PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO – POP
Serviço de Enfermagem HCC
PROCESSO: Sondagens
Procedimento:
SONDAGEM GÁSTRICA
Responsável pela execução:
Enfermeiro
Data: 03/04/2008
Autor: Christa Schmiedt
Data da última revisão: 10/11/2015
Revisores:
Coren /RS: 27490 - Christa Schmiedt
Coren/RS 85644 - Ester Henrique da Silva
Coren /RS 71758 - Sandra Stawinski
Próxima revisão:
10/11/2016
Aprovação:
Coren /RS 98.360 - Ângela Maria Oliveira da Silva
Homologação:
Gerenciamento de Risco HCC:
Coren/RS: 127179 - Adriane E. Besckow
Conceito:
É a introdução de uma sonda no estômago, por via nasal ou oral.
Objetivos:
Administrar alimentação e medicação
Promover esvaziamento do estômago
Realizar lavagem gástrica
Coletar resíduo gástrico para exames
Indicações:
Complementação das necessidades nutricionais e metabólicas
Incapacidade de deglutição
Debilidade grave
Inconsciência
Problemas respiratórios
Descompressão gástrica
Lavagem gástrica
Vômitos incoercíveis ou intratáveis
Preparo para exames e cirurgias
Local de realização:
Junto ao leito do paciente ou em sala de procedimento.
Registro do procedimento:
Em relatório de enfermagem e no prontuário do paciente.
C:\Documents and Settings\usuario\Desktop\REPOSITÓRIO DE DOCUMENTOS\2015\Revisão de pop´s 2015\Pop´s revisados e lançados no sistema
2015\Sondagem gástrica rev 10 nov 2015.doc 11/11/2015
Material necessário:
Bandeja contendo:
Sonda gástrica de tamanho apropriado( sonda de PVC exclusiva para esvaziamento gástrico,
sonda de poliuretano ou silicone para administração de dieta)
Seringa descartável de 20 ml (Em UTI Neonatal – utilizar seringa de 5 ml)
Folhas de gaze
Tesoura
Estetoscópio
Luva de procedimento
Fita adesiva
Soro fisiológico ou xilocaína gel
Frasco coletor (para esvaziamento gástrico)
Compressa
Descrição do procedimento:
Conferir a prescrição médica, identificando o paciente correto e a indicação de localização da
sonda (gástrica ou duodenal)
Reunir o material necessário
Cortar esparadrapo para fixação, medida e rótulo da sonda.
Conferir a identificação do paciente.
Explicar o procedimento à criança e ao familiar, se presente.
Higienizar as mãos
Posicionar a criança em decúbito dorsal, elevado (exceto contra-indicações) contendo-a se
necessário.
Calçar as luvas.
Inserção nasogástrica: Medir a sonda (descontando o 1° furo) da ponta do nariz ao lóbulo da
orelha e deste até o apêndice xifóide.
Inserção orogástrica: Medir a sonda (descontando o 1° furo) do lábio (ce ntro) ao lóbulo da
orelha e deste até o apêndice xifóide.
Marcar medida final com pedaço de fita adesiva fina de forma que envolva todo o diâmetro da
sonda ou marcar com caneta permanente.
Quando for utilizada sonda com mandril, este deverá ser lubrificado previamente conforme
orientações do fabricante.
Lubrificar a sonda (aprox. 8 cm) com Soro Fisiológico ou Água destilada ou xilocaína gel.
Proteger o tórax do paciente com compressa.
Flexionar levemente a cabeça sobre o tórax e introduzir a sonda delicadamente pelo nariz ou
boca. Obs. Oferecer a chupeta para bebês que não estejam em aleitamento materno pode
auxiliar na progressão da sonda.
Testar a localização da sonda aspirando o conteúdo gástrico. Caso não haja resíduo, introduzir
0,5 a 5 ml de ar e auscultar simultaneamente na região epigástrica (ruído de borbulho ou
gargarejo). Retirar o ar.
Retirar o mandril da sonda, secar com gaze, acondicioná-lo na embalagem, identificar e fixá-lo
junto ao leito do paciente.
Fixar a sonda na face da criança com o adesivo previamente cortado evitando tração/pressão
sobre a asa do nariz ou lábio.
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2015\Sondagem gástrica rev 10 nov 2015.doc 11/11/2015
Rotular a sonda com data, horário, localização e assinatura do enfermeiro (a).
Posicionar a criança de maneira confortável.
Recolher todo o material deixando a unidade do paciente em ordem.
Higienizar as mãos.
Registrar o procedimento no relatório de enfermagem e no prontuário do paciente.
Observações:
Se surgir alguma obstrução, nunca forçar a passagem da sonda.
Nunca reinserir o mandril com a sonda no paciente.
Observar alterações respiratórias ou gastrointestinais em toda a criança com sonda gástrica.
Trocar a sonda de PVC (para esvaziamento gástrico) de 3 a 7 dias alternando as narinas e o
local de fixação da boca.
Controlar, registrar e comunicar o resíduo gástrico quanto à cor, volume e aspecto.
Manter a permeabilidade da sonda para alimentação/medicação, lavando-a com 10 a 20 ml de
água fervida ou destilada (salvo restrição hídrica). Na UTI Neo, utilizar: 0,5 ml de água destilada
para sonda gástrica curta n° 6 ou 1 ml se for sonda gástrica curta n° 8.
Manter fixação adequada da sonda.
Avaliar diariamente o local de fixação para evitar lesões por pressão.
Observar e garantir que o sistema esteja intacto sem vazamentos, dobras ou coágulos.
Manusear a criança com cuidado para evitar mobilização da sonda e manter a posição correta
da mesma.
Sempre testar a localização correta da sonda antes de administrar qualquer volume através da
mesma.
Na retirada da sonda, clampeá-la e retirá-la rapidamente. Se encontrar resistência, girar a sonda
e tentar novamente; não forçar a retirada.
Resultado esperado:
Posicionamento correto da sonda, prevenindo intercorrências e/ou lesões de pele.
Ações corretivas:
Se durante a sondagem gástrica houver cianose, tosse ou apnéia que não melhore
rapidamente, a sonda deve ser retirada imediatamente, pois pode ter progredido para as vias
aéreas inferiores.
Estar atento para complicações como: necrose de asa do nariz, otite, faringite e sinusite,
esofagite, lesão gástrica e desconforto.
Se for verificado deslocamento da sonda, retirar e passar nova sonda.
Na ocorrência de vômitos em uma criança com sonda para drenagem, verificar o
posicionamento da mesma (gástrica ou duodenal) e considerar a troca por uma de maior
calibre.
Em casos de não conformidade, treinamento da equipe.
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2015\Sondagem gástrica rev 10 nov 2015.doc 11/11/2015
Bibliografia:
BOWDEN, Vicky R.; GREENBERG, Cindy Smith. Procedimentos de Enfermagem Pediátrica.Rio
de janeiro, Guanabara Koogan, 2003.
FONSECA, Adriane da Silva. Enfermagem Pediátrica, São Paulo, Martinari, 2013.
POHL, Frederico Filgueira; PETROIANU, Andy. Tubos, Sondas e Drenos. Rio de Janeiro,
Guanabara Koogan, 2000.
VIANA, Dirce Laplaca, et al. Manual de Procedimentos em Pediatria, São Caetano do Sul,
Yendis, 2006.
VIANA, Renata A. P. P., et al. Enfermagem em Terapia Intensiva – Práticas e Vivências, Porto
Alegre, Artmed, 2011.
WILSON, David, HOCKENBERRY, Marilyn J. Wong, Manual Clínico de Enfermagem Pediátrica.
Rio de Janeiro, ELSEVIER, 2012.
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Sondagem gástrica rev 10 nov 2015