Anais do XIV Seminário Nacional Mulher e Literatura / V Seminário Internacional Mulher e Literatura
O ruído da resistência no discurso
marginal de Lídia Jorge
Nicia Petreceli Zucolo1
De A costa dos Murmúrios e A manta do soldado, ambos romances
de Lídia Jorge, recortei dois pares de personagens femininos, aparentemente transgressores, para verificar em que medida essa transgressão se dá:
Helena de Troia e Evita Lopo; e Maria Ema e a narradora, a sobrinha-filha
Walter Dias.
Apesar de centrar-me nessas personagens femininas, pensá-las
como transgressoras, num contexto em que a própria escrita feminina poderia ser considerada infratora, já que através da ficção denuncia ou o terrorismo do Estado, ou o esvaziamento e o abandono da memória2, não posso ignorar o fato de que é a partir de homens que essas mulheres têm suas
vidas dimensionadas.
Em A manta do soldado é muito clara essa relação, afinal, tanto a
filha quanto a mãe vivem em função de Walter Dias. Walter é o outro a partir
do qual elas (principalmente a narradora) definem sua identidade.
Em A costa dos murmúrios, tanto Helena quanto Evita Lopo têm de
conviver com o quase onipresente Jaime Forza Leal. Helena por ser sua esposa; Evita por ser casada com sua sombra, o tenente Luís Alex.
Antes de prosseguir, chamo atenção para dois temas recorrentes
na obra de Lídia Jorge, principalmente considerando os dois romances em
questão: a memória e a identidade.
A costa dos murmúrios não é um romance histórico na sua acepção
em voga no século XIX; é um romance memorialista, metaficcional; e como
1 2 Profa. UFAM/ Doutoranda USP/ Bolsista FAPEAM.
Entender a memória como engaste da História, resgatando uma através de outra.
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tal ironiza a matéria narrada3; apesar de o foco textual ser a reconciliação
com o passado pessoal, revelações políticas vêm à tona. A manta do soldado
fornece condições de reconstruir um panorama histórico, mas a intencionalidade também é outra, sendo a mesma: reconciliação com o passado.
Naquele, a Eva Lopo do presente com a Evita Lopo do passado; neste, a
narradora com seu pai.
Ambos os romances são memórias: o gatilho de uma narrativa é uma
manta4, recebida como herança e, da outra, a leitura de um relato lírico5 sobre o tempo em que a personagem esteve na Cidade da Beira, em Moçambique. Em ambos os casos, a narrativa memorialista resgata um tempo sobre o
qual se podem tecer considerações distanciadas, mas eivadas de afeto.
No caso específico desses dois textos, a identidade não é uma questão restrita às personagens-foco da análise: avento que haja, além do pessoal, o coletivo envolvido. A fim de corroborar a ideia, cito o que Isabel Pires
de Lima afirma acerca da narrativa de Lídia Jorge:
digamos que, nos anos de 1980, são sobretudo as
identidades coletivas construídas a partir da noção do
sujeito sociológico que o romance de Lídia Jorge acolhe.
Da interação entre interior e exterior, entre mundo pessoal
e mundo público, entre sentimentos subjetivos e lugares
objetivos que o sujeito ocupa no mundo social, nasceriam
as identidades em que nos forjamos e forjamos. A
captação desta interação explica, de resto, [um motivo
aglutinador] da ficção da autora[:] a configuração da
3 Digno notar que a ironia sobre a própria narrativa é cindida: o romance traz um conto
inicial, Os gafanhotos, em terceira pessoa, que é descontruído no segundo ponto do texto, a
fala de Eva Lopo a um interlocutor, o autor do conto. É nessa revisitação desconstrutiva que se
dá essa ironia: sobre o texto, não sobre a matéria narrada.
4 A manta que acompanha Walter desde seu ingresso no exército; ela é um símbolo
ambivalente na narrativa.
5 Os gafanhotos, texto em forma de conto que inicia o romance, sendo-lhe formalmente
independente, com uma epígrafe inicial e a palavra fim demarcando claramente a sua
independência em relação ao restante do texto.
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memória no discurso individual e coletivo6.
Mesmo sem aprofundar a ideia acerca da coletividade, aponto que
ela compõe estas narrativas, como também as compõe a reconstrução identitária dessas personagens.
Sucintamente, resgato o enredo de A costa dos murmúrios: Evita vai
para África para casar-se com o tenente Luís Alex durante a folga dos militares antes das ações em Cabo Delgado. Lá conhece Helena e seu marido
– Forza Leal –, capitão da unidade do noivo. Quando os homens saem para
a ação, as duas se aproximam. Como Helena se recusa sair de casa, Evita,
hospedada no Hotel Stella Maris, visita-a frequentemente. Luís Alex, o noivo, nutre verdadeira devoção por Jaime Forza Leal, a quem chama de meu
capitão, tornando-se-lhe uma extensão, uma sombra, a ponto de invejar-lhe
uma imensa cicatriz que tem no tórax, resultado de combate.
Numa primeira leitura, construí a seguinte hipótese: Jaime Forza
Leal representaria o modelo masculino patriarcal a quem se oporia Eva
Lopo, evidenciada a ideia a partir da fala de Eva sobre a cicatriz:
o significado que eu lhe dava condensava-se num curto
pensamento [...] eu imaginava estar a ver o último homem
do século que se revisse na sua cicatriz. Hoje, como se
sabe, ou pela cirurgia plástica que recose e refaz, ou
pela ameaça das coisas nucleares espalhadas por esse
mundo [...] transportar uma cicatriz não constitui nenhum
distintivo precioso. A cicatriz foi uma bela marca enquanto
se lutou com uma arma de lâmina [...]. Depois, a meio do
século, caiu. [...]. Como caiu o chapéu, o suspensório,
o cinto-ligas. Assim desapareceu o significado das
cicatrizes de guerra [...]. O último homem de qualquer
coisa passava [...]7.
6 LIMA, Isabel Pires de. Palavra e identidade(s) em Lídia Jorge vinte anos de caminho. In:
MARGATO, Izabel & GOMES, Renato Cordeiro. (org.) Literatura/política/cultura. (1994-2004).
Belo Horizonte: Editora UFMG, 2005.
7 JORGE, Lídia. A costa dos murmúrios. 3 ed. Lisboa: Editora Planeta de Agostini, 2000. p.
60-61.
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Eva representaria, por oposição, o novo, a mudança, a ruptura dos
modelos da tradição: universitária do curso de História, assumia seus desejos: teve um caso com Álvaro Sabino, o jornalista e, com o noivo, fez “amor
até esgotar, à socapa das imensas velhas que guardavam o pudor da nossa
geração com uma faca do tamanho de uma catana” (JORGE, 2000, p. 64);
denunciou o envenenamento de nativos por álcool metílico como intencional; era livre, enfim: não obedeceu ao noivo que exigiu que ficasse no quarto
até ele voltar, aventaria, inclusive, a nova postura da mulher. Se eu me detivesse apenas nisso, até poderia manter essa hipótese... porém, perceba-se:
de certa forma, Eva revela uma dificuldade de livrar-se da ideologia masculina. O modo como Helena é apresentada: “ela [...] destacava-se de tudo e de
todos – dos objetos, da mesa, das frutas, da pinha dos ananases, de todas
as coisas cortadas e perfeitas que ainda ali se encontravam. Destacava-se
por ela mesma e pela cabeleira que era constituída por uma espécie de molho audaz de caracóis flutuantes” (JORGE, 2000, p. 10-11). Helena é apresentada em comparação a coisas, objetos: nem bela em si mesma é.
Como contraponto àquela Evita da primeira hipótese, Helena caberia perfeitamente nessa conclusão: “era uma pena que falasse. Helena de
Troia não deveria ter língua, deveria ser muda, nunca deveria falar” (JORGE, 2000, p. 117), ou ainda, “nesse dia fala do que deveria falar sempre.
Fala de meias, cuecas, lingeries [...]. Fala de vernizes, de cabelos [...]. Fala
das máscaras de beleza feitas com frutos tropicais.” (JORGE, 2000, p. 118).
Evita crê-se superior à Helena, por ter frequentado universidade, não ter
obedecido ao noivo, vê Helena como o estereótipo da bela mulher vazia, sem
conteúdo intelectual, condenada a ser uma columbina, uma pomba, assim
tratada pelo marido. O que reverte a hipótese inicial é o modo como Evita é
tratada pelo jornalista que a chama de pomba, várias vezes, sendo ela reificada do mesmo modo como reificou Helena.
Esta, após ter mostrado que sua permanência em casa não é amor
ou obediência ao marido, mas barganha com Deus (reclusa, pagaria antecipadamente o sacrifício, e Forza Leal pereceria em combate - por isso ela
tanto calcula o número de mortos), se despe para Evita, pedindo que feche
a porta para “vingarem-se deles” (JORGE, 2000, p. 221). Nesse momento, a
sua suposta postura sexual libertária encontra um limite: a culpa imposta
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por uma instituição, em que ela nem acredita: “se me aproximasse de ti mergulharia num lodo cor de sangue. [...] O padre a quem me mandaram durante a meninice [...] me impede que te toque para outra intenção que não seja
a de te contemplar” (JORGE, 2000, p. 222). Na sequência, a necessidade
de reafirmar seu desejo normatizado, pois sai da casa de Helena e procura
o jornalista “um homem com cinco membros eretos que [a] envolvam como
uma aranha” (JORGE, 2000, p. 223).
Em vários momentos do texto, há tensão erótica entre as duas: Helena acedeu ao desejo que percebia em Evita, não agiu do nada. Por conta
disso, descarto aquela minha primeira hipótese de que Evita seria o novo
em oposição ao arcaico, não só pela questão sexual, pois mesmo no que se
refere ao envenenamento dos africanos por Forza Leal, calou-se.
Adiante, amadurecida, Eva Lopo tenta descolar-se de Evita, referindo-se a si mesma jovem em 3ª pessoa. Eva, sim, representaria uma
cisura na tradição, muito mais por corajosamente revelar-se discursivamente a partir da memória, do que por uma ação calcada em intenções
revolucionárias.
Em a manta do soldado, Walter é o outro até no nome (W-alter), e é
a partir dele que Maria Ema e sua filha – a narradora – definem sua identidade. O romance é magistralmente construído a partir de fragmentos de
lembrança, montado em forma de mosaico: cada movimento apresentado,
partindo da noite do inverno de 1963 (quando Walter sobe ao quarto da narradora falando como pai, não como tio), acrescenta um dado para o leitor
compor a narrativa. Sabe-se que Walter engravidara Maria Ema e, apesar
de instado por Francisco Dias, o pai, a casar-se, segue para Goa. Como saída para a honra do nome da família, Francisco, então “enxerga” Custódio:
observava seu filho Custódio labutando no pátio. Seu filho
submisso, talhado para a resistência desde a poliomielite
[...]. Entrara em casa, acomodara-se à mesa a olhar para
o filho de pé boto [...]. E de repente, acontecera como se
sentisse um petromax acender-se diante dos olhos, pois
era aquele filho de que precisava naquela justa hora [...].
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Inclinara-se sobre a mesa – “Custódio, tu não vais me
faltar...”8
A partir daí, o interdito toma conta da família Dias, pois todos sabem
que a narradora é filha de Walter, mas nada é dito diretamente, embora façam questão que ela saiba:
[n]aturalmente ela sabia que não eram verdadeiros os seus
irmãos [...] os filhos de Maria Ema e Custódio Dias. Sabia
que seus irmãos também eram seus primos, que o mesmo
sangue que os unia os separava. E tinha conhecimento de
que em todos os documentos de identificação havia uma
mentira. [...] Lembrava-se de momentos [...] relacionados
com o encobrimento e a mentira, como aquele em que
Fernandes [...] lhe ensinara a letra W. [...] ‘Faz dois Vês
sobrepostos [...] e agora faz com a tua letra – Walter
Glória Dias’ [...] dizia ele [...] deixando-lhe para sempre a
letra clandestina9.
Walter parte para Goa e dele só chegam desenhos de pássaros, segundo lendas, imagens capturadas sobre a sua manta de soldado, para seduzir as mulheres. Sua primeira volta a Valmares é quando a narradora tem
3 anos, e, a segunda, quando ela tem 15: o inverno de 1963. Esse período
desencadeia consequências para as duas personagens que destaquei: a
mãe e a filha.
Ambas tinham expectativas sobre a visita. Indefinidas, fato, mas tinham. Em nenhum momento do texto, a narradora relata mais que coexistência com a mãe, a não ser no que diz respeito ao homem em comum.
Como a paternidade é sabida, mas não mencionada, Maria Ema
pede cumplicidade à filha através do silêncio: “contava comigo. E nós entendíamo-nos. Nós duas quase não falávamos e no entanto éramos tão pró8 9 JORGE, Lídia. A manta do soldado. Rio de Janeiro: Record, 2003. p. 75
JORGE, Lídia. A manta do soldado. Rio de Janeiro: Record, 2003. p. 18-19
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ximas que, de súbito, diante dos vidros das janelas olhávamo-nos e tínhamos a mesma idade” (JORGE, 2003, p. 136).
Ambas, cúmplices no que diz respeito a Walter, refletem o interior
uma da outra, apesar do isolamento. Da visita, “ficaram retratos [...]. Maria
Ema e Walter nunca juntos, sempre separados. Walter e eu separados também. Ele e eu sempre longe um do outro, tal como ela. Talvez eu fosse ela,
ele fosse eu, não sei, ninguém saberá” (JORGE, 2003, p. 133).
A narradora, conforme afirmei antes, busca sua identidade negando
Walter e Maria Ema. Essa negação, entretanto, não é legítima, pois o nega,
repetindo, através de suas ações, as supostas ações do pai.
Maria Ema esperou por Walter: só foi concretizar o casamento com
Custódio depois do primeiro retorno de Walter, que a tratou como cunhada.
Após a sua partida definitiva e a depressão que se seguiu, sua vida encontrou um sentido ainda em Walter: no outro de Walter, a filha.
Explico: quando vê a filha chegando com roupas amassadas, acompanhada do médico chamado para tratar a depressão, acontece a catarse:
“em altos gritos, disse que ela era a cara tinta e escarrada de Walter Dias,
viciosa e depravada como ele, falsa e mentirosa como ele, traidora e inclinada ao mal como ele.” (JORGE, 2003, p.151). Segundo a narradora, “Maria
Ema estava salva. Salvava-se dessa forma estranha, do seu amor por Walter Dias. Salvou-se porque daí em diante assumiu a tarefa de guarda [...], de
guardiã [...] do corpo inteiro da filha [...], era a guardiã da sua salvação para
um casamento futuro, a guardiã de si mesma diferida sobre um outro corpo”
(JORGE, 2003, p. 151). Maria Ema transfere a sua espera para a filha.
Considero a filha de Walter Dias mais transgressora que Evita, Eva
ou mesmo Helena. Vejamos: Evita repete – inconscientemente – os padrões
patriarcais de comportamento, reproduzindo-os, inclusive quando condena
Helena a um espaço marcado pela aparente inércia e submissão a Forza
Leal. Eva Lopo rememora os eventos, pondo em questão o relato tradicional
da historiografia oficial portuguesa, teoricamente apenas para seu interlocutor. Helena é o reflexo de Evita: ambas possuem características essen-
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ciais semelhantes, reconhecidas por Evita, que, entretanto, tenta negá-las,
depreciando Helena, despegando-a de si, patenteando uma diferença que
nem é tanta assim, pois as vejo uma espelho da outra: “entre ti e mim a identidade é um espelho que nos reflete e implacavelmente nos isola” (JORGE,
2000, p. 222), diz Evita na última vez em que a vê.
Dessas, Helena mostra-se a mais combativa: ela resiste no sacrifício
(do modo como entende – e pode) esperando o prêmio, a bênção, da morte
do marido. Resiste nas pequenas coisas e adapta-se, definha, percebe-se,
mas a sua beleza acaba sendo, nesse contexto, a sua arma de resistência:
seja usada contra Forza Leal, seja usada contra outros... Porém Evita sabe
que “Helena sucumbirá deitada numa cama, esperando por uma mão que
ela não tem nem é capaz de alcançar. Nem a de Deus chegou, apesar do seu
hábil negócio feito a troco de tanta coisa que amava. O Deus de Helena de
Troia não se comoveu” (JORGE, 2000, p.251). Evita sabe que Helena será
derrotada pelo que a mantém viva: a espera, a esperança.
Já a narradora de A manta do soldado assume o controle da
própria vida:
a filha de Walter era ela mesma, e a herança consistia na
mistura do que herdava com a transformação da herança,
feita por sua vontade. A filha de Walter ela própria gostaria
de ter sido uma imitação do anjo rebelado [...]. Não era,
não podia ser essa imitação, mas também não pertencia
a ninguém, era fruto da sua própria pessoa, ela mesma se
havia a si parido e criado10.
Assume a autoria de sua vida, conduzindo-a até a aceitação de si
e do pai. A reconciliação com o pai morto, a compreensão do seu pertencimento à tradição (não ao patriarcalismo), associada à percepção da diferença que carrega, marca a sua subversão: “[q]uem é pai de quem? Quem
é a nossa mãe? Acaso, nesta hora, Walter Dias não passará a ser seu filho?
Ela [...] sente alegria por sua velocidade, tem medo de que se despiste, salte
10 JORGE, Lídia. A manta do soldado. Rio de Janeiro: Record, 2003. p. 159-160
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bernas e se mate, como se sente exatamente por um filho” (JORGE, 2003,
p. 239).
Não se pode perder de vista que, acima de todas elas, uma mão dá
o tom do discurso, conduzindo a filha de Walter Dias à consciência de si e
Eva Lopo a uma intuição de si mesma: Lídia Jorge com sua escrita perturbadora, revela que mesmo a aparência de transgressão pode esconder o
insidioso discurso do patriarcalismo. Sugeri-lo, em suas nuances, por Eva
Lopo; declará-lo, em borbotões, pela filha de Walter Dias, é que é coragem
e ruptura.
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Bibliografia:
LIMA, Isabel Pires de. Palavra e identidade(s) em Lídia Jorge vinte anos de caminho.
In: MARGATO, Izabel & GOMES, Renato Cordeiro. (org.) Literatura/política/cultura.
(1994-2004). Belo Horizonte: Editora UFMG, 2005.
JORGE, Lídia. A manta do soldado. Rio de Janeiro: Record, 2003.
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