Região Episcopal Sé Testemunho Página 3 Memória Viva Congresso dos Leigos Reunião do Clero Dom Tarcísio Scaramussa se reuniu com o Clero da Região Episcopal Sé, no dia 28 de abril, na Paróquia do Sagrado Coração de Jesus. Entre outros assuntos, Dom Tarcísio motivou o clero a incentivar a participação dos leigos nas diferentes etapas do Congresso de Leigos. Ser Igreja fora da Igreja A Comissão Regional do 1º Congresso de Leigos da Arquidiocese de São Paulo realizou, no dia 18 de abril, o retiro espiritual para as Comissões Paroquiais do Congresso. Com participação de mais de 280 pessoas de 53 paróquias da Região Sé, o retiro teve início às 08h30 com com a assessoria de Alex Villas Boas, que destacou: “Se nós perdermos a consciência comunitária, por mais que nossa missão seja abrangente e seja bastante intensa, ela não atinge o seu fruto, porque o fruto da missão é comunidade. A missão resgata o ser humano numa vivência comunitária. De diálogo e convivência com o outro, convencido do amor de Deus”. Ainda no período da manhã, o encontro contou com a presença do Cardeal Dom Odilo Pedro Scherer. Após recordar as diversas etapas do Congresso e seus objetivos, ressaltou que “...onde quer que esteja um cristão católico ali está a Igreja....”. No periodo da tarde, Alex fez uma síntese da História da Igreja, a missão comum de ajudar o homem moderno a encontrar Deus e descobrir-se como filho amado. Destacou ainda que “...Deus age na história e o profeta é aquele que vê, que fala, mas sobretudo aquele que entende e está em sintonia com o propósito de Deus na história”. O retiro foi encerrado com a Celebração Eucarística presidida por Dom Tarcísio Scaramussa, que fez-se presente durante todo o retiro. Na celebração os participantes receberam como lembrança uma vela e sal, recordando que o leigo é sal e luz do mundo, conforme o lema do Congresso. As fotos deste encontro estão disponíveis no site da Região: www.regiaose.org.br 7º Encontro Regional de Ministros Extraordinários da Sagrada Comunhão A Região Episcopal Sé realiza, anualmente, desde 2004, um encontro com todos os Ministros Extraordinários da Sagrada Comunhão, das Paróquias da Região. Este encontro anual é expressão de comunhão com Cristo e comunhão fraterna dos ministros entre si. O 7º Encontro Anual dos Ministros Extraordinários da Sagrada Comunhão da Região Episcopal Sé, que acontecerá no dia 15 de maio de 2010, a partir das 08h15, na Catedral da Sé, estará em consonância com o XVI Congresso Eucarístico Nacional, que tem como tema: “Eucaristia, Pão da Unidade dos discípulos missionários” e Lema: “Fica conosco, Senhor” (Lc 24,29), enfatizará também o 1º Congresso de Leigos da Arquidiocese de São Paulo. Ordenação de Diáconos Permanentes Conselho Regional de Pastoral Dando continuidade aos trabalhos pastorais na Região Episcopal Sé, o No dia 24 de abril o Cardeal Dom Odilo Conselho Regional de Pastoral da RePedro Scherer ordenou 13 diáconos gião Episcopal Sé se reunirá com Dom Tarcísio Scaramussa, no dia 26 maio, às permanentes para a Arquidiocese de 19h30, na Cúria da Região Episcopal Sé. São Paulo (03 da Região Belém, 04 da Participam do Conselho Regional de PasRegião Brasilândia e 06 da Região toral os padres coordenadores de Setor, Santana). Em sua homília Dom Odilo as equipes de coordenação de Setor, os falou do exercício da caridade: “da ca- coordenadores de pastorais, movimentos e associações da Região Epsicopal Sé ridade pastoral aos pequenos. Assim e um representante das Novas Comuninasceu o diaconato!”. dades presentes na Região Episcopal Sé. Quando fui convidada pelo Capelão do H.C. de São Paulo, em 1978, para ser Agente de Pastoral da Saúde, não tinha a intenção de permanecer mais do que dois ou três meses naquela atividade pastoral, pois cursava o 5° ano da faculdade, fazia estágio, aguardava a nomeação para um cargo público e estava prestes a me casar. Que tola! Depois de três tardes de sábado visitando os doentes do Instituto de Ortopedia e Traumatologia, percebi duas coisas: a primeira é que não se consegue “colocar as mãos no arado e olhar para trás”. E a segunda, é que, verdadeiramente, tempo é uma questão de preferência. Inicialmente acreditei que estava devolvendo (a Deus!), em forma de caridade, um pouco do carinho que havia recebido de minha família, nos momentos em que estive doente na infância e juventude, porém, com o passar dos meses, descobri que a nossa felicidade é absolutamente proporcional a quantidade de felicidade que damos aos outros. E o doente é, sem dúvida, o ser mais carente de felicidade que existe. Sua vida dança em três compassos: a incerteza, a esperança e a solidão. ”Não tenho quem me jogue na piscina”, dizia o paralítico para Jesus, do alto de sua solidão (Jo 5,7). Como a maioria dos Agentes de Pastoral da Saúde eu não possuía minha formação profissional no campo da saúde e, portanto, não conhecia as atividades e dinâmicas hospitalares. Aos olhos dos profissionais, talvez em nada eu pudesse colaborar. Percebi, contudo, que poderia amenizar um pouco o sofrimento do doente, pois possuía as três coisas primordiais para ser um visitador: ter compaixão, saber sorrir e saber ouvir. Acolhido o doente sente confiança e confiante ele quer falar. O agente de Pastoral da Saúde está ali para ouvir. Ouvir o que ele diz, o que ele não diz e não quer dizer. Ouvir as expressões facias e corporais. Ouvir a angústia e a esperança. Ouvir a solidão, as perdas, o medo. Ouvir o silêncio. Depois de dez anos, em razão do meu trabalho profissional, troquei as tardes de sábado pelas manhãs de domingo, pois gerenciava mais de 700 pessoas e viajava a semana toda pelas cidades do interior e litoral do estado de São Paulo e Brasília, mal administrando minha vida familiar. Entretanto, em 2009, com a minha aposentadoria, deixei o hospital e passei a ser visitadora domiciliar, durante a semana, já que agora tenho um pouco mais de tempo!!! Mas enganam-se os que acreditam que a missão do Agente de Pastoral da Saúde limita-se a visitar doentes. No momento da visita, efetivamente, ele desenvolve uma ação mais direta, mas o agente de Pastoral da Saúde deve assumir uma atitude interior de compromisso consciente de cuidar da saúde sua e dos outros, em qualquer local em que se encontre. Ele deve ser uma pessoa que vai tentar transformar a realidade doente em que vive analisando essa realidade e confrontando-a com as propostas de vida que o Evangelho traz. Ter compaixão, ser solidário, saber sorrir e ouvir são atitudes e gestos que podemos expressar em qualquer ambiente em que estejamos. Todo agente de Pastoral da Saúde deve viver numa movimentação dinâmica de propagação de vida e vida plena, pois debruçado sobre a cabeceira do doente, num gesto de compaixão, ele revela o Deus-amor, mas ao partilhar as misérias e clamar justiça e saúde para todos ele revela o Deus-libertador. Graça Maria Mihoto Agente de Pastoral da Saúde Analista Judiciária aposentada