E V I S T A FECHAMENTO AUTORIZADO. PODE SER ABERTO PELA ECT. R Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia Regional São Paulo Publicação da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia Regional São Paulo Ano IV, nº 13 – 2014 Programe-se para o grande encontro da Ortopedia paulista Pág. 3 E mais: Eventos e notícias da SBOT-SP Serviço Credenciado da FAMERP São Paulo é tudo de bom Págs. 4 e 5 Pág. 6 Pág. 8 2 Revista da SBOT-SP Palavra do Presidente Expediente Navegar é preciso Talvez nunca em nossa história os médicos foram tão achincalhados como nestes últimos tempos. Se eu fosse um cavaleiro do Apocalipse, estaria apregoando que o fim da profissão estaria se aproximando. Fomos responsabilizados por tanta coisa! Todos os problemas de saúde do País foram jogados em nossas costas, fomos tachados de mercenários, fomos jogados contra a população como grupo elitista. Muito bem, mas será que ninguém percebe que na imensidão deste Brasil, centenas de médicos realizam partos, atende a criança febril, ao politraumatizado, ao paciente com câncer e, na maioria das vezes, faz muito além com o que tem de material, com as condições que são impostas no trabalho, e se revolta no seu íntimo com a dificuldade e impossibilidade de dar o melhor àquele que o procura? Claro, no meio de centenas de sacerdotes temos sempre o Judas, o aproveitador que está atrás apenas do vil metal, mas com certeza são as exceções. Por que os médicos não vão aos rincões nos extremos dos cafundós? Diria: por que não nos dão uma carreira digna como a de juízes e promotores que, nomeados por concursos, vão aos fundões deste país? Mas assegurados por uma carreira digna! Quantos não iriam? Perguntem aos jovens médicos se não aceitariam esse desafio! Bom, comparar o médico concursado no SUS com a carreira de juiz é muita pretensão? Digamos então uma carreira como a de militar iniciante: médico I passa por locais nomeados pelo SUS com soldo e garantia de moradia, sobe para nível 2, nível 3, dependendo do seu desempenho e produtividade, com direito de retornar aos grandes centros conforme avança na hierarquia, e dez anos ou mais, um dia galgue aos postos semelhantes a um capitão, tenentecoronel ou quem sabe general, porém uma carreira que permitisse uma ascensão conforme o mérito e o tempo dedicado em serviço não burocrático, mas no campo. Quantos colegas já retornaram desses rincões longínquos enganados por promessas de políticos locais, com propostas mirabolantes, que, passadas a festa e a eleição, simplesmente disseram: acabou o dinheiro seu “dotô”, sabe como é, o SUS não pagou, o município é pobre etc. Ninguém é contra o médico estrangeiro. Quantos de nós já não sonhamos em trabalhar no Canadá, EUA, porém sabemos que é necessário enfrentar a legislação local, provas, capacitação na língua, no conhecimento. Que venham estrangeiros bem formados, que eles possam somar conhecimentos e quiçá nos ensinar, pois sabemos que não se formam médicos a toque de caixa, nem de batelada. Um exemplo são os bacharéis em Direito: abriram-se as comportas e hoje apenas 10% a 15% são aptos. É isso que procuramos? Diria: deixa a roda rolar, o navio vai, porém a própria escrita mostrará que não se muda a saúde apenas com a caneta. As mudanças só ocorrem quando toda a engrenagem girar junto, isso quer dizer quando nós, os próprios médicos, as vontades políticas e os políticos se unirem num só rumo, quando o SUS for de fato implantado. Porém, até lá diria: navegar é preciso! Não desanimar, não largar o leme do barco, não deixar pessoas estranhas à profissão comandarem. Hoje passamos por tempestades, mares bravios, mas se estivermos firmes na nossa posição, apesar de parecer que fomos afrontados e violentados na nossa representação, no direito mínimo de sabermos o que é melhor para nós, um dia alcançaremos mares de calmaria. Não perder a esperança de que estes momentos passarão, talvez não nos próximos dias, mas que viveremos tempos melhores se não desistirmos agora. Lembrar sempre que da profissão médica quem entende, por direito, é o médico. Portanto, se ficarmos firmes neste momento, unidos, e não debandarmos apavorados sem rumo e sem esperança, na base do cada um pra si, passaremos por mais esta tempestade. PORTANTO, NO MOMENTO, NAVEGAR É PRECISO!! Edison Noboru Fujiki Presidente da SBOT-SP Sumário COTESP SBOT-SP em Notícia Serviço Credenciado Artigo São Paulo é tudo de bom! www.sbotsp.org.br 03 04 e 05 06 07 08 Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia Regional São Paulo Diretoria Presidente Edison Noboru Fujiki Vice-presidente João Baptista Gomes dos Santos 1º Secretário Marcelo Tadeu Caiero 2º Secretário Roberto Dantas Queiroz 1º Tesoureiro Alberto Naoki Miyazaki 2º Tesoureiro João Damasceno Lopes Filho A Revista SBOT-SP é uma publicação da Regional São Paulo. As matérias assinadas não traduzem, necessariamente, a posição da diretoria. Editor-chefe Roberto Dantas Queiroz Projeto e Execução Phototexto Comunicação & Imagem Jornalista Responsável Bárbara Cheffer (MTB 53.105/SP) [email protected] Revisão Carmen Garcez Editoração Wagner G. Francisco Tiragem: 9.500 exemplares Revista da SBOT-SP COTESP Traumato-ortopedia no Idoso é o grande tema do COTESP 2014 A 25ª edição do Congresso de Ortopedia e Traumatologia do Estado de São Paulo discutirá as novas opções de tratamento para os idosos, além de avanços na especialidade Entre os dias 31 de julho e 2 de agosto, a cidade de Ribeirão Preto (SP) receberá o 25º COTESP – o grande encontro dos ortopedistas do Estado de São Paulo. Escolhida para sediar o congresso, a cidade é considerada centro de referência científica no estado. Neste ano, o tema principal será “Novas tendências na traumatoortopedia do idoso”. Segundo Edison Noboru Fujiki, presidente da SBOT-SP, a ideia é proporcionar ao público um grande número de situações complexas, algumas delas bastante frequentes na Ortopedia. “Esse é um tema atual e abrangente e não podemos ignorar a importância e a necessidade de discuti-lo. É necessário apresentarmos um novo enfoque das doenças degenerativas, os novos medicamentos disponíveis, as novas técnicas no manejo do trauma e os cuidados especiais. Também daremos ênfase na discussão de casos clínicos e contaremos com a participação da plateia”, explica ele. Fujiki acrescenta ainda que o tema escolhido será realmente estimulante, pois levará ao ortopedista dicas e estratégias para que eles possam A fachada do bar Pinguim: o mais tradicional chope da cidade enfrentar o grande desafio que é tratar o idoso. “Precisamos olhar para isso quando a nossa população envelhece a cada dia.” Temas livres: cadastre o seu! Já estão sendo aceitas as inscrições de temas livres para o COTESP. Os trabalhos são submetidos on-line, através do site <www.cotesp.org.br> até o dia 7 de abril de 2014. Durante o congresso, eles poderão ser apresentados no formato de pôster ou oralmente. Confira todo o regulamento no site do congresso! Inscrições abertas! Já estão abertas as inscrições para o 25º COTESP. Elas podem ser efetuadas pelo site: www.cotesp.org.br. Lá, o congressista encontra também todas as regras para efetuar a inscrição. Cada participante terá direito a: •Happy hour no dia 31/7/2014 •Coffee Break em todos os dias do congresso •Brunch (almoço) no dia 1/8/2014 •Certificado de participação Categoria Até 7/4/2014 Até 5/6/2014 No Evento Médico Sócio Quites SBOT Médico Não Sócio Residente e (1) Acadêmicos de Medicina a (2) R$ 400,00 R$ 500,00 R$ 250,00 R$ 250,00 R$ 450,00 R$ 550,00 R$ 300,00 R$ 300,00 R$ 550,00 R$ 650,00 R$ 400,00 R$ 400,00 www.sbotsp.org.br 3 4 Revista da SBOT-SP SBOT-SP em Notícia Jantar dos Residentes Encontro mobiliza mais de 200 residentes Residentes do Estado de São Paulo participaram do Encontro dos Residentes, realizado nos dias 6 e 7 de dezembro No dia 7 de novembro de 2013, a SBOT-SP finalizou a sua programação para os residentes com um jantar na churrascaria Vento Haragano, em São Paulo. Na ocasião, também foi realizada uma palestra com o tema “Osteoartrite – evidências do mecanismo inflamatório da lesão articular e repercussão no tratamento”, ministrada por Francisco Airton, reumatologista da Universidade Federal do Ceará, a entrega dos certificados referentes aos cursos mensais de treinamento aos residentes do Estado de São Paulo e a premiação para os dois primeiros residentes que obtiveram a melhor nota nas provas realizadas durante os cursos. Participaram cerca de 60 pessoas, entre residentes, diretoria e acompanhantes. O evento teve patrocínio do laboratório Aché. I Jornada SBOT-SP do Joelho e Quadril Foi realizado o XV Encontro dos Residentes do Estado de São Paulo nos dias 6 e 7 de dezembro, no centro de convenções do laboratório Aché. Com provas escrita e oral, além de aulas teóricas, 212 residentes do Estado de São Paulo puderam se preparar para o 43º TEOT (Exame para Obtenção de Título de Especialista da SBOT), realizado em janeiro. Participaram também 120 preceptores. Para Edison N. Fujiki, o principal objetivo desse encontro é preparar os residentes do Estado de São Paulo para o TEOT. “Para isso, sempre elaboramos uma programação completa, que além das provas escrita e oral no mesmo molde do TEOT, conta com aulas teóricas e práticas sobre diversos temas como patologias da coluna, do ombro e cotovelo, do punho e da mão, pé, joelho, sistema músculoesquelético e pediátrica”, explica ele. Projetos para 2014 Nos dias 29 e 30 de novembro, no Hotel Fazenda Pitangueiras, em Sorocaba (SP), foi realizada a I Jornada da SBOT-SP do Joelho e do Quadril, com coordenação de Maurício S. B. Modi, Walberto Kushyiama e Tulio P. Cardoso. Segundo Túlio, o evento foi um sucesso, com a participação de aproximadamente 80 ortopedistas e palestrantes de várias cidades do estado. “Fomos brindados com aulas de renomados especialistas da FMUSP, EPM-Unifesp, Santa Casa de São Paulo, FMABC, FM Santos, FM Universidade de Marília, FM Santo Amaro, FM Botucatu e FM Unicamp”, acrescenta ele. A Jornada foi patrocinada pelas empresas: Sanofi, Prime Implantes, Boehringer Ingelheim. MDT, Amplitude e Cimpec. www.sbotsp.org.br A Diretoria da SBOT-SP realizou a primeira reunião do ano no dia 13 de janeiro para discutir os principais projetos de 2014. Na ocasião, foi abordada a programação do 25º COTESP (palestrantes internacionais e workshop de habilidades), planejamento para o ano, a definição da programação do curso de especialidade, os cursos no interior e indicações de palestrantes para os eventos de Marília e Campinas das PECs Regionais. Revista da SBOT-SP SBOT-SP em Notícia Cursos 2014 Confira a seguir a agenda dos cursos para residentes em parceria com a Associação Paulista de Medicina (APM) para 2014 e programe-se! As inscrições podem ser feitas pelo e-mail: [email protected] ou pelo telefone (11) 3889-7073. Data Módulo Coordenador 12 de março Trauma Marcelo Tadeu Caiero (FMUSP) 09 de abril Ortopedia Pediátrica Eiffel Dobashi (Unifesp) 14 de maio Ombro e Cotovelo Roberto Y. Ikemoto (Hosp. Ipiranga) 11 de junho Coluna Marcelo Tadeu Caiero (FMUSP) 16 de julho Quadril Edison N. Fujiki (FMABC) 13 de agosto Esportiva Alberto N. Miyazaki (Santa Casa de SP) 10 de setembro Mão João Baptista Gomes dos Santos (Unifesp) 15 de outubro Joelho Edgard dos Santos Pereira Jr. (Unifesp) www.sbotsp.org.br 5 6 Revista da SBOT-SP Serviço Credenciado Ortopedia da FAMERP Conheça o Serviço Credenciado em Ortopedia e Traumatologia da Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto (FAMERP). Alceu Gomes Chueire, chefe do serviço, conta as principais conquistas e as atividades desse grupo que, neste ano, conseguiu 100% de aprovação no 43º TEOT Membros do Grupo de Ortopedia da FAMERP Como funciona o Serviço Credenciado em Ortopedia e Traumatologia da FAMERP? Atualmente temos oito vagas de residentes credenciadas pelo MEC e SBOT. Nosso serviço está ligado à Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto, portanto, é um serviço universitário. Nossas atividades são desenvolvidas no Hospital de Base, que possui 720 leitos e 24 salas cirúrgicas, o DOT tem 40 leitos fixos, chegando, às vezes, a mais de 60 leitos. Por dia, temos três salas do Centro Cirúrgico reservadas por período. Desenvolvemos atividades no ambulatório com uma média de 60 consultas por período, atendemos as emergências e urgências no PS do Hospital de Base e, para isso, contamos com o apoio do grupo da Cirurgia de Trauma, que é o cartão de visita do nosso hospital e região. Fazemos em média aproximadamente 250 cirurgias por mês. Temos um laboratório de Anatomia da FAMERP, onde um dos nossos professores, o prof. dr. João Damasceno, participa da disciplina de Anatomia. Temos um Biotério, o qual é franqueado www.sbotsp.org.br aos nossos estudos. No Hospital de Base existe um Centro de Pesquisa (CIP) no qual alguns docentes desenvolvem atividades científicas. Até o ano de 2013, mantínhamos um convênio com o Hospital do Câncer de Barretos, onde nossos R3 desenvolviam um estágio de 30 dias sob a orientação do prof. dr. Valter Pena, e os trabalhos serão continuados em 2014. Em 2013 a FUNFARME foi brindada com a inauguração do HCM (Hospital da Criança e Maternidade), e com isso o DOT desenvolve as atividades da Ortopedia Infantil com todos os recursos de um centro especializado de primeiro mundo. Também fomos contemplados com uma unidade do Instituto de Reabilitação Lucy Montoro de São José do Rio Preto (IRLM), cuja diretora, a dra. Regina H. M. Fornari Chueire, pertence ao quadro de docentes do DOT. Como é a formação do serviço? No quadro dos professores que atuam no DOT temos dez docentes ligados à faculdade (FAMERP). No restante do quadro de professores ligados ao DOT pelo Hospital de Base/FUNFARME temos oito ortopedistas. A partir de 2014, o número de residentes será de oito por ano (R1, R2 e R3). Como se faz para se candidatar a uma vaga? Nosso serviço está ligado à FAMERP, portanto, para o ingresso dos residentes há necessidade de passar pelo processo seletivo da Comissão de Residência (COREME), que é anual e coordenada pelo estado. As informações estão disponíveis no site da FAMERP (http://www.famerp.br/novoportal/). Desde quando existe o Serviço de Ortopedia da FAMERP? A Residência de Ortopedia FAMERP/ FUNFARME começou em 1990, mas como não tivemos êxito em todos os exames, fomos descredenciados pela SBOT. Mas em 1995, quando eu assumi a chefia do serviço auxiliado pelo prof. dr. Guaracy Carvalho Filho e prof. dr. Helencar Ignácio, demos vida nova ao serviço, coroado em 1997 com a apro- Revista da SBOT-SP Serviço Credenciado vação de 100% dos nossos residentes no exame da SBOT. Nesse início tivemos uma ajuda importante do Serviço de Ortopedia da Unifesp, que permitia um estágio de um mês para os nossos R3. Nosso serviço continuou obtendo índices de aprovação solicitados pela SBOT, e nunca mais fomos colocados em moratória ou descredenciados. Neste ano mandamos sete residentes para o 43º TEOT e obtivemos 100% de aprovação. SBOP; Cirurgia do Pé - 2 docentes titulados pela ABTPé; Cirurgia do Joelho 3 docentes titulados pela SBCJ; Cirurgia do Ombro - 2 docentes titulados pela SBCOC; Fixadores Externos - 2 docentes titulados pela ASAMI; Tumor Ósseo - 1 docente capacitado e treinado com mestrado e doutorado; Cirurgia de Mão - 2 docentes titulados pela SBCM; Cirurgia de Coluna - 1 docente titulado pela SBC e 1 docente da Neurocirurgia titulado pela SBC. Quais são as principais atividades? Nosso serviço desenvolve as seguintes especialidades dentro da Ortopedia e Traumatologia: Cirurgia do Quadril 2 docentes titulados pela SBQ; Cirurgia Infantil - 1 docente titulado pela Como é a rotina do serviço? Normalmente, nossos docentes desenvolvem suas especialidades com um ambulatório específico e um período de cirurgia da especialidade desenvolvida. Participam diariamente com os residentes de visita à enfermaria revezando os dias da semana. Também desenvolvemos aulas para a graduação da FAMERP e para os residentes almejando a prova do Título de Especialista da SBOT. Existe dois docentes com carga horária de 40 horas semanais. A maioria cumpre carga horária de 20 horas semanais, 2 docentes, os mais novos do serviço, 12 horas semanais, que brevemente vão para 20 horas semanais. A FAMERP tem uma Liga de Ortopedia e Traumatologia? Há dois docentes que desenvolvem trabalho com os alunos da graduação da FAMERP na Liga de Ortopedia e Traumatologia, principalmente voltado ao desenvolvimento de trabalhos científicos, uma espécie de iniciação científica coordenada e orientada pela FAMERP. Artigo Perspectivas para a saúde em 2014 O ano de 2013 foi marcado por intenso debate sobre a saúde pública, encerrando com a aprovação de uma lei que interferiu fortemente no setor. Foi modificado o processo de formação de médicos e o processo de especialização profissional, permitindo o ingresso de formados no exterior sem passar por um processo de revalidação de seus diplomas. Também desrespeitou-se a legislação trabalhista, ao contratá-los sem a garantia de seus direitos. Para agravar ainda mais a situação, a mesma lei permite a abertura de um grande número de escolas médicas, apesar da falta de corpo docente e de hospitais apropriados para ensino de Medicina. Essas modificações foram feitas sem uma discussão mais profunda com os diversos setores envolvidos e certamente coloca em risco a qualidade do atendimento prestado à população por meio do Sistema Único de Saúde. O debate sobre o financiamento da saúde foi deliberadamente esquecido, em especial o projeto de lei de iniciativa popular que visa garantir mais recursos para o SUS, anexado a outros projetos em tramitação, com forte sinalização de que não será aprovado em sua proposta original. Ou seja, mais uma vez é dado um passo atrás, consolidando o subfinanciamento do setor por parte do governo federal. cativa para tanto, e a APM, juntamente com as demais entidades médicas, tem o dever de se envolver decisivamente nesse debate, colocando com clareza suas críticas e principalmente suas propostas para se atingir tal objetivo. Na área da saúde suplementar também o cenário demonstrou problemas. Pesquisa feita pela Associação Paulista de Medicina, através do Instituto Datafolha, revelou enormes dificuldades enfrentadas pelos usuários de planos de saúde, notadamente quanto à marcação de consultas com especialistas, falta de leitos hospitalares e sérios problemas no atendimento de emergências. O ano de 2014 deverá ser decisivo para nosso sistema de saúde. As eleições em nível federal e estadual vão acirrar os debates sobre quais os melhores caminhos para se garantir o acesso a serviços de saúde de qualidade a toda a população. Os médicos, por sua posição estratégica no sistema de saúde, têm a possibilidade de contribuir de maneira signifi- Florisval Meinão Presidente da Associação Paulista de Medicina www.sbotsp.org.br 7 8 Revista da SBOT SP São Paulo é tudo de bom! Liberdade de expressão Considerada uma das maiores cidades multiculturais, São Paulo oferece diversas opções de cursos e workshops para desenvolver seu lado criativo Não precisa ser um Vincent van Gogh para criar uma obra-prima. Muito menos um Mario de Andrade para desenvolver seu estilo de escrita, ou Platão para filosofar sobre a vida. Através de aulas livres, palestras, oficinas e workshops é possível despertar sua alma artista. A seguir, a Revista da SBOT-SP separou dois conceituados cursos na capital com diversas opções de aulas e workshops desenvolvidos para proporcionar momentos de lazer e descontração através do contato com a arte. Casa do Saber Obra-Prima Estúdio Através de workshops descontraídos que acontecem sempre às quartas e quintas-feiras com três horas de duração, o participante é capaz de pintar uma obra de arte como Monalisa, de Da Vinci, o Beijo de Klimt, entre outros artistas renomados. O interessado pode escolher o tema que mais lhe agrada e fazer a inscrição pelo site: <www.obraprimaestudio.com.br>. Outro diferencial é o formato TSD (traga o seu drinque), em que o aluno é convidado a levar uma bebida de sua preferência para degustar enquanto pinta o seu quadro. Todos os materiais para a elaboração da pintura – como pincéis, tintas e telas – são oferecidos no workshop. Munidos de todo o material, basta o aluno estar disposto www.sbotsp.org.br a se entreter com a arte. “Muitos consideram as nossas aulas terapêuticas e ideais para ativar o lado criativo. Afinal, o nosso objetivo não é formar grandes pintores, mas sim proporcionar momentos de descontração e lazer durante a releitura de quadros famosos”, acrescenta Daniela Killmer, idealizadora do projeto. Serviço: Workshops às 4as e 5as Horário: 19h às 22h Endereço: Rua Mourato Coelho, 755 Vila Madalena Valor: R$ 120,00 (inscrições pelo site) www.obraprimaestudio.com.br A Casa do Saber é um centro de debates e disseminação do conhecimento em São Paulo, que oferece acesso à cultura de forma clara e envolvente, porém rigorosa e fiel às obras dos criadores. São realizados cursos livres, palestras e oficinas de estudo nas áreas de artes plásticas, ciências sociais, cinema, filosofia, história, música e psicologia, reunindo renomados professores e conferencistas. São oferecidas também aulas exclusivas para pequenos grupos. Basta escolher um curso ou tema da programação e solicitar a organização de um ou mais encontros exclusivos para grupos fechados. As aulas podem acontecer nas instalações da Casa do Saber ou em outro lugar escolhido pelo cliente, com duração e formato adaptados ao objetivo de cada solicitação. Serviço: Casa do Saber Jardins Rua Dr. Mario Ferraz, 414 (11) 3707-8900 www.casadosaber.com.br