LIMPEZA
1. Lave a vidraria imediatamente após o uso.
Se uma lavagem completa não for possível,
coloque-a de molho em água. Caso isso não seja
feito, a remoção poderá tornar-se impossível.
2. A maioria dos materiais de vidro novos é
levemente alcalina durante a reação. Para
experiências químicas de precisão, materiais de
vidro novos devem ser colocados de molho pôr
algumas horas em solução ácida (solução a 1%
em ácido clorídrico ou nítrico) antes de serem
lavados.
3. Os materiais de vidro contaminados com
sangue coagulado (Tubos sorológicos), meios de
cultura (Placas de petri) etc., etc., e que devem
ser esterilizados antes da lavagem, podem
ser mais bem processados no laboratório,
colocando-os em uma vasilha grande, com
água e qual tenham sido adicionados 1 a 2% de
sabão ou detergente, deixando ferver pôr 30
minutos. Os materiais de vidro podem então ser
enxaguados com água corrente, esfregados com
detergentes e enxaguados novamente.
4. Laboratórios maiores podem preferir
autoclavar materiais de vidro ou esterilizá-los
em grandes estufas a vapor ou equipamentos
similares. Se uma virose ou colônia de
microorganismos estiver presente, a
autoclavagem será absolutamente necessária.
5. O mais recomendado é usar detergente
neutro, o produto a ser limpo deve ser
enxaguado com a solução ou preenchido com a
mesma e deixá-lo atuar. O tempo máximo que a
solução deve permanecer depende da extensão
da contaminação. Produtos relativamente
limpos necessitam de apenas alguns minutos,
enquanto que se houver resíduos sólidos, talvez
seja necessário deixar toda uma noite. Devido
à intensa ação corrosiva da detergente neutro,
é de boa prática colocar o frasco de solução em
bandeja de vidro, chumbo ou revestido com
chumbo.
6. Se o material de vidro estiver indevidamente
embaçado, sujo ou contiver material orgânico
coagulado, ele deve ser lavado em solução de
limpeza com ácido crômico (*). O dicromato
deve ser manuseado com extrema precaução
pôr ser um agente corrosivo muito poderoso.
(*) Solução de limpeza com sulfocrômica: use
dicromato de sódio ou potássio em pó, comercial
ou P.A. se o composto estiver na forma de cristais,
amassar com bastão até se tornar um pó bem
fino. Coloque 20gr. de pó em um griffin de 1 litro,
adicione um pouco de água, suficiente para
formar uma pasta grossa. Lentamente, adicione
300 ml. de concentrado comercial de ácido
sulfúrico, agitando bem. Transfira o conteúdo
para um recipiente de vidro com tampa. Maiores
quantidades podem ser feitas nas mesmas
proporções. Use a solução sobrenadante clara. A
detergente neutro pode ser usada repetidamente
até se tornar de cor esverdeada. Dilua em grandes
volumes de água antes de jogar fora ou neutralize
a solução diluindo-a com hidróxido de sódio. A
detergente neutro é fortemente ácida e provoca
queimaduras violentas na pele.
Cuidado ao manuseá-la.
7. Alguns tipos especiais de precipitado exigem
remoção com acido nítrico, água regia ou acido
sulfúrico fumegante. Estas são substancias muito
corrosivas e devem ser usadas somente quando
estritamente necessário.
8. Ao lavar o recipiente pode-se usar sabão
detergente ou pó de limpeza (com ou sem
abrasivo). Detergentes comerciais para vidro
podem ser os neutros utilizados normalmente
nas residências. A água deve estar quente. Para
recipientes excepcionalmente sujos, um pó
de limpeza com uma leve ação abrasiva dará
resultados mais satisfatórios. O abrasivo não
deve riscar o vidro. Durante a lavagem, todas as
partes do vidro devem ser esfregadas com uma
escova. Isto significa que um jogo completo
de escovas deve estar sempre a mão: escovas
que sirvam em tubos de ensaio, buretas, funis,
frascos graduados, frascos e garrafas de varias
formas e tamanhos. Escovas elétricas são úteis
quando um grande numero de utensílios devem
ser lavados. Não use escovas muito gastas para
evitar que a parte metálica risque o vidro. Vidros
riscados são mais propensos a quebrar durante
o uso. Qualquer marca na superfície uniforme
do vidro e um ponto de quebra em potencial,
especialmente nos casos de aquecimento do
mesmo. Não permita que ácidos entrem em
contato com recipientes recém-lavados antes
de enxaguá-los muito bem e se certificar que
o sabão (ou detergente) foi completamente
removido. Se isso acontecer, uma camada de
graxa poderá se formar.
9. A melhor maneira de remover gordura e ferver
com uma solução fraca de carbonato de sódio.
Acetona ou outros solventes para gordura
podem ser utilizados. Soluções alcalinas fortes
não devem ser usadas. Graxa de silicone e mais
facilmente removível de machos, conchas e
de torneiras pela ação do clorofórmio ou de
solventes clorados. Ácido sulfúrico fumegante,
pôr 30 minutos, também pode ser usado.
Lembre-se sempre que e muito importante
remover toda e qualquer solução utilizada na
limpeza.
APARELHOS DE VIDRO PARA FILTRAÇÃO
Porosidade
Os filtros de vidro são classificados por graus de
porosidade desde 0 a 5, segundo o diâmetro dos
seus poros.
A tabela 1 indica as várias porosidades e os seus
principais campos de aplicação. Os diâmetros
indicados referem-se sempre aos poros
maiores da placa. O respectivo grau caracteriza
simultaneamente, também, o diâmetro das
partículas que na filtração podem justamente
ainda ser retida. A medição da porosidade
realiza-se pelo método das bolhas Bechhold,
o qual na bibliografia tem sido varias vezes
descritas¹. Para se efetuar uma filtração rápida é
necessário que haja nas placas o maior número
possível de poros “de passagem” isto é , que não
haja becos sem saída ou cavidades fechadas. Sob
esse aspecto os aparelhos de vidro SCHOTT para
filtração distinguem-se particularmente.
As vantagens práticas resultam das
comprovadas qualidades do vidro de
borosilicato e dos especiais métodos de
fabricação por sinterização da massa vítrea, a
qual constitui a matéria prima dos discos de
vidro poroso.
É condição prévia para um trabalho eficaz
com filtros de vidro, a escolha adequada da
porosidade. Para isso, apresentam-se na tabela 1,
seis porosidades e indicam-se os seus principais
campos de aplicação. Na escolha do filtro
apropriado deve ter-se em conta que o valor
nominal do diâmetro máximo dos poros deve ser
pouco inferior à dimensão máxima das partículas
mais pequenas que se pretendem separar .
Evita-se assim que essas partículas passem
pelos poros, obtendo-se desse modo uma
velocidade de filtração o maior possível, não se
dificultando inutilmente a limpeza dos filtros.
Isto é especialmente importante na separação
de partículas sólidas insolúveis e finas, tais como
silicatos e grafite.
Em analise quantitativa empregam-se quase
exclusivamente aparelhos de vidro para
filtração com porosidades 3 4. Neste catálogo
encontram-se freqüentemente para as mesmas
substâncias, mas em métodos de trabalho
diferentes, indicações de porosidade diversas.
Isso se explica pelo fato da diferente marcha de
análise originar muitas vezes granularidades
diversas na produção do precipitado para análise
gravimétrica. Em caso de dúvida deve-se preferir
a porosidade 4, pois garante sempre uma
quantitativa do precipitado. Para compostos tais
como o cloreto de prata ou o dimetilglióxima de
níquel, a porosidade 3 tem-se manifestado, no
entanto, como absolutamente satisfatória.
POROSIDADE
NORMA
ISO 4793
VALOR NOMINAL DO
DIÂMETRO MÁXIMO
DOS POROS μm
CAMPOS DE APLICAÇÃO,
EXEMPLOS
P 250
160 a 250
0
Distribuição de gases.
Distribuição em líquidos de gás sob
baixa pressão.
Filtração de precipitados
extremamente grosseiros.
P 160
100 a 160
1
Filtração grosseira.
Filtração de precipitados grosseiros,
distribuição de gases líquidos.
Distribuição de líquidos, filtros
de poros para gases, aparelhos de
extração para material de grão
grosseiro.
Bases para camadas soltas de filtração
para precipitados gelatinosos.
P 100
40 a 100
2
Filtração preparatória fina.
Trabalhos preparatórios com
precipitados finos.
Filtração de mercúrio.
P 40
16 a 40
3
Filtração analítica.
Trabalhos analíticos com precipitados
semifinos.
Trabalhos preparatórios com precipitados finos.
Filtração na química de celulose,
filtros finos para gás.
Aparelhos de extração para materiais
de grão fino.
P 16
10 a 16
4
Filtração analítica fina.
Trabalhos analíticos com precipitados
muito finos (como p.ex. BaSO2 O4, Cu2O).
Trabalhos preparatórios com
precipitados correspondentemente
finos.
Válvulas de mercúrio (retenção e
bloqueio).
Filtração de bactérias.
5
P 1,6
1,0 a 1,6
Tabela 1
VELOCIDADE DE PASSAGEM PELO FILTRO
Para só poder apreciar as possibilidades de
aplicação de discos de vidro poroso ou de
aparelhos de filtração, tem de se conhecer
além da porosidade a velocidade de
escoamento de líquidos ou de gases. Para a
água e para o ar ela esta indicada nas fig. 1 e 2.
As indicações correspondem a discos de vidro
poroso de 30mm de diâmetro. A quantidade
que passa através de discos poroso com
outros diâmetros, calcula-se multiplicando o
valor lido no gráfico pelo fator de conversão
indicado na tabela 2.
DISCO DE VIDRO POROSO
DIAM. MM
10
20
30
40
60
90
120
150
175
FATOR DE CONVERSO
0,13
0,55
1
1,5
2,5
4,3
6,8
9,7
15
Exemplo
Filtração duma solução aquosa com um funil
de placa porosa cujo disco tenha o diâmetro
de 60mm, porosidade 4, na bomba de vácuo
de circulação: usando o gráfico da fig. 1 e com
uma diferença de pressão Δp de cerca de 900
mbar, vê-se que a velocidade e de 200ml/min.
Na tabela 2 vê-se que o fator de conversão
correspondente a 60mm do diâmetro do disco
e igual a 2,5.
Portanto, a velocidade de passagem é:
200X2,5 = 500 ml/min
Como a velocidade de escoamento depende
fortemente do diâmetro dos poros (com a 4ª
potência do raio dos poros) podem ocorrer
desvios aos valores indicados . A obstrução da
passagem pode ser causada por um “bolo” do
filtro no disco sinterizado. Outras variações da
velocidade de escoamento ocorrem quando
se empregam líquidos cujas viscosidades
diferem da água. Nesse caso, a velocidade de
escoamento e inversamente proporcional a
viscosidade.
Ocorrem desvios à velocidade de escoamento
de gases quando os discos de vidro poroso
estão cobertos pôr uma camada de água
ou de outro liquido (Escoamento de gases
em processo de lavagem). encontram-se
informações mais detalhadas sobre este
assunto na bibliografia.
FILTRAÇÃO DE BACTÉRIAS
Na filtração de bactérias empregam-se os
chamados filtros cujos discos de vidros porosos
tem a porosidade 5. O valor nominal do diâmetro
máximo dos poros está então compreendido
entre 1,0 e 1,6 μm. Experiências com Bacterium
prodigiosum, o germe mais empregado em
ensaios neste campo, mostram que se obtém
um filtrado isento de bactérias com um valor
nominal do diâmetro máximo dos poros igual
a 2 μm. Foi empregada uma estirpe de
bactérias de forma aproximadamente esférica.
Experiências com Bacillus mesentericus, que
produz esporos, deram o mesmo resultado.
É interessante o fato de se verificar que
suspensões diluídas dessas bactérias (15000 a
90000 pôr mililitro) ainda podem ser filtradas pôr
filtros de porosidade 3, obtendo-se esterilização
do filtrado. Contudo esse resultado não pode ser
obtido com essa porosidade se as suspensões
forem densas. Os poros são tão estreitos que
todos os germes das suspensões diluídas
aderem as suas paredes. Mas se essas paredes
ficam saturadas e se a suspensão for densa,
ainda podem passar germes através dos poros.
Um efeito direto de filtração só se efetua a partir
de um diâmetro de 2 μm, isto e só abaixo desse
limite e que os poros são mais pequenos do que
as bactérias a separar.
A Filtração é um dos métodos mais importantes
para produzir soluções estéreis sem auxilio
de temperaturas elevadas, as quais, em
muitos casos podem provocar alterações ou
decomposições dos componentes ativos das
soluções. Para filtrar líquido empregam-se funis
de placa porosa, de vidro sinterizado. Para a
filtração esterilizante de gases, com pôr ex. para
ventilar culturas de fungos ou de bactérias,
empregam-se filtros de passagem. Neste caso é
adequada a porosidade 3, desde que se encha,
de maneira regular e pouco compacta, o espaço
em frente do disco seco de filtração, do lado da
entrada do ar, com algodão em rama.
CONSERVAÇÃO E LIMPEZA
Secagem e Esterilização
Evitar mudanças bruscas de temperatura e
aquecimentos heterogêneos. Os funis de
placa porosa, os filtros de passagem e outros
aparelhos de vidro sinterizado, com discos de
diâmetro superior a 50mm, quando tenham de
ser secos ou esterilizados devem ser colocados
em estufas frias. A velocidade de aquecimento
não deverá ser superior a 2°C/min. Só assim
se pode evitar que, devido a diferenças
demasiadamente grandes de temperatura entre
o disco filtrante e o recipiente que o contém,
surjam tensões internas que possam provocar a
quebra do aparelho de filtração.
Na estufa ou no esterilizador, os aparelhos de
filtração devem ser colocados, quando possível,
assentando pela sua borda superior, isto é, com
o pé para cima; uma base perfurada e vantajosa,
pois permite a convecção do ar entre o interior
do recipiente e a estufa. Se não se puder evitar
uma posição inclinada dos aparelhos de filtração
nas estufa (filtros de passagem) qualquer ponto
de apoio junto da linha de junção do disco
deve ser protegido contra um aquecimento
prematuro, colocando pôr baixo pôr exemplo
um anteparo.
Se nenhum precipitado penetrou nos poros,
basta em muitos casos enxaguar a superfície
a torneira ou com o esguicho. A superfície do
disco poroso pode ser limpa com um esfregão
de borracha.
Limpeza de aparelhos novos
de filtração.
Antes de se utilizar pela primeira vez um
aparelho de filtração de vidro sinterizado devese passar pôr este, sob pressão e num vácuo
bem aspirado, ácido clorídrico quente e logo a
seguir várias vezes água destilada, para remoção
de poeiras e de partículas de vidro. É importante
que cada sucessiva enxaguada se inicie só
quando a precedente tiver sido completamente
aspirada. Este processo de filtração, designada
pôr “extração através”, só deve ser utilizado na
limpeza dos filtros , mas de nenhum modo em
filtrações preparatórias ou analíticas.
Limpeza mecânica.
Os filtros de vidro devem ser limpos
imediatamente após o uso.
Se nenhum precipitado penetrou nos poros,
basta em muitos casos enxaguar a superfície
a torneira ou com o esguicho. A superfície do
disco poroso pode ser limpa com um pincel ou
com um esfregão de borracha. Se uma parte do
precipitado atravessou os poros, então e necessária
uma lavagem a jato de água pôr retrocesso. Em
aparelhos de filtração de porosidade de 0 a 2, pode
realizar-se isso diretamente a torneira, ligando o
tubo do funil de placa porosa, pôr meio de um
tubo de borracha, a torneira da canalização da
água, fazendo correr esta em sentido contrario ao
da filtração através do disco de vidro poroso.
A pressão da água não pode, no entanto,
ultrapassar uma atmosfera. Se a porosidade for 3, 4
ou 5, remove-se o precipitado do disco esfregando
ou por meio de jato de água e faz-se passar água
sob pressão em sentido contrario ao da filtração.
Os filtros obstruídos por poeiras e sujidade durante
a filtração de gases podem ser limpos tratandoos com uma solução quente de um detergente,
seguida de um insuflamento de ar purificado feito
a partir do lado limpo do filtro. Com a espuma as
partículas da sujidade aparecem à superfície a são
removidas pôr enxágüe.
Limpeza química.
Se depois da limpeza mecânica ainda há poros
obstruídos ou se quer ter a certeza, antes de
uma filtração, de que não ficaram resíduos no
filtro, de uma operação anterior, é necessária
então uma limpeza química profunda.
A escolha do dissolvente a empregar depende
naturalmente do tipo das impurezas.
Assim pôr exemplo:
Sulfato de bário
ac. Sulfúrico concentr.
quente (100°C).
Cloreto de prata
Solução amoniacal
quente
Óxido de cobre
ac. clorídrico quente e
clorato de potássio.
Resíduo de mercúrio
Ácido nítrico concentr. quente
Sulfureto de mercúrio Água regia quente
Albumina
Solução amoniacal
quente ou ac. Clorídrico.
Gordura, óleo
Tetracloreto de carbono
Outras substancias
ac. Sulfúrico concentr.
com adição de ac.
nítrico, de nitrato de
sódio ou de dicromato
de potássio.
Carvão animal
Aquecer com cautela a
cerca de 200°C a mistura
de 5 vol. de ac. nítrico
concentrado.
Naturalmente deve-se fazer depois uma lavagem
com água abundante.
Em trabalhos de bioquímica deve-se evitar
uma limpeza com dicromato sulfúrico, pois
os compostos de cromo (III) nele existentes
e formados pôr redução são absorvidos a
superfície dos discos filtrantes. Devido a
sua libertação, num uso ulterior do filtro, as
substâncias biológicas podem deteriorarse consideravelmente. Esse perigo não
existe utilizando ácido sulfúrico com adição
de nitrato ou perclorato. Resultam apenas
produtos de redução facilmente solúveis,
que se podem remover completamente pôr
enxágüe ulterior.
Como o ácido fosfórico concentrado quente e
lixívia alcalina quente atacam a superfície do
vidro, esses compostos não são apropriados
para a respectiva limpeza. Mas se eles tiverem
de ser filtrados, e inevitável um alargamento
do diâmetro dos poros e, portanto uma
redução da duração dos aparelhos de filtração.
ENXAGÜAMENTO
1. A remoção de todo e qualquer resíduo
de sabão, detergente e outros materiais de
limpeza faz-se absolutamente necessária antes
da utilização dos materiais de vidro. Isto é
particularmente importante com detergentes,
pois leves traços dos mesmos interferirão com
reações sorológicas e de cultura.
2. Depois de lavar, enxágüe os materiais de
vidro com água corrente. Quando tubos de
ensaio, frascos graduados e similares forem
enxaguados com água corrente deixe-a correr
pôr fora e pôr dentro pôr um determinado
período de tempo. A seguir encha parcialmente
os frascos com água, agite bem e esvazie pôr
pelo menos 6 vezes. Para melhor enxaguar
pipetas e buretas, coloque uma mangueira
de borracha na torneira e adapte a outra
extremidade da mangueira na saída das pipetas
e buretas fazendo a água correr através delas.
Se a água da torneira for muita “dura”, é melhor
fazê-la passar pôr um desmineralizador antes de
usá-la.
3. Enxágüe a vidraria numa grande vasilha
com água destilada para em seguida enxaguála em um filete também de água destilada
proveniente de um garrafão de 20 litros,
sobre uma prateleira, ao qual se adapta uma
mangueira. Recomenda-se isto no lugar de se
enxaguar diretamente em torneira de água
destilada, para se reduzir perdas da mesma
4. Para ensaios microbiológicos, onde os testes
são extremamente sensíveis, uma lavagem
meticulosa deve ser efetuada, seguida de um
enxagüamento de 12 vezes com água destilada.
MANUSEIO E ARMAZENAMENTO
1. Quando lavar ou enxaguar pipetas, provetas
ou buretas tenha cuidado para não deixar a
ponta bater na pia ou na torneira. A maioria
das quebras ocorre pôr esta razão. Muitos
laboratórios acham que um material de proteção
sobre as pias ajuda bastante.
2. Seque tubos de ensaio, frascos e outros
materiais, mantendo-os suspensos através de
ganchos ou colocando-os sobre cestos com a
boca virada para baixo e deixando-os secar ao ar
ou ainda colocando-os em cestos para secar em
estufa (*). A temperatura de secagem não deve
exceder a 140ºC. Antes de se colocar o material
de vidro no cesto, cubra a base deste com
uma folha de papel toalha absorvente, limpa e
dobrada. Isso evitara, que resíduos de sujeira
fiquem nas bocas dos tubos.
(*) Nunca aqueça diretamente material de vidro
vazio utilizado para medidas volumétricas.
Tal material deve ser secado à temperatura não
maior que 140 ºC.
3. Seque buretas, pipetas e provetas deixando-as
em pé sobre um papel toalha dobrado. Proteja o
material de vidro limpo contra poeira. A melhor
maneira de fazer isto é tapá-lo com um chumaço
de algodão, rolha de cortiça, colocando um
pedaço de papel grosso ao redor da tampa ou
colocando o material em um armário à prova de
poeira.
4. Quando for armazenar peças, coloque-as em
suportes desenhados especialmente para elas.
Assegure-se de que as peças não se toquem,
para evitar choques mecânicos.
5. Não armazene soluções alcalinas em frascos
volumétricos ou buretas. Tampas e torneiras
podem emperrar.
LIMPEZA DE TIPOS ESPECÍFICOS DE VIDRO
Pipetas.
Coloque as pipetas, pontas para baixo, em
uma cuba ou jarra alta imediatamente após o
uso. Não as jogue na cuba ou jarra para não
lascar ou quebrar as bordas o que as tornaria
imprópria para medidas precisas. Uma almofada
de algodão ou lã de vidro colocada na base da
jarra evitará a quebra das bordas. Certifiquese de que o nível de água é suficiente para
imergir uma boa parte ou toda a pipeta. Na
hora conveniente, as pipetas poderão então ser
drenadas e colocadas em uma jarra contendo
detergente dissolvido ou no caso de estarem
excepcionalmente sujos em uma jarra com
detergente neutro. Depois de deixar de molho
pôr várias horas ou durante a noite, drene as
pipetas e faça correr água de torneira através
delas até que todos os traços de sujeira sejam
removidos. Coloque de molho em água destilada
pôr pelo menos 1 hora. Retire da água destilada,
enxágüe, seque as partes externas com papel
toalha, agite para retirar resíduos das paredes
e seque. Secadores elétricos para pipetas são
também equipamentos normais.
Em laboratórios onde um grande número de
pipetas é usado diariamente, seria conveniente
utilizar uma lavadora automática de pipetas.
Algumas destas máquinas, feitas de metal, são
bastante elaboradas e podem ser conectadas a
pontos de água quente e fria. Outras, como as
de polietileno, são menos elaboradas e podem
ser conectadas a pontos de água através de
mangueiras. Cestos e jarros de polietileno
podem ser utilizados para enxaguar pipetas ou
colocá-las de molho em soluções de limpeza de
ácido crômico. Secadores elétricos para pipetas
são também equipamentos normais.
Depois da secagem, coloque as pipetas em
gavetas à prova de poeira. Embrulhe as pipetas
sorológicas e bacteriológicas em papel ou
coloque-as em estojos e utilize esterilizador a
ar seco à temperatura de 160ºC, pôr 2 horas.
Pipetas utilizadas para transferir material
infeccioso devem conter um chumaço de
algodão na extremidade da boca antes de
esterilizar. Isto evitará que o material a ser
medido seja incidentemente aspirado para
dentro da boca.
Pipetas diluidoras para
contadores de células
sangüíneas.
Depois do uso, enxágüe muito bem com água
fria corrente, água destilada, álcool ou acetona
e, em seguida, éter. Seque pôr sucção. Não
sopre dentro de pipetas pois isso fará com que
haja condensação no seu interior. Para remover
partículas de sujeira ou sangue coagulado, deve
se utilizar uma solução de limpeza. Um tipo
de solução pode ser bom para alguns casos
enquanto que algo mais forte deve ser usado
para outros. É melhor encher a pipeta com
a solução de limpeza e deixá-la permanecer
durante a noite. Hipoclorito de sódio (alvejante
para tecidos) ou detergente pode ser utilizado.
Peróxido de hidrogênio normal pode também
ser útil. Em casos mais difíceis use ácido nítrico
concentrado. Algumas partículas para serem
removidas podem necessitar que um fio de
crina, rabo de cavalo ou arame de aço bem fino
seja passado internamente. Cuidado para não
riscar o interior da pipeta.
Buretas.
Remova a torneira ou ponteira de borracha e lave a
bureta com detergente e água.
Enxágüe com água corrente até que a sujeira seja
removida. Enxágüe então com água destilada e
seque. Lave a torneira ou ponteira de borracha
separadamente. Antes de colocar a torneira
de volta na bureta, lubrifique a junta com um
lubrificante apropriado. Use somente uma
pequena quantidade de lubrificante.
Buretas devem estar cobertas quando fora de uso.
2.1.1.1 Lâminas e lamínulas
para microscópio.
É muito importante que as lamínulas usadas
nas preparações de lâminas sangüíneas ou
culturas bacteriológicas estejam perfeitamente
limpas, sem riscos. Lâminas devem ser lavadas,
colocadas em ácido acético glacial pôr 10
minutos, enxaguadas com água destilada e
secadas com papel toalha limpo ou flanela.
Antes de usar, lavar com álcool e secar. As
lâminas devem, depois do tratamento com ácido
e enxagüamento, ser colocadas em uma jarra
larga e imersas em álcool. Quando necessário,
retire-as da jarra e seque-as com papel toalha
limpo ou flanela. Se as lâminas forem guardadas
secas, lave-as com álcool antes de usar.
2.1.1.2 Tubos de Ensaio.
Tubos de ensaio já usados devem sempre ser
esterilizados antes da limpeza. O melhor método
geral para esterilizar culturas é autoclavar a 121º
C pôr 30 minutos (Pressão de 15 libras/pol²).
Veículos que se solidificam pôr resfriamento
devem ser retirados enquanto os tubos
estiverem quentes. Depois que os tubos forem
esvaziados, escove-os com detergente e água,
enxágüe bem com água corrente primeiro e em
seguida com água destilada, colocando-os em
um cesto para secagem.
Se os tubos forem ser utilizados com veículos
que são esterilizados pôr autoclavagem, não os
tampe até que os veículos sejam adicionados.
Os veículos e os tubos são então autoclavados
juntos.
Se os tubos forem ser utilizados com um veículo
estéril e se eles precisarem ser esterilizados
pôr fracionamento ou outros métodos, tampe
e esterilize os tubos dentro da autoclave ou
esterilize os tubos dentro da autoclave ou
esterilize-os pôr ar seco antes de adicionar o
veículo.
2.1.1.3 Tubos sorológicos.
Tubos sorológicos devem ser quimicamente
limpos, mas não há necessidade de serem
esterilizados. Entretanto, certos espécimes de
sangue, que devem ser mantidos algum tempo
em temperatura ambiente, devem ser coletados
em um recipiente esterilizado.
É boa prática esterilizar todos os tubos de
maneira rotineira.
Para limpar e esterilizar tubos que contenham
sangue, descarte o sangue coagulado em um
recipiente próprio e coloque os tubos num cesto
grande. Ponha o cesto junto com outros em um
vaso maior.
Cubra com água, adicione uma boa quantidade
do sabão neutro ou detergente e ponha para
ferver pôr 30 minutos. Enxágüe os tubos, limpeos com uma escova, enxágüe novamente e
seque com as precauções usuais.
É sumamente importante que, depois do
processo de lavagem, seja removido todo
e qualquer vestígio de ácidos, álcalis ou
detergente. Qualquer um dos dois, ácidos ou
álcalis, mesmo em pequenas quantidades,
destroem complementos, e em grandes
quantidades produzem hemólise.
Detergentes reagem com soluções sorológicas.
Tubos e vidraria sorológicos devem ser
guardados separados dos outros materiais e
usados exclusivamente para procedimentos
sorológicos.
2.1.1.4 Placas e frascos para
cultura.
Esterilize e limpe usando o mesmo
procedimento descrito para tubos de ensaio.
Embrulhe bem com papel grosso ou coloque
num recipiente apropriado para este fim.
Esterilize em autoclave ou esterilizadores
de ar seco.
É sumamente importante que, depois do
processo de lavagem, seja removido todo
e qualquer vestígio de ácidos, álcalis ou
detergente. Qualquer um dos dois, ácidos ou
álcalis, mesmo em pequenas quantidades,
destroem complementos, e em grandes
quantidades produzem hemólise. Detergentes
reagem com soluções sorológicas.
2.2Segurança.
2.2.1.1 Recomendações para
segurança máxima.
2.2.1.2 Uso sob aquecimento.
1. Trabalhos de evaporação devem ser
sempre atentamente observados. Um
recipiente aquecido após o liquido haver sido
completamente evaporado pode quebrar. Jogue
fora recipiente que foram aquecidos a seco
2. Não coloque vidro quente em superfícies
frias ou molhadas e vidro frio em superfícies
quentes. Ele poderá quebrar com a variação
de temperatura. Apesar do vidro borosilicato
suportar temperaturas altas, trabalhe sempre
com cuidado.
3. Não utilize materiais de vidro que estejam
trincados, lascados, corroídos ou parcialmente
quebrados. Eles estarão mais propensos à
quebra.
4. Esfrie todo e qualquer material de vidro
lentamente para evitar quebras.
5. Verifique sempre os manuais de laboratório e
os manuais de instrução do fabricante quando
utilizar fonte de aquecimento.
6. Materiais de vidro com paredes grossas, tais
como: jarras, cubas, garrafões, dissecadores,
etc., não devem, ser aquecidos em chama direta,
placa aquecedora ou outras fontes de calor
similares.
7. Não use resistências elétricas descobertas
em contato direto, para aquecer materiais de
vidro. A distribuição não uniforme de calor pode
causar choque térmico e resultar em quebras. ‘
8. Não olhe pôr cima de qualquer recipiente que
esteja sendo aquecido. Uma reação pode fazer
com que o conteúdo seja ejetado.
2.2.1.3 Utilização de bicos
de Bunsen.
Ajuste os bicos de Bunsen de maneira a obter
uma chama alta e suave. Isto causara um
aquecimento mais lento, porém mais uniforme.
Aquecimento uniforme é um fator critico para
algumas reações químicas e, além disso, o
aquecimento localizado pode causar quebras.
Ajuste a altura do anel do suporte ou a garra que
segura o vidro, de maneira que a chama toque
o recipiente de vidro abaixo do nível do liquido.
Colocar a chama acima do nível do liquido
dificulta a distribuição uniforme do calor o que
pode causar choque térmico e a conseqüente
quebra do vidro. Uma tela de amianto central
provoca a difusão da chama e uma melhor
distribuição do calor.
Gire tubos de ensaio para evitar
sobreaquecimento em uma área determinada.
Aquecimento uniforme além de fundamental
para o experimento, evita as quebras causadas
pelo aquecimento localizado.
Aqueça todos os líquidos lentamente.
Aquecimento rápido pode causar fervura que
pôr sua vez pode fazer com que a solução seja
ejetada.
2.2.1.4 Utilização de placas
aquecedoras.
1. Use sempre uma placa aquecedora com área
maior que o recipiente a ser aquecido.
2. Recipientes de vidro com paredes grossas,
tais como: jarras, garrafões e frascos de
filtragem, nunca deve ser aquecidos em placas
aquecedoras, ou bicos de Bunsen.
3. Numa placa aquecedora toda superfície se
aquece. Pôr isso ela se mantém quente pôr
algum tempo após ser desligada. Tenha cuidado
com qualquer placa aquecedora que tenha sido
utilizada recentemente.
4. Em placas aquecedoras elétricas verifique
bem os cabos e conectores para ver se não
estão estragados, quaisquer sinais de que
esteja estragado, passe para outra placa
imediatamente. Não utilize aquela placa até
que eles sejam reparados. Um fio desencapado
ou um com conector estragado pode causar
choques elétricos muito perigosos.
2.2.1.5 Uso de vácuo.
Os únicos produtos de vidro neste catalogo
desenhados para aplicações de vácuo são
os dissecadores, os frascos de filtragem e os
cadinhos com disco poroso. Entretanto, devido
à grande variação de condições, a Schott não
garante qualquer tipo de vidro contido neste
catalogo, contra quebras pôr calor, vácuo ou
pressão. Precauções adequadas devem ser
tomadas para proteger o pessoal em tarefas que
envolvam essas operações.
2.2.1.6Manuseio.
Quando cheios segure os copos griffin e os
frascos em geral pela lateral e pelo fundo, ao
invés de fazê-lo pela parte superior (somente
gargalo). As bordas dos copos griffin e os
gargalos dos frascos podem quebrar se
utilizados como pontos de apoio. Tenha
cuidados especiais com os frascos de múltiplos
gargalos. Não use produtos de vidro que estejam
corroídos, trincados, lascados, ou parcialmente
quebrados.
O vidro é quimicamente atacado pôr acido
fluorídrico, acido fosfórico aquecido e soluções
fortemente alcalina quando aquecidas.
Assim, nunca utilize vidro como recipiente para
estas soluções.
Nunca olhe pôr cima de recipientes contendo
produtos químicos. Uma reação pode fazer com
que as soluções sejam ejetadas.
Para se evitar quebras durante a fixação de
material de vidro a suportes, não permita
contato direto metal-vidro e não utilize força
excessiva para apertar as garras.
2.2.1.7 Mistura e Agitação.
Não misture ácido sulfúrico com água ou faça
reações exotérmicas dentro de uma proveta.
O aquecimento da reação pode provocar a
quebra da base da proveta. Mistura e agitação.
Use bastão com proteção de plástico, de
borracha ou de Teflon para evitar riscar ou
trincar o interior do recipiente de vidro.
Não introduza produtos perigosos na pipeta
usando a boca, utilize um dispositivo adequado.
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Dicas de limpeza e manuseio de Vidrarias.