04 GERAL www.jhoje.com.br Cascavel, 24 de setembro de 2009 PEC DOS VEREADORES IMPASSE DEVE SER RESOLVIDO NO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL Com promulgação, posse de suplentes fica a cargo do Tribunal Eleitoral s Mesas Diretoras do Senado e da Câmara realizaram na noite de ontem uma sessão solene para promulgar a PEC (Proposta de Emenda Constitucional) que aumenta em 7.709 o número de cadeiras nas Câmaras de Vereadores em todo o País. A promulgação - que ocorreu em tempo recorde um dia após a Câmara votar o texto transfere para o Judiciário uma definição de quando a ampliação das vagas terá validade. Durante a sessão, o presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP), disse que a pressão dos suplentes de vereadores para aprovação da PEC foi legítima, mas afirmou que cabe ao Judiciário resolver qualquer dúvida sobre a criação das novas cadeiras. “Foi uma longa discussão na Câmara e a pressão legítima dos suplentes levou que a Casa aprovasse a matéria. Se problemas jurídicos houver, será decidido no A Judiciário. Creio que se trata de um momento importante todo o País se mobilizou”, disse. O presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Carlos Ayres Britto, afirmou que a PEC dos Vereadores “chegou tarde para entrar em vigor nesta Legislatura”. Ele citou uma consulta respondida pelo TSE em 2007, na qual a Corte respondeu que a aplicação da emenda está condicionada a sua aprovação antes do processo eleitoral. Ayres Britto, porém, ponderou que, promulgada a emenda, a Justiça Eleitoral não terá outra opção senão dar posse aos suplentes. Ele lembrou, no entanto, que a constitucionalidade da PEC deverá ser questionada no STF (Supremo Tribunal Federal) pela OAB (Ordem dos Advogados do Brasil). A OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) prometeu recorrer ao STF para evitar a posse de vereadores suplentes. www.jhoje.com.br NACIONAL/ESTADUAL 05 Cascavel, 24 de setembro de 2009 TÍTULOS CÂMBIO TAMBÉM ELEVOU DÍVIDA EXTERNA, PARA R$ 108,97 BILHÕES, EM AGOSTO Dívida pública sobe 3,63% por empréstimo ao BNDES Chuva A passagem de uma frente fria associada ao alto índice de umidade que cobre o Paraná é responsável pelas chuvas que atingem o Estado desde terça-feira, causando estragos em vários municípios, além de alagamentos e deslizamentos de terra em rodovias. De acordo com o Instituto Tecnológico Simepar, na região de Curitiba, o volume de chuvas registrado desde a meia-noite chegou a 70 milímetros, o que representa quase metade da média histórica registrada para todo o mês de setembro. Um balanço da Defesa Civil mostra que 14 municípios registraram prejuízos após a chuva e o vendaval. emissão de R$ 36 bilhões em títulos públicos para concluir o repasse do empréstimo do Tesouro Nacional ao BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) fez a dívida pública subir em agosto. Segundo números divulgados ontem pela Secretaria do Tesouro Nacional, a dívida pública federal aumentou 3,63% no último mês, passando de R$ 1,457 trilhão para R$ 1,509 trilhão. Principal componente da dívida pública, a dívida mobiliária (em títulos) interna subiu 3,79%, passando de R$ 1,349 trilhão em julho para R$ 1,4 trilhão em agosto. A alta deveu-se ao fato de o Tesouro ter emitido R$ 40,2 bilhões a mais do que resgatou em títulos (o que inclui o repasse ao BNDES), além do reconhecimento de R$ 10,89 bilhões em juros. A subida de 0,74% do dólar no último mês e a emissão de títulos no exterior também em- A purraram a dívida pública externa para cima. De acordo com os números do Tesouro, a dívida externa passou de R$ 84,54 bilhões para R$ 108,97 bilhões, alta de 1,65%. Em 29 de julho, o Brasil emitiu US$ 500 milhões em títulos com vencimento em 2037, mas a operação só foi registrada no resultado de agosto. Esse empréstimo representou a última parcela do empréstimo de R$ 100 bilhões para reforçar o capital do BNDES, anunciado no início do ano. O Tesouro emitiu títulos, que ficam na carteira do banco. Conforme a necessidade, o banco vende os papéis e embolsa o dinheiro. Posteriormente, a instituição devolve o empréstimo ao Tesouro, com o pagamento de juros equivalentes à TJLP (Taxa de Juros de Longo Prazo). Ao todo, o Tesouro fez quatro emissões de títulos para capitalizar o BNDES. Em março, o Tesouro Nacional lançou R$ 13 bi- lhões em títulos para financiar o banco. Em junho, novas emissões somaram R$ 26 bilhões. Em julho, o governo emitiu mais R$ 25 bilhões em papéis. O empréstimo para o BNDES foi o principal responsável pelo crescimento da dívida mobiliária VASILHAMES em 2009. Em dezembro, a dívida interna em títulos era de R$ 1,264 trilhão. Em agosto, o estoque subiu para R$ 1,4 trilhão, o que representa elevação de R$ 136 bilhões, dos quais R$ 100 bilhões referem-se ao repasse de recursos para a instituição financeira. O Departamento Nacional de Produção Mineral prorrogou o prazo para substituição dos vasilhames retornáveis de água mineral, que terminaria ontem. Foi estabelecido um calendário para a troca gradativa. A justificativa apresentada na portaria é a limitação da oferta das embalagens no mercado nacional. A partir do dia 30 deste mês fica proibida a utilizada de vasilhames com data de fabricação anterior a 1º de janeiro de 2004 ou que não atendam as especificações técnicas que garantam a segurança e qualidade do produto. Após essa data, as indústrias de envase ou reenvase de água mineral poderão continuar utilizando apenas vasilhames adquiridos até ontem. A partir de agora, as empresas poderão comprar somente embalagens que estejam dentro do prazo e validade, que de no máximo três anos de uso.