entrada de dados para o micro. - Mouse: Segundo maior meio de entrada de dados para o micro. - Monitor de vídeo: Principal meio de saída de dados do micro. - Estabilizador de Tensão: Indispensável. No estabilizador de tensão ligamos o microcomputador, isolando-o da rede elétrica a fim de que ele não seja danificado por flutuações da tensão elétrica ou ruídos provenientes da rede. - Impressora: A impressora é um componente opcional, mas obrigatório se você pretende ter o trabalho desenvolvido no micro impresso em papel. - Outros: Nós listamos apenas os componentes obrigatórios, que todo micro deve ter. Outros componentes poderão ser comprados , opcionalmente, caso você tenha necessidade deles, como scanner, Zip-drive, joystick, câmera digital, entre outros. 1.1 O que determina se um pc é bom ou ruim. Um equívoco muito comum é pensar que somente o processador da máquina (ex: Pentium 4, Pentium III, Athlon, Duron, etc.) define se o seu PC será bom ou ruim. Isso ocorre porque não é só o processador 6 escolhido que determinará o desempenho e a qualidade do seu micro. A placa-mãe, tipo de memória RAM, disco rígido, placa de vídeo e os demais componentes do micro também influenciam diretamente no desempenho e qualidade do seu PC. O ponto de partida para a escolha de qual micro montar é realmente a escolha do processador. A escolha das demais peças do micro é tão importante quanto a escolha do processador, mas, infelizmente, poucas pessoas dão a devida atenção ao restante da lista. Para você ter uma ideia mais concreta do que estamos falando, uma placa- mãe, top de linha tem um desempenho muito superior ao das placas-mãe mais baratas, chegando a fazer com que o micro tenha um desempenho, muitas vezes, 20 por cento superior. Isso significa o seguinte: se você montar um micro com um processador topo de linha mas usando uma placa-mãe de baixa qualidade (isto é, a mais barata que você encontrar), poderá obter no final das contas um desempenho inferior inclusive ao de um micro equipado com um processador inferior, teoricamente mais lento. Um bom micro, portanto, não é aquele que tem o processador mais rápido do mercado, mas sim aquele que é coerente com a escolha das peças que o compõem. É no mínimo incoerente você ter o processador mais caro do mercado instalado na placa-mãe mais barata que você encontrou. Outro ponto importantíssimo que você precisa saber antes de efetivamente escolher as peças para o seu micro: para que você o utilizará? Infelizmente a mídia como um todo enfatiza muito o processador da máquina, mas se esquece de duas coisas. Primeiro, nem sempre o processador mais possante do mercado é adequado a todos os usuários e o segundo ponto é que a mídia raramente explora a importância das demais peças que o micro deve ter. 1.2 Entradas da placa mãe As placas-mãe são desenvolvidas de forma que seja possível conectar todos os dispositivos que compõem o computador. Para isso, elas oferecem conexões para o processador, para a memória RAM, para o HD, para os dispositivos de entrada e saída, entre outros. A foto a seguir exibe uma placa-mãe. Trata-se de um modelo Soyo SY-KT880 Dragon 2. As letras apontam para os principais itens do produto, que são explicados nos próximos parágrafos. Cada placa-mãe possui características distintas, mas todas devem possibilitar a conexão dos dispositivos que serão citados no decorrer deste texto. Figura 1.5: Entradas da Placa-Mãe 7 A) Processador O item A mostra o local onde o processador deve ser conectado. Também conhecido como socket, esse encaixe não serve para qualquer processador, mas sim para um modelo (ou para modelos) específico. Cada tipo de processador tem características que o diferenciam de outros modelos. Essas diferenças consistem na capacidade de processamento, na quantidade de memória cache, na tecnologia de fabricação usada, no consumo de energia, na quantidade de terminais (as “perninhas”) que o processador tem, entre outros. Assim sendo, a placa-mãe deve ser desenvolvida para aceitar determinados processadores. A motherboard vista acima, por exemplo, é compatível com os processadores Duron, Athlon XP e Sempron (todos da fabricante AMD) que utilizam a forma de conexão conhecida por “Socket A”. Assim sendo, processadores que utilizam outros sockets, como o Intel Pentium 4 ou o AMD Athlon 64 não se conectam a esta placa. Por isso, na aquisição de um computador, deve-se escolher primeiro o processador e, em seguida, verificar quais as placas-mãe que são compatíveis. À medida que novos processadores vão sendo lançados, novos sockets vão surgindo. É importante frisar que, mesmo quando um processador utiliza um determinado socket, ele pode não ser compatível com a placa-mãe relacionada. Isso porque o chip pode ter uma capacidade de processamento acima da suportada pela motherboard. Por isso, essa questão também deve ser verificada no momento da montagem de um computador. B) Memória RAM O item B mostra os encaixes existentes para a memória RAM. Esse conector varia conforme o tipo. As placas-mãe mais antigas usavam o tipo de memória popularmente conhecido como SDRAM. A placa-mãe da imagem acima possui duas conexões (ou slots) para encaixe de memórias DDR. C) Slots de expansão Para que seja possível conectar placas que adicionam funções ao computador, é necessário fazer uso de slots de expansão. Esses conectores permitem a conexão de vários tipos de dispositivos. Placas de vídeo, placas de som, placas de redes, modems etc, são conectados nesses encaixes. Os tipos de slots mais conhecidos atualmente são o PCI (Peripheral Component Interconnect) - item C1 -, o AGP (Accelerated Graphics Port) - item C2 -, o CNR (Communications Network Riser) - item C3 - e o PCI Express (PCI-E). As placas-mãe mais antigas apresentavam ainda o slot ISA (Industry Standard Architecture). D) Plug de alimentação O item D mostra o local onde deve-se encaixar o cabo da fonte que leva energia elétrica à placamãe. Para isso, tanto a placa-mãe como a fonte de alimentação devem ser do mesmo tipo. Existem, atualmente, dois padrões para isso: o ATX e o AT (este último saiu de linha, mas ainda é utilizado). A placa-mãe da foto usa o padrão ATX. É importante frisar que a placa-mãe sozinha consegue alimentar o processador, as memórias e a grande maioria dos dispositivos encaixados nos slots. No entanto, HDs, unidades de CD e DVD, drive de disquete e cooler (um tipo de ventilador acoplado ao processador que serve para manter sua temperatura em limites aceitáveis de uso) devem receber conectores individuais de energia. E) Conectores IDE e drive de disquete O item E2 mostra as entradas padrão IDE (Integrated Drive Electronics) onde devem ser encaixados os cabos que ligam HDs e unidades de CD/DVD à placa-mãe. Esses cabos, chamados de “flat cables”, podem ser de 40 vias ou 80 vias (grossamente falando, cada via seria um “fiozinho”), sendo este último mais eficiente. Cada cabo pode suportar até dois HDs ou unidades de CD/DVD, totalizando até quatro dispositivos nas entradas IDE. Note também que E1 aponta para o conector onde deve ser encaixado o cabo que liga o drive de disquete à placa-mãe. Existe também um tipo de HD, hoje predominante, que não segue o padrão IDE, mas sim o SATA (Serial ATA), como mostra a figura 1.6. 8 Figura 1.6: Entrada SATA F) BIOS e bateria O item F2 aponta para o chip Flash-ROM e o F1, para a bateria que o alimenta. Esse chip contém um pequeno software chamado BIOS (Basic Input Output System), que é responsável por controlar o uso do hardware do computador e manter as informações relativas à hora e data. Cabe ao BIOS, por exemplo, emitir uma mensagem de erro quando o teclado não está conectado. Na verdade, quando isso ocorre, o BIOS está trabalhando em conjunto com o Post, um software que testa os componentes de hardware após o computador ser ligado. Através de uma interface denominada Setup, também presente na Flash-ROM, é possível alterar configurações de hardware, como velocidade do processador, detecção de discos rígidos, desativação de portas USB, etc. Como mostra a figura 1.7, placas-mãe antigas usavam um chip maior para o BIOS. Figura 1.7: BIOS G) Periféricos externos O item G aponta para a parte onde ficam localizadas as entradas para a conexão do mouse (tanto serial, quanto PS/2), teclado, portas USB, porta paralela (usada principalmente por impressoras), além de outros que são disponibilizados conforme o modelo da placa-mãe. Esses itens ficam posicionados de forma que, quando a placa-mãe for instalada em um gabinete, tais entradas fiquem imediatamente acessíveis pela parte traseira deste. A figura 1.8 mostra um outro modelo de placamãe da Soyo, a SY-P4VGM, desenvolvida para o processador Intel Pentium 4, que exibe esses conectores através de outro ângulo. Figura 1.8: Entrada de Periféricos Externos 9 A disposição de entradas vista acima é semelhante em toda placa-mãe que segue o padrão ATX. No antigo padrão AT, esse posicionamento é de outra forma e alguns conectores são diferentes. H) Furos de encaixe Para evitar danos, a placa-mãe deve ser devidamente presa ao gabinete. Isso é feito através de furos (item H) que permitem o encaixe de espaçadores e parafusos. Para isso, é necessário que a placa-mãe seja do mesmo padrão do gabinete. Se este for AT, a placa-mãe deverá também ser AT. Se for ATX (o padrão atual), a motherboard também deverá ser, do contrário o posicionamento dos locais de encaixe serão diferentes para a placa-mãe e para o gabinete. I) Chipset O chipset é um chip responsável pelo controle de uma série de itens da placa-mãe, como acesso à memória, barramentos e outros. Principalmente nas placas-mãe atuais, é bastante comum que existam dois chips para esses controles: Ponte Sul (I1) e Ponte Norte (I2): Ponte Sul (South Bridge): Este geralmente é responsável pelo controle de dispositivos de entrada e saída, como as interfaces IDE ou SATA. Placas-mãe que possuem som onboard (visto adiante), podem incluir o controle desse dispositivo também na Ponte Sul; Ponte Norte (North Bridge): Este chip faz um trabalho “mais pesado” e, por isso, geralmente requer um dissipador de calor para não esquentar muito. Repare que na foto da placa-mãe em que esse chip é apontado, ele, na verdade, está debaixo de uma estrutura metálica. Essa peça é o dissipador. Cabe à Ponte Norte as tarefas de controle do FSB (Front Side Bus - velocidade na qual o processador se comunica com a memória e com componentes da placa-mãe), da frequência de operação da memória, do barramento AGP, etc. Os chipsets não são desenvolvidos pelas fabricantes das placas-mãe e sim por empresas como VIA Technologies, SiS e Intel (esta é uma exceção, já que fabrica motherboards também). Assim sendo, é comum encontrar um mesmo chipset em modelos concorrentes de placa-mãe. Placas-mãe onboard “Onboard” é o termo empregado para distinguir placas-mãe que possuem um ou mais dispositivos de expansão integrados, por exemplo, placa de vídeo, placa de rede e placa de som. A vantagem de se utilizar modelos onboard é a redução de custo do computador, uma vez que deixase de comprar determinados dispositivos porque estes já estão incluídos na placa-mãe. No entanto, é necessário ter cuidado: quanto mais itens onboard uma placa-mãe tiver, mais o desempenho do computador será comprometido. Isso porque o processador acaba tendo que executar as tarefas dos dispositivos integrados. Na maioria dos casos, placas de som e rede onboard não influenciam significantemente no desempenho, mas placas de vídeo e modems sim. As placas de vídeo, mesmo os modelos mais simples, possuem um chip gráfico que é responsável pela geração de imagens. Este, por sua vez, requer memória para tal, principalmente quando trata imagens em 3D. Uma placa de vídeo onboard, mesmo quando acompanhada de um chip gráfico integrado, acaba “tomando atenção” do processador, além de usar parte da memória RAM. Se um computador é comprado para uso em uma loja ou em alguma aplicação que não requer muito desempenho, a compra de um computador com placa-mãe onboard pode ser viável. No entanto, quem deseja uma máquina para jogos e aplicações mais pesadas deve pensar seriamente em adquirir uma placamãe “offboard”, isto é, com nenhum item integrado, ou no máximo, com placa de som ou rede onboard. Existe uma série de empresas que fabricam placas-mãe. As marcas mais conhecidas são: Asus, Abit, Gigabyte, Soyo, PC Chips, MSI, Intel e ECS. Apesar da maioria dessas fabricantes disponibilizarem bons produtos, é recomendável pesquisar sobre um modelo de seu interesse para conhecer suas vantagens e desvantagens. 10 Capítulo 2 Montagem do computador O primeiro passo é tirar ambas as tampas do gabinete. Aproveite para remover também as tampas das baias dos drives de CD e DVD que for utilizar. Remova também a tampa do painel ATX, ao lado das aberturas dos exaustores. Cada placa-mãe utiliza uma combinação própria de conectores, de forma que o que vem com o gabinete é inútil, já que nunca combina com os conectores da placa-mãe. Por isso o substituímos pela tampa que acompanha a placa-mãe, feita sob medida para ela. A tampa do painel ATX é chamada em inglês de “I/O plate”, embora o nome seja pouco usado por aqui. A parte interna do gabinete possui um padrão de furação, destinado aos suportes e parafusos que prendem a placa-mãe. Todos os parafusos necessários devem vir junto com o gabinete. Figura 2.1: Parafusos Dependendo da marca e modelo, podem ser usados pinos plásticos, como os da esquerda, encaixes como os da direita ou (mais comum) espaçadores metálicos como os do centro. Existem ainda suportes plásticos como os dois na parte inferior da foto, que podem ser usados como apoio, inseridos nos furos na placa-mãe que não possuam par no gabinete. Eles eram mais usados antigamente, na época dos gabinetes AT, mas é sempre bom ter alguns à mão. 11 O conjunto com os parafusos e espaçadores necessários deve vir junto com o gabinete. Ele é chamado de “kit de montagem” pelos fabricantes. Normalmente o gabinete vem também com o cabo de força, com exceção dos modelos sem fonte, onde o cabo vem junto com a fonte avulsa. As placas ATX possuem normalmente 6 furos para parafusos e mais dois ou três pontos de apoio adicionais, que podem ser usados pelos suportes plásticos. A posição deles, entretanto, varia de acordo com a distribuição dos componentes na placa, de forma que o gabinete inclui um número muito maior de furos. Com o tempo, você acaba aprendendo a descobrir quais usar “de olho”, mas no início você acaba perdendo tempo comparando as furações da placa e do gabinete para ver onde colocar os suportes. Uma dica é que você pode usar uma folha de papel para achar mais facilmente as combinações entre a furação da placa-mãe e a do gabinete. Coloque a placa-mãe sobre o papel e use uma caneta para fazer pontos no papel, um para cada furo disponível. Depois, coloque o papel sobre a chapa do gabinete e vá colocando os parafusos onde os pontos coincidirem com a furação. Muito simples mas bastante prático. É importante apertar os parafusos de suporte usando uma chave torx, para que eles continuem no lugar depois de parafusar e desparafusar a placa-mãe. Se não forem bem apertados, os parafusos de suporte acabam saindo junto com os usados para prender a placa-mãe ao removê-la, o que não é muito agradável. Com a placa-mãe presa no gabinete, chegou a hora de conectarmos as funcionalidades do gabinete (Leds, Botão On/Off, Reset). Cada um dos contatos é formado por dois pinos, um positivo e um neutro. Nos conectores, o fio colorido corresponde ao positivo e o branco ao neutro. Tanto os dois botões, quanto o speaker (que usa um conector de 4 pinos, embora apenas 2 sejam usados) não possuem polaridade, de forma que podem ser ligados em qualquer sentido. Os LEDs por sua vez, precisam ser ligados na polaridade correta, caso contrário não funcionam. Quase sempre, a própria placa traz uma indicação resumida decalcada, indicando inclusive as polaridades, mas em caso de dúvidas você pode dar uma olhada rápida no manual, que sempre traz um esquema mais visível. Em seguida, temos os conectores das portas USB frontais, também conectados diretamente na placamãe. Eles precisam ser encaixados com atenção, pois inverter os contatos das portas USB (colocando o 12 polo positivo de alimentação na posição do negativo de dados, por exemplo) vai fazer com que pendrives, mp3 e outros dispositivos eletrônicos conectados nas portas USB sejam queimados, um problema muito mais grave do que deixar parafusos soltos ou inverter a polaridade de um LED, por exemplo. Os conectores USB (ou headers USB) na placa-mãe são conectores de 9 pinos, facilmente reconhecíveis. Cada porta USB utiliza 4 pinos, dois para a alimentação e dois para dados, sendo que dentro de cada par, um é o positivo e o outro o negativo. O nono pino do conector serve apenas como orientação, indicando o lado referente aos dois fios pretos, referentes ao polo neutro do par de alimentação. Figura 2.2: Conectores das Entradas USB Cada header USB inclui duas portas. Uma placa-mãe com “12 portas USB” normalmente inclui 4 portas no painel traseiro e mais 4 headers para a conexão das portas frontais do gabinete. Alguns gabinetes possuem 4 portas frontais, mas a maioria inclui apenas duas. Existem ainda diversos tipos de suportes com portas adicionais, leitores de cartões e outras bugigangas instaladas na baia do drive de disquetes, em uma das baias dos drives ópticos ou em uma das aberturas traseiras. Assim como as portas frontais, eles também são ligados nos headers USB da placa-mãe. Dentro de cada header a ordem os fios é a seguinte: VCC (vermelho), DATA - (branco), DATA + (verde) e GND (preto), onde o GND fica sempre do lado do nono pino, que serve como guia. Ligue primeiro os pinos da porta 1, para não arriscar misturá-los com os da segunda porta. Fazendo isso com a atenção, não existe muito o que errar; o problema é que se você precisa montar vários micros, acaba tendo que fazer tudo rápido, o que abre espaço para erros. Figura 2.3: Instalação dos conectores das portas USB frontais do gabinete A partir de 2007, a Asus passou a fornecer “agrupadores” para os conectores do painel e das portas USB frontais junto com as placas. Eles são práticos, pois ao invés de ficar tentando enxergar as marcações na placa-mãe você pode encaixar os conectores no suporte e depois encaixá-lo de uma vez na placa-mãe. 13 Antes de instalar a placa-mãe dentro do gabinete, você pode aproveitar também para instalar o processador, o cooler e os módulos de memória. Com exceção dos antigos Pentiums e Athlons em formato de cartucho, todos os processadores são ligados ao chipset e demais componentes da placa-mãe através de um grande número de pinos de contato. Como o encapsulamento do processador é quadrado, seria muito fácil inverter a posição de contato, o que poderia inutilizar o processador quando o micro fosse ligado e a alimentação elétrica fornecida pela placa-mãe atingisse os pinos errados. Para evitar isso, todos os processadores atuais possuem uma distribuição de pinos que coincide com a do soquete em apenas uma posição. Você pode notar que existe uma seta no canto inferior esquerdo deste Athlon X2, que coincide com uma pequena seta no soquete. Figura 2.4: Processador Conectado ao Soquete Figura 2.5: Alavanca do Soquete O encaixe do processador é genericamente chamado de “ZIF” (zero insertion force), nome que indica justamente que você não precisa fazer nenhuma pressão para encaixar o processador. A própria ação da gravidade é suficiente para encaixá-lo no soquete. O ideal é simplesmente segurar o processador alguns 14 milímetros acima do soquete e simplesmente soltá-lo, deixando que a lei da gravidade faça seu trabalho. Isso evita que você entorte os pinos se estiver sonolento e tentar encaixar o processador no sentido errado. A pressão necessária para manter o processador no lugar é feita pelo próprio soquete, e não pelo cooler. Isso faz com que a força necessária para fechar a alavanca do soquete nas placas soquete seja muito maior. Com o processador instalado, o próximo passo é usar a boa e velha pasta térmica para melhorar a condutividade térmica com o cooler. A ideia básica é passar uma fina camada de pasta térmica cobrindo todo o dissipador do processador. Se você simplesmente esparramar um montinho de pasta sobre o processador, a pressão exercida pelo cooler vai se encarregar de espalhá-la cobrindo a maior parte do dissipador de qualquer forma, mas a aplicação nunca fica perfeita, de forma que se você tiver tempo para espalhar a pasta uniformemente, antes de instalar o cooler, o resultado será sempre um pouco melhor. Muitos coolers vem com uma camada de pasta térmica (quase sempre cinza) pré-aplicada. O principal objetivo é a praticidade, já que elimina uma das etapas da instalação do cooler. Caso prefira utilizar sua própria pasta térmica, remova a camada pré-aplicada no cooler usando uma flanela e álcool isopropílico. Não use espátulas ou qualquer outro objeto metálico, pois você vai arranhar a base do cooler, o que também prejudica a dissipação de calor. Para manter o processador firme no lugar (evitando mal contatos nos pinos) e eliminar o excesso de pasta térmica o cooler precisa pressionar o processador com uma certa pressão. Na maioria dos coolers antigos, você precisava da ajuda de uma chave de fenda para instalar e remover o cooler. A ponta era presa em um pequeno encaixe na presilha do cooler e você precisava de uma boa dose de força para encaixá-la no soquete. Este sistema levava a acidentes, pois com frequência a chave de fenda escapava, muitas vezes destruindo trilhas e inutilizando a placa-mãe. Como a pressão era exercida sobre os pinos laterais do soquete, também às vezes acontecia deles quebrarem. Para não ter que descartar a placa-mãe, você acabava sendo obrigado a fazer alguma fixação para prender ou colar o cooler no soquete. Para solucionar estes dois problemas, tanto a Intel quanto a AMD desenvolveram novos sistemas de encaixe. A AMD passou a usar uma “gaiola” plástica em torno do processador. Os pinos de encaixe ficam na gaiola, que é presa à placa por dois ou quatro parafusos e pode ser substituída em caso de quebra. O cooler é encaixado através de um sistema de alavanca, onde você encaixa a presilha dos dois lados e usa a alavanca presente no cooler para prendê-lo ao soquete. Figura 2.6: Encaixe do Cooler Sobre o Processador Nas placas soquete 775, a pressão necessária para manter o processador preso é exercida pelo encaixe metálico incluído no próprio soquete. A Intel se aproveitou disso para desenvolver um sistema de encaixe bastante engenhoso, onde o cooler exerce menos pressão sobre a placa-mãe e é preso por 4 presilhas. As presilhas utilizam um sistema de retenção peculiar. Girando o prendedor no sentido horário (o sentido oposto à seta em baixo relevo) você o deixa na posição de encaixe, pronto para ser instalado. Girando no sentido anti-horário, o prendedor de solta, permitindo que o cooler seja removido. 15 Ao instalar o cooler, você só precisa deixar as presilhas na posição de instalação e pressioná-la em direção a placa. Ao contrário dos coolers para placas soquete 754, 939 e AM2, você pode encaixar o cooler em qualquer sentido. A forma correta de instalar o cooler é ir encaixando uma das presilhas de cada vez, fazendo um “X”, onde você encaixa primeiro a presilha 1, depois a 3, depois a 2 e por último a 4. É bem mais fácil instalar o cooler, antes de instalar a placa-mãe dentro do gabinete. Figura 2.7: Instalação do Cooler Fora do Gabinete Outra forma de instalar o cooler seria pressionar as 4 presilhas de uma vez, usando as duas mãos, com a placa já instalada dentro do gabinete. Esta segunda opção faz com que seja exercida uma grande pressão sobre a placa-mãe, o que é sempre bom evitar. Com o cooler instalado, não se esqueça de instalar o conector de alimentação do cooler. As placas atuais oferecem pelo menos dois conectores de alimentação; uma para o cooler do processador e outro para a instalação de um exaustor frontal ou traseiro. Muitas placas oferecem 3 ou 4 conectores, facilitando a instalação de exaustores adicionais. Para remover o cooler, basta girar as presilhas no sentido anti-horário, destravando o mecanismo. É mais fácil fazer isso usando uma chave de fenda. Com relação à alimentação, existem dois tipos de conectores para o cooler. Além do conector tradicional, com 3 pinos, existe o conector PWM, que possui 4 pinos. Ele foi introduzido pela Intel em 2004 e é usado na maioria das placas atuais (tanto para processadores Intel quanto AMD). O conector de 4 pinos é perfeitamente compatível com coolers que utilizam o conector antigo de 3 e você também pode conectar coolers que utilizam o conector de 4 pinos em placas com o conector de 3 pinos sem risco. A guia presente em um dos lados do conector impede que você encaixe o conector invertido ou ocupando os pinos errados, por isso não há o que errar. No conector de 3 pinos, dois deles são responsáveis pela alimentação elétrica (+12V e GND), enquanto o terceiro é usado pela placa-mãe para monitorar a velocidade de rotação do cooler (speed sensor). O quarto pino permite que o BIOS da placa-mãe controle a velocidade de rotação do cooler (PWM pulse), baseado na temperatura do processador. Com isso o cooler não precisa ficar o tempo todo girando na rotação máxima, o que além de reduzir o nível de ruído do micro, ajuda a economizar energia. 16 Figura 2.8: Uso de Ferramenta para Destravar o Cooler Figura 2.9: Conector do Cooler na Placa-Mãe Ao conectar um cooler com o conector de 4 pinos em uma placa com o conector de 3, você perde o ajuste da rotação, de forma que o cooler simplesmente passa a girar continuamente na velocidade máxima, mas com exceção disso não existe problema algum. Continuando, você pode aproveitar também para instalar os módulos de memória com a placa ainda fora do gabinete. O chanfro do conector impede que você encaixe um módulo DDR2 (ou DDR3) em uma placa que suporte apenas módulos DDR ou vice-versa, de forma que a principal dica é segurar sempre os módulos pelas bordas, evitando assim qualquer possibilidade de danificá-los. Figura 2.10: Instalação do Módulo de Memória Depois de tudo isso, podemos finalmente instalar a placa dentro do gabinete, prendendo-a nos suportes usando parafusos. Na verdade, você pode instalar a placa logo no início da montagem, e encaixar o processador, cooler, memória e os conectores do painel frontal com ela já dentro do gabinete. A questão é que é bem mais fácil instalar estes componentes com a placa “livre” sobre a bancada do que dentro do espaço apertado no gabinete. O próximo passo é ligar os conectores de força na placa-mãe. Praticamente todas as placas atuais utilizam tanto o conector ATX de 24 pinos e o conector P4, de 4 pinos, que fornece anergia adicional, reforçando o fornecimento elétrico para o processador e também para o slot PCI Express x16. Ao 17 montar qualquer PC atual, você deve utilizar uma fonte de pelo menos 450 watts, que ofereça ambos os conectores. Figura 2.11: Conectores de Força O próximo passo é instalar os drives. Alguns gabinetes são espaçosos o suficiente para que você instale os HDs antes mesmo de prender a placa-mãe, mas na maioria dos casos eles ficam parcialmente sobre a placa, de forma que você precisa deixar para instalá-los depois. Ao usar drives IDE, você precisa se preocupar também com a configuração de master/slave. No caso do drive óptico (vou adotar este termo daqui em diante, já que você pode usar tanto um drive de CD quanto de DVD), o jumper está disponível bem ao lado do conector IDE. Colocá-lo na posição central configura o drive como slave, enquanto colocá-lo à direita configura o drive como master. Para o HD, a configuração do jumper varia de acordo com o fabricante, mas você encontra o esquema de configuração na etiqueta de informação do drive. Quase sempre, o HD vem configurado de fábrica como master e ao retirar o jumper ele é configurado como slave. HDs SATA não utilizam jumpers de configuração de master/slave, pois cada porta permite a instalação de um único HD. Apesar disso, a maioria dos drives incluem um jumper que permite forçar o HD a operar em modo SATA/150 (evitando problemas de compatibilidade com algumas placas antigas). Em muitos HDs (como na maioria dos modelos da Seagate) ele vem ativado por padrão, fazendo com que o drive opere em modo SATA/150 por default. Ao usar uma placa equipada com portas SATA/300, não se esqueça de verificar a posição do jumper, para que a taxa de transferência da interface não seja artificialmente limitada. Figura 2.12: Jumpers em um HD IDE, HD SATA e drive de DVD IDE Ao instalar o HD e o drive óptico em portas separadas, você pode configurar ambos como master. Atualmente é cada vez mais comum que placas novas venham com apenas uma porta IDE, o que o obriga a instalar um como master e o outro como slave. É comum também que o drive óptico seja instalado como slave mesmo ao ficar sozinho na segunda porta, já deixando o caminho pronto para instalar um segundo HD como master futuramente. 18 Ao usar dois (ou mais) HDs SATA, é importante que o HD de boot, onde você pretende instalar o sistema operacional, seja instalado na porta SATA 1. É possível mudar a configuração de boot através do setup, dando boot através dos outros HDs, mas o default é que o primeiro seja usado. A identificação de cada porta vem decalcada sobre a própria placa-mãe. Na foto temos “SATA1” e “SATA2” indicando as duas portas SATA e “SEC_IDE”, indicando a porta IDE secundária. Ao lado dela estaria a “PRI_IDE”, a porta primária. Figura 2.13: Conectores SATA Nas placas e cabos atuais, é usada uma guia e um pino de controle, que impedem que você inverta a posição da cabos IDE. Em placas e cabos antigos é comum que estas proteções não estivessem presentes. Nestes casos, procure um número 1 decalcado em um dos lados do conector. A posição do 1 deve coincidir com a tarja vermelha no cabo e, do lado do drive, a tarja vermelha fica sempre virada na direção do conector de força. Figura 2.14: Conectores IDE Os cabos IDE possuem três conectores. Normalmente dois estão próximos e o terceiro mais afastado. O conector mais distante é o que deve ser ligado na placa-mãe, enquanto os dois mais próximos são destinados a serem encaixados nos drives. Ao instalar apenas um drive no cabo, você deve usar sempre as duas pontas do conector, deixando o conector do meio vago (nunca o contrário). Ao instalar dois ou mais HDs na mesma máquina, deixe sempre que possível um espaço de uma ou duas baias entre eles, o que ajuda bastante na questão da refrigeração. É sempre chato ficar colocando parafusos dos dois lados, tanto para os HDs, quanto para o drive óptico, mas é importante que você os instale corretamente, usando todos os parafusos. A questão fundamental aqui é a vibração. Colocando parafusos apenas de um lado, ou colocando apenas um de cada lado, a movimentação da cabeça de leitura dos HDs e do drive óptico vão fazer com que o drive vibre dentro da baia, aumentando o nível de ruído do micro, sem falar de possíveis problemas relacionados ao desempenho ou mesmo à vida útil dos drives. 19 Concluindo, falta apenas instalar a placa de vídeo e outras placas de expansão (como uma segunda placa de rede, modem ou uma placa de captura) e a montagem está completa. Figura 2.15: Fixação da Plava de Vídeo Alguns poucos gabinetes utilizam protetores independentes para as aberturas dos slots, mas na maioria é usada uma simples chapa cortada, onde você precisa remover as tampas dos slots que serão usados. Algumas sempre esbarram em capacitores da placa-mãe, por isso precisam ser removidas com mais cuidado. O aço cortado é praticamente uma lâmina, é bem fácil se cortar. Figura 2.16: Slots Tanto os slots PCI Express x16, quanto os slots AGP, utilizam um sistema de retenção para tornar o encaixe da placa de vídeo mais firme. Ao remover a placa, não se esqueça de puxar o pino do lado direto do slot, senão você acaba quebrando-o. Figura 2.17: Detalhe: Placa presa ao Slot 20 Toda placa-mãe inclui pelo menos um jumper, o jumper responsável por limpar o CMOS (CLR_CMOS ou CLRTC). Em muitas placas, ele vem de fábrica na posição discharge (com o jumper entre os pinos 2 e 3), para evitar que a bateria seja consumida enquanto a placa fica em estoque. A maioria das placas não dão boot enquanto o jumper estiver nesta posição, o que pode ser confundido com defeitos na placa. Antes de ligar o PC, certifique-se que o jumper está na posição 1-2 (indicada no manual como Normal ou “Default”). 2.1 Compatibilidade da placa mãe com o processador Basicamente, não temos um modelo padrão de placa mãe. Para cada modelo de processador ou uma família de modelos temos características específicas que devem ser fornecidas pela placa, inclusive o encaixe (socket) não é o mesmo para os vários processadores. Cada tipo de processador tem características que o diferenciam de outros modelos. Essas diferenças consistem na capacidade de processamento, na quantidade de memória cache, na tecnologia de fabricação usada, no consumo de energia, na quantidade de terminais (as “perninhas”) que o processador tem, entre outros. Assim sendo, a placa-mãe deve ser desenvolvida para aceitar determinados processadores. Portanto, procure saber antes de comprar um computador qual a melhor relação entre placa mãe processador, normalmente, os fabricantes de placas listam em seus sites os modelos das placas que são compatíveis com os vários modelos de processadores. Isto é mais importante ainda quando deseja-se fazer a troca do processador, pois devemos observar se a placa atual se adequa ao novo modelo, caso negativo a placa mãe deverá ser trocada também! 2.2 Diferenças entre memórias As memórias podem se diferenciar em diversos aspectos. Listamos os principais a seguir. Tipologia Podemos distinguir os 2 tipos de memórias: Memória principal: também chamadas de memória real, são memórias que o processador pode endereçar diretamente, sem as quais o computador não pode funcionar. Estas fornecem geralmente uma ponte para as secundárias, mas a sua função principal é a de conter a informação necessária para o processador num determinado momento; esta informação pode ser, por exemplo, os programas em execução. Nesta categoria insere-se a memória RAM (volátil), memória ROM (não volátil), registradores e memórias cache. Memória secundária: memórias que não podem ser endereçadas diretamente, a informação precisa ser carregada em memória principal antes de poder ser tratada pelo processador. Não são estritamente necessárias para a operação do computador. São geralmente não-voláteis, permitindo guardar os dados permanentemente. Incluem-se, nesta categoria, os discos rígidos, CDs, DVDs e disquetes. Às vezes faz-se uma diferença entre memória secundária e memória terciária. A memória secundária não necessita de operações de montagem (inserção de uma mídia ou média em um dispositivo de leitura/gravação) para acessar os dados, como discos rígidos; a memória terciária depende das operações de montagem, como discos ópticos e fitas magnéticas, entre outros. Tecnologias Memórias Voláteis Memória dinâmica: A memória dinâmica é a mais barata delas e, portanto, a mais utilizada nos computadores e são aquelas que foram popularizadas como memórias RAM. Este atributo vem do nome inglês Randomic Acess Memory (memória de acesso aleatório), que significa que os dados nela armazenados podem ser acessados a partir de qualquer endereço. As memórias RAM se contrapõem com as de acesso 21 sequencial, que exigem que qualquer acesso seja feito a iniciar pelo primeiro endereço e, sequencialmente, vai “pulando” de um em um até atingir o objetivo. Na realidade, existem outras memórias de acesso aleatório nos computadores, inclusive não voláteis, portanto, é importante ter o conhecimento de que o nome RAM é apenas uma popularização do nome da memória principal dos computadores, utilizada para armazenar os programas e dados no momento da execução. O nome dinâmica é referente à tecnologia utilizada para armazenar programas e dados e não à forma de acessá-los. De modo simplista ela funciona como uma bateria que deve ser recarregada sempre que apresentar carga insuficiente para alimentar o equipamento. Todas as vezes que a CPU (unidade de processamento central) for acessar a memória, para escrita ou para leitura, cada célula dessa memória é atualizada. Se ela tem 1 lógico armazenado, sua “bateria” será recarregada; se ela tem 0 lógico, a “bateria” será descarregada. Este procedimento é chamado de refresco de memória, em inglês, refresh. Memória estática A memória estática não necessita ser analisada ou recarregada a cada momento. Fabricada com circuitos eletrônicos conhecidos como latch, guardam a informação por todo o tempo em que estiver a receber alimentação. Memória não voláteis São aquelas que guardam todas as informações mesmo quando não estão ligadas. Como exemplos, citamse as memórias conhecidas por ROM, FeRAM e FLASH, bem como os dispositivos de armazenamento em massa, disco rígido, CDs e disquetes. As memórias somente para leitura, do tipo ROM (sigla de Read Only Memory), permitem o acesso aleatório e são conhecidas pelo fato de o usuário não poder alterar o seu conteúdo. Para gravar uma memória deste tipo são necessários equipamentos específicos. Modelos SIMM (Single In-line Memory Modules) Os SIMMs utilizam apenas um dos lados da placa para armazenar os chips de memória (DRAM, EDO or BEDO). Um SIMM contem vários chips. Os primeiros SIMMs transferiam 8 bits de dados por cada ciclo e possuiam 30 pinos/terminais. Com a passagem para os 32 bits, foi desenvolvido um SIMM maior de 72 pinos/terminais. Qualquer dos SIMMs é instalado mediante uma ligeira inclinação. DIMM (Dual In-line Memory Modules) Os DIMMs (13.65cm x 2.54cm) utilizam ambos os lados da placa para armazenar os chips de memória (DRAM, EDO ou BEDO). Os DIMMs possuem 168 pinos/terminais e transferem dados a 64 bit. Os DIMMs são instalados verticalmente e desinstalados mediante pressão nas patilhas laterais. SO DIMM (Small Outline DIMM) SO DIMMs são usados nos computadores portáteis e são menores que os DIMMs normais. Existem no formato 72 pinos/terminais/32 bits e 14 pinos/terminais/64 bits. RDRAM - RIMM A Rambus, Inc, em conjunto com a Intel criou uma nova tecnologia a Direct RDRAM, que aumentou a velocidade de acesso à memória. Com 184 pinos/terminais consegue atingir os 1.6 GB por segundo. 22 DDR É uma evolução da SDRAM e consegue duplicar a velocidade de leitura/escrita por ciclo do relógio. Possui 184 pinos/terminais (133.35 mm x 30 mm). A memória DDR é fabricada em várias velocidades para poder corresponder às diferentes FSB das motherboard. Sua tensão de alimentação é de 2,5 V. DDR2 Como o próprio nome indica, a memória DDR2 (133.35 mm x 30 mm) é uma evolução da memória DDR. Entre suas principais características estão o menor consumo de energia elétrica, menor custo de produção, maior largura de banda de dados e velocidades mais rápidas. Ao contrário do que alguns pensam, a memória DDR2 não é compatível com as motherboard que trabalham com memória DDR. Embora os pinos/terminais de ambos os tipos pareçam iguais à primeira vista (pois possuem o mesmo tamanho), na verdade, não são. Para começar, o tipo DDR tem 184 pinos/terminais e o DDR2 conta com 240 pinos/terminais. Sua tensão de alimentação é de 1,8 V, contra 2,5V da DDR DDR3 Como o próprio nome indica, a memória DDR3 é uma evolução da memória DDR2. Possui 204 pinos e também possui vários modelos com velocidades diferentes. Sua tensão de alimentação é de 1,5 V, contra 1,8 V da DDR2. Comparação entre os modelos de memórias Memória DDR200 DDR266 DDR333 DDR400 DDR2-400 DDR2-533 DDR2-667 DDR2-800 DDR2-1066 DDR3-800 DDR3-1066 DDR3-1333 DDR3-1600 2.3 Clock Real 100 MHz 133 MHz 166 MHz 200 MHz 200 MHz 266 MHz 333 MHz 400 MHz 533 MHz 400 MHz 533 MHz 666 MHz 800 MHz Taxa de Transferência Máxima Teórica 1.600 MB/s 2.133 MB/s 2.666 MB/s 3.200 MB/s 3.200 MB/s 4.266 MB/s 5.333 MB/s 6.400 MB/s 8.533 MB/s 6.400 MB/s 8.500 MB/s 10.666 MB/s 12.800 MB/s Módulo de Memória PC-1600 PC-2100 PC-2700 PC-3200 PC2-3200 PC2-4200 PC2-5300 PC2-6400 PC2-8500 PC3-6400 PC3-8500 PC3-10600 PC3-12800 Processadores Características CLOCK: Quando vamos comprar um processador, a primeira coisa que perguntamos é qual sua frequência de operação, medida em Gigahertz (GHz) ou bilhões de ciclos por segundo, frequência também chamada de clock. Acontece, que nem sempre um processador com uma velocidade de operação mais alta é mais rápido do que outro que opera a uma frequência um pouco mais baixa. A frequência de operação de um processador indica apenas quantos ciclos de processamentos são realizados por segundo, o que cada processador é capaz de fazer em cada ciclo já é outra história. MEMÓRIA CACHE: Tipo ultra-rápido de memória que serve para armazenar os dados mais frequentemente usados pelo processador, evitando na maioria das vezes que ele tenha que recorrer à comparativamente lenta memória RAM. Sem ela, o desempenho do sistema ficará limitado à velocidade da memória, podendo cair em até 95%! São usados dois tipos de cache, chamados de cache primário, ou cache L1 (level 1), e cache secundário, ou cache L2 (level 2). 23 O cache primário é embutido no próprio processador e é rápido o bastante para acompanhá-lo em velocidade. Sempre que um novo processador é desenvolvido, é preciso desenvolver também um tipo mais rápido de memória cache para acompanhá-lo. Como este tipo de memória é extremamente caro (chega a ser algumas centenas de vezes mais cara que a memória RAM convencional) usamos apenas uma pequena quantidade dela. Para complementar, usamos também um tipo um pouco mais lento de memória cache na forma do cache secundário, que por ser muito mais barato, permite que seja usada uma quantidade muito maior. CAPACIDADE (16bits, 32bits e 64bits): Quando nos referimos a processadores de 16 bits, 32 bits ou 64 bits estamos falando dos bits internos do chip - em poucas palavras, isso representa a quantidade de dados e instruções que o processador consegue trabalhar por vez. Por exemplo, com 16 bits um processador pode manipular um número de valor até 65.535. Se certo número tem valor 100.000, ele terá que fazer a operação em duas partes. No entanto, se um chip trabalha a 32 bits, ele pode manipular números de valor até 4.294.967.296 em uma única operação. Agora, suponha que você esteja utilizando um editor de textos. É improvável que esse programa chegue a utilizar valores grandes em suas operações. Neste caso, qual a diferença entre utilizar um processador de 32 bits ou 64 bits, sendo que o primeiro será suficiente? Como o editor utiliza valores suportáveis tanto pelos chips de 32 bits quanto pelos de 64 bits, as instruções relacionadas serão processadas ao mesmo tempo (considerando que ambos os chips tenham o mesmo clock). Por outro lado, aplicações em 3D ou programas como AutoCad requerem boa capacidade para cálculo e aí um processador de 64 bits pode fazer diferença. Suponha que determinadas operações utilizem valores superiores a 4.294.967.296. Um processador de 32 bits terá que realizar cada etapa em duas vezes ou mais, dependendo do valor usado no cálculo. Todavia, um processador de 64 bits fará esse trabalho uma única vez em cada operação. No entanto, há outros fatores a serem considerados. Um deles é o sistema operacional (SO). O funcionamento do computador está diretamente ligado à relação entre o sistema operacional e o hardware como um todo. O SO é desenvolvido de forma a aproveitar o máximo de recursos da plataforma para o qual é destinado. Assim, o Windows XP ou uma distribuição Linux desenvolvido antes do surgimento de processadores de 64 bits são preparados para trabalhar a 32 bits, mas não a 64 bits, ou seja, se você estiver com um processador de 64bits operando com um sistema operacional de 32bits ele trabalhará como se fosse um processador de 32bits, e seu desempenho máximo não será explorado. Finalizando, basicamente o SO deve ser compatível com a capacidade do processador. DUAL-CORE: Um processador dual-core é um processador de dois núcleos, como se fosse dois processadores que compartilham os mesmos recursos, como memória cache e RAM. Uma observação importante a ser feita é que um processador dual-core não é 2 vezes mais rápido que um processador simples, em geral é um pouco mais lento que isso. Vários fatores influenciam nessa não correspondência de velocidade. Mas geralmente é mais vantajoso comprar um dual-core. 24 Capítulo 3 Formatação do HD e Instalação de Sistemas Operacionais Primeiro temos que saber alguns conceitos. Formatar Formatar um HD significa – simplificadamente – apagar suas informações. Antes de instalar qualquer sistema operacional (Windows, Linux etc.) o HD deve ser formatado, o que normalmente já é feito em seu processo de fabricação. Quando se fala em PC (Personal Computer), formatar um HD geralmente é usado para corrigir um erro de difícil reparação e/ou otimizar o sistema. Fazer que um programa ou até mesmo o próprio sistema operacional funcione e tornar um computador mais rápido são problemas que podem ser solucionados com a formatação. Lembre-se que na formatação todos os dados do disco são apagados. Particionar Particionar significa dividir, em uma ou mais partes, o HD. É importante notar que, só pelo fato de usar um sistema operacional, o HD já obrigatoriamente estará particionado, mesmo que só em uma parte. Podemos dividir o HD em mais de uma parte por diversos motivos, entre outros: para organizar o computador em “sistema” e “arquivos comuns”; para instalar mais de um sistema operacional; para uso de backup (cópia de segurança); para algumas tarefas de multiusuários; para simples critério de organização e para otimizar a gravação de um CD. 3.1 Preparação para formatação do HD Deve-se seguir os seguintes passos antes de se formatar o HD. 3.1.1 Reavaliar a necessidade de formatá-lo Formatar um computador demanda entre outras coisas tempo e trabalho. Não importa o quão experiente seja o usuário, com maior ou menor frequência, haverá problemas ao formatar um PC. É prudente tentar analisar e resolver cada problema que motiva a formatação. Portanto, só é recomendado formatar um computador quando houver problemas sérios sem solução aparente ou quando se prever mais tempo e trabalho para solucioná-los do que para formatar o HD. 25 3.1.2 Salvar arquivos e informações desejados em um lugar que não vai ser formatado Planos minimizam erros. Para planejar-se a formatação é preciso adequar os passos a cada caso específico e organizar as informações. Por exemplo, é interessante anotar cada arquivo que se deseje salvar bem como onde encontrar determinados drivers e informações. Com um plano bem feito em mãos otimiza-se o tempo e customiza-se o trabalho. Recomenda-se que se crie uma pasta chamada BACKUP onde tudo será salvo. Depois basta ir realizando o backup na ordem do guia. Quando chegar na parte de programas e arquivos, é interessante salvar pastas inteiras e indicar de alguma maneira a localização da pasta salva (colocando no nome a localização da pasta para depois copiá-la de volta - ex: c - documents and settings). É necessário ter bastante atenção para que não se esqueça nada, pois os erros mais graves e mais frequentes ocorrem nessa etapa. É preciso ainda saber que o guia não passa de uma regra, que pode ter exceções, ou seja, é necessário atentar para outros arquivos que não se encaixem na lista do guia, mas que precisam ser salvos. Ciente disso, basta verificar. O que salvar de cada usuário Vale a pena para essa etapa, criar uma pasta para cada usuário no local de backup e ir copiando cada parte importante para cada usuário. a) Desktops: Basta, normalmente, ir à pasta Documents and Settings, geralmente em C:\ e copiar a pasta Desktop de cada usuário e salvar no local de backup organizadamente para posterior recuperação. b) Meus Documentos: Basta, normalmente, ir à pasta Documents and Settings, geralmente em C:\ e copiar a pasta Meus Documentos ou copiar a pasta onde o usuário guarda seus documentos. O que salvar do computador a) Drivers: O ideal é que se tenham todos os CDs de drivers que vêm quando se compra um computador ou que se tenha uma pasta em algum lugar que não será formatado ou CD com todos os drivers usados no PC. Quando não houver nenhuma das alternativas anteriores, resta apelar para alguns programas que identificam, salvam e posteriormente restauram os drivers do computador. Ex: My Drivers, Driver Genius etc. Geralmente basta pedir para ele encontrar os drivers e salvar em um lugar que não será formatado e depois de instalado o Sistema Operacional, basta recuperá-los pelo programa. Mais detalhes sobre a instalação de drivers são tratados em 3.5. b) Programas e arquivos de programas importantes: É necessário criar uma lista de cada programa instalado no computador, quais arquivos se deseja salvar desses programas e onde encontrar o executável para reinstalação posterior do programa. 3.1.3 Dando boot pelo CD Isso significa fazer com que o computador inicie-se a partir do CD, e não do HD. Isso é necessário pois a instalação de um sistema operacional deve ser feita sem a necessidade de algum outro sistema operacional já instalado. Para tanto, siga os passos: 1. Reinicie o Computador e tecle DEL para entrar no SETUP 2. Altere a prioridade de boot para o CD Para isso, cada placa mãe tem uma maneira diferente que é indicada no manual. Contudo, sempre é necessário listar, na ordem, as unidades em que serão buscados os arquivos de inicialização. O usuário pode descobrir navegando nos menus do SETUP até achar a palavra chave BOOT. Às vezes está em Advanced Setup, às vezes em Advanced Settings, às vezes em Boot Device. Há ainda em algumas placas mães a necessidade de apertar F11 ou F6 ou outro F qualquer para que se encontre um menu de prioridade de boot. 26 Normalmente dispositivos apresentam-se com nomes um pouco complicados como: Ao invés de leitora de cd: HL-DT-ST GCE-8526B Ao invés de leitora de DVD: HL-DT-ST DVDRAM GSA-4163B Vale observar que normalmente os HDs possuem o número da sua capacidade em Gigabytes nesse nome, exemplo: Ao invés de HD de 40Gb: WDC WD400EB-00CPF0 Ao invés de HD de 80Gb: SAMSUNG SP0802N O importante é ter o entendimento geral de prioridade de boot e ir navegando pelo SETUP até fazer o computador reiniciar pelo CD. Agora que o sistema está pronto para dar boot pelo CD vamos à instalação do Windows. 3.2 Formatando e instalando Windows 1. Insira o DVD do Windows 7 e reinicie seu computador; 2. Entre na BIOS e escolha para dar boot pelo DVD; 3. Antes de começar a carregar o Windows, ele pedirá que você pressione qualquer tecla para iniciar via DVD-Rom, faça isso; 4. Aguarde enquanto o sistema carrega os arquivos necessários (o que leva algum tempo, dependendo da velocidade do seu micro). 5. Escolha o idioma, o horário, a data e o padrão do teclado que você utiliza. Após isso, clique em continuar; 6. Na próxima tela você terá as opções de particionamento de disco, clique em opções de drive para particionar. Selecione a partição que deseja que seja feita a instalação do Windows. Clique em próximo; 7. Agora você precisa apenas esperar que o programa continue a instalação, esta etapa pode demorar alguns minutos.; 8. Assim que o computador reiniciar o sistema solicitará informações como: nome do computador e usuário. Preencha e clique em próximo. 9. Na próxima tela você tem as opções de atualização, recomenda-se que o windows seja atualizado frequentemente. 10. O próprio sistema fará agora as últimas configurações. Após isso ele estará pronto para uso. 3.3 Instalando o Ubuntu 1. Insira o CD-ROM do Ubuntu e reinicie seu computador. 2. Entre na BIOS e escolha para dar boot pelo CD-ROM. 3. Antes de começar a carregar o Ubuntu, o sistema solicitará que você pressione qualquer tecla para iniciar via CD-Rom. Faça isso. 4. Quando o instalador carregar, ele te oferecerá a opção de testar o Ubuntu e de instalá-lo no computador, escolha a opção de instalação. Na barra à esquerda você tem a opção de escolher o idioma a ser instalado. 27 5. Na tela seguinte você deve escolher o país e o fuso horário, escolha e clique em avançar. 6. A seguir você tem a opção de escolher o layout do teclado. O que contém a tecla ç (c cedilha) é o ABNT2. Escolha e clique em avançar. 7. Agora você tem a opção de escolher a partição para a instalação do linux, escolha a opção de especificar particionamento manualmente e clique em avançar. 8. Antes de você criar a partição para a instalação do Sistema Operacional (S.O.), é recomendado que você crie uma partição de SWAP. Para fazer isso na barra “usar como:” escolha “área de troca(SWAP)”. Recomenda-se que a partição de SWAP tenha o dobro do tamanho da sua memória RAM. 9. Você agora deve escolher o espaço para criar a partição. Para o formato de montagem escolha o ext4 e na caixa de ponto de montagem escolha / (barra). 10. Você deve ter o cuidado de escolher um espaço que você queira, de fato, sobrescrever. Tenha cuidado para não sobrescrever outras partições que você esteja usando (por exemplo a do Windows instalado no item 3.2). 11. Na tela seguinte você deve definir o nome do computador, um usário e a senha desse usuário. Muita atenção nesta hora. Escolha e clique em avançar. 12. Agora o instalador te confirma as informações que você forneceu na etapa anterior. Confira e clique em instalar. O instalador só irá fazer alterações no seu computador após você clicar em instalar. 13. Desse ponto em diante você não precisa fazer mais nada, o próprio instalador concluirá o processo. 3.4 Recuperando o GRUB O GRUB (Grand Unified Bootloader) é um gerenciador de boot usado em várias distros Linux. Quando você reinstala o Windows ou, eventualmente, quando o Windows faz atualizações, ele instala seu próprio gerenciador de boot, que não “enxerga” sistemas linux, sendo assim necessário que reinstalemos o GRUB para poder usar o linux. Para reinstalar o GRUB será necessário um live-CD (que é um disco que pode carregar o S.O. Sem instalá-lo), a maioria dos cds de instalação do linux são live-CD’s. Se você dispõe de um cd do ubuntu, quando ele te der a opção de instalar ou testar o sistema, você deve escolher testar o sistema. 1. Quando o sistema do live-CD iniciar, abra o terminal e entre como root (comando su); 2. Crie uma pasta para o sistema do live-CD montar o sistema do linux instalado no seu PC: mkdir -p /mnt/linux; 3. Agora com o comando fdisk -l veja em qual partição o linux estará montado, provavelmente será algo como /dev/sdax, onde x representa o número da partição linux; 4. Agora monte o sistema na pasta anteriormante criada com o comando mnt /dev/sdax /mnt/linux, substitua x pelo número da partição em que o linux está instalado no seu computador; 5. Agora use os comandos a seguir: mount -o bind /dev /mnt/linux/dev e mount -t proc none /mnt/linux/proc; 6. Devemos agora acessar a partição montada como root, para isso use o comando chroot /mnt/linux /bin/bash; 28 7. Utilizaremos agora o comando para atualizar o GRUB: /usr/sbin/update-grub; 8. Instalando o GRUB: grub-install /dev/sda; 9. Agora saia do chroot com o comando exit; 10. Desmonte agora as parições montadas com os comandos umount /mnt/linux/proc; umount /mnt/linux/dev e umount /mnt/linux; 11. Agora e só reiniciar o computador com o comando reboot. Lembre-se de retirar o disco quando o computador estiver sendo reiniciado. 3.5 Instalação dos drivers Após a instalação do Windows é necessário instalar os drivers do componentes que o Windows não possui. Os drivers são programas que fazem seu hardware funcionar corretamente. Por exemplo, para fazer sua placa de vídeo funcionar é necessário instalar o driver para aquele exato modelo. Para instalar os driver das placas onboard, normalmente rede e som, basta inserir o CD de instalação que veio junto com a placa mãe e seguir as instruções. Para as placas offboard, use o CD de instalação que veio com a placa. Em ambos os casos, talvez você tenha perdido o CD de instalação ou necessita instalar um versão mais nova para resolver alguma incompatibilidade ou para ter novos recursos. Para tanto precisamos primeiro saber a marca e modelo da placa. Podemos fazer isso de duas maneiras: 1. Abrir o gabinete e procurar a marca e modelo da placa escritas em algum chip. Se for para uma placa onboard, o melhor é tentar identificar a marca e modelo da placa mãe olhando na própria placa, como mostrado na figura 3.1. Se a placa for offboard deve-se procurar a marca e modelo escrita em algum chip ou na própria placa, como mostrado na figura 3.2. Figura 3.1: Marca e modelo da placa mãe. No caso, marca GigaByte, modelo G31M-S2L 2. Usar o programa HWinfo32, disponível no site www.superdownloads.com.br. Existe a versão portable, que não exige que o programa seja instalado no computador. Quando executa-se o programa ele já mostra qual o seu processador, placa e vídeo e mais algumas informações. Com ele você também pode saber informações de alguns sensores do computador, como temperatura e velocidade dos coolers. A figura 3.3 mostra o modelo da placa mãe do computador. Note que o menu esquerdo também está mostrando a marca e modelo da placa de vídeo, no caso uma ATI 9550. Identificada a marca e modelo, procure no google o site do fabricante e vá na seção de downloads ou suporte para fazer o download do driver apropriado. 29 Figura 3.2: Marca e modelo da placa de som. No caso, marca Creative, modelo SB0570 Figura 3.3: Marca e modelo da placa mãe usando o HWinfo32. No caso, marca Asus, modelo P4S8X-MX Identificando dispositivos não instalados Para saber quais os dispositivos não possuem drivers instalados, clique com o botão direito em Meu Computador, Propriedades, aba Hardware e clique no “Gerenciador de Dispositivos”. Os dispositivos que ainda não estiverem instalados ou com algum outro problema terão um sinal de exclamação ao seu lado. Se preferir, tente achar o driver para o dispositivo usando o Windows Update. Para tanto, clique duas vezes no dispositivo que não está instalado e clique no botão “Reinstalar driver”. Na janela que aparecer, selecione a opção que permite que o Windows Update procure o driver. Tenha certeza de que esteja conectada à internet. Instalando apenas o driver, sem instalar outros softwares Muitas vezes ao instalar um driver não instalamos somente o driver em si e sim algum software de controle a mais. Por exemplo, ao instalar o driver de vídeo usando o setup do programa, é instalado também um software para controle de frequência do monitor, resolução, entre outras coisas. Quando instala-se o driver de som usando o setup dele, instala-se também um gerenciador de áudio que fica residente na memória do sistema. Esse gerenciador pode controlar a conexão e desconexão de dispositivos. Se você não quer que esses outros softwares sejam instalados, tem a opção de instalar somente o necessário. Para tanto, clique com o botão direito em Meu Computador, Propriedades, aba Hardware e clique no “Gerenciador de Dispositivos”. Clique duas vezes no dispositivo que não está instalado e clique no botão “Reinstalar driver”. Você será perguntado se deseja usar o Windows Update. responda que não. Após isso, escolha o local que se encontra o driver e confirme. O sistema instalará somente o driver. 30 Capítulo 4 Soluções de problemas comuns Nessa seção são listados os problemas mais comuns em computadores e suas possíveis soluções. Ressaltase aqui a importância do conhecimento do funcionamento geral de um computador, uma vez que esse conhecimento levará a uma identificação melhor do problema e de suas possíveis soluções. Esses procedimentos requerem cuidados especiais por parte da pessoa que os está executando. Nunca abra um gabinete de PC sem antes verificar se já acabou a sua garantia. Uma máquina nova sempre vem com lacre da revenda ou fabricante (pequena etiqueta adesiva que se rasga quando tenta-se removê-la). Se essa etiqueta estiver danificada, o fornecedor saberá que o computador foi violado e se eximirá de trocar quaisquer peças defeituosas. 4.1 O computador não liga Esse é um dos problemas que pode ter a maior variedade de causas possíveis. Tentaremos identificar o maior número possível delas. 4.1.1 Alimentação externa Caso o computador não esteja dando sinal de que esteja ligado, através de barulhos ou luzes, o problema pode ser a falta de alimentação externa. Verifique se o computador está corretamente ligado à rede elétrica e certifique-se que o cabo esteja firmemente preso. Caso esteja ligado a um estabilizador ou no-break, verifique se este está ligado. Verifique também se a fonte do computador possui um botão traseiro de liga e desliga. Caso possua, o botão deve estar na posição “I”, que indica ligado. A posição “O” indica desligado. Outra verificação a fazer é a seleção de voltagem. Por exemplo, caso a tensão da sua cidade seja 110V, mova a chave de seleção para a posição que faça com que apareça a numeração 110. Caso o computador ainda não ligue e nem o filtro de linha / no-break, tente ligar um outro aparelho na tomada para ter certeza de que a tomada esteja funcionando. 4.1.2 Fonte do computador e cabeamento interno A fonte é a responsável em transformar a corrente alternada de 110Volts/220volts em contínua de 12volts, 5volts e 3volts, dependendo do periférico acoplado ao cabo interno de alimentação. Atualmente existem muitas fontes de energia de fabricação chinesa que possuem componentes de péssima qualidade. Essa fontes são normalmente conhecidas como fontes genéricas, pois anunciam uma potência de 400W enquanto só fornecem uma potência de 250W ou menos. Essas fontes possuem um alto índice de falha e por isso necessitam ser trocadas frequentemente. Se você tem certeza que a alimentação externa está funcionando, tenha feito as verificações apontadas nas seção 4.1.1 e o computador não liga quando pressiona-se o botão ligar, então a fonte de alimentação pode ser o problema. Antes de condenar a fonte, verifique as conexões de alimentação internas: 31 • Verifique se os fios que partem do painel frontal do gabinete está corretamente ligados à placa-mãe. Use o manual da placa mãe para saber o local correto de conexão. • Verifique se os cabos da fonte de alimentação estão ligados corretamente à placa mãe. Cheque se a placa mãe necessita de alimentação especial para o processador (um plugue de quatro pinos) e se o cabo da fonte de alimentação está ligado a ele. Tendo feito essas verificações, com o gabinete aberto, tente ligar o computador e verifique se o cooler (ventilador) do processador está rodando, assim como o cooler da fonte. Caso negativo, o problema pode ser mesmo a fonte. Para ter certeza, pegue emprestada a fonte de um outro computador para ver se tudo vai funcionar. 4.2 O computador liga e ouço barulhos, mas não aparece nada na tela Se isso acontecer pode ser por dois motivos principais: problema na parte de vídeo ou na memória do computador. 4.2.1 Verificando o vídeo Caso o led do monitor esteja apagado, certifique-se que o monitor esteja conectado a uma fonte com energia que esteja funcionando. Pode ser também que o cabo de dados entre o monitor e o computador não esteja firmemente conectado. Se isso acontecer, irá aparecer uma mensagem na tela do monitor dizendo que não há cabo conectado, ou então o led que indica que o monitor está ligado ficará piscando. Caso a placa de vídeo seja off board, verifique se a mesma está firmemente conectada à placa mãe. Você pode tentar também ligar o computador usando um outro monitor. Dica: na maioria dos computadores, se estiver tudo OK com os componentes principais de dentro do gabinete, um único bip será emitido ao ligar. Nesse caso, exclua a possibilidade de falha de componentes internos importantes e veja se o monitor está funcionando. Verificando a memória A memória com certeza é o hardware que mais falha em um computador doméstico. Quando isso ocorre, o computador liga mas não inicia. Muitas vezes o computador começa a emitir bips. Felizmente, pode ser apenas a sujeira ou oxidação que esteja atrapalhando a comunicação da placa mãe com a memória do computador. Para verificar essa situação, siga os passos: • Desligue o computador e não se esqueça de retirar o cabo de força da tomada. Espere alguns segundos. • Abra o gabinete e retire os módulos de memória dos slots. • Com a ajuda de um pincel macio, limpo e seco, limpe os slots de memória, retirando toda a sujeira existente. Algumas pessoas simplesmente assopram nesses slot, mas isso não é recomendável, uma vez que a saliva pode criar um curto que pode queimar a placa mãe. Caso haja oxidação, talvez seja necessário o uso de produtos próprios para isso. Esses produtos vêm em sprays e devem sem passados com cuidado. Espere o produto secar para recolocar os módulos. • Nos módulos de memória, use uma borracha branca e que não solte muitos fiapos para limpar a área de contato metálico. Cuidado com o manuseio dos módulos. • Recoloque os módulos de memória no lugar e ligue o computador. Se esse procedimento não resolveu o problema, tente ligar o computador com apenas um módulo de memória de cada vez. Se o computador ligar é porque o outro módulo memória está com problemas e possivelmente terá que ser feita a troca dele. 32 4.3 O computador reinicia sozinho O reinício do computador pode ter várias causas. O Windows pode ter feito algumas atualizações no sistema que exigiram o reinício automático do computador. Nesse caso, uma mensagem aparecerá na tela pedindo sua confirmação. Muitas vezes as pessoas não leem o que está escrito na mensagem e simplesmente clicam em OK. O reinício do computador também pode ser causado por algum vírus. Tenha certeza de ter um software anti vírus instalado e atualizado e mande-o fazer uma varredura no sistema. Faça uma varredura com um anti spyware também. Mais detalhes podem ser encontrados na seção 6.5. Outra causa muito comum é a fonte do computador que pode estar ruim. Faça um teste com alguma outra fonte para ter certeza. Uma parte da memória pode estar com problemas. Como é só uma parte, o problema pode não ser detectado na hora do boot, como descrito na seção 4.2.1. Tente limpar a memória como citado anteriormente. Caso não resolva, podemos testar a memória usando um programa chamado Memtest. Baixe as versões mais recentes no site www.memtest.org. Ele deve ser gravado em um CD virgem. Agora, reinicie o computador e dê boot pelo CD. Espere o programa terminar a checagem da memória. Caso dê algum erro, será necessária a troca da memória. Pegue emprestada a memória de um outro computador para ter certeza de que este é o problema. Outra causa é o superaquecimento do processador. Para que ele não queime, a placa mãe desliga o computador quando detecta que a temperatura do processador está muito alta. Aguarde uns minutos e ligue o computador com o gabinete aberto. Se você notar que o cooler não está girando muito rápido, tente lubrificá-lo como descrito na seção 5.9. Você pode verificar a temperatura do processador usando o software HWinfo32 para sistemas de 32-bits e HWinfo64 para sistemas de 64-bits. Outra forma de prevenir o superaquecimento é a escolha correta do gabinete. É recomendável ter um gabinete de no mínimo 4 baias. Baia é o espaço reservado para se colocar uma unidade de CD / DVD. Alguns gabinetes com 3 baias podem dificultar a refrigeração do processador. A Figura 4.1 mostra um computador com apenas 3 baias. Note que a fonte ficará sobre o cooler do processador quando ela for colocado para dentro do gabinete, impedindo que o cooler resfrie bem o processador. Já na Figura 4.2, que mostra um gabinete de 4 baias, nota-se que a posição da fonte possibilita uma melhor refrigeração do processador. Figura 4.1: Gabinete de 3 baias com fonte Figura 4.2: Gabinete de 4 baias. dificultando refrigeração. 4.4 O mouse não funciona Talvez o cabo de seu mouse tenha se desconectado ou algo no software tenha travado o mouse. Se o mouse tiver conexão usb (a mesma conexão usado por pen drives), desconecte e conecte novamente o mouse para ver se o computador o reconhece. 33 Mas, se a conexão do mouse for ps/2 (aquela redondinha) ou se o procedimento anterior falhar, a melhor coisa a fazer é fechar todos os programas que você esteja trabalhando usando o teclado e com o computador desligado, recolocar o mouse.. Para fazer isso, mantenha a tecla “ALT” pressionada e pressione a tecla “F4”. Esse atalho fechará o programa atual. Repita a operação para todos os programas. Se algum programa estiver minimizado, abra-o com o atalho “ALT” + “TAB” e depois feche-o com o comando anterior. Fechados todos os programas, desligue o Windows. Para tanto, pressione a tecla “Windows” (às vezes chamada de tecla “super”) para aparecer o “Menu Iniciar” e com a seta para baixo, escolha a opção “Desligar”. Quando o computador estiver desligado, tire o coloque o mouse novamente e ligue o computador. Caso o problema persista, tente colocar o mouse em um outro computador para ver se o problema é com ele mesmo. Lembre-se que se o mouse tiver conexão PS/2, deverá ser colocado com o computador desligado. 4.5 O computador travou Primeiro, temos que ter certeza que o computador travou. Aperte a tecla “Num Lock”. Se a sua tecla tiver um led verde, ele deve acender e apagar quando você aperta seguidamente. Se luz acende e apaga, seu computador apenas “parou para pensar”, dê um tempo e espere ele voltar. Se isso não acontecer ou se o led do “Num Lock” não acender e apagar, é porque seu computador realmente travou. Agora, o jeito é reiniciar o computador pressionando o botão reset no gabinete. Faça isso como última opção, após ter esperado um tempo para que o computador volte a funcionar. O reinício do computador por esse método acarreta perda de dados não salvos e talvez algumas inconsistências no disco. 4.6 Código de bips da BIOS Após o POST não detectar quaisquer problemas, o sistema emitirá um bip curto que o informará que o teste está completo e o computador carregará o Sistema Operacional normalmente. Se durante os testes o POST detectar algum problema, ele normalmente mostrará o erro na tela. Entretanto, se o problema é detectado antes da BIOS inicializar uma placa de vídeo, ou a placa de vídeo não estiver presente (solta por exemplo), a BIOS irá emitir vários sons para indicar a existência de um problema. Na lista abaixo temos alguns padrões para as versões de BIOS mais comuns. É muito importante que você preste atenção ao número e/ou padrões de bips que seu computador emite durante sua inicialização, para sua equipe técnica poder auxiliá-lo melhor. As listas dos códigos de bips para as BIOS AMI e Award são mostradas a seguir AMI (American Megatrends International) A BIOS AMI usa os bips numa mesma frequência de tom. Um erro é mostrado através de um quantidade de bips. 34 CÓDIGO DO BIP 1 Bip curto 1 Bip longo 2 Bips curtos 2 Bips longos 3 Bips longos 4 Bips longos 5 Bips 6 Bips 7 Bips 8 Bips 9 Bips 10 Bips 11 Bips CAUSAS POSSÍVEIS Sistema normal, sem erros Falha no Refresh. Falha na placa mãe ou na memória(mais provável) Falha geral. O BIOS não foi capaz de identificar o problema. Pode ser memória Erro de paridade na memória. Memória com Problema Falha nos primeiros 64 KB da memória RAM. Memória com Problema Placa-Mãe com Problema (mais provável) ou memória (menos provável) Processador com problema CPU ou Placa-Mãe com problema Processador com problema Placa de vídeo ou memória com problema BIOS com problema Placa mãe com problema CPU ou Placa mãe com problema Award A BIOS Award usa bips de durações variáveis. Um bip longo vai tipicamente durar 2 segundos, enquanto um bip curto dura 1 segundo. Também usa diferentes frequências para indicar erros críticos ou graves. Se a BIOS Award detectar que a CPU está esquentando acima do limite, ele irá bipar repetidamente enquanto o computador estiver ligado. CÓDIGO DO BIP 1 Bip curto 1 Longo, 2 Curtos Bips Repetidos(sem fim) 1 Longo, 3 Curtos Bips de Alta Frequência Bips repetidos, Altos e Baixos 4.7 CAUSAS POSSÍVEIS Sistema normal, sem erros Placa Vídeo com Problema Memória com Problema ou mal contato. Vídeo ou memória de vídeo com Problema Falha na ventoinha da CPU CPU com Problema Erros comuns na montagem de computador Aqui são listados alguns erros comuns na montagem do computador. Alguns erros apontados podem não fazer o computador parar de funcionar, mas ele poderá ter um desempenho abaixo do esperado. 4.7.1 Placa mãe A maioria das placas-mãe vem de fábrica com uma espuma antiestática (normalmente rosa, branca ou preta) em sua embalagem. Muitos técnicos, ao montar a placa-mãe no gabinete, prendem essa espuma entre a placa-mãe e o chassi metálico do gabinete, pensando que esse procedimento evita que a placa-mãe encoste no chassi metálico do gabinete. Acontece que essa espuma retém o calor gerado pela placa-mãe e evita a normal circulação de ar que há no espaço existente entre a placa mãe e o chassi metálico do gabinete. Com isso, é muito comum que micros montados usando essa espuma travem e/ou deem erros aleatórios por superaquecimento. 4.7.2 Disco rígido e CD ROM Se você ainda usa um disco rígido IDE (ou seja, ATA-100, ATA-133, etc) em vez de um disco Serial ATA (SATA), você deve tomar muito cuidado na hora de instalar o disco. Discos rígidos IDE utilizam um flat cable de 40 ou 80 vias que normalmente possui três conectores, um em cada ponta do cabo e um no meio. O disco rígido deve ser conectado em uma das extremidades do cabo e a placa-mãe, na outra. O conector do meio fica normalmente vazio. Acontece que alguns técnicos instalam o disco rígido no conector do meio do cabo, fazendo que o conector da ponta fique “sobrando”. Isso não é bom, pois esse 35 pedaço do cabo irá funcionar como uma antena, captando e injetando ruídos na transmissão de dados, fazendo com que a taxa de transferência do disco rígido seja menor. Além disso, se o seu disco rígido usa um flat cable de 40 vias, recomendamos que você o substitua por um modelo de 80 vias. Outro erro é colocar o HD e o CD ROM no mesmo conector IDE. Isso faz com que a taxa de transferência de dados caia. Se a sua placa mãe possuir 2 entradas IDE, use uma para o HD e a outra para o CD ROM. Atualmente, os HDs e até mesmo os drives de CD / DVD possuem conexão SATA, assim, esses problemas logo deixarão de aparecer. 4.7.3 Memórias Praticamente todos os micros atuais permitem que a memória RAM trabalhe no modo chamado “dois canais” ou “dual channel”. Neste modo de operação, a taxa de transferência da memória é dobrada (pelo menos teoricamente), já que o processador (no caso dos processadores AMD64) ou a ponte norte (no caso dos demais processadores) acessarão à memória a 128 bits por vez, em vez dos tradicionais 64 bits. Atualmente todos os novos micros trabalham desta forma, exceto aqueles baseados nos processadores AMD soquete 754 (o Sempron, por exemplo). Por isso você precisa verificar se este modo de operação está ou não habilitado em seu micro de modo a obter o desempenho máximo possível. Para usar este modo de operação você precisa ter dois ou um número par de módulos de memória no micro, ou seja, se você tem apenas um módulo de memória o modo de operação de dois canais não funcionará. Por isso é melhor ter dois módulos de 1 GB em vez de apenas um de 2 GB, caso você queria ter 2 GB de memória instalada em seu micro, por exemplo. Existem duas maneiras básicas de verificar se o seu micro está ou não usando o modo de dois canais. A primeira é verificar o que aparece na tela logo após você ligar o micro. Aparecerá a frase “Single Channel Mode” ou “Dual Channel”. A segunda maneira é rodar um programa de identificação de hardware, por exemplo, o HWinfo32. Na aba “memory” estará escrito: “Memory runs at: (single channel) ou (dual channel)”. Talvez essa informação esteja disponível em placa mãe -> SMIBIOS DMI-> Memory Device -> Memory Controller. Ele dirá se placa mãe aceita o padrão dual channel (Supported interleaved: 2 ways) ou single channel (Supported interleaved: 1 ways) e se a memória está rodando em single channel ou dual channel. 36 Capítulo 5 Manutenção preventiva no hardware 5.1 O que é É basicamente a limpeza geral das máquinas e checagem dos componentes. A limpeza das peças e componentes pode chegar a quadruplicar o tempo de vida das máquinas. Não é um custo, é investimento! 5.2 Unidade de CD (DVD-ROM,CD-RW) Use um CD-ROM com superfície em microfibra que ao tocar a superfície das lentes da Unidade, faz a limpeza. Somente deve-se usar uma vez a cada bimestre, pois esse processo é abrasivo. Leia os manuais explicativos. 5.3 Teclado (Keyboard) Primeiro vire o teclado de cabeça para baixo, fazendo pequenos movimentos para cima e para baixo, visando deslocar os resíduos para fora do teclado. Após, caso haja alguns resíduos de açúcar ou café, limpe com um cotonete apropriado embebido em álcool isopropílico . Evite usar aspiradores muito potentes, álcool comum ou água. 5.4 Monitor CRT /Scanner Não use álcool em hipótese alguma. Limpe o vidro inicialmente com um pincel fino (o mesmo que é utilizado para passar maquiagem). Depois passe um pano levemente umedecido em água e depois seque-o com outro pano seco. Na parte externa, use pasta apropriada de limpeza. Esses procedimentos são abrasivos, portanto devem ser feitos com moderação. No caso de monitores de vídeo, lembre-se que mesmo ele sendo desligado, ainda há energia suficiente para um choque elétrico de potencia altíssima, portanto evite líquidos em seu interior. 5.5 Monitor LCD Em monitores LCD, o cuidado é ainda maior. Use apenas um pano macio e seco para tirar a poeira. O uso de produtos de limpeza na tela pode danificá-la permanentemente. 5.6 Impressora Jato de Tinta As impressoras da HP e EPSON dispõem de software especial para alinhamento e limpeza de cartucho. Na parte externa, use pasta apropriada de limpeza. 37 Esses procedimentos são abrasivos, portanto devem ser feitos com moderação. Leia os manuais explicativos e/ou telas de ajuda antes de executar a tarefa. 5.7 Placa mãe Usando-se um compressor em baixa potencia (apenas um pequeno sopro às vezes resolve) e um pequeno pincel de cerda, dá-se cabo dessa tarefa em 5 minutos. Pode-se usar também um pequeno aspirador em conjunto com o pincel. 5.8 Placas em geral (Placas conectadas nos slots do computador) Nesse item incluímos as placas PCI, AGP, ISA e as Memórias. Primeiro siga o procedimento de limpeza da placa mãe, para evitar que algum resíduo caia nos slots. Após isto, retire cada placa, limpando-a levemente na área dos contatos metálicos, usando para isso uma pequena borracha branca e que não solte fiapos. Após a limpeza recoloque-a no lugar e então passe para a placa seguinte. 5.9 Coolers O cooler é fundamental para a refrigeração do processador. Com o tempo (entre 6 meses e um ano), a lubrificação fica comprometida, causando a diminuição da rotação e como consequência o aumento da temperatura. Como paliativo, retire o Cooler, pulverize WD-40 nos rolamentos e deixe-o secar. Talvez seja necessário desprender o cooler do dissipador (estrutura de alumínio ou cobre). Talvez haja também uma etiqueta impedindo o acesso ao rolamento do cooler e você deverá retirá-la com cuidado. Após lubrificar o cooler, tenha certeza de que tirou o excesso de óleo para que este não caia na placa mãe ou no processador. Importantíssimo: Ao colocar o cooler velho ou novo no processador, lembre-se de retirar qualquer etiqueta de propaganda que esteja na área de contato com o processador. Não confunda essa etiqueta com etiquetas que substituem o uso de pasta térmica. Se este não for o seu caso, não esqueça de colocar uma fina camada de pasta térmica na junção entre o cooler e o processador e principalmente fazer o FLUXO DE AR do cooler ir na direção do processador ou seja usá-lo como um ventilador e não como um exaustor. Limpe o dissipador com um pincel macio e limpo. Essas medidas ajudam até mesmo a melhorar o ruído causado pelo cooler. 5.10 Fonte de Alimentação (power suply) As fontes contém componentes que também se deterioram no calor e no uso constante. Por norma, as voltagens podem variar no máximo até 5% para baixo ou para cima. Com a deteriorização dos componentes, temos situações onde a corrente do Hard Disk que é 12 Volts fica em 10Volts, causando perda de potencia no motor e acarretando mal funcionando na leitura/gravação de dados. E isto é muito grave. A ventoinha da fonte tem que sempre estar limpa, pois ela é usada como um exaustor do ar quente interno do gabinete do computador. A limpeza TEM que ser externa, pois a abertura da fonte tem que ser feita por técnico especializado. Faça a limpeza com um compressor de ar um pouco mais fraco, o suficiente para retirar a sujeira de dentro dela. 38 5.11 Gabinete ou Box do PC A única limpeza a ser realizada aqui é a retirada do pó com um pano limpo e seco. Pode-se usar também, em sua parte externa, produtos especiais para a limpeza de gabinetes. 39 Capítulo 6 Manutenção por Software As vezes, problemas como a lentidão do computador são solucionados por uso de softwares, sem a necessidade de troca de peças. 6.1 Desfragmentação de disco Para tentar diminuir a lentidão do computador, recomenda-se primeiramente fazer a desfragmentação do disco. Como o nome já diz, esse processo tenta acabar com a fragmentação do disco. Mas, o que é isso? Quando um arquivo é gravado no disco rígido (HD), o sistema operacional pode optar por gravar esse arquivo no primeiro espaço que caiba por inteiro. Caso não consiga achar um espaço contínuo para isso, ou por outras razões, gravará o arquivo em seções descontínuas, fazendo com que a leitura do mesmo demore mais que o normal, já que o cabeçote de leitura terá que ser deslocado para outras regiões do HD. A desfragmentação de disco analisa os aquivos no disco e os move para partes contínuas. Para fazer isso no Windows 7, vá em Iniciar -> Todos os Programas-> Acessórios -> Ferramentas do sistema -> desfragmentador de disco. Escolha a unidade a ser desfragmentada e clique em desfragmentar disco. Será mostrado o estado do disco antes e após a desfragmentação. Você também pode fazer isso abrindo o “Meu Computador”, clicando com o botão direito do mouse sobre o drive a ser desfragmentado e escolhendo a opção “propriedades”. Na aba “ferramentas”, clique em “desfragmentar agora”. 6.2 Corrigindo erros no disco Quando o computador é desligado de forma errada, por exemplo queda de energia ou reinício pelo botão reset, podem ocorrer algumas inconsistências no disco. Por isso, recomenda-se verificar o disco periodicamente. Para tanto, abra o meu computador, clique com o botão direito do mouse no drive a ser verificado e escolha a opção “propriedades”. Vá na aba “ferramentas” e clique em “Verificar Agora”. 6.3 Desinstalação de programas desnecessários Para desinstalar programas desnecessários, abra o painel de controle em Iniciar-> Painel de controle. Clique em “Desinstalar um programa” e desinstale o programa que você tenha certeza que não é usado. 6.4 Limpeza do registro do Windows Infelizmente, quando desinstala-se um programa no Windows, vários registros de configuração ficam para trás, causando perda de performance do sistema. Para solucionar esse problema, o melhor é usar um programa especializado em excluir entradas inválidas no registro do Windows. Recomendamos o CCleaner, um programa gratuito e muito bom. O 40 CCleaner é um dos softwares mais seguros para remoção de entradas inválidas, sempre preservando a funcionalidade dos programas e a integridade do sistema como um todo. 6.5 Proteção contra vírus e spywares Vírus são programas de computadores que fazem algo ruim ao usuário. Por exemplo, um vírus pode simplesmente abrir janelas com mensagens engraçadas ou até deletar arquivos importantes. A melhor maneira de prevenir de vírus é a instalação de um antivírus. Além de um antivírus, recomenda-se a instalação de um anti-spyware. Spyware são softwares espiões, ou seja, capturam dados de seu computador e envia para o produtor do Spyware. Esses dados podem ser senhas do e-mail, dados pessoais ou até a senha do banco que você acessa pela internet. Recomendamos o Avast Antivírus, por ser leve, gratuito, funcional e ter a opção de ser em idioma português do Brasil. Além disso o próprio Avast inclui detecção de Spyware. Uma outra dica é a criação de uma conta limitada. Em uma conta limitada, o usuário não tem permissão de instalar ou desinstalar programas. Assim, se um vírus tentar se instalar no sistema não irá conseguir. O máximo que poderá fazer é bagunçar a conta do usuário, mas não será necessário a formatação do disco. Mas atenção, essa medida não protege o usuário contra vírus, apenas não os deixa tomar conta do computador. 41