41°12' 14.45'’N 7°12' 45.20'’ W
O Museu da Memória Rural é
uma nova estrutura cultural do
concelho de Carrazeda de
Ansiães, localizada em
Vilarinho da Castanheira,
dedicada ao estudo e
divulgação do património
material e imaterial. Suportado
num conjunto de recursos tecnológicos, onde se incluem as mais recentes
soluções multimédia, o Museu da Memória Rural assume-se com um
caráter fundamentalmente didático, constituindo uma homenagem à
cultura rural de um povo que possui uma longa história e uma ancestral
tradição cultural que urge preservar, estudar e difundir.
Marque a sua Visita:
Coordenadas:
Museu da Memória Rural| Vilarinho da Castanheira
telf. | 278 638 081
[email protected]
Mais informações:
wwwmuseudamemoriarural.com
Moinhos de Rodízio do Ribeiro do Coito
41°11' 46.66'’N 7°11' 53.99"O
Codeçais
Brunheda
PEREIROS
Felgueira
Santrilha
PINHAL DO NORTE
S. Lourenço
ZEDES
POMBAL
Areias
IC
MOGO DE MALTA
5
Paradela
Samorinha
AMEDO
Mogo de Ansiães
6
62
M
BELVER
RIO TUA
Penafria
CARRAZEDA DE ANSIÃES
PARAMBOS
Luzelos
CASTANHEIRO
Tralhariz
EN
214
FONTELONGA
Misquel
N324
RIBALONGA
Arnal
Fiolhal
Besteiros
MARZAGÃO
SELORES
LINHARES
Foz - Tua
VILARINHO DA CASTANHEIRA
Alganhafres
LAVANDEIRA
SEIXO DE ANSIÃES
BEIRA GRANDE
Carrapatosa
Campelos
MOINHOS DE ÁGUA
Museu da Memoria Rural | Vilarinho da Castanheira
Pinhal do Douro
Coleja
Sra. da Ribeira
RIO DOURO
Câmara Municipal de Carrazeda de Ansiães
Rua Jerónimo Barbosa
5140-077 - Carrazeda de Ansiães
telf: 218 610 200
www-cm-carrazedadeansiaes.pt
MUSEU DA MEMÓRIA RURAL
VILARINHO DA CASTANHEIRA
Museu da Memória Rural | Vilarinho da Castanheira
Rua de S. Sebastião
5140-281 Vilarinho da Castanheira
Horário de Funcionamento
Terça a Domingo: 9.00 - 13.00 / 14.00 - 18.00
telf: 278 638 081
www.museudamemoriarural.com
Visite a Aldeia dos Moinhos
Ribeiro do Coito - Vilarinho da Castanheira
MOINHOS DE RODíZIO do RIBEIRO do COITO
Já nos finais do séc. XIX, as estruturas molineiras do Ribeiro do Couto são
referidas pelo Abade de Miragaia na obra “Portugal Antigo e Moderno”
como um dos locais pertencentes à paróquia de Vilarinho da Castanheira
onde existiam 3 fogos habitacionais. Ao longo do século XX este local foi
crescendo em importância e número de habitantes, ao ponto de ser
designado localmente como “a aldeia dos moinhos”. Esta designação traduz
a realidade do local, onde chegou a habitar sazonalmente uma boa
percentagem da população de Vilarinho da Castanheira. Ao longo do
Ribeiro do Couto podem ser observadas estruturas molineiras tradicionais
com as suas levadas e represas e vários outros edifícios funcionais como
fornos de cozer pão, palheiros, pombais e habitações. Todo este conjunto,
ainda bem preservado, testemunha o “modus-vivendis” tradicional desta
população nos finais do séc. XIX e inícios do séc. XX.
Rodízio de um dos moinhos restaurados no Ribeiro do Coito
Tipologia - Moinho de Água de roda horizontal, de rodízio fixo à pela.
Sr. António Marcos no interior do moinho de que era proprietário
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Legenda:
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1 - Tremonha
2 - Quelha
3 - Chamadouro
4 - Segurelha
5 - Andadeira (mó)
6 - Pouso (mó)
7 - Bucha
8 - Veio
9 - Lobete
10 - Pejadouro
11 - Pelão
12 - Seteira (tufo)
13 - Aliviadouro (agulha)
14 - Cubo
15 - Rodízio com penas
16 - Aguilhão
17 - Rela (joga)
18 - Urreiro
Neste tipo de moinhos o cereal é despejado na tremonha (1) que se
encontra presa por barrotes de madeira à estrutura do vigamento do
telhado.Após o cereal se encontrar na tremonha este cai para a quelha (2).
Para que a queda do grão seja regular, é preciso fazer vibrar a quelha. Esta
vibração é obtida por meio do chamadouro (3). O chamadouro é uma peça
de madeira em forma de cruz em que uma das pontas se encontra pousada
sobre a mó andadeira. O cereal da quelha cai no olho da mó superior,
denominada de andadeira (5), que se encontra suspensa, apoiada pela
segurelha (4). Por sua vez as orelhas da segurelha encaixam num cavado
efectuado na parte inferior da mó andadeira e ligam-se ao veio metálico
que atravessa o pouso (6), nome pelo qual se designa a mó inferior de maior
espessura. Para que o veio metálico se mantenha no lugar e para que o
cereal não caia através do olho da mó são colocadas duas buchas (7) de
madeira no olho do pouso. Abaixo do nível do soalho, no cabouco do
moinho, o veio (8) metálico entra no lobete (9), uma peça de madeira que é
espigada no pelão (11) e reforçada com argolas de ferro apertadas com
cunhas de madeira. Na extremidade do pelão encontra-se o rodízio (15)
que é constituído pelo penado, que por sua vez assenta no aguilhão (16). O
aguilhão vai rodar sobre a rela (17) de seixo que está assente no urreiro
(18). O urreio, um barrote de madeira, encontra-se semi-suspenso através
do aliviadouro (13), peça fundamental para o funcionamento do moinho,
pois ao mesmo tempo que suporta a rela e permite que esta rode, também
possibilita afinar a altura entre as duas mós, e desta forma controlar a
produção de farinha mais ou menos fina.A água entra no moinho através do
cubo (14), situado a um nível superior do cabouco, e é conduzida pela
canalização de granito até à focinheira (12). É a força da água atirada contra
o penado que faz movimentar o rodízio. Este, por sua vez, transmite a
rotação ao veio metálico, à segurelha e à mó andadeira provocando o
movimento rotativo que esmaga o cereal. Existem duas formas de parar o
moinho, uma através do barramento da água à entrada da levada que
conduz ao cubo; outra no interior do moinho através do pejadouro (10),
tábua de madeira que permite desviar a água do penado parando o rodízio.
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moinhos de agua - Museu da Memória Rural