Órgão Oficial do Conselho Regional de Economia
4ª Região - Rio Grande do Sul
Emoção na entrega do
VI Prêmio Economista do Ano
Foto: Jackson Ciceri
O secretário Adjunto da Fazenda,
Ricardo Englert, foi eleito o Economista
do Ano pelo Conselho Regional de Economia do Rio Grande do Sul (CORECON/RS). A premiação foi recebida no
dia 4 de dezembro, no Salão de Eventos
do Plaza São Rafael, em cerimônia prestigiada por cerca de 250 pessoas. O VI Prêmio Economista do Ano foi patrocinado
pela CaixaRS e CEEE e contou com a presença do presidente do CORECON/RS,
Ario Zimmermann, que abriu a solenidade; do secretário da Fazenda do RS, Aod
Cunha de Moraes Junior, que integrou a
mesa de abertura representando o governo do Estado, e do conselheiro federal,
economista Paulo Roberto Lucho, representando o Conselho Federal de Economia (Cofecon), além de representantes de
diversas instituições públicas, privadas e
acadêmicas.
O homenageado de 2008, Ricardo
Englert, conquistou o VI Prêmio Econo-
mista do Ano pela
sua trajetória profissional e pelo importante papel desempenhado este ano na
execução orçamentária do governo do
Estado do RS, em
especial no controle
dos gastos públicos.
Englert agradeceu ao Conselho,
aos jurados e a todos
Ario Zimmermann (esq.) entregou troféu a Ricardo Englert
que acreditaram no
seu trabalho e o indicaram para o Prêmio. de devolver ao Estado a capacidade de
"Não poderia deixar de dividir esta dis- sonhar e realizar investimentos, através
tinção com o governo do qual tenho a do equilíbrio das contas públicas, foi decihonra de fazer parte, em especial aos eco- siva para a indicação de seu nome.
nomistas, governadora Yeda Crusius, e
"Poucos têm a oportunidade e a felicisecretário Aod Cunha", salientou o home- dade de alcançar o que acreditam ser o
nageado. O economista acredita que a seu destino e vocação", ressaltou o econosua participação na equipe, que vem mista, dizendo ter alcançado o topo da
levando em frente e com sucesso a tarefa carreira.
ENCARTE ESPECIAL
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Premiação dá boas-vindas aos acad
vencedores do Prêmio de Monograf
D
esde 1987, o CORECON/RS vem premiando os
estudantes de Economia como uma forma de estimulá-los à excelência e à iniciação científica. O Prêmio Conselho Regional de Economia Corecon/RS - Monografias, tem por finalidade qualificar os economistas
que ingressam na carreira, destacando os melhores trabalhos de conclusão dos cursos de graduação em Ciências
Econômicas, das instituições gaúchas.
Na noite de 4 de dezembro, a cerimônia de premiação apresentou um novo grupo de profissionais que está
chegando ao mercado de trabalho com garra e determinação. Conheça um pouco do trabalho dos agraciados, e
veja as fotos que registraram o momento da entrega dos
prêmios.
1º Lugar
2º Lugar
Bruno Zanella Quinto
Riovaldo Alves de Mesquita
Aplicação da Teoria da Carteira de Markovitz ao
Mercado de Capitais Brasileiro
Orientador: Prof. Carlos Renato Salami
Pontifícia Universidade Católica do RS - PUCRS
Simulação da Evolução das Despesas Previdenciárias
no Brasil: 2008/2050
Orientador: Prof. Giácomo Balbinotto Neto
Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS
Fotos: Jackson Ciceri
A monografia tem como objetivo principal o estudo do
processo de seleção de carteiras de investimento no mercado de capitais brasileiro. Com o avanço dos diferentes
mercados de títulos no Brasil, destacando-se nesse
campo o mercado de ações, tal assunto passa a assumir
importância crescente na economia nacional, sendo de
relevância para os mais diversos tipos de investidores
hoje presentes no país. Mister se faz, nesse sentido, buscar aplicar os conhecimentos do moderno campo da economia financeira à realidade brasileira. Então, a fim de
melhor compreender esses ensinamentos e alcançar sua
meta, cuida a monografia de analisar seu objeto à luz de
diferentes teorias de risco-retorno, enfatizando e aplicando a abordagem adotada por Markowitz, conjugadamente ao exame do ambiente em que se desenrolam
os principais eventos dessa área no Brasil.
A dinâmica demográfica brasileira, e as condições de elegibilidade aos benefícios elevam o custo da previdência social como proporção do PIB. Sem reformar a seguridade, há
o dilema entre ter um sistema que exige alta carga tributária
para seu custeio, e outro que não atende a seus objetivos sociais, porque só é capaz de garantir valores muito baixos de
benefício. Simula-se trajetórias de crescimento do custo,
considerando a taxa de crescimento da economia como
variável exógena. São analisados quatro benefícios previdenciários e um assistencial, entre 2008 e 2050. Estima-se o
efeito sobre o custo decorrente de alterações na idade de elegibilidade, e no valor real do benefício. Verifica-se que sob
cenários realistas de crescimento da economia, não é possível estabilizar o custo dos benefícios em relação ao PIB, sem
mudança das regras vigentes. Os resultados mostram que a
contenção do custo dos benefícios depende de uma alta
taxa de crescimento do PIB, e que a elevação da idade de elegibilidade diminui a dispersão das trajetórias de crescimento do custo. O estudo conclui que a reforma da seguridade
social é necessária para mantê-la viável.
ENCARTE ESPECIAL
Órgão Oficial do Conselho Regional de Economia - 4ª Região - Rio Grande do Sul
dêmicos
fias
Fernanda Schwantes
Determinantes da Balança Comercial do Agronegócio
Brasileiro no período de 1990 a 2007
Orientador: Prof. Clailton Ataides de Freitas
Universidade Federal de Santa Maria - UFSM
Este trabalho buscou examinar o comportamento da
Balança Comercial do agronegócio brasileiro no período compreendido entre o primeiro trimestre de 1990 e o
quarto trimestre de 2007, assim como de seus determinantes mais relevantes, no que diz respeito ao crescimento interno, consumo externo, taxa de câmbio efetiva real e termos de troca, além do acesso a novos mercados. Para tanto, utilizaram-se os testes de estacionariedade de Dickey-Fuller, Dickey-Fuller aumentado, e
Phillips-Perron, a análise de co-integração proposta
por Johansen, e o mecanismo de correção de erros. Os
resultados possibilitam concluir que, no curto prazo, as
variáveis que exercem maior influência sobre as variações no saldo da Balança Comercial do agronegócio brasileiro, são a taxa de câmbio efetiva real e o acesso a
novos mercados, representado, neste estudo, pelas
exportações do agronegócio brasileiro para a China.
No longo prazo, os termos de troca não se apresentaram estatisticamente significativos, e, assim, a taxa de
câmbio é determinante na competitividade do setor
agropecuário e agroindustrial brasileiro no período
analisado. O nível de atividade doméstica e o consumo
mundial de produtos agrícolas, também são determinantes nos superávits comerciais do setor.
Magnus dos Reis
O Impacto da Criação do Mercosul sobre os Fluxos de Comércio
Orientador: Prof. André Felipe Zago de Azevedo (na cerimônia
representado pela coordenadora do curso de Economia da Unisinos, Angélica Massuquetti)
Fotos: Jackson Ciceri
3º Lugar
Menção Honrosa
A presente monografia
tem como objetivo principal avaliar os impactos da criação do Mercosul no fluxo de
comércio bilateral, que
possam ser atribuídos
exclusivamente à formação do bloco. Para
isso, foram usadas duas metodologias: uma, através da análise
conjunta de dois índices, o Índice de Orientação Regional (IOR) e
o Índice de Vantagem Comparativa Revelada (IVCR), e a outra
através do modelo gravitacional. Os resultados encontrados pela
analise conjunta dos índices sugerem que grande parte do crescimento do comércio intrabloco, para o período de 1997 a 2001, ocorreu em produtos errados, onde o bloco não é competitivo internacionalmente, sugerindo que o bloco ao invés de criar comércio ele
desviou. Já os resultados encontrados através do modelo gravitacional, baseados em dados em corte transversal e dados agrupados para os períodos de 1987-90 e 1995-98, demonstram que a liberalização não discriminatória afetou as importações e exportações totais do Mercosul. No entanto, após controlar as variáveis
do modelo gravitacional, não houve um significativo aumento no
comércio intrabloco causado pela integração regional.
Menção Honrosa
Marco Marchiori da Luz
Os Desafios da Economia Americana da sustentação do Dólar
como Moeda Mundial
Orientador:
Prof. André Scherer
Pontifícia Universidade Católica do RS
- PUCRS
A monografia trata sobre os desafios da economia americana
para sustentar o papel do dólar como moeda chave no sistema
financeiro mundial. Para isso, foram analisadas as origens do
atual sistema financeiro, criado basicamente a partir do Acordo
de Bretton Woods em 1944. O surgimento do padrão ouro-dólar e
a consequente criação do padrão dólar flexível, deram aos EUA o
poder de financiar o seu déficit externo emitindo a própria moeda, o que é visto por muitos como um privilégio exorbitante. Esse
déficit, combinado com a atual crise financeira derivada, principalmente, da decadência do mercado imobiliário e de um processo de desregulamentação e liberalização financeira, iniciado na
década de 1980, expõem as fraquezas da atual economia americana, gerando dúvidas quanto à capacidade do dólar continuar
sendo o principal ativo de reserva no mundo. Paralelamente, são
abordados questões como a consolidação do euro como moeda
única européia e também, analisada a estratégia de crescimento
dos países asiáticos que são extremamente relevantes para que se
entenda a importância do dólar na economia mundial.
ENCARTE ESPECIAL
Órgão Oficial do Conselho Regional de Economia - 4ª Região - Rio Grande do Sul
Prêmio Destaque Especial
é de Hugo Zattera
Importadora Auto Nordeste Ltda. mente eu consegui!" afirmou Hugo
Além de ser um dos fundadores da Zattera. "Hoje eu tenho a certeza de
Lavrale Máquinas Agrícolas, o pre- que a melhor política é proporciomiado já foi conselheiro da Fras-Le e nar ao jovem uma educação sólida
atualmente também exerce a função para crescer na sociedade", finalizou.
de vice-presidente da Associação
Nacional de
Fabricantes de Veículos Automotores (ANFAVEA).
O economista
se disse surpreso
com a indicação.
"Eu venho de uma
família humilde.
Naquela época,
uma graduação
universitária não
era uma coisa fácil
de alcançar. Feliz- Conselheiro do Cofecon, Paulo Lucho (esq.), fez a entrega do prêmio
a Zattera
Foto: Jackson Ciceri
O Prêmio Destaque Especial é
uma homenagem do CORECON/RS
aos economistas que contribuíram
de forma especial, ao longo de sua
vida profissional, para a valorização
e o desenvolvimento da categoria e
da sociedade. Neste ano de 2008, o
agraciado foi o economista Hugo
Domingos Zattera, Diretor Presidente da Agrale S.A.. O Plenário do Conselho de Economia gaúcho elegeu o
economista, devido ao conjunto de
sua obra e atuação destacada como
profissional de Economia.
Zattera nasceu em 1940, filho de
família de agricultores do interior do
município de Caxias do Sul. É graduado em Ciências Econômicas pela
Universidade de Caxias do Sul
(UCS). Em sua trajetória profissional
ele atuou na Kalil Sehbe S.A. e
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CONTEXTO ECONOMICO N 58 (01) - CORECON-RS