Rev.Port. ORL. n." 42, n." 4, ................, Dezembro2004 ARTIGOOR/G/NAI. GTUALIDADE DE VIDA NO TRATAMENTO CONSERVADOR DA TARINGE - METODOSDEAVAUAçAO QUALITYOF LIFE ON THELARYNGEAL PRESERVATION PROTOCOL - METHODSOF EVALUATION *, Cristino Morio Coçodor Adónis**, Ricordo Pocheco***, Hugo Esilbeiro****, Olios***** Joõo RESUMO: O objectivodo teropêuficooncológico,nos nossosdios, viso osseguroro curo/conkoledo doençocom o mínimomorbilidodefísicoe psíquico.O conceito de quolìdodede vido só muitorêcentemenÌe possouo ser ponderodonos decìsõesteropêuticos, quer pelo ousênciode sensibilidodedos cirurgiões oncológicos,quer pelo dificuldodeem quontiÍìcorporômetrostõo subjectivos. A ovolioçõocientíficoe objectivodos porômetrosenvolvidosno quolidodede vido exige o eloboroçõode questionórios e o suo oplicoçõosegundoregrosmuitoespecíficos. A suo ulilizoçõojunfoo populoçõescom línguoe culturos diÍerentesimplicoiguol rigor poro que os seusresuhodos possomserconsiderodos vólidos.Os outoresopresentom o odoptoçõode um questionório de ovolìooo protocolode preservoçõo de orgõo (Quimioteropio + Rodìoteropìo) çõo do quolidodede vido oplicondooem doentescom tumoresdo loringesubmetidos do InstitutoPorfuguês de Oncologiode FronciscoGentilde Lisboo. PALAVRAS CHAVE: Quolidodede vido, Tumoresdo cobeçoe pescoço,ïumor do loringe,TrotomenÌo conservodor SUMMARY: Over úe post 30 yeors,chongeswithin medicineond societyhoveencourogedo chongein oncologiclrêolmenlsevoluotion.In odditionto the quonfity of live we shouldossessthe quolityoÍ liveossocioiedwith vorioustÍeotments. ThescientiÍicmeosurement oÍ quolityof lìveissuesis difÍicultond mustfollow precise rules.Ïhe besÌ methodoÍ ossessmenl is the use oÍ questionnoires. The ideol questionnoìres shouldbe relioble,volid, responsive, sensitive,procÌicolÌo odminister, ond generolehord doto. Theymuslbe volidotedwifh o pilot populolion.We presento quesfionnoire to ossessquolityoÍ live issuesin potienÌswilh heod ond neckconcer,odoptedfrom internotionol questionnoires. We usedo group of potientswiih loryngeolconcersubmifedto Ìhe loryngeolpreservotion proiocoloÍ our insfituÌion os pilol populotion,to volidoÌeÌhisquestionnoire. KEY WORDS: Quolityof live, Heod ond neckconcer,LoryngeolconceçLoryngeolpreservoÌion protocor TNTRODUçAO Até hó cerco de trintoonos,o obiectivodo teropêutico no doençooncológicoero obtero curo e/ou oumenioro sobrevidodos doentes. Nesfo perspectivo, Quolquergrou de mutiloçõo físico ou funcionol ero oceitóvel, no medidoem que o olternoïivo erq q morte. * As teropêuÌicos, cirúrgicosou nõo cirúrgic o s , d o s t u m o r e sm o l i g n o s e n v o l v e n d oo cobeço e pescoço,originom frequenÌemente um elevodogrou de morbilidode,com olteroções importqntesem funçõescomo o respiroçõo, o mostigoçõo,o deglutiçõoe o fonoçõo; e olteroçõesestéticos,com grqvesconsequênciosno vido de relocõodos doentes. Interno do Inìernoto Complementor de ORL do Hospitol Egos Moniz Inierno do Iniernoìo ComplemenÌor de ORI do Hospiìol Amodoro Sintro Inierno do InlernoÌo Complementor de ORL do Amodoro Sintro **** ***** Assislente Groduodo de ORt do InstituÌoPortuguês de Oncologio de Froncisco Gentil de Lisboo Direclor de Serviço de ORI- do InstiÌufoPortuguês de Oncologio de Froncisco GenÌil de lisboo 305 _ MARTA CAÇADOR, CRTSTTNA ADONTS, RTCARDO PACHECO, HUGOESTIBE|RO, JOÃOOLTAS I n f e l i z m e n t eo, p e s o r d o i n t r o d u ç õ od e novos modolidodesdiognósticose teropêuticos, os resultodos octuoismostromque o melhoriodo controloloco-regionol destestumores nõo foi ocomponhodopelo oumenlodo sobrevido dos doentes.Peronteestefocto, e ossociodo o umo certo mudonçode mentolidode e do reloçõomédico-doente, possouo ser essenciol incluirnosobiectivos ÌeropêuÌicos o noçõo d e o u o l i d o d ed e v i d o . Poroutrospolovros,deixoude sersuficiente ovolior o curo, controloou progressõodo doenço, possondoo ovolior-seporômetros comodor, onsiedode,sotisfoçõo e reolizoçõo oessooldo doente. Quolidodede vido reflecteo "gop" entreo percepçõodo reolidodepor porte do indivíduo, e os suosexpectotivos ou deseios'''. Quonto moior for o dimensõodo referido e e v i d od o i n d i v í d u o . " g o p " ,p i o ré o q u o l i d o d d O c o n c e i t od e q u o l i d o d ed e v i d o n õ o é u m conceiÌonovo,mos umo odopÌoçõodo noçõo ontigo,que nos vem do filosofioclóssico,de BemEstorGlobol. Esteconceitoenglobonõo só o bem estor f í s i c o .m o s t o m b é mf u n c i o n o l e , m o c i o n oe l sociol. A quolidodede vido de um doentecom neoplosio, represenÌo o moneirocomoelesevê o si próprio, sendo portontoumo noçõo totolmentesubiectivo pelo e individuol,influencìodo suo culturo,diferencioçõo, crenços,religiõoe expectotivos em reloçõoò doençoe ò teropêutico.A experiêncio pessool,o personolidode e corocterísticos culturois e etnicosiustificom diferentesexoectotivos relocionodos com o soúdee o doenço,e diferentes copocidodes poro lidor com limitoções ou deficiêncios. O problemoé de tol formo complexoque, oté poro o mesmoindivíduo,o noçõode quolidode de vido vorio oo longo do doenço,vor i o n d od e i g u o l m o d o c o m o f i n o l i d o d ed o s octosdiognósticos ou teropêuticos. Por exemplo,um indivíduopoderóoceitor umo moior morbilidodese o teropêuÌico insti- _ 306 tuído tiver umo finolidode curotivo e nõo oceitoro mesmomorbilidodese o finolidode for ooliotivo. O conceitoé de tol formosubiectivo e individuolque desofioo onóliseboseodono "bom senso"de outrém,nõo ofectodopelo mesmo doenço.Os médicosnõo podemter o pretensõo de pensorque por lidoremcom inúmeros doentescom o mesmopotologioe por dominorem conhecimento e técnico, conseguem identificor moisrelevonÌes poro os porômetros codo doente,em reloçõoò suo quolidodede vido. A l g u n st r o b o l h o q s u e o v o l i o r o mq u o l i d o d e de vido em doentesoncológicosrevelorom resultodos inesperodos. Um estudo,reolizodo em doentes submetidoso quimioÌeropioe rodioteropiopor tumores do cobeço e pescoço,mosÌrouque, opesor de umo boo respostodo tumor ò teropêutico,40% dos doentesconsiderovo ter umo mó quolidodede vido, por persistêncio de queixosólgicos3. Outro estudo.envolvendo doenÌessubmetidos o teropêuticoconservodorode orgõo (quimioteropio e rodioteropio)por neoplosio do loringe,opósum ono livrede doenço,revelou que 50% dos doentessó tinhocopocidode poro ingerirlíquidose olimentosmoles,considerondoestosituoçõomuitolimitontee insot i s f o t ó r i o ,r e l e g o n d oo s s i m p o r o s e g u n d o plono,o focto do teropêutico Ìer permitidoo conservoçõo de orgõo'. Dois estudosefectuodosem doentescom tumordo loringesubmetidos o teropêuticos que permitirom p r e s e r v oorv o z d e m o n s t r o r oqmu e os doentesvolorizovommois o ousênciode dor e o estodoemocionoldo que o preservoçõodo folo'''. Outrosestudosreveloromoindo oue muitqs deformoções pós-cirúrgicos eromconsiderodos mois mutilontes pelos médicosdo que pelos doentese, por outrolodo,que os doentesconsiderovomolgumossequelostordiosmois negotivosporo o suo quolidodede vido do que os médicospoderiomsuport. -T- - MÉTODOSDEAVALIAçÃODA LARINGE CONSERVADOR QUALIDADEDEVIDA NO TRATAMENTO Estudosporo ovolioçõodo quolidodede de doençosoncológicos vido de sobreviventes reveloromque o grou de onsiedqdee preocupoçõose montinhomuitoolto,gerondogronde emocionol,opesorde seremcondesiquilíbrio siderodoscurodospelosseusmédicos. que um Outrosestudosvieromdemonstror follow up muitorigoroso,podio originor,por oumentodo onsiedode,mó quolidodede vido. Todosestestrobolhosvierom consolidoro percepçõode que é fundomentolidentificor os porômetrosmois significocientificqmente poro quolidode de vido dos doentes,e tivos o integró-los em protocolosteropêuticos. Surgemenlõoolgumosquestões: - Como medirobiectivomente um conceito tõo subiectivo e vorióvelcomoo de quolidode de vido? - Quol o métodocientíficomoiseficozporo envolos porômetros ovqliore quontificor vidosno quolidodede vido? que: Actuolmente é concensuol - O doenteseró sempreo principolfonte dos dodos, no medidoem que é o suo percepçõo dos foctos que estó q ser por porte do ovoliodq.O pressuposto, médico,que os doentesnõo estõo em de ovolioro efeitodo teropêucondições tico oncológico,sobreo suo quolidode incorrecto. de vido, poreceocÌuolmente - O uso de questionórios oplicodossob o formo de entrevistodirecto oo doente, poreceser o instrumento moiseficozno de quolidode ovolioçõodos poromêÌros de vidot'u. No entonto,o formoe o conteúdodos questionórios,o momentoclínicoem que devemser oplicodose o melhorformo de onolisoros resultodos, é oindo controverso. A eloboroçõode questionórios é complexo devendoobedecero regrospré-definidosu''''. As questões deverõopermitirumo interpretoçõo fócil e inequívocoe deverõoser esÌrutu- rodosde modo o poderemgeror informoçõo de ser esÌotisticomente quontificóvel e possível onolÌsodo. ldeolmenteos questionóriosdeverõo ser e próticos sensíveis fióveis,vólidos,obiectivos, no suooplicoçõo. sõo formoHobituolmente os questionórios dos por duos portes:umq porte iniciol que geroisde soúdee quoliovolioconsideroções dode de vido, oplicóveiso quolquerdoente oncológico;e umo segundoporte específico poro codo locolizoçõo tumorol(ex:tumoresdo cobeçoe pescoço). Após o fose de eloboroçõodos questionórios estesdeverõoser oplicodoso umo populoçõo pilotode doentes,poro se ovoliorse de focto"medemo que se propõemmedire quonto vole essomediçõo"'-fosede volidoçõo. Actuolmente estõovolidodosmoisde lrinto gerois e cerco de quorentoe questionórios Ìiposde tumoporo diferentes cincoespecíficos res,no suo moioriode origemonglo-soxónico. com línguoe A suooplicoçõoo populoções obrigo o que se tenho de culturodiferentes, procederò volidoçõodos suostroduçõesou odoptoções. OBJECTIVOS O obiectivodeste trobolho consistiuem o portir do literoturodisponível, seleccionor, questionórios de ovolioçõodo quolidodede vido, em doentescom tumoresdo cobeço e pescoço,procederò suo troduçõoe odoptoçõo e, oplicondo-oo um grupo restrictode doentes,ovolioro suo eficócio. S i m u l t o n e q m e n et es,c o l h e n d coo' m o p o p u o teropêuticoconloçõo doentessubmetidos + rodioteservodorode orgõo (quimioteropio t u m o r l o r i n g e p , r o c u r ao r volior r o p i o ) ,p o r do s e o q u o l i d o d ed e v i d o d e s t e sd o e n t e sc, o m inerenteso esteprotoos efeitossecundórios c o l o , c o m p e n s o r i o o p o r e n t ev o n t o g e md e m o n t e r o c o m u n i c o ç õ ov e r b o l e e v i t o r o trooueotomio. 301 _ MARIACAÇADOR, CRISTINA ADONIS,RICARDO PACHECO, HUGOESTIBEIRO, JOÃOOLIAS MATERIAT E 'YIETODOS nõo Foi desenhodoum estudoprospectivo, rondomizodo,em que foromincluidosdoentes com o diognósticode corcinomopovimentocelulordo loringe,em estodioT3, trotodosno Instituto Português de Oncologiode Froncisco Gentilde Lisboo,exclusivomente com quimio,|99ó teropioe rodioteropio, e 2000. entre Excluirom-se os doentesque forom troqueotomizodosem quolquerfosedo trotomento ou follow-up,os que foromsubmetidos o cirurgio por recidivoou olteroçõesfuncionoisimportontesdo loringee os que foleceromou obondonoromos consultos de seguimento. A populoçõoseleccionodoero composto por 13 doenÌes,do sexomosculino, com idode m é d i od e ó 0 o n o s . Foi oplicodoum quesïionório, por médicos, em entrevisto directooo doente.(fig. l) De entreos questionórios publicodosno literoturo,procedeu-se ò troduçõoe odoptoçõo oos hóbitosculturois do populoçõoportugueso do questionórioproposto por Compbell e coloborodores, em 2000. Estequestionório, orgonizodoem quotro portes,foi construído o portirde questionórios previomente publicodos e volidodos'. No primeiroporte,usondoitemsdo University of WoshinghtonQuolity of life sco/e,os doentesforomquestionodos em reloçõoo dor, oporêncio, possibilidodede efectuoroctividodesrecreotivos e profissionois, copocidode mostigoçõo de e deglutiçõo,orticuloçõodo folo e preocupoçõoquonto ò hipótesede recidivotumorol. Orgonizodosob o formode questões de escolhomúltiplo,o doentedeverioescolhero respostoque melhorreflectisse o suo situoçõo octuolr. A segundoporte,foi construidocom bose numquestionório gerol- FunctionalAssement of ConcerTheropy- FACT- e do seumóduloespecíficoporo tumoresdo cobeçoe pescoço- FACT Heod ond Neck Module. _ 308 As ouestõesversovomsobre o bem estor físico,funcionol,sociol,fomiliore emocionol com o seu do doentee tipo de relocionomenÌo médico. As respostosdeveriomreporÌor-seoos últimos sete dios do suo vido, sendo dodos otrovésde umo escolovoriondode 0 o 4, em que 0 representovonodo e 4 representovo muitor. No terceiroporte, boseodo no P55-HN - PerformonceSfoÍusScolefor Heod ond Neck Concer,os doentesforom interrogodosocerco do seu discurso,do do grou de compreensõo copocidodede comerem públicoe do tipo de monter. dietoque lhesero possível sob o EstoporÌe,tombémfoi opresentodo questões formode de escolhomúltiplo'. No quorto porte, os doentesforom questionodosocercodos seushóbitostobógicose o toboco como oté que ponto considerovom responsóvel pelo suodoenço. RESULTADOS Os resultodosreferentesòs questõesdo (fig. 2 e 31, reprimeiroportedo questionório veloromque o moioriodos doentes,opós este protocoloteropêutico, considerounõo ter dor significotivo, olteroçõesdo discursoou olteroçõesdo oporêncio. O porômetrofuncionolmoisofectodorevelou ser o deglutiçõo,com quose metqde dos doenteso opresentordificuldodesno deglutiç õ o d e o l i m e n t ossó l i d o s . Apesor de consideroremnõo ter hovido l i m i t o ç õ o n o s s u o s c o p o c i d o d e sp o r o o s o c t i v i d o d e sd i ó r i o s ,o q u o s e t o t o l i d o d ed o s octivo, doentesnõo tem umovido profissionol o q u e p o d et e r i m p l i c o ç õ enso s u oi n t e g r o ç õ o sociol. Apesordestesresultodos, e do longo período de followup semdoenço,quondose ovolio em reloçõoò possibilio grou de preocupoçõo dode de recidivo,um númerosignificotivo de doentem s o n Ì ê mo l g u mg r o ud e o n s i e d o d e . - MÉTODOSDEAVALIAÇÃO. DEVIDA NO TRATAMENTO DA LARINGE QUALIDADE CONSERVADOR AVALTAçAO DA QUAUDADE DE VIDA Eit DOENTESCOfrt NEOPIAS|A DA IARINGE APOS TERAPEUTTCA CONSERVADORA sERVtçO DE ORt DO TPOFGDE USBOA PAR,TE I PARTEII Morque o número que melhor corresponde ò s u o r e o l i d o d e n o s ú l t i m o sZ d i ó s . As queslões.seguintes relocionom-se,com o suo doenço, escolho poro codo cotegorio o opçõo que melhor correspondo oo seu coso. DOR. BEM ESTARFISICO ì2345- Nodo ì- TenhoÍolto de energio 0 2- Tenhonóuseos 0 3- TenhodiÍiculdodeem o c o m p o n h o r o m i n h o f o m í l0i o 4- Tenhodor 0 5- Sou perturbodopelosefeitos secundórios do trolomento 0 6- Em gerol sinfo-medoente 0 7- Sou forçodoo possor tempono comoO 1 Nõo tenho dor Tenho umo dor ligeiro, nõo necessìto medìcoçõo Tenho dor moderodo, necêssito medicoçõo regulor Tenho dor intenso, necessito de opióceos (Tromol) Tenho dor severo que nõo é conlrolodo com quolquer medicoçõo. APARÊNCIA lNõo hó quolquer olteroçõo no minho oporêncìo 2- A olÌeroçõo no minho oporêncio é mínimo 3- A minho oporêncio perturbo-me, mos nõo limito os minhos octividodes 4- A mìnho oporêncio limiio os minhosoctividodes 5- Nõo estou com outros pessoos devìdo ò minho oporêncio 8- ACTIVIDADE I2345- Sou tõo octìvo como sempre Íui H ó o l t u r o se m q u e t e n h o q u e d i m i n u ì r o s m i n h o s o c t i v i d o d e s , mos nõo muitos EsÌou frequentemenle consodo e tive que diminuir o s m i n h o s o c Ì ì v i d o d e s ,m o s c o n Ì i n u o o s o i r d e c o s o Nõo soio porque nõo tenho lorços Estou normolmente sentodo ou deitodo e nõo soio de cosq PROFTSSÃO 'l2345- Trobolho o lempo inìeiro ïrobolho em poruime num trobolho permonente Trobolhoocosionolmente EsÌou desempregodo Estou reformodo o) por motivos diÍerentes do minho doenço b) por couso do minho doenço Aui,rENTAçÃO Mosligoçõo l23l234- 12- 'l- 34- I I 2 2 34 34 1 I 2 2 34 34 2 3 4 2- 45- Muito Nodo SinÌo-me disÌonte dos meusomigos Sinto-me opoìodo pelo minho fomilio Sintame opoìodo pelos meus omìgos e vizìnhos A minho fomilio oceitou o minho doenço Em fomílio Íolo-se pouco do minho doenço 2 0 34 0 34 0 34 0 34 0 34 Responder se cosodo,/sexuolmente octivo: 6- SìnÌo-me próximo do meu componheiro 0 7- Esiou sotìsfeito 0 com o minho vido sexuol 2 2 8- Atéquepontoo meubemestorsociol/Íomilior ofectoo minhoquolidode devido I 4 6 7 I 9 ì0 MuiÌo Nodo 0 2 3 5 RETACIONAí}IENTO COAAO MÉDrcO Nodo l - T e n h oc o n f i o n ç on o m é d i c o 0 2- O médicoestódisponivel o o r o t i r o ro s m ì n h o sd ú v i d o s 0 3- Degluriçõo BEM EsrAR EMocloNAL Engulo como ontes N õ o c o n s ì g o e n g o l i r o l i m e n t o ss ó l i d o s S ó c o n s i g o e n g o l i r o l ì m e n t o sl í q u i d o s Nõo consigo engolir porque me engosgo ì2- Folo como semprefolei Tenho dificuldode em dizer olgumos polovros, mos enlendem-me quondo Íolo oo Ìelefone Só o minho fomilio e omìgos me entendem Ninguém me entende ?A 34 Até que ponto o meu bem estor físico oÍecto o minho quolidode de vido 4 7 9 lO Muito Nodo 0 I 2 3 5 6 8 Nõo consìgo mostigor como ontigomenÌe C o n s i g o m o s t i g o r o l i m e n t o sm o l e s m o s n õ o t o d o s o s o l i m e n t o s Nõo consigo mostigor nem sequer olimentos moles DTSCURSO 2 2 BEMESTAR, SOCIAT/FAMIIIAR 3ACTIVIDADES RECREATIVAS ìN õ o h ó q u o l q u e r l ì m i t o ç õ o n o s m i n h o s o c t i v i d o d e sr e c r e o t i v o s , em coso ou no ruo 2- Hó olgumos coisos que eu nõo consigo fozer, mos continuo o soir e o gozor o vido 3- Gostorìo de soir mois, mos ìsso nõo me perturbo 4- Hó poucos coisos que eu posso fozer, o moior porÌe do tempo fico em coso o ver Ìelevisõo 5- Nõo consigo fozer nodo ogrodóvel Muito ì ì I 2 3 Muito 4 | 2 3 4 Atéquepontoo meurelocionomento como meumédico o minho quolidode devido oÍecto Nodo 0 I 2 3 4 5 6 7 I 9 10 Muito Nodo Sinto-metrìste 0 ì Sinto-me orgulhosodo formocomo tenholidodo comominhodoenço 0 I 3- EsÌouo perdero esperonçono luto controodoenço 0 I 4- Sìnto-meonsioso 1 0 5- Tenhomedode morrer 0 ì ó- Tenhomedode ficor pior ì 0 7- 2 3 Muito 4 2 3 4 2 2 2 2 3 3 3 3 4 4 4 4 ofecloo minhoquolìdode de vido Atéque ponloo meubemestoremocionol Nodo 0 l 2 3 4 5 6 7 I 9 ì0 Muito PREOCUPAçÃO COI REC|D|VA l234- Nõo estou nodo preocupodo com o hipótese do minho doenço vohor Estou preocupodo com o hipóiese do minho doenço volror, mos ìsso nõo ofecto o meu dio o dio Penso nesso hipóiese vórios vezes por dio E umo preocupoçõo constonte BEM ESTARFUNCIONAI Nodo C o n s ì g oh o b o l h o r( i n c l u ì n d o hobolhodoméstìcol 0 2- Omeutrobolhoégrotificonte0 Muito ì- 1 I 2 2 34 34 309 _ pACHECO, MARIACAçADOR,CRtSTtNA ADONtS,RTCARDO HUGOEST|BEtRO, JOÃOOLTAS 8EM ESTAR FUNCIONAL (continuação do pâgina anterior) Nodo 34567- 8- Nesie momenlo consigo gozorovido Aceiteiomìnhodoenço Durmobem Consigo fozer os Ìorefos oquemeproponho Estou sotisfeilo com o minhq quolidode de vido 0 O 0 O 0 Muito 'Ì ì ì 2 2 2 3 3 3 4 4 4 1 2 3 4 2 3 4 'l Até que ponto o meu bem esÌor funcionolofecto o minho quolìdode de vido Nodo 0 I 2 4 3 5 6 7 8 9 l0 Muito 50- Só como no presenço de olgumos pessoos e em sítios seleccionodos 25- Só como em coso e no presenço de oìgumos pessoos 0- Como sempre sozìnho COMPREENSÃO DO DISCURSO I 00-Omeudìscurso é sempre compreensível 75- O meu discurso é quose sempre compreensível, por vezes tenho que repeÌir 50- O meu dìscurso ê normolmente compreensível, mos é necessório contocto visuol 25- O meu discurso é dificilmente comoreensível PREOCUPAçóES ADICtONAtS Nodo 1 - C o n s i g oc o m e ro s c o m i d o s dequegosto 0 I 2- Tenhoobocoseco 0 I 3- Depoisdo trotomenfoienho dificuldodeemrespiror 0 I 4- Nõo houvequolquerolteroçõo nominhovoz 0 ì 5- Consigocomero quontidodede comido 'l que me opetece 0 ó- Tenhoconsciênciodo ospectodo minhofoce/pescoço O I 7 - C o n s i g o e n g o l i r f o c i l m e n t e0 I 8- Fumotoboco ou oulro 0 ì 9- Bebobebìdosolcoólicos 0 ì l0- Consigocomunicorbem comosoutros 0 I I l - C o n s i g oc o m e rs ó l i d o s 0 ì O- O meu discurso nunco é compreensivel. comunico escrevênqo Muito NOR'YTAUDADEDA DIETA 2 2 3 3 4 4 2 3 4 2 3 4 2 3 4 2 2 2 2 3 3 3 3 4 4 4 4 2 2 3 3 4 4 I 00-Semrestricões no dìeto 90- Amendoins 80- Corne (quolquertipo) Z0- Cenourose cereois ó0- Tostose bolochos 50- Comido mole,mosligóvel (por exemplo:esporgueie,frutosmoles/enloiodos,vegetoiscozidos,peìxe,homburguer, pequenosbocodosde corne) 40- Comido moleque nõo necessito de mosÍigoçõo(por exemplo:puré de bolofo,purê de moçõ, pudiml 30- Comido possodo{botidos) 20- Líquidosquentes '10LíquidosÍrios 0- Nõo se olìmenÌopelo boco (usoo sondonoso-góstrico poro lodo o olimenioçõo) I 2- Atéqueponioestos preocupoções odÌcionois ofectom o minhoquolídode de vido Nodo 0 ì 2 3 4 5 6 7 8 9 l0 Muito Porle lll Escolhoo opçõo que melhorÌroduzo suo situoçõonos úlÌimossetedios COTAEREftI PUBLICO 100-Semrestriçõode lugor,tipo de comido,ou componhio {possocomerforo em quolqueroporlunidode) 25- Semrestriçõode lugor,mos resfriçõono dieto quondoem público (possocomerem quolquerlugor,mos só possocomercomido moìe ou líquidos) Porre lV HÁB[os TABÁGICo5 Q u e i d o d eÌ ì n h oq u o n d oc o m e ç o uo Í u m o r ?_ onos. Quontosmoçospor dio fumovoontesdo diognósticodo doenço?_ Quontosmoçospor dio fumo ogoro?_ Até que pontoconsideroque o tobocoê o responsóvel pelo suo doenço? Nodo 0 I 2 3 4 5 6 7 8 9 l0 Muito FIGURA| - auEsÌPNÂRIo Do SERvrçoDEoRL Do rpoFc DELtsBoApAiA AvAuAçÃo oa ouauoADE DEvtDA EMDOENTES COMNEóPLASIA DA L/ÀRINGE APóSTERAPÊuTIGA coúsERvADoRA FIGURA3' RESULTADOS REFERENTES À PANTTI DO OUESTIONAHO _ 310 . MÉTODOSDEAVALIACÃO QUALIDADE DEVIDA NO TRATAMENTO CONSERVADOR DA LARINGE O s d o e n t e sc o n s i d e r o r o mn, o s e g u n d o (fig. 4 e 51,que o teroportedo questionório pêuticonõo ofectouo seubem estorfísico,func i o n o le e m o c i o n o lE. m b o r oo s s u m o m monter "medo de ficor pior" os doenÌessentem-se pelo formocomo lidom com o suo orgulhosos ooenÇo. FIGURA7 . RESULIADOS REFE-RENTES A PARTEIV DO GIUESTIONARIO FIGURA 5 - REsurrADos REFERENTES À plnrr rr DO GIUESTIONARIO No ovolioçõodo bem esÌorsociole fomilior, constoÌo-se o importônciodo monutençõo dos ligoçõesofectivos, fomiliores ou outros. Todosos doentesconsiderqromsotisfofório o suo reloçõocom o médicoossisÌente. Nõo podemosconÌudodeixorde consideror que, o focto do questionório ser oplicodopor médicos,sob o formo de entrevistodirecto. possocondicionorestesresultodos. Emconcordôncio com os resposÌos òs questõesdo primeiroportedo questionório, no terceiroporte(fig.ó), os resultodos opontomporo que o principollimitoçõofuncionol,resultonte deste proÌocolo teropêutico,seio o nível do mostigoçõo e deglutiçõo. Porfim, no quortoporte(fig.Z), forominÌerrogodossobreos hóbitostobógicos.Todosos doentestinhominiciodoos seushóbitostobógicos muitocedo e eromgrondesfumodores. A moiorioconsiderou o tobococomoresponsóvelpelo suo doenço,tendoporodoou reduz i d o o s e uc o n s u m o . As respostos o codo umo dos quotroportes do questionório podemser pontuodose clossificodos,segundotécnicosdescritospelosseus criodores,permitindoo obtençõode dodos estotistico menteo nolisóveis. Estoonólisenõo foi feitonesteÌrobolhopor ultropossor lorgomente os seusobiectivos. DtscussÃo A grovidodedo doençooncológicorequer o utilizoçõode formos teropêuticos de olto morbilidode,nem sempre eficozes no seu 311_ pACHECO, MARIACAçADOR,CRtSTtNA ADONtS,RTCARDO HUGOESTIBEtRO, JOÃOOLTAS obiectivocurotivo,e que podemnõo conseguir restituir oo doenteo sensoçõo de bemestorfísico, emocionole socioldeseiodo. O desenvolvimento técnicodo medicino,o suo crescenteespeciolizoçãoe o modificoçõo do percepçõodo octo médico,levouo que, insidiosomente, possosse o octo teropêutico o sersentidocomoumo lutodirectoentreo médÌco e o doenço,sendoo doenÌeo polco onde se trovo essecombote. Nos últimosdécodos,tornou-se evidenteo necessidode de, poro olémde ovolioro eficócio obiectivodo Ìeropêuticosobre o tumor, ovolior o reoercussõo dq mesmosob o bem estorgloboldo doente. Nõo só porqueessebem estorseró sempre o rozõo últimode quolquerocto médico,como pelo focto, do estudodo quolidodede vido p e r m i t i r o m o i s p r e c o c e i d e n t i f i c o ç õ od e doentes/fomílios com problemosde odoptoò doenço e oo trotomentopermitindoo çõo implementoçõo de medidosporo repor o suo homeostose osicosociol. De iguolmodo,identificondo os porômetros considerodos mois importontes pelos doentes no suo quolidodede vido e integrondoesso informoçõo em protocolos teropêuticos, oumenq suo complionceoo trotomentoe. tor-se-io A noturezototolmentesubiectivoe individuol do noçõo de quolidodede vido levonto problemospróticosno seuestudo. O melhorinsÌrumento poro idenÌificor e onolisor os diferentesporômetrosenvolvidosno quolidodede vido poreceser o uso de quesÌionórios. Existeminúmerosquesiionórios publicodos que ovoliomo quolidodede vido de doenÌes oncológicos contendomódulosespecíficos poro doentescom tumoresdo cobeçoe pescoço. A oplicoçõodesÌesquestionórios o doentes com outrolínguoe culturorequerum novoprocessode volidoçõo.Após volidoçõodos questionóriosnumopopuloçõopilotoé fundomentol oplicó-los o grondespopuloções de formoo se obterdodosestoÌisticomente vólidos. Dodo que o percepçõodo quolidodede vido poro um mesmodoentevoriooo longodo temposeró importonteoplicoro mesmoquestionórioem diferentesfosesdo teropêutico. A periodicidodedesto investigoçõo oindo nõo estócientificomente determinodo. Pelosrozõesopontodosos esÌudosdeverõo serprospectivos, longìtudinois e o longoprozo. A interprefoçõo dos resultodos destesestudos e o suo integroçõoem proïocolosteropêuticos levontomproblemosoindo moiscomplexos. O doenteonolisoo suo quolidodede vido em reloçõo oo período pré-doenço,contudo nõo é reolistousor o esÌodo pré-morbidodo doente no ovolioçõodo repercussõo de um troÌomenfo sobreo quolidodede vido. Um determinodoprotocoloteropêuticopoderó gorontirumo melhorrespostotumorolò custode umo "toxicidode"ocrescido. Hó que integroro ovolioçõoobiectivodo eficóciode um trotomento{sobrevidosem recidivo/sobrevidoglobol)com o ovolioçõosubiectivodo quolidodede vido. Existem,octuolmenfe,métodoscomo o Q-Twist(Quolityodiustedtime withoutsymptoms of diseoseond toxiciiyof treotment) que visom integroressesdiferenÌes tiposde informoçõo8. A moioriodostrobolhos científicos sobrequolidode de vido sõo efectuodospor psicólogos, sociólogos e esÌoÌísticos semumonoçõoclorodo histórionoiuroldestosdoençosou do eficócio obieclivosobreo tumorde diferentesformoste ropêuticos. A curtoprozo, os decisõesmédicos terõo de ser outorizodospor intervenientes nõo médicos,que boseorõoos suosdecisõesem trobolhosovoliondo,poroolémde eficócioe custos, porômetros de quolidodede vido. É importonte pois que os oÌorrinoloringologistos porticipem desdeió no eloboroçõodestestrobolhos. coNcLUsÃo O questionório revelouser focilmentecompreendido,fócil de oplicor,demorondoopenos cercode cinco minutoso ser preenchido, - MÉTODOSDEAVALIACÃOQUALIDADE DEVIDA NO TRATAMENTO CONSERVADOR DA LARINGE nõo sobrecorregondosignificotivomenÌe os consulÌos de followup. Com o oplicoçõodeste q u e s t i o n ó r ioo u m o g r o n d e p o p u l o ç õ o n, u m estudo longitudinol,oplicodo de umo formo sequenciol em diferentes fosesdo trotomento, pensomospodervir o obterresultodos vólidos q u e e s p e l h e mo q u o l i d o d ed e v i d o d e s Ì e s doentes. BIBTIOGRAFIA 1 2 3 4 CompbellB.; MorbelloA.; LoydeP. - Quolltyof life ond Recurrence Concern in Survivors of Heod ond Neck Concer. 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TerrellJ.; FisherS.; Wolf G. - Long-term Quolity of life After Treotmentof Loryngeol concer.Arch OtoloryngoHeod ond N e c kS u r g f 9 9 8 , 1 2 4 : 9 6 4 - 9 7 1 . CelloD.; TulskyD. - Quolityof Lifein concer: Definition,Purpose,ond Method of Meosurement. Concerinvestigotion I 993, 1 1 ( 3 ) :3 2 7 - 3 3 6 . GluckmonJ.; PodhyoT. - Quolityof life lssuesin Heod ond Neck ConcerMonogement.In Conlroversies in Otoloryngology,ThiemePublicotions, I I ó-l 19, 2001. BouiotB. - Quolitéde vie en concérologie ORL. In Concersdes voies oéro diges- donéesoctuelles,Mostivessupérieures son Publicotions, 199-203,2004. SnydermonN. - Quolityof life lssuesin Heodond NeckConcerMonogement. In Controversies in Ofoloryngology,Thieme P u b l i c o t i o n1s2, 0 - 1 2 1 ,2 0 0 1. 3 1 3_