7
Pró-Reitoria de Graduação
Curso de Enfermagem
Trabalho de Conclusão de Curso
FATORES ESTRESSORES DOS ACADÊMICOS DE
Trabalho de Conclusão de Curso
ENFERMAGEM DO 7º E 8º SEMESTRE
Trabado de Conclusão de Curso
tr
Trabalho de Conclusão de Curso
Autor: Daniele Pacheco de Souza
Orientador: MSc. Fernanda Monteiro de Castro Fernandes
Trabalho de Conclusão de
Curso
DANIELE
PACHECO
Brasília
- DF DE SOUZA
2012
8
DANIELE PACHECO DE SOUZA
FATORES ESTRESSORES DOS ACADÊMICOS DE ENFERMAGEM DO 7º E 8º
SEMESTRE.
Monografia apresentada ao curso de
graduação
em
Enfermagem
da
Universidade Católica de Brasília, como
requisito parcial para obtenção do Título
de Bacharel em Enfermagem.
Orientador: Prof. MSc. Fernanda Monteiro
de Castro Fernandes.
Brasília
2012
9
Monografia de autoria de Daniele Pacheco de Souza, intitulada “
Fatores estressores dos acadêmicos de Enfermagem do 7º e 8º semestre
”, apresentada como requisito parcial para a obtenção do grau de bacharel em
Enfermagem da Universidade Católica de Brasília, em 12/06/2012, defendida
e aprovada pela banca examinadora abaixo assinada:
__________________________________________________
Profº. MSc. Fernanda Monteiro de Castro Fernandes
Orientadora
Enfermagem – UCB
_________________________________________________
Profº. Drº. Maria do Socorro Nantua Evangelista
Enfermagem – UCB
_________________________________________________
Profº. Hiandra Mota de Lima
Enfermagem- UCB
Brasília
2012
10
AGRADECIMENTOS
Primeiramente a Deus por ter me
dado força, discernimento, sabedoria e
por ter iluminado meu caminho para que
eu pudésse concluir mais uma etapa da
minha vida.
À minha família que esteve ao meu
lado a cada passo, me apoiando nessa
trajetória, não deixando eu desistir dando
amor e dedicação para que essa etapa se
concretize, me fazendo acreditar que
nada é impossível nessa estrada;
Aos amigos, pela verdadeira
amizade que construímos em particular
aqueles que estavam ao meu lado;
A minha orientadora, Prof. MSc.
Fernanda Monteiro de Castro Fernandes
pelo ensinamento, dedicação e paciência
comigo;
E
todas
as
pessoas
que
indiretamente, de alguma forma, me
ajudaram na realização desta pesquisa.
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RESUMO
SOUZA, Daniele Pacheco de. Fatores estressores dos acadêmicos de
Enfermagem do 7º e 8º semestre. Graduação ( Enfermagem)- Universidade
Católica de Brasília, Brasília, 2012.
O estresse vem tendo uma importância significativa na vida dos estudantes de
enfermagem, pois implica em submetê-los a realização de procedimentos novos e
ao desenvolvimento de habilidades até então desconhecidas. O estudo objetiva
investigar o nível e fatores mais estressantes sofridos pelos acadêmicos de
enfermagem no 7º e 8º semestre. Trata-se de uma pesquisa quanti-qualitativa. A
amostra é composta por 40 acadêmicos, sendo 20 do 7º semestre e 20 do 8º
semestre da UCB. A coleta de dados foi realizada em abril de 2012 por meio de
entrevista semi-estruturada. Os dados foram analisados por meio da Abordagem de
Bardin (1977) ( questões abertas) e da análise estatística simplificada (questões
fechadas). Os resultados mostraram que a maioria dos acadêmicos entrevistados
tanto do 7º quanto do 8º semestre eram do sexo feminino, solteiros e sem filhos. Os
acadêmicos identificaram o Trabalho de Conclusão de Curso- TCC, estágios e as
provas como fatores mais estressantes. Conclui-se que trata-se de estudantes, em
sua maioria, que não trabalham, não realizam atividades extracurriculares, dormem
mais de seis horas por dia, apresentam um tempo hábil para estudar, mas mesmo
assim apresentam-se estressados, com problemas físicos, como frequentes
cefaléias, problemas gástricos, ansiedade e irritabilidade.
Palavra-chave: Estresse. Enfermagem. Acadêmicos de Enfermagem.
12
ABSTRACT
SOUZA, Daniele Pacheco de. Fatores estressores dos acadêmicos de
enfermagem do 7º e 8º semestre. Graduação ( Enfermagem)- Universidade
Católica de Brasília, Brasília, 2012.
The stress has had a significant importance in the lives of nursing students, for it
implies submission to the realization of new procedures and skills development
hitherto unknown. The study aims to investigate the level and most important
stressors experienced by nursing students in 7th and 8th semester. This is a
quantitative and qualitative research. The sample consists of 40 academics, 20 of the
7th semester and 20 of the 8th semester of UCB. Data collection was performed in
April 2012 through semi-structured interview. Data were analyzed using the approach
of Bardin (1977) (open questions) and statistical analysis simplified (closed
questions). The results showed that the majority of academics interviewed both the
7th and the 8th semester were female, unmarried and childless. Scholars have
identified the Course Conclusion Work-TCC, internships and events as most stressful
factors. We conclude that it is students mostly, who do not work, do not do
extracurricular activities, sleep more than six hours per day, have a good time to
study, but nevertheless present themselves stressed with physical problems, as
frequent headaches, stomach problems, anxiety and irritability.
Keyword: Stress. Nursing. Nursing students.
13
SUMÁRIO
1.
INTRODUÇÃO .................................................................................................................... 15
1.1
JUSTIFICATIVA ...................................................................................................... 16
1.2 QUESTÃO NORTEADORA ....................................................................................... 18
1.3 HIPÓTESE.................................................................................................................... 18
1.4
OBJETIVOS ............................................................................................................. 18
1.4.1 Objetivo geral ........................................................................................................ 18
1.4.2 Objetivos específicos ........................................................................................... 18
2.
REFERENCIAL TEÓRICO ...................................................................................................... 19
2.1 SÍNDROME DE BURNOUT ....................................................................................... 23
3.
METODOLOGIA.................................................................................................................. 29
3.1 TIPO DE ESTUDO ...................................................................................................... 29
3.2 LOCAL ........................................................................................................................... 30
3.3 SUJEITOS E AMOSTRA............................................................................................ 31
3.3 CRITÉRIOS DE INCLUSÃO ...................................................................................... 32
3.4
CRITÉRIOS DE EXCLUSÃO ................................................................................ 32
3.5 TÉCNICAS E INSTRUMENTOS PARA COLETA DE DADOS ......................... 32
3.6 ANÁLISE DOS DADOS .............................................................................................. 32
3.7 ASPECTOS ÉTICOS DA PESQUISA ...................................................................... 33
4.
Resultados e discussões dos acadêmicos do 7º semestre ................................................ 35
5.
Resultados e discussões dos acadêmicos do 8º semestre ................................................ 45
5.1 CONCEPÇÃO DOS ACADÊMICOS DO 7º SEMESTRE EM RELAÇÃO A
IMPORTÂNCIA DO TCC NA VIDA ACADÊMICA. VOCÊ ACHA O TCC
IMPORTANTE NA VIDA ACADÊMICA? ........................................................................ 53
14
5.2 CONCEPÇÃO DE ALGUNS DOS ACADÊMICOS DO 7º SEMESTRE EM
RELAÇÃO A SEGURANÇA DO ESTÁGIO. VOCÊ SE SENTE MAIS SEGURO
COM O ESTÁGIO? ............................................................................................................ 54
5.3 CONCEPÇÃO DOS ACADÊMICOS DO 7º SEMESTRE EM RELAÇÃO A SUA
PERSPECTIVA PROFISSIONAL. ................................................................................... 55
5.4 CONCEPÇÃO DE ALGUNS DOS ACADÊMICOS DO 8º SEMESTRE EM
RELAÇÃO A IMPORTÂNCIA DO TCC NA VIDA ACADÊMICA. VOCÊ ACHA O
TCC IMPORTANTE NA VIDA ACADÊMICA? ............................................................... 57
5.5 CONCEPÇÃO DE ALGUNS DOS ACADÊMICOS DO 8º SEMESTRE EM
RELAÇÃO A SEGURANÇA DO ESTÁGIO. VC SE SENTE MAIS SEGURO COM
O ESTÁGIO? ...................................................................................................................... 58
5.6 CONCEPÇÃO DOS ACADÊMICOS DO 8º SEMESTRE EM RELAÇÃO A SUA
PERSPECTIVA PROFISSIONAL. ................................................................................... 58
6.
Considerações finais .......................................................................................................... 61
REFERÊNCIAS ............................................................................................................................ 62
APÊNDICE A- ROTEIRO DE ENTREVISTA.................................................................................... 66
15
1. INTRODUÇÃO
Apesar dos benefícios advindos da ciência e tecnologia, a qualidade de vida
juntamente a sobrevivência humana vêm sendo ameaçadas por inúmeros fatores, os
quais contribuem para o agravamento de respostas adaptativas do indivíduo ao
contexto sociocultural e às suas rápidas e profundas mudanças. Essas respostas
vêm tendo repercussão imediata na saúde de uma forma geral, individual e coletiva,
contribuindo para o surgimento de danos, como por exemplo, o estresse crônico e a
dor crônica (SANTOS, 1989).
Historicamente, o termo estresse (do inglês, “stress”) foi utilizado
inicialmente na Física para traduzir o grau de deformidade sofrido por um
material quando submetido a um esforço ou tensão. Em 1956, Hans Selye,
endocrinologista americano, transpôs o significado para a Fisiologia,
indicando-o como esforço de adaptação do organismo para enfrentar
situações que considere ameaçadoras à sua vida e ao seu equilíbrio
interno, as quais podem ser definidas como estressores. (MONTEIRO et al.,
2007).
De acordo com Irving (1979), o estresse pode ser definido como a força física
ou psicológica que, quando aplicada a um sistema, é suficiente para provocar
tensões ou distorções, ou quando muito grande, alterações no sistema. O estresse é
experimentado pelos indivíduos quando estes defrontam-se com certas situações
da vida que exigem uma solução para algum problema.
O processo de estresse divide-se em quatro fases: alerta, positiva que
ocorre por meio da liberação da adrenalina, tornando o indivíduo mais
atento, forte e motivado; resistência, quando a pessoa, inconscientemente,
tenta lidar com os seus estressores, buscando restabelecer o equilíbrio
interior – a homeostase; quase-exaustão, ocorre quando há uma quebra na
resistência do indivíduo em decorrência de fatores estressores persistirem
em freqüência ou intensidade, e o organismo passa a mostrar sinais de
deterioração, instalando-se o processo de adoecimento, e exaustão,
negativa causada quando não há alívio do estresse. Doenças graves podem
ocorrer nos órgãos mais vulneráveis, tais como úlceras, enfarte,
hipertensão, depressão. (FACHINI ARAUJO et al., 2008).
Como lembram, Monteiro et al., (2007), no decorrer da vida, acontecem
situações em que as pressões biopsicossociais são responsáveis por desequilibrar o
16
organismo do indivíduo, podendo prejudicar o seu desempenho em variadas
circunstâncias. Com isso poderá ocorrer fatores estressores em vários momentos
no âmbito pessoal, profissional, social e com tudo, na vida acadêmica também.
No ambiente acadêmico, a resolução de problemas se faz presente a todo o
momento. Além disso, sabe-se que os acadêmicos passam por vários
momentos de mudança, frustração, crescimento, aperfeiçoamento, temores
e angústias. Assim, o ambiente que contribuiria na construção do
conhecimento e servir de base para as suas experiências de formação
profissional se torna, por vezes, o desencadeador de distúrbios patológicos,
quando ocorre uma exacerbação da problemática do estresse acadêmico
nos estudantes. (MONTEIRO et al., 2007).
Como lembra Costa (2007), o estresse vem tendo uma importância
significativa na vida dos estudantes de enfermagem. Entende-se que conforme o
sujeito é exposto as novas situações que expiram o desenvolvimento de novas
habilidades, isso implica em submetê-lo a vivência na intensidade do estresse,
sendo ele de maior ou menor intensidade. A característica ameaçadora ou
desafiadora do ensino-aprendizagem por qual passam os estudantes são
importantes, preferencialmente quando os erros nesses processos implicam em
danos ou prejuízos aos pacientes.
1.1 JUSTIFICATIVA
O interesse em pesquisar estresse em acadêmicos de enfermagem surgiu da
vivência e experiência com os acadêmicos do 7º e 8º semestre, onde relatos
indicavam a possibilidade da existência de estresse em estudantes decorrente da
prática de enfermagem, o que estaria interferindo na qualidade de vida dos mesmos.
A enfermagem é caracterizada pelas diversas
atividades que exigem
percepção e decisão rápida, precisão e competência com esforço físico e mental
muito intenso, sem deixar de lado a garantia ao conforto e segurança do cliente.
(MAURO et al., 2000).
17
No caso dos discentes de enfermagem, o fator stress é um aspecto a ser
levado em consideração, tendo em vista que este serão os futuros
profissionais e cuidadores, sendo em parte responsáveis pelo tratamento,
recuperação e reabilitação dos pacientes. (PEREIRA et al, 2008).
Ao adentrarem na vida acadêmica de enfermagem, é exigido desses
estudantes adaptações a uma realidade a qual os mesmos não estão
acostumados, interferindo na vida pessoal, social e profissional, uma vez
que muitos desses estudantes trabalham para sustentar os seus estudos.
Além disso essa transição de aluno, do ensino secundário ao ensino
superior, faz com que o mesmo se depare com novas experiências,
exigências, em relação às tarefas que a faculdade exige do estudante,
como a adoção de novos comportamentos.(CORREIA, 2003 apud ALVES,
2010).
Essa fase universitária se torna de extrema importância ao se considerar
que o jovem estará tendo contato com múltiplos fatores, que farão com que
este se desenvolva pessoal e profissionalmente. Entretanto, quando não
ocorre a adaptação e a sensação de realização enquanto futuro profissional,
ocorre o insucesso acadêmico, traduzido por problemas com os estudos,
sendo o meio utilizado pelo estudante que revela o seu desconforto
emocional. (CORREIA, 2003 apud ALVES, 2010).
O trabalho, que constitui um dos aspectos mais importantes na formação da
identidade do indivíduo, em que ocorre uma afirmação de si mesmo e o
desenvolvimento mais complexo da interação social, pode vir a ser um fator
de estresse, principalmente entre os profissionais da área da saúde em
geral, incluindo os enfermeiros. (BARBOZA e BERESIN, 2007, apud BRITO
et al, 2008).
O Burnout, segundo Rossini et al., (2007),
pode ser considerado
resposta a todo esse estresse que acaba por si tornar
uma
crônico, podendo afetar
direta ou indiretamente o desempenho nas tarefas, nos
relacionamentos
interpessoais, produtividade e até mesmo a qualidade de vida no trabalho.
Segundo Carlotto et al., (2006), a definição de Burnout mais utilizada e
aceita na comunidade científica é fundamentada na perspectiva socialpsicológica, sendo entendida como um processo e constituída por três
dimensões: Exaustão Emocional, caracterizada pela falta ou carência de
energia e um sentimento de esgotamento emocional; Despersonalização,
definida como a falta de sensibilidade e a dureza ao responder às pessoas
que são receptoras desse serviço e a Baixa Realização Profissional, que se
refere a uma diminuição dos sentimentos de competência em relação aos
ganhos pessoais obtidos no trabalho com pessoas. (BRITO et al., 2008).
Para Borges e Carlotto (2004), o conceito de Burnout em estudantes
também se constitui de três dimensões: exaustão emocional, caracterizada
pelo sentimento de estar exausto em virtude das exigências do estudo;
descrença, entendida como o desenvolvimento de uma atitude cínica e
distanciada com relação ao estudo; e ineficácia profissional, caracterizada
pela percepção de estarem sendo incompetentes como estudantes. (BRITO
et al., 2008).
18
Com relação aos acadêmicos do 7º e 8 º semestre o Burnout esta
caracterizado dentre outros processos nas dimensões de exaustão emocional onde
conforme Borges e Carlotto (2004) mesmo citam, quer dizer ... “sentimento de estar
exausto em virtude das exigências do estudo”, acrescentado pela monografia que é
exigida ao final do curso.
1.2 QUESTÃO NORTEADORA
Os acadêmicos de enfermagem passam por muitos fatores estressantes
relevantes no 7 º e 8º semestre?
1.3 HIPÓTESE
O estudo trabalha com a hipótese de que os acadêmicos de enfermagem
passam por fatores estressantes prejudiciais a vida acadêmica.
1.4 OBJETIVOS
1.4.1 Objetivo geral

Investigar o nível e fatores mais estressantes sofridos pelos acadêmicos de
enfermagem no 7º e 8º semestre.
1.4.2 Objetivos específicos

Identificar os agentes estressores atuantes nos acadêmicos
do 7º e 8º
semestre de graduação;

Verificar as condições psicossociais que esses acadêmicos vivenciam;

Identificar os principais problemas de saúde relacionados ao estresse nos
acadêmicos do 7º e 8º semestre de graduação;
 Traçar o perfil sociodemográfico da amostra.
19
2. REFERENCIAL TEÓRICO
Conforme Monteiro et al., (2007) com a complexidade exigida do curso de
enfermagem e o lidar com os limites humanos, o acadêmico
desse curso
geralmente desenvolve sentimentos de incapacidade devido às atividades exigidas
durante sua formação profissional. Fazendo
com que o mesmo venha a
desenvolver problemas advindos do estresse como baixa capacidade de
concentração e memorização, propiciando
uma diminuição no rendimento
acadêmico e da qualidade da assistência de enfermagem durante os estágios.
Como um profissional que irá prestar cuidado, o acadêmico de enfermagem também
necessita de cuidados para manter sua saúde física e mental em níveis adequados.
“É justamente na resolução ineficaz da problemática e na sobrecarga de
estímulos estressores durante a formação universitária que está fundamentada a
premissa de que acadêmicos de enfermagem estão propícios em apresentar
características evidenciáveis de estresse”. ( MONTEIRO, 2007).
Como lembra Monteiro (2007), o acadêmico de enfermagem, quando
ingressado na universidade, passa por diversas situações, vivenciando diversos
sentimentos. Dentre esses a formação de um novo ciclo de amigos, adaptação as
novas rotinas, problemas financeiros, preocupações futuras no mercado de trabalho,
afastamento do ambiente familiar, com isso, vindo também
as cobranças, o
encontro com a dor, o sofrimento, a doença e a morte de pessoas, são pontos que
favorecem o desequilíbrio emocional. Todos esses fatores podem ser entendidos
como estressores, desencadeando o estresse e fazendo com que o sujeito não
consiga se adaptar a novas situações ou para se adaptar á elas passa por
processos estressantes.
Conforme citam Fachini et al., ( 2008),
a enfermagem é retratada por
diversos autores como profissão estressante, uma vez que a responsabilidade pela
vida humana em contra ponto com o sofrimento do outro, exige uma total dedicação,
responsabilidade e conhecimento ao desempenharem sua função, tudo contribuindo
para o desgaste emocional e físico.
20
As características inerentes ao curso, cuja ênfase de formação profissional
está voltada ao atendimento ao paciente, fazem com que, nesse período, a
relação aluno-enfermeiro-paciente seja norteada, muitas vezes, por
estímulos emocionais intensos: o contato íntimo com a dor e o sofrimento
do outro; o atendimento a pacientes em fase terminal; a dificuldade em lidar
com pacientes queixosos e em condições emocionais alteradas; a
intimidade corporal; e outras características que requerem do aluno um
período de adaptação a essa condição específica de formação profissional.
(COSTA, 2007).
Costa (2007) lembra que, mesmo a adaptação do acadêmico ao longo do
curso com diversas experiências, o período de conclusão do curso, a fase que o
acadêmico esta deixando a universidade para se tornar profissional aponta uma
ênfase maior na crise do mesmo, onde as expectativas em relação ao mercado de
trabalho e a responsabilidade profissional estão bem evidentes nesse processo de
estresse.
De acordo com Saupe (2004), os acadêmicos de enfermagem podem desenvolver reações
fisiológicas de estresse principalmente no último semestre do curso que é quando enfrentam a
demanda de trabalhos a serem concluídos e a incerteza em relação ao mercado de trabalho junto
com o fato de vários acadêmicos de faculdades privadas trabalharem para arcar com as despesas.
Segundo Saupe et al., 2004, entende-se acadêmico de enfermagem como
“um ser humano que fez uma opção de vida de cuidar e ajudar outros seres
humanos: a nascer e viver de forma saudável, a superar agravos à sua
saúde, a conviver com limitações e encontrar um significado nessa
experiência, e a morrerem com dignidade. E que, no processo de prepararse para realizar as várias ações que integram esse trabalho, com
competência técnica, dialógica e política, enfrenta situações de sofrimento
que podem contribuir tanto para seu processo de humanização, quanto para
a banalização das mesmas. (EURICH; KLUTHCOVSKY; 2008).
“O acadêmico de Enfermagem se encontra em uma fase da vida com
possibilidades de mudanças e de novas expectativas, o que pode causar profundos
reflexos na sua qualidade de vida atual e futura”. (BEUTER, 2005 apud EURICH;
KLUTHCOVSKY; 2008).
“Durante sua formação na universidade, os acadêmicos passam por
processos de adaptação que podem gerar situações de crises, com o surgimento de
depressões, alcoolismo, evasão escolar, dificuldades na aprendizagem, nos
21
relacionamentos pessoais, e isolamento”.
(JORGE, 1995
apud
EURICH;
KLUTHCOVSKY; 2008).
Lembrando Eurich; Kluthcovsky; (2008), além do seu cotidiano como
acadêmico, outros aspectos de sua vida também podem influenciar sua qualidade
de vida e futuro profissional. Saupe et al., (2004), relataram algumas preocupações
dos docentes em relação aos acadêmicos, como a
aprendizagem, rendimento,
interesse, motivação, sofrimento relacionado a problemas financeiros, familiares,
de saúde, e do cotidiano em relação a futura profissão, carregado de intimidade com
a dor e a morte da clientela usuária dos serviços de saúde, além do sistema
predominante no ensino de graduação.
“Na década de 70, foram escritos muitos trabalhos referentes à natureza
estressante do exercício profissional; o estresse inerente à tarefa; assim como a
vulnerabilidade psicológica de estudantes, principalmente na área médica. Alguns
deles se tornaram clássicos, sendo utilizados posteriormente”. ( FRIEDMAN;
BIGGER e KORNFELD; 1971 apud RUDNICKI; CARLOTTO; 2007).
Estima-se que aproximadamente 25% dos universitários apresentam
estresse. Dentro da Universidade, os jovens se vêem enfrentados a um
mundo novo, encontrando-se com maiores exigências. Esta situação ficou
evidente em recentes estudos realizados em nosso país, onde as atenções
psicológicas aumentaram de 20% a 58% em alguns centros universitários.
Cabe destacar, que o maior índice de estresse é apresentado nos cursos da
área da saúde, de acordo a estudos realizados na Universidade Austral do
Chile no ano de 2004. Os resultados indicam que o curso de Enfermagem
apresenta os índices mais elevados de estresse. (BURGOS, 2004).
De acordo com Bosquetti; Braga; (2008), os problemas que o graduando de
enfermagem enfrenta durante o período de estágio, estão relacionados ao
relacionamento com o paciente, bem como com o professor e o próprio ambiente,
podendo contribuir para o aparecimento de efeitos físicos e psicológicos de cunho
positivo ou negativo.
Em destaque conforme Guimarães, et al., (2009), na graduação de
enfermagem é composto em seu currículo várias disciplinas julgadas extensas e
maçantes, além de complexas. Devido a isso é exigido do acadêmico um esforço e
uma dedicação avançada para o alcance dos objetivos propostos e dentre eles,
22
estabelecer a relação teoria e prática. Além de o acadêmico ter que se organizar
para acompanhar o andamento das disciplinas, ainda tem que se desdobrar para
cumprir uma outra etapa do currículo chamados de atividades complementares, que
se configuram em presença em palestras, congressos, prestação de monitoria, entre
outros. Há de se considerar também o deslocamento dos acadêmicos de suas
residências para as Universidades, tendo que conciliar a vida familiar e social com
as atividades acadêmicas; fatores que em seu conjunto podem levar a um nível
considerável de estresse.
A enfermagem é reconhecida mundialmente como uma profissão
estressante. É alvo de diferentes pesquisas por diversos focos de atenção e
por outros profissionais. Alguns autores detectaram a existência de várias
características evidenciáveis de estresse em discentes de enfermagem,
algumas em maior, outras em menor intensidade, dentre elas a angústia,
taquicardia, distúrbios gastrointestinais, entre outras. (EVANGELISTA et al.,
2004).
“O estresse é definido por três conceitos: estímulo estressor, resposta à
tensão e como ação entre o ambiente externo e interno do indivíduo. O processo de
aprendizagem por si só é um importante estímulo estressor. Todavia, as primeiras
referências sobre educação em enfermagem, já relatava períodos de estresse como
inerentes ao processo educacional”. (STACCIARINI, 2001; BELL 1991; JONES 1998
apuds MULATO et al., 2011).
O significado do termo estresse pode ser entendido como o processo de
tensão diante de uma situação de desafio por ameaça ou conquista. Tratase de uma situação de mudança que exige do indivíduo uma reação e
tomada de decisão, de forma a causar uma ruptura no equilíbrio do
organismo, que pode afetar a pessoa em todas as dimensões humanas. Os
fatores desencadeadores deste processo são chamados estressores, que
são situações ou vivências que geram sentimentos de tensão, ansiedade,
medo ou ameaça que podem ser de origem interna ou externa. (CATALDI,
2002; LIPP 2000; STACCIARINI 2001 apuds MIRANDA et al., 2009).
Silva et al., (2011), ressaltaram a importância do diagnóstico desses fatores
geradores de estresse em acadêmicos de enfermagem, uma vez que quando
instalado este pode gerar problemas diminuindo o rendimento acadêmico e
desempenho nas funções práticas no período de estágio.
23
Silva et al., (2011) , destacam ainda, que os acadêmicos ao se depararem
com o conteúdo programático oferecido para o desenvolvimento das atividades
teóricas e práticas, gera um aumento no estresse se deparando com o aumento de
sua responsabilidade, insegurança na elaboração do trabalho de conclusão de
curso. Afirmando fatos de que os acadêmicos de enfermagem vivenciam situações
de estresse e que estas podem interferir na sua qualidade de vida.
Considerando isso, alguns dos graduandos de enfermagem apresentam
uma dificuldade em organizar às novas funções estabelecidas pela
profissão, a qual exige cuidado, flexibilidade e complexidade no cuidar de
outro ser humano. Além disso, é neste momento que alguns desses
indivíduos devem conciliar a dinâmica de suas vidas e desenvolver os
sensos de disciplina, responsabilidade e habilidade para solucionarem os
conflitos tanto externos quanto internos. Inicia-se, dessa forma, uma
situação na qual a instabilidade emocional e condutas desadaptadas podem
levar estes graduandos ao desenvolvimento da síndrome de burnout.
(BARBOZA; BERESIN; 2007).
2.1 SÍNDROME DE BURNOUT
O termo inglês burnout significa queimar ou destruir-se pelo fogo. É uma
síndrome do meio laboral caracterizada por um processo de resposta de
cronificação ao estresse ocupacional, quando os métodos de enfrentamento
falham ou são insuficientes, trazendo consigo conseqüências negativas
tanto em nível individual, como profissional, familiar e social. (BARBOZA;
BERESIN; 2007).
Segundo o psicanalista Freudenberger, que abordou o termo pela primeira
vez na área da psicologia, a síndrome de burnout é definida também como
o resultado do trabalho intenso sem a preocupação em atender às
necessidades do indivíduo que leva a um esgotamento tanto físico como
emocional. Assim, descreveu burnout como “falha, desgaste para fora,
tornar-se esgotado fazendo demandas excessivas de energia, de força ou
de recursos”. A propagação do termo deve-se a Cristina Maslach e a Susan
Jackson em virtude dos estudos realizados nos últimos anos. (BARBOZA;
BERESIN; 2007).
Segundo Barboza; Beresin; (2007), a síndrome de burnout apresenta como
principais características a exaustão emocional, a despersonalização e a redução na
realização profissional ou a não satisfação pessoal no trabalho. Os vários sintomas
apontados podem estar evidentes nas seguintes áreas: emocional, comportamental,
psicossomática, e defensiva. São considerados como emocional: o distanciamento
afetivo, a impaciência, irritabilidade, dificuldade de concentração e memorização. Os
24
comportamentais são: o absenteísmo ao trabalho, a conduta violenta, incapacidade
para relacionar-se, abuso de drogas e problemas familiares. Os psicossomáticos
são: os de cunho físico como o aparecimento de cefaléias, tensões musculares,
alterações gastrointestinais, perda de peso, insônia, asma e hipertensão arterial. Já
os defensivos, a negação de suas emoções, afastamento as pessoas e atenção
seletiva, tudo para evitar uma experiência negativa.
“O interesse que Burnout está tendo na atualidade vem ocasionando uma
ampliação de seu campo de estudo: das primeiras investigações centradas em
profissionais de ajuda, passou-se a outros âmbitos profissionais, e, mais
recentemente, estão surgindo estudos com estudantes”. (BORGES; CARLOTTO;
2004).
O conceito de Burnout em estudantes também se constitui de três
dimensões, no entanto, apresenta algumas especificidades: Exaustão
Emocional, caracterizada pelo sentimento de estar exausto em virtude das
exigências do estudo; Descrença, entendida como o desenvolvimento de
uma atitude cínica e distanciada com relação ao estudo; e Ineficácia
Profissional, caracterizada pela percepção de estarem sendo incompetentes
como estudantes. (MARTINEZ, PINTO y SILVA, 2000 apud CÂMARA,
2008).
Atualmente, a definição de Síndrome de Burnout (SB) mais utilizada e
aceita na comunidade científica é a fundamentada na perspectiva socialpsicológica” (CARLOTTO y GOBBI, 1999). “Nesta, é entendida como um
processo e constituída por três dimensões: Exaustão Emocional,
caracterizada pela falta ou carência de energia e um sentimento de
esgotamento emocional; Despersonalização, definida como a falta de
sensibilidade ao atender às pessoas que são receptoras de seu serviço e a
Baixa Realização Profissional, que se refere a uma diminuição dos
sentimentos de competência em relação aos ganhos pessoais obtidos no
trabalho com pessoas. (MASLACH y JACKSON, 1981 apud CARLOTTO;
CÂMARA, 2008).
Harrison, (1999); Maslach, Schaufeli e Leiter, (2001); apuds Kauffmann et al.,
(2010), apontaram que a Síndrome de Burnout (SB) vem sendo considerada um
problema
de cunho social extremamente relevante sendo estudada em vários
países. O Burnout surge em meio a uma
resposta aos
fatores estressores
interpessoais ocorridos na situação de trabalho.
“Investigações acerca do burnout na enfermagem, justificam-se pelo lugar de
destaque ocupado por estes profissionais no ambiente hospitalar devido ao maior
25
contingente de trabalhadores e as características de seu trabalho que propiciam o
surgimento da síndrome”. (LEITER, 1998; MASLACH; LEITER; 1999; ROSA;
CARLOTTO; 2005 apuds GRAZZIANO, 2008).
A legislação brasileira de auxílio ao trabalhador já contempla a Síndrome de
Burnout no Anexo II – que trata dos Agentes Patogênicos causadores de
Doenças Profissionais – do Decreto nº3048/99 de 6 de maio de 1996 – que
dispõe sobre a Regulamentação da Previdência Social –, conforme previsto
no Art.20 da Lei nº8.213/91, ao referir-se aos transtornos mentais e do
comportamento relacionados com o trabalho (Grupo V da CID-10), o inciso
XII aponta a Sensação de Estar Acabado (Síndrome de Burn-Out, Síndrome
do Esgotamento Profissional) (Z73.0). (CARLOTTO; CÂMARA; 2007).
“O Ministério da Saúde preconiza como tratamento desta síndrome o
acompanhamento psicoterápico e farmacológico e intervenções psicossociais”.
(MORENO et al., 2011).
“A saúde o bem-estar psicossocial são bens indisponíveis das pessoas e
constituem-se direitos de cidadânia conquistados pela sociedade atual devendo ser
promovidos e protegidos pelo estado”. (BRASIL, 1988).
Atualmente as pessoas são expostas a diversas situações as quais
precisam se adaptar, bem como pressões e cobranças tanto da família
quanto da sociedade. Sendo assim nota-se que esse novo modo de vida
tem gerado males à saúde psíquica, sendo os principais e mais comum o
estresse, a ansiedade e a depressão, fenômenos estes que afetam o bemestar físico e emocional, fazendo com que as pessoas afetadas por estas
patologias sintam-se desmotivadas a realizar várias atividades, pois estes
têm sua capacidade de ver o mundo alterado. Tais fenômenos influenciam
também na produção e desempenho acadêmico dos estudantes, pois
debilita a capacidade de raciocínio, memorização, motivação e interesse do
estudante com relação ao processo de estudo-ensino aprendizagem.
(MORAIS, et al., 2011).
Conforme Morais et al., (2011), o bem-estar psicossocial caracterizando a
qualidade de vida,
bem como a saúde é direito de todos. Fatores como estresse,
ansiedade e a depressão são doenças que prejudicam esse direito. Sabendo que o
organismo humano pode ser
afetado de modo positivo ou negativo pelas
circunstâncias do ambiente sócio-moral, econômico, político, religioso dentre outros.
O comportamento individual para a
manutenção da saúde é aprendido e
26
aperfeiçoado
ao longo do tempo nas relações formais e informais que se
desenvolvem no contexto familiar, comunitário, escolar e social como um todo.
A expressão qualidade de vida possui raízes tanto na cultura oriental como
na ocidental. Aparece na antiga filosofia chinesa relacionada à sua arte,
literatura, filosofia e medicina tradicional, bem como às forças positivas e
negativas representadas pelos conceitos de Yin e Yang que, de acordo com
essa cultura, a qualidade de vida pode ser alcançada quando Yin e Yang
encontram-se equilibrados. E também está relacionada com a visão
aristotélica, a qual descrevia a felicidade como certo tipo de atividade
virtuosa da alma, algo como se sentir pleno e realizado. (ZHUAN L. 1992
apud KAWAKAME; MIYADAHIRA, 2005).
Kawakame; Miyadahira (2005), citam que nos tempos atuais, o assunto
qualidade de vida vem sendo muito discutido, recebendo atenção crescente, na
literatura científica, nas campanhas publicitárias, nos meios de comunicação e
plataformas políticas. Bem citada nas frases de discurso popular, tornando-se até
mesmo um clichê, acaba por ser também motivo de interesse de pesquisas de
várias áreas especializadas como: Sociologia, Medicina, Enfermagem, Psicologia,
Economia, Geografia, História Social e Filosofia.
A postura dos educadores e profissionais com quem os alunos interagem
ao longo dos cursos da área da saúde, pouco os estimula a considerarem o
que pensam e, principalmente, o que sentem quando se vêem confrontados
com a vulnerabilidade humana. Esse é o reflexo de anos de cristalização
desse modelo, o que sinaliza que o ensino das profissões de saúde deverá
passar por profundas mudanças nas próximas décadas, pois se evidenciam
sinais de esgotamento exigindo a construção de novos modelos de
formação e capacitação de recursos humanos em saúde. (MACHADO, 1997
apud ESPERIDIÃO; MUNARI; 2004).
“Apesar de dirigirmos nossa atenção para os profissionais de saúde,
salientamos nesta pesquisa, o enfermeiro, especificamente o aluno de enfermagem,
partindo do entendimento que ele deve ser atendido enquanto pessoa, ainda no
período da sua formação acadêmica”. (ESPERIDIÃO; MUNARI; 2004).
“Ao adentrarem no curso deparam-se, muitas vezes, com uma realidade nem
sempre em consonância com a esperada, tanto em relação ao curso como às
condições de ensino, percebendo-se diante de uma nova etapa de suas vidas, onde
são chamados à responsabilidade pelo próprio caminhar e pelas escolhas a serem
feitas” . (ESPERIDIÃO; MUNARI; 2004).
27
Essas experiências influenciam os pensamentos, sentimentos e ações dos
alunos e, a despeito disso, nem sempre são levados em consideração,
pelas instituições formadoras. Embora muitos estudos chamem a atenção
para a humanização da assistência, idéia que compartilhamos e
valorizamos, entendemos que esta proposta será mais significativa, se
pensarmos a humanização do ensino apartir dos relacionamentos
estabelecidos durante o processo de formação. Isso sem dúvida, exigirá
uma nova postura por parte dos educadores que deverão centrar o ensino
na pessoa, ou seja, no aluno. (ROGERS 1978; 1991; 1992 apud
ESPERIDIÃO; MUNARI; 2004).
“Atualmente, temos acompanhado a crescente utilização do termo estresse,
nos mais variados contextos. Além disso, existem diversos estudos que abordam o
seu diagnóstico entre estudantes de enfermagem, principalmente o do ensino
superior”. (COSTA, 2007; PHUN, 2010; MERINO et al., 2007 apuds MULATO et al.,
2011).
Quando o organismo é exposto a um esforço e desencadeia um estímulo
percebido como ameaçador ao seu equilíbrio homeostático, seja ele um
agente físico, químico, biológico ou psicossocial, o corpo se organizará para
responder sob a forma de adaptação. Tais agentes foram denominados de
estressores por sua característica de gerar estresse, os quais podem ser
internos ou externos. Os externos referem-se às situações vivenciadas no
cotidiano, e os internos, à própria personalidade – características pessoais,
valores, crenças, a forma de se enfrentar e interpretar a diversidade de
situações. (FILGUEIRAS; HIPPERT; 2002 apud MENEGHINI et al., 2011).
“Na Universidade, o indivíduo encontra um ambiente favorável para
desenvolver e aprimorar valores relacionados à sua futura vida profissional e
pessoal. Pela busca do conhecimento científico, deve encontrar condições para o
desenvolvimento da consciência crítica e do seu papel enquanto cidadão, essenciais
para uma formação profissional de compromisso com a sociedade.” (BACKES, 2002
apud EURICH; KLUTHCOVSKY , 2008).
Grazziano, (2008), ressalta que o estresse em sua ausência é tão maléfico
quanto em seu excesso. Afirmando que o mesmo é necessário para o dia a dia, a
rotina, sendo benéfico quando é um estímulo de mudança, crescimento e
desempenho do indivíduo, satisfazendo as necessidades básicas, as realizações de
atividades, como o trabalho.
“Quando se pensa na saúde do aluno, não se cogita somente uma possível
ameaça à sua sobrevivência ou o efeito incapacitante de uma enfermidade ou
ferimento. Sua saúde implica e também está intimamente ligada ao relacionamento
28
humano, ou seja, a forma como vivencia o contato com pacientes, equipes e
supervisores”. ( RUDNICKI; CARLOTTO; 2007).
29
3. METODOLOGIA
3.1 TIPO DE ESTUDO
“A investigação quantitativa atua em níveis de realidade e tem como objetivo
trazer à luz, dados, indicadores e tendências observáveis. A investigação qualitativa,
ao contrário, trabalha com valores, crenças, representações, hábitos, atitudes e
opiniões”. ( SERAPIONI, 2000 apud MINAYO & SANCHES, 1993).
“O método quantitativo, considerando a contribuição para a ampliação do
conhecimento sobre ( área escolhida), deve ser considerado como uma opção
importante a ser adotada, constituindo-se numa base confiável para outros
pesquisadores. Quando bem realizada a pesquisa quantitativa fornece um grau de
generalidade útil ao pesquisador”. (RODRIGUES, 2007).
A abordagem qualitativa pode ser requerida em duas situações: Para uma
pesquisa de levantamento preliminar-piloto, base para a elaboração de um
questionário, ou ainda, como suporte necessário para explicar os porquês
das relações identificadas na pesquisa quantitativa. Pode ser utilizado como
único método, dependendo da natureza do problema da pesquisa. A
utilização das técnicas neste campo qualitativo devem ser adotadas,
evitando sua utilização pelo folclórico mito de ser mais fácil, por ser
subjetiva. (RODRIGUES, 2007).
“A pesquisa quantitativa traduz em números as opiniões e informações para
serem classificadas e analisadas, utilizam-se técnicas estatísticas. A pesquisa
qualitativa é descritiva, as informações obtidas não podem ser quantificáveis . Os
dados obtidos são analisados indutivamente, a interpretação dos fenômenos e a
atribuição de significados são básicas no processo de pesquisa qualitativa”.
(RODRIGUES, 2007).
30
3.2 LOCAL DE ESTUDO
No dia 28 de Dezembro de 1994, a Portaria Ministerial nº 1.827 de
28/12/1994, reconhece a qualidade dos Cursos e das instalações para que as FICB
se constituíssem em Universidade. No dia 23 de março de 1995, no uso da
autonomia que lhe foi outorgada, por ato próprio, foi solenemente instalada a
Universidade Católica de Brasília. Foi um longo período de reflexões e de
experiências.
Nesse momento, o Chanceler, Irmão Gentil Paganotto, teve a atribuição de
nomear o Reitor, Padre Décio Batista Teixeira e entregar a Universidade a
comunidade. Agora, como Reitor, Padre Décio, juntamente com os seus quatro PróReitores, teria a incumbência de fazer crescer a mais nova Universidade do Distrito
Federal. Dessa forma, a partir de 1995, a estrutura da Universidade foi se
delineando de acordo com o que estava sendo definido nos Planos de Ação e no
Plano de Desenvolvimento Institucional – PDI. Padre Décio atuava num universo de
377 professores, 6.990 alunos e 488 administrativos. Um considerável corpo
acadêmico que o ajudou a vencer e a superar inúmeras dificuldades no processo de
organização da Universidade.
Em 2008/2009 a Universidade Católica sustenta e assume o que entende
como um dever, uma obra que tem a educação como caminho libertador da pessoa
e da sociedade. É uma Instituição a serviço da comunidade cuja força de trabalho e
competência, sinérgica e solidariamente, atua em compromisso social cooperativo.
O Catálogo expõe a organização dos grupos e das pessoas que contribuem,
consciente e inconscientemente, para a manutenção da “ordem”, em benefício ou na
defesa dos interesses individuais. Aqueles que buscam a UCB para suas
realizações
encontrarão
no
Catálogo
todas
as
informações
necessárias.
Discriminando as edificações de uma área construída de 604.306m2, no Campus I,
mais 11.000m2 no Campus II, o citado Catálogo relaciona e específica as salas de
aulas, laboratórios e auditórios que se encontram em cada Edifício, o que facilita
para a circulação de pessoas nos dois Campus e também no Hospital da
Universidade - HUCB. Mais uma vez, esse documento oficial, atualiza sobre as
31
competências e os integrantes dos Órgãos Colegiados de Deliberação Superior na
Universidade: o Conselho Universitário – CONSUN e o Conselho de Ensino,
Pesquisa e Extensão - CONSEPE; escreve sobre os Órgãos de Deliberação e
Administração Superior incluido aí a Reitoria e as Pró-Reitorias e apresenta toda a
dinâmica de atuação dos Órgãos Colegiados de Administração Acadêmica com as
devidas Áreas
do Conhecimento: Ciências Sociais Aplicadas - CSA, Ciência e
Tecnologia - CT, Ciências da Educação e Humanidades - CEH, Ciências da Vida CV e Educação a Distância - UCB Virtual. Todos os Cursos (e suas disciplinas) que
compõem as Áreas estão indicados nesse volume, com as finalidades, estruturas,
organizações e competências. Estão, ainda relacionados nesse Catálogo, todos os
Órgãos Suplementares e de Apoio, inclusive sobre a Biblioteca e a Secretaria
Acadêmica, o que são setores diretos a interesse dos alunos e professores, pois
dizem respeito as atividades diárias dessas pessoas dentro da Universidade. Dessa
maneira, todas as Pró-Reitorias tem seus Órgãos de Apoio bem demonstrados,
esclarecendo a qualquer pessoa que consulte o Catálogo uma direção apropriada na
consecução de suas informações.
3.3 SUJEITOS E AMOSTRA
A população será constituída pelo total de 40 acadêmicos de enfermagem do
7º e 8º semestre, pertencentes ao grupo discente da Universidade Católica de
Brasília.
A amostra será do total dos
acadêmicos que estejam devidamente
matriculados e freqüentes nos estágios e aulas de revisão no período da pesquisa e
que concordem a participar do estudo. Conforme os critérios de inclusão e exclusão.
32
3.3 CRITÉRIOS DE INCLUSÃO
Para critério de inclusão foi determinado que a amostra estudada:

Esteja devidamente matriculado no curso e cursando o 7º e 8º
semestre;

Que apresentem frequência nos estágios e aulas do período;

Que aceitem voluntariamente a participar da pesquisa assinando
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE).
3.4
CRITÉRIOS DE EXCLUSÃO
Para critério de exclusão foi determinado:

Acadêmicos que não estejam devidamente matriculados no curso e
não estejam no 7º e 8º semestre;

Que não apresentem frequência nos estágios e aulas do período;

Que não aceitem participar da pesquisa.
3.5 TÉCNICAS E INSTRUMENTOS PARA COLETA DE DADOS

A coleta de dados será realizada por meio de um instrumento semiestruturado, totalizando oito questões, sendo cinco fechadas e três
abertas, que abordam o perfil sociodemográfico da amostra. Os
acadêmicos serão abordados pela pesquisadora, que explicará o
motivo da abordagem e o objetivo da pesquisa. Em seguida será
entregue a cada sujeito da amostra o instrumento semi- estruturado
que será recolhido após o final da aula, estágio.
3.6 ANÁLISE DOS DADOS
Os dados serão analisados segundo a abordagem de Bardin (1977), que
consiste em três fases de análises: a pré-análise, a exploração do material, o
tratamento dos resultados a inferência e a interpretação. “Pré-análise: é a fase de
organização propriamente dita. Corresponde a um período de intuições, mas tem por
objetivo tornar operacionais e sistematizar as idéias iniciais, de maneira a conduzir a
33
um esquema preciso do desenvolvimento das operações sucessivas, num plano de
análise. A pré-análise tem por objetivo a organização, embora ela própria seja
composta por atividades não estruturadas, abertas, por oposição à exploração
sistemática dos documentos. A exploração do material: se as diferentes operações
da pré-análise forem convenientemente concluídas, a fase de análise propriamente
dita não é mais do que a aplicação sistemática das decisões tomadas. Quer se trate
de procedimentos aplicados manualmente ou de operações efetuadas por
computador, o decorrer do programa completa-se mecânicamente. Esta fase, longa
e fastidiosa, consiste essencialmente em operações de codificação, decomposição
ou enumeração, em função de regras previamente formuladas. Tratamento dos
resultados obtidos e interpretação: permitem estabelecer quadros de resultados,
diagramas, figuras e modelos, os quais condensam e põem em relevo as
informações fornecidas pela análise”.
Utilizando-se uma abordagem quanti-
qualitativa. Os dados obtidos a partir das questões fechadas serão analisados de
forma quantitativa.
3.7 ASPECTOS ÉTICOS DA PESQUISA
A pesquisa seguirá todas as recomendações, no que se refere aos
aspectos éticos, da Resolução 196/96 que trata de pesquisas envolvendo seres
humanos, do Conselho Nacional de Saúde.

Consentimento livre e esclarecido dos indivíduos-alvo e a proteção a grupos
vulneráveis e aos legalmente incapazes (autonomia). Neste sentido, a
pesquisa envolvendo seres humanos deverá sempre tratá-lo em sua
dignidade,
respeitá-lo
em
sua
autonomia
e
defendê-lo
em
sua
vulnerabilidade; (Resolução 196/96);

Garantia de que danos previsíveis serão evitados (não maleficência);
(Resolução 196/96);

Prever procedimentos que assegurem a confidencialidade e a privacidade, a
proteção da imagem e a não estigmatização, garantindo a não utilização das
34
informações em prejuízo das pessoas e/ou das comunidades, inclusive em
termos de auto-estima, de prestígio e/ou econômico - financeiro; (Resolução
196/96);

Assegurar a inexistência de conflito de interesses entre o pesquisador e os
sujeitos da pesquisa ou patrocinador do projeto; (Resolução 196/96);

A liberdade do sujeito se recusar a participar ou retirar seu consentimento,
em qualquer fase da pesquisa, sem penalização alguma e sem prejuízo ao
seu cuidado; (Resolução 196/96);

A garantia do sigilo que assegure a privacidade dos sujeitos quanto aos
dados confidenciais envolvidos na pesquisa; (Resolução 196/96).
Os resultados da pesquisa serão tornados públicos pelos seguintes meios:
Subsidiarão a elaboração do Trabalho de Conclusão de Curso de
Enfermagem, que ficará disponível na Biblioteca e o resumo será
disponibilizado na homepage do Curso de Enfermagem da UCB.
35
4. RESULTADOS E DISCUSSÕES DOS ACADÊMICOS DO 7º SEMESTRE
Em relação ao perfil sociodemográfico dos acadêmicos do 7º semestre de
enfermagem conforme descrito na tabela 1, constatou-se que todos são do sexo
feminino (100%); oito acadêmicas (44%) estavam na faixa etária de 20 a 22 anos;
nove (50%)
estavam entre 23 a 45 anos; um
(6%) não colocou a idade; 12
entrevistadas eram solteiras (67%) e seis eram casadas (33%). Quanto ao número
de filhos 15 (83%) das entrevistadas não possuem filhos, três (17%) possuem de 1
a 3 filhos. Quanto à renda mensal cinco acadêmicas (28%) não possuem renda;
quatro (22%) não responderam; nove (50%) possuem renda de R$ 400,00 a R$
7.000,00. Todas as entrevistadas (100%) são acadêmicas da Universidade Católica
de Brasília -UCB. Em relação a carga horária de estudo semanal quatro (22%) não
responderam; um (6%) não sabe e 13 (72%) relataram estudar de 20 a 60 horas
semanalmente; em relação ao trabalho, duas acadêmicas (11%) relataram trabalhar
além de estudar e trabalham na Secretaria de Saúde do Distrito Federal- SES-DF
de carga de 24 a 40hs ; 16 (73%) não trabalham só estudam.
A marca das ordens religiosas impõe à enfermagem, por longo período, seu
exercício institucional exclusivo e ou majoritariamente feminino e caritativo.
Na compreensão desse processo é necessário considerar a influência de
Florence Nightingale ao institucionalizar, na Inglaterra Vitoriana (1862), uma
profissão para as mulheres, para a qual elas são “naturalmente
preparadas”, a partir de valores que se consideravam femininos. (Lopes;
Leal, 2005).
“A presença significativa de adultos jovens e solteiros no meio acadêmico
indica que boa parte dos discentes não se encontra inserida no mercado de trabalho
e não tem obrigações familiares”. ( Brito et al., 2009).
“...mencionaram
que
o
trabalho
atua
como
fator
que
influencia
desfavoravelmente no rendimento acadêmico, representado pela falta de tempo para
estudar, dificuldade de assimilar a matéria e falta de concentração em sala de aula” .
( Brito et al., 2009).
36
“Elevada carga horária do curso de enfermagem dificulta a regularidade de
horários para estudo”. ( Martino, 2004).
Tabela 1- Considerações em relação ao perfil sóciodemográfico dos acadêmicos de
enfermagem. UCB, 2012.
Perfil dos estudantes
Sexo
Feminino
Masculino
Faixa etária
20 a 22 anos
23 a 45 anos
Não respondeu
Estado civil
Solteira
Casada
Nº de filhos
Não tem
1a3
Renda Mensal
Não possuem
Não responderam
Renda de R$ 400,00 a R$ 7000,00
Local de graduação
UCB
Carga horária de estudo semanal
Não responderam
Não sabe
20 a 60hs
Trabalho
Sim
Não
SES-DF 24 a 40 hs
N
%
18
0
100,0
00,0
8
9
1
44,0
50,0
6,0
12
6
67,0
33,0
15
3
83,0
17,0
5
4
9
28,0
22,0
50,0
18
100,0
4
1
13
22,0
6,0
72,0
2
16
2
11,0
89,0
11,0
Quanto à satisfação em relação a graduação (Gráfico I), 17 ( 94%) relataram
gostar do que faz; um ( 6%) relatou não gostar do que faz; 12 ( 67%) tem tempo
hábil para a realização das atividades acadêmicas e seis (33%) relataram não ter
tempo para a realização das atividades acadêmicas (Gráfico II); quanto a
importância do Trabalho de Conclusão de Curso- TCC 10 (56%) acham importante
37
na vida acadêmica; oito (44%) não acham o TCC importante na vida acadêmica
(Gráfico III).
Pode-se observar que em sua grande maioria os acadêmicos
gostam do
curso que escolheram para exercerem como profissão futuramente, podendo ser
explicado pela predominância feminina tendo assim o senso caritativo e materno,
bem aflorados.
“Associado à figura da mulher-mãe que desde sempre foi curandeira e
detentora de um saber informal de práticas de saúde, transmitido de mulher para
mulher. ( Lopes; Leal 2005).
“A marca das ordens religiosas impõe à enfermagem, por longo período, seu
exercício institucional exclusivo e ou majoritariamente feminino e caritativo”. ( Lopes;
Leal 2005).
38
sim
não
6%
94%
Gráfico I- Em relação a Graduação gosta do que faz? UCB, 2012
sim
não
33%
67%
Gráfico II- Tempo hábil para realização das atividades acadêmicas. UCB, 2012.
39
sim
não
33%
67%
Gráfico III- Acha o TCC importante na vida acadêmica. UCB, 2012.
Quanto as condições psicossociais dos acadêmicos, conforme apresentado
na tabela 2, nove (50%) relataram usar transporte coletivo e também nove (50%)
relataram não usar o transporte; oito (44%) levam mais de 40 minutos para chegar
no campo de estágio e 10 (56%) não levam este tempo para chegar no campo de
estágio; três (17%) dizem realizar atividades extra curricular como estágios e 15
(83%)
relataram
não
realizar
atividades
extra
curricular;
em
relação
a
responsabilidade financeira pelo domicílio um (6%) é responsável e 17 (94%) não
são; 10 ( 56%) dormem mais de seis horas por dia e oito (44%) não dormem; oito
(44%) mantém dieta saudável e equilibrada diariamente e 10 (56%) não mantém;
quanto à prática de atividade física 10 (56%) realizam alguma atividade e oito
(44%) não realizam nenhum tipo de atividade.
40
Tabela 2- Condições psicossociais dos estudantes. UCB, 2012.
Perfil dos estudantes
Usa transporte coletivo?
Sim
Não
Leva mais de 40 minutos para chegar no campo de estágio?
Sim
Não
Realiza atividade extracurricular (estágio)?
Sim
Não
É responsável financeiramente pelo domícilio?
Sim
Não
Dorme mais de seis horas por dia?
Sim
Não
Mantém dieta saudável e equilibrada diariamente?
Sim
Não
Pratica atividade física?
Sim
Não
N
%
9
9
50,0
50,0
8
10
44,0
56,0
3
15
17,00
83,0
1
17
6,0
94,0
10
8
56,0
44,0
8
10
44,0
56,0
10
8
56,0
44,0
“...problemas de natureza econômica, financeira e conflitos de natureza
interna. Pode-se destacar que essas dificuldades podem até desencadear fortes
emoções, as quais deixam os alunos instáveis para atingir seus objetivos,
dificultando, assim, a aprendizagem”. (Jorge, 1996).
41
Quanto aos problemas de saúde relacionados ao estresse nos estudantes do
7º e 8º semestre descrito no (Gráfico IV), 18 ( 90%) apresentaram ansiedade ou
irritabilidade e dois (10%) não apresentaram; em relação a cefaléia frequentemente
oito ( 40%) relataram ter apresentado cefaléia com frequência e 12 ( 60%) relataram
não ter apresentado; quatro acadêmicas ( 20%) apresentaram problemas de má
circulação e 16 (80%) relataram não ter apresentado; nove (45%) das acadêmicas
apresentaram pirose ou problemas gástricos neste semestre, 11 ( 55%) não
apresentaram; oito ( 40%) apresentaram problemas neste semestre no aparelho
genito-urinário e 12 (60%) não apresentaram;
oito ( 44%) faltaram a atividade
acadêmica por motivo de doença e 10 ( 56%) relataram não apresentarem faltas por
motivo de doença a atividade acadêmica; seis ( 33%) utiliza alguma medicação e 12
( 67%) não utilizam, das que utilizam quatro relataram as medicações, sendo uma
utilizando Nexium, uma Glifage, uma anticoncepcional e uma Neutrofer fólico e
Omega 3.
18
16
14
12
10
8
6
4
2
0
sim
não
não respondeu
Gráfico IV- Problemas de saúde relacionados ao estresse nos
estudantes do 7º e 8º semestre. UCB, 2012.
O nível de ansiedade elevado pode-se dever ao fato da passagem de alunoprofissional, onde as expectativas por ser um profissional e passar a desenvolver as
atividades sozinho sem a presença de um suporte, no caso, o professor estão mais
aflorados.
42
A assistência emocional ao estudante é relevante
a formação do
enfermeiro, pois poderá atenuar ansiedades, conflitos e preocupações e,
assim, contribuir para o seu crescimento como pessoa, por favorecer o
alcance da maturidade ou atuar como episódio causador de dificuldades
inerentes ao indivíduo, diminuindo, assim, a capacidade de lidar com a
situação vivenciada. (Jorge, 1996).
Em relação a percepção dos estudantes sobre o estresse no final da
graduação ( Gráfico V), 16 ( 88%) considera muito estressante, um (6%) considera
moderada, um (6%) não considera estressado. Quanto ao acadêmico se considerar
estressado ( Gráfico VI), 12 (66%) responderam que sim, três (16%) responderam
que não se consideram estressado, um ( 6%) respondeu que é muito estressado,
um ( 6%) respondeu que ainda não esta estressado e um ( 6%) não respondeu.
Os estudantes dizem se considerar estressados pela impaciência de
concretizar a sua fase de vida acadêmica, não apenas pelo fato de quererem se
inserir no mercado de trabalho, mas também por representar um alívio da tensão
que passam com o rítímo acadêmico.
43
muito estressado
moderada
5%
pouco estressante
0%
não se considera estressado
6%
89%
Gráfico V- Percepção dos estudantes sobre o estresse no final da
Graduação. UCB, 2012.
sim
não
muito
ainda não
não respondeu
5%
5%
6%
17%
67%
Gráfico VI- Você se considera estressado (a)?. UCB, 2012.
Segundo os fatores geradores de estresses ( Gráfico VII), 17% responderam
o estágio; 7% disseram que a responsabilidade os deixam mais estressados; 11%
responderam que são os seminários; 20% disseram que o TCC é o fator maior de
44
estresse; 10% responderam que é o excesso de atividades; 15% apontaram as
provas como fator gerador de estresse; 8% consideraram a insegurança; 6%
disseram ser os professores e 6% apontaram o valor do curso.
18
16
14
12
10
8
6
4
2
0
Série1
Gráfico VII- Fatores geradores de estresses. UCB, 2012.
“Devido à complexidade do curso de enfermagem e o lidar com os limites
humanos, o estudante desse curso freqüentemente desenvolve sentimentos de
incapacidade frente às atividades exigidas durante sua formação profissional”.
(Monteiro et al., 2007).
Tudo isso deve-se a insegurança da transição para profissional junto com o
medo de não conseguir desenvolver as atividades que aprendeu ao longo do curso,
que passarão a ser bases científicas para a realização do seu trabalho.
“Em certos momentos, há um excesso de atividades, o que ocasiona uma
inabilidade de atender às demandas, gerando tensão e, por conseguinte, Estresse”.
( Monteiro et al., 2007).
onteirote Ferreira de;
Medeiros Freitas, Jairo Francisco de; Pereiriro, Arunçã
45
5. RESULTADOS E DISCUSSÃO DOS ACADÊMICOS DO 8º SEMESTRE
Em relação ao perfil sociodemográfico dos acadêmicos do 8º semestre,
conforme descrito na tabela 1, constatou-se que 35% dos acadêmicos tem de 21 a
25 anos, 65% são de 26 a 40 anos; 95% é do sexo feminino e 5% do sexo
masculino; quanto ao estado civil, 70% são solteiras, 25% são casadas, 5% tem
união estável; quanto ao número de filhos, 75% não tem, 25% tem de 1 a 3 filhos;
com relação a renda mensal, 40% não possuem renda, 25% não responderam e
35% tem a renda entre R$ 550,00 e R$ 3.500,00; 100% dos entrevistados estudam
na Universidade Católica de Brasília- UCB; quanto a carga de estudo semanal, 75%
estudam de 25
a 60hs, 25% não responderam; quanto ao trabalho, 48% das
entrevistadas não trabalham, 26% trabalham de 24 a 40hs.
“A presença de acadêmicos mais jovens no curso de Enfermagem pode ser
considerada, por um lado, como fator positivo à medida que os jovens profissionais
poderão trazer oportunidades mais cedo, gerando perspectiva de crescimento e
progresso”. ( Brito et al., 2009).
“A história da enfermagem, segundo Freitas (2002), revela que a profissão
tem uma característica essencialmente feminina, pois o trabalho ao longo dos anos
foi realizado, em sua maioria, por mulheres”. (Santos et al., 2008).
46
Tabela 1- Considerações em relação ao perfil sóciodemográfico dos acadêmicos do 8º
semestre. UCB, 2012.
Perfil dos estudantes
Sexo
Feminino
Masculino
Faixa etária
21 a 25 anos
26 a 40 anos
Estado civil
Solteiro (a)
Casado (a)
União estável
Nº de filhos
Não tem
1a3
Renda Mensal
Não possuem
Não responderam
Renda de R$ 550,00 a R$ 3.500,00
Local de graduação
UCB
Carga horária de estudo semanal
Não responderam
Não sabe
Trabalho
Sim
Não
N
%
19
1
95,0
5,0
13
7
65,0
35,0
14
5
1
25,0
70,0
5,0
15
5
75,0
25,0
8
5
7
40,0
25,0
35,0
20
100,00
5
0
25,0
0,0
7
13
35,0
65,0
Quanto a gostar do que faz ( Gráfico I), 95% relataram gostar, 5% relatou que
não gosta do que faz; em relação a ter tempo hábil para a realização das atividades
acadêmicas ( Gráfico II), 70% disseram que tem, 30% responderam que não tem.
Conforme no Gráfico III, 62% acham o TCC importante na vida acadêmica, 38%
responderam não achar o TCC importante.
47
sim
não
5%
95%
Gráfico I- Em relação a Graduação gosta do que faz?. UCB, 2012.
sim
não
30%
70%
Gráfico II- Tempo hábil para realização das atividades acadêmicas.
UCB, 2012.
48
sim
não
38%
62%
Gráfico III- Acha o TCC importante na vida acadêmica. UCB, 2012.
Quanto as condições psicossociais dos acadêmicos, conforme apresentada
na tabela 2, 10 (50%) relataram usar transporte coletivo e 10 ( 50%) relataram não
usar o transporte; oito (40%) levam mais de 40 minutos para chegar no campo de
estágio e 12 ( 60%) não levam esse tempo para chegar no campo de estágio; nove
( 45%) dizem realizar atividades extracurricular como estágio e 11 ( 55%) relataram
não realizar atividades extracurricular; em relação a responsabilidade financeira pelo
domicílio três (15%) são responsáveis e 17 ( 85%); 12 ( 60%) dormem mais de seis
horas por dia e oito ( 40%) não dormem; cinco ( 35%) mantém dieta saudável e
equilibrada diariamente e 15 ( 65%) não mantém; quanto à prática de atividade
física sete (35%) realizam alguma atividade física e 13 ( 65%) não realizam nenhum
tipo de atividade.
Para nos sentirmos sob controle, precisamos desenvolver um estilo de vida
saudável e à prova de estresse. Nos últimos anos, a consciência crescente
da importância de uma nutrição balanceada, da necessidade de exercícios,
dos perigos do cigarro, do álcool e das drogas e dos riscos da poluição
ambiental e do desequilíbrio ecológico promoveu um interesse renovado no
bem-estar holístico.( Kirsta apud Ribeiro et al., 2010).
49
Tabela 2- Condições psicossociais dos estudantes. UCB, 2012.
Perfil dos estudantes
Usa transporte coletivo
Sim
Não
Leva mais de 40 minutos para chegar no campo de estágio
Sim
Não
Realiza atividade extracurricular (estágio)
Sim
Não
É responsável financeiramente pelo domícilio
Sim
Não
Dorme mais de seis horas por dia
Sim
Não
Mantém dieta saudável e equilibrada diariamente
Sim
Não
Pratica atividade física
Sim
Não
N
%
10
10
50,0
50,0
8
12
40,0
60,0
9
11
45,0
55,0
3
17
15,0
85,0
12
8
60,0
40,0
5
15
35,0
65,0
7
13
35,0
65,0
Em relação aos problemas de saúde relacionados ao estresse nos estudantes
do 7º e 8º semestre ( Gráfico IV), 90% responderam que já sentiram ansiedade ou
irritabilidade, 10% responderam que não; 40% já apresentaram cefaléia frequente,
60% não apresentaram; 20% já apresentaram problemas de má circulação, 80%
disseram não ter apresentado problemas de má circulação; 45% tiveram pirose ou
problemas gástricos nesse semestre, 55% não apresentaram; 40% apresentaram
problemas neste semestre no aparelho genito-urinário, 60% não apresentaram; 25%
já faltaram atividade acadêmica por motivo de doença, 75% responderam que não;
quanto ao uso de alguma medicação, 30% disseram que fazem uso de alguma
medicação, 65% disseram que não e 5% não responderam.
50
“A ansiedade e o estresse são associados pelos estudantes a sua
inexperiência, ao despreparo em lidar com situações críticas e a interferência das
horas exigidas para estudos teóricos”. ( Salada apud Ribeiro et al., 2010).
Os sintomas físicos mais comuns são: fadiga, dores de cabeça, insônia,
dores no corpo, palpitações, alterações intestinais, náuseas, tremores,
extremidades frias e resfriados constantes. Entre os sintomas psíquicos,
men-tais e emocionais, encontram-se a diminuição da concentração e
memória, indecisão, confusão, perda do senso de humor, an-siedade,
nervosismo, depressão, raiva, frustração, preocupação, medo, irritabilidade
e impaciência.( Murofuse apud Ribeiro et al., 2010).
20
18
16
14
12
10
8
6
4
2
0
sim
não
não respondeu
Gráfico IV- Problemas de saúde relacionados ao estresse nos
estudantes 7º e 8º semestre. UCB, 2012.
Quanto a percepção dos estudantes sobre o estresse no final da graduação (
Gráfico V),
55% consideram muito estressante o final da graduação, 35%
consideram moderada, 5% não considera estressante e 5% considera pouco
estressante. Quanto ao acadêmico se considerar estressado ( Gráfico VI), 45%
responderam que sim, 40% responderam que não se consideram estressados, 10%
não responderam, 5% respondeu que se considera médio.
51
muito estressante
moderada
pouco estressante
não se considera estressado
5%
5%
35%
55%
Gráfico V- Percepção dos estudantes sobre o estresse no final da
graduação. UCB, 2012.
sim
não
5%
médio
não responderam
10%
45%
40%
Gráfico VI- Você se considera estressado (a)?. UCB, 2012.
Segundo os fatores geradores de estresses relacionados no Gráfico VII, 17%
responderam o estágio; 4% disseram que a responsabilidade os deixam mais
estressados; 8% responderam que são os seminários; 21% disseram que o TCC é
52
o fator mais gerador de estresse; 12% responderam que é o excesso de atividades;
17% apontaram as provas como fator gerador de estresse; 13% disseram que é a
insegurança; 3% disse que os professores e 5% apontou valor do curso.
18
16
14
12
10
8
6
Série1
4
2
0
Gráfico VII- Fatores geradores de estresse. UCB, 2012.
“O aluno está sujeito ao estresse dos testes advindos da universidade, os
quais podem lhe ser tão atordoantes que necessitarão de ajuda profissional para
lidarem com seus efeitos”. ( Spielberger apud Ribeiro et al., 2010).
Os acadêmcios demonstram com essa pesquisa a preocupação e o medo
com o ultimo trabalhdo acadêmico, o TCC, que representa a saída da universidade,
onde todos os medos, as ansiedades, inseguranças e espectativas estão
depositados.
53
“[...] são apontados sinais de ansiedade, medo e angústia que os estudantes
apresentam no início do aprendizado prático (estágios)”. ( Scherer et al., 2010 apud
Ribeiro et al., 2010).
Muitos fatores podem contribuir para o desenvolvimento de estresses no
acadêmico de enfermagem, “Entre esses destacam a formação de um novo ciclo de
amigos, adaptação a novos horários, problemas financeiros, preocupações com seu
futuro mercado afastamento de seu ambiente familiar, as cobranças, o encontro
com a dor, o sofrimento, a doença e a morte de pessoas são pontos que favorecem
o desequilíbrio emocional. Todos esses fatores podem ser entendidos como
estressores, desencadeando o estresse e fazendo com que o sujeito não consiga se
adaptar a novas situações”. ( Figueiredo apud Monteiro et al., 2007).
A análise a seguir se refere a segunda parte do roteiro de entrevista,
composto por informações referentes ao sentimento dos acadêmicos em relação ao
estágio e sua perspectiva profissional, bem como por
que acham
o TCC
importante. Relatados pelos participantes da pesquisa os acadêmicos do 7º e 8º
semestre.
5.1 CONCEPÇÃO DOS ACADÊMICOS DO 7º SEMESTRE EM RELAÇÃO A
IMPORTÂNCIA DO TCC NA VIDA ACADÊMICA. VOCÊ ACHA O TCC
IMPORTANTE NA VIDA ACADÊMICA?
A importância
do TCC na visão
de alguns dos acadêmicos, os quais
relataram diversas opiniões em suas falas:
[...] Nos possibilita estudar assuntos não abordados na graduação.
(Acadêmico 1).
[...] Experiência com pesquisa. ( Acadêmico 2).
[...] Aumenta o conhecimento sobre o tema. ( Acadêmico 3).
[...] Porque nos prepara para realização de qualquer pesquisa que
desejarmos.( Acadêmico 4).
54
[...] Porque mostra a capacidade do aluno de estudar um tema com
aprofundamento. ( Acadêmico 5).
[...] Importante e gratificante quando concluído. ( Acadêmico 6).
[...] Porque através do TCC aprendemos a realizar um trabalho
científico. ( Acadêmico 7).
Pode-se observar de acordo com as respostas dos acadêmicos, que o TCC é
importante porque é inserido como um processo de pesquisa, que os possibilita
buscar e aprender outros temas na realização de um outro tipo de trabalho mais
elaborado que o convencional exigido ao longo do curso.
5.2 CONCEPÇÃO DE ALGUNS DOS ACADÊMICOS DO 7º SEMESTRE EM
RELAÇÃO A SEGURANÇA DO ESTÁGIO. VOCÊ SE SENTE MAIS SEGURO COM
O ESTÁGIO?
[...] Mais ou menos, no estágio não se pode fazer tudo. ( Acadêmico
1).
[...] Sim, pois é o momento de colocarmos em prática toda teoria
aprendida em sala de aula. ( Acadêmico 2).
[...] Sim, colocamos em prática o que aprendemos a rotina do local.
(Acadêmico 3).
[...] O estágio traz a segurança, temos a oportunidade de melhorar a
técnica. ( Acadêmico 4).
Em relação a segurança do estágio, os acadêmicos relataram a importância
de se colocar a teoria em prática, pois o estágio representa a forma e oportunidade
de colocarem em prática o que aprenderam na teoria.
55
Em contrapartida há acadêmicas, em sua minoria, que apontam o estágio
não oferecendo tanta segurança profissional, pois muitos campos de prática não
possibilitam a realização de todos os procedimentos de enfermagem desejados.
De acordo com Bosquetti; Braga; (2008) os problemas que o graduando de
enfermagem enfrenta durante o período de estágio, estão relacionados ao
relacionamento com o paciente, bem como com o professor e o próprio ambiente,
podendo contribuir para o aparecimento de efeitos físicos e psicológicos de cunho
positivo ou negativo.
5.3 CONCEPÇÃO DOS ACADÊMICOS DO 7º SEMESTRE EM RELAÇÃO A SUA
PERSPECTIVA PROFISSIONAL.
[...] Penso sempre em progredir, aumentar sempre meu nível
de conhecimento. ( Acadêmico 1).
[...] Depois que me formar quero fazer um mestrado e um
doutorado para me qualificar mais e me destacar
no mercado de
trabalho. ( Acadêmico 2).
[...] Ser um excelente profissional. ( Acadêmico 3).
[...] Trabalhar muito e ser boa Enfermeira, humanizada, eu
espero. ( Acadêmico 4).
[...] Conseguir entrar no mercado de trabalho rapidamente.
(Acadêmico 5).
[...] Passar em concurso público para trabalhar na Saúde
Pública. ( Acadêmico 6).
[...] Arrumar emprego. ( Acadêmico 7).
[...] Ser ótima profissional. ( Acadêmico 8).
56
[...] Ainda não tenho uma concreta. Mas pretendo passar em
um concurso da SES-DF. ( Acadêmico 9).
[...] Fazer uma especialização. Atuar no campo do Magistério e
Hospitais.( Acadêmico 10).
[...] Ter um emprego, continuar buscando conhecimento.
(Acadêmico 11).
[...] Profissional com segurança no que faz, que busca
conhecimento. ( Acadêmico 12).
[...] Tratar os pacientes de forma humanizada, minimizando o
processo saúde-doença.( Acadêmico 13).
[...] Ter um trabalho o mais rápido. ( Acadêmico 14).
[...] Passar em um concurso da SES-DF e realizar um Mestrado
na área de Saúde Pública na Unb. ( Acadêmico 15).
[...] Concurso. ( Acadêmico 16).
[...] Apesar de toda dificuldade, creio que terei sucesso e serei
uma boa Enfermeira. ( Acadêmico 17).
Diante das respostas dos acadêmicos em relação a sua perspectiva
profissional, muitos deixaram claro a preocupação em se inserir rapidamente no
mercado de trabalho e em se tornarem funcionários públicos, essas respostas
podem ser refletidas
pelo medo de ficarem desempregados por muito tempo,
estabilidade, benefícios e até mesmo as poucas vagas de emprego nos hospitais
privados. Os mesmos também ressaltam a importância de continuar estudando,
buscar melhor capacitação e não acomodação, deixando claro que o espírito de
pesquisadores está bem aflorado entre eles. Sem deixar de citar a preocupação em
serem bons profissionais e ainda não deixar de lado a humanização em relação a
profissão.
57
Costa (2007) lembra que, mesmo a adaptação do acadêmico ao longo do
curso com diversas experiências, o período de conclusão do curso, a fase que o
acadêmico está deixando a universidade para se tornar profissional aponta uma
ênfase maior na crise do mesmo, onde as expectativas em relação ao mercado de
trabalho e a responsabilidade profissional estão bem evidentes nesse processo de
estresse.
5.4 CONCEPÇÃO DE ALGUNS DOS ACADÊMICOS DO 8º SEMESTRE EM
RELAÇÃO A IMPORTÂNCIA DO TCC NA VIDA ACADÊMICA. VOCÊ ACHA O TCC
IMPORTANTE NA VIDA ACADÊMICA?
[...] Para aprendermos a relizar pesquisas. ( Acadêmico 1).
[...] Aprendizagem com pesquisa. ( Acadêmico 2).
[...] É uma forma diferente de aprendizagem. ( Acadêmico 3).
[...]É algo que melhora nossos conhecimentos, traz um
aperfeiçoamento por pesquisa. ( Acadêmico 4).
[...] Para aperfeiçoar os conhecimentos. ( Acadêmico 5).
[...] Aprendemos a realizar pesquisa, estudar algum assunto
importante, que serve como aprendizado. ( Acadêmico 6).
[...] Importante para o aprendizado e para que possamos nos
desenvolver melhor na escrita. ( Acadêmico 7).
[...] Por causa do conhecimento metodológico científico. ( Acadêmico
8).
[...] Para aprimorar os conhecimentos. ( Acadêmico 9).
Pode-se observar de acordo com as respostas dos acadêmicos, que os
mesmos tem a concepção de que o
TCC é importante para que eles possam
aprender mais com a pesquisa que é proporcionada pelo trabalho, além de
melhorarem e adquirerem novos conhecimentos.
Mostrando a preocupação dos
acadêmicos em não estacionarem na graduação apenas, e sempre estarem prontos
a novas formas de aprendizados.
58
5.5 CONCEPÇÃO DE ALGUNS DOS ACADÊMICOS DO 8º SEMESTRE EM
RELAÇÃO A SEGURANÇA DO ESTÁGIO. VC SE SENTE MAIS SEGURO COM O
ESTÁGIO?
[...] Sim, é aonde você tira todas as dúvidas. ( Acadêmico 1).
[...] Sim, pois vivenciando a prática tudo fica mais claro. E ajuda
a esclarecer diversas dúvidas. Passando mais segurança
durante as atividades realizadas. ( Acadêmico 2).
[...] Sim, nos possibilita um grande aprendizado na prática.
(Acadêmico 3).
[...] Sim, a prática trás mais segurança. ( Acadêmico 4).
Em relação ao que a segurança do estágio representa aos acadêmicos, os
mesmos
relataram a importância de se colocar a teoria em prática, além de
significar o esclarecimentos de todas as dúvidas que eles possam obter. Além de
representar a forma e oportunidade de colocarem em prática o que aprenderam
até então somente por teoria, para eles significa um fator positivo do curso.
“As expectativas de estudantes de Enfermagem em estágios clínicos são de
medo, tensão e ansiedade. Eles não sabem o que os espera, não conhecem as
rotinas de campo e o que é aceitável ou não antes do primeiro desempenho”.
(Bastos et al., 2008).
5.6 CONCEPÇÃO DOS ACADÊMICOS DO 8º SEMESTRE EM RELAÇÃO A SUA
PERSPECTIVA PROFISSIONAL.
[...] Crescer e crescer. ( Acadêmico 1).
[...] Que eu possa tirar todas as dúvidas, com relação ao
estágio e que minha vida profissional seja de muito sucesso, e
que o conhecimento é uma das minhas metas. ( Acadêmico 2).
[...] Após de formar, arrumar um emprego, onde eu vivencie
experiências e cresça na minha vida profissional. ( Acadêmico
3).
59
[...] Ser aceita no mercado de trabalho. ( Acadêmico 4).
[...] Conseguir um bom emprego na minha área. ( Acadêmico
5).
[...] Arrumar um emprego. ( Acadêmico 6).
[...] Pretendo estudar para o concurso da SES-DF e fazer uma
pós-graduação, porém estou anciosa para trabalhar.
(Acadêmico 7).
[...] Espero passar em um concurso da SES-DF e assim poder
colocar em prática todo o aprendizado durante o curso.
(Acadêmico 8).
[...] Me formar, e arrumar um emprego bom, e estuar para
concurso, pois meu objetivo é ser servidor público. ( Acadêmico
9).
[...] Arrumar um emprego na área e passar num concurso.
(Acadêmico 10).
[...] Espero entrar no mercado de trabalho assim que tiver meu
Coren. ( Acadêmica 11).
[...] Ser bem sucedida. ( Acadêmico 12).
[...] No momento somente na expectativa. ( Acadêmico 13).
[...] A melhor possível, arranjar um emprego e continuar
estudando. ( Acadêmico 14).
[...] Passar em um concurso, fazer uma pós e passar na
residência. ( Acadêmico 15).
[...] Creser profissionalmente. ( Acadêmico 16).
[...] Apesar da insegurança pelo fim da jornada acadêmica,
tenho perspectiva de ser uma boa profissional. Espero
conseguir um bom emprego e me realizar na profissão que
escolhi. ( Acadêmico 17).
[...] Espero achar um emprego, passar em um concurso público
assim que formar e espero ser uma ótima Enfermeira.
(Acadêmico 18).
Em relação a
perspectiva profissional dos acadêmicos do 8º semestre,
muitos relataram a preocupação em se inserir rapidamente no mercado de trabalho
e em no funcionarismo público. Essa concepção pode ser refletida pela ansiedade
de começar a exercer a profissão, pelo medo do desemprego, estabilidade
financeira e benefícios. Ainda, um fato comum entre eles é a vontade de não deixar
60
os estudos de lado, de continuar investindo no conhecimento para uma melhor
colocação na futura profissão.
61
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Como lembra Costa (2007), o estresse vem tendo uma importância
significativa na vida dos estudantes de enfermagem. Entende-se que conforme o
sujeito é exposto a novas situações que expiram o desenvolvimento de novas
habilidades, isso implica em submetê-lo a vivência na intensidade do estresse,
sendo ele de maior ou menor intensidade. A característica ameaçadora ou
desafiadora do ensino-aprendizagem por qual passam os estudantes lhes são
importantes, preferencialmente quando o erro nesse processo implica danos ou
prejuízo aos pacientes.
O TCC, o estágio e as provas são os fatores mais estressantes entre os
acadêmicos. Trata-se de estudantes, em sua maioria, que não trabalham, não
realizam atividades extracurriculares, dormem mais de seis horas por dia, são
solteiros, sem filhos, apresentam um tempo hábil para estudar, mesmo assim
apresentam-se estressados, com problemas físicos, como frequentes cefaléias,
problemas gástricos, ansiedade e irritabilidade.
Proponho uma atenção maior a esses acadêmicos, criando se for o caso, um
centro de convivência aos estudantes, um local onde pode-se tirar dúvidas, realizar
sugestões e reclamações. Para a melhora da qualidade de vida dos mesmos, uma
vez que são os futuros profissionais que estarão a frente do atendimento a clientes
mais ou tão vulneráveis quanto eles.
De acordo com Jorge e Rodrigues (1994), em relação aos serviços de apoio
ao acadêmico de enfermagem, que são duas formas de assisti-los, uma é a que
oferece informações pedagógico-administrativas e a outra é a que oferece algum
tipo de atendimento voltado para as necessidades do estudante.
62
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66
APÊNDICE A- ROTEIRO DE ENTREVISTA
QUESTIONÁRIO
1. Identificação
Idade:
Sexo:
Estado Civil:
Nº de filhos:
Local da Graduação:
Carga horária de estudo semanal total:
Trabalha Sim ou Não, se sim onde e carga horária:
2. Satisfação em relação á graduação:
a) gosta do que faz ( ) sim ( ) não
b) tem tempo hábil para a realização de suas atividades acadêmicas ( ) sim ( )
não
c) vc acha o TCC um trabalho importante na vida acadêmica
( ) sim ( ) não
Caso a resposta seja sim, descreva porque.
3. Condições psicossociais dos estudantes:
a) usa transporte coletivo
( ) sim ( ) não
b) leva mais de 40 minutos para chegar no campo de estágio
( ) sim ( ) não
c) realiza atividade extra curricular ( estágio, trabalho)
67
( ) sim
(
) não
d) é responsável financeiramente pelo domicílio
( ) sim ( ) não
e) dorme mais de seis horas por dia
( ) sim ( ) não
f) mantém dieta saudável e equilibrada diariamente
( ) sim ( ) não
g) pratica atividade física
( ) sim ( ) não
4. Problemas de saúde relacionados ao estresse nos estudantes do 7º e 8 º
semestre:
a) apresenta ansiedade ou irritabilidade ( ) sim ( ) não
b) apresenta cefaléia freqüentemente ( ) sim ( ) não
c) apresenta problemas de má circulação ( ) sim ( ) não
d) teve pirose ou problemas gástricos neste semestre ( ) sim ( ) não
e) apresentou problemas neste semestre no aparelho genito-urinário
( ) sim ( ) não
f) faltou a atividade acadêmica por motivo de doença ( ) sim ( ) não
g) utiliza alguma medicação
( ) sim ( ) não qual?
5. Percepção dos estudantes sobre o estresse no final da graduação:
68
(
(
(
(
Você se considera estressada (o)
6. Fatores geradores de estresse:
( ) estágio
( ) TCC
( ) insegurança
( ) responsabilidade
( ) excesso de atividades
( ) professores
( ) seminários
( ) provas
( ) valor do curso
7. Você se sente mais segura com o estágio?
8. Qual a sua perspectiva daqui pra frente?
) muito estressante
) moderada
) pouco estressante
)não se considera estressado
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Daniele Pacheco de Souza - Universidade Católica de Brasília