Revista Electrónica de Veterinaria REDVET ISSN 1695-7504 http://www.veterinaria.org/revistas/redvet Vol. VII, Nº 04, Abril/2006 – http://www.veterinaria.org/revistas/redvet/n040406.html Efeito da queima sob o teor de umidade, características físicas e químicas, matéria orgânica e temperatura no solo sob pastagem (Effect of the it burns under the humidity tenor, physical and chemical characteristics, organic matter and temperature in soil under pasture) Anderson de Moura Zanine1 e Dione Diniz2 1 Doutorando em Zootecnia, UFV, Viçosa, MG, Bolsista do CNPq. [email protected] 2Zootecnista autônomo, graduado pela Universidade Católica de Goiás, UCG. Resumo A ação do fogo provoca uma série de modificações de natureza física, química e biológica no solo. O uso contínuo do fogo tem como conseqüência a exposição do solo ao impacto das gotas de chuva, aumentando a compactação e a erosão, além de interromper gradualmente o ciclo de retorno da matéria orgânica, diminuindo a capacidade de troca de cátions, a retenção de água, a perda de nutrientes do sistema, principalmente N, S e K, o que favorece o surgimento de plantas invasoras e acelera o processo de degradação das pastagens. Palavra-chave: combustão, umidade, minerais, ciclagem. Abstract The action of the fire provokes a series of modifications of physical nature, chemistry and biological in the soil. The continuous use of the fire has as consequence the exhibition of the soil to the impact of the rain drops, increasing the compacting and the erosion, besides interrupting the cycling of return of the organic matter gradually, reducing the capacity of cautions change, the retention of water, the loss of nutrients of the system, mainly N, S and K, what favors the appearance of plants invasion and it accelerates the process of degradation of pastures. Key word: combustion, cycling, humidity, minerals. 1. Introdução O fogo tem sido um agente modificador do ambiente desde os estádios de formação da terra. Utilizado em algumas regiões do mundo e proibido em outras, tem dado motivo para uma grande polêmica. Na Europa Continental, o uso do fogo, como controle da vegetação, é proibido. Na Inglaterra, era permitido em condições muito especiais para controle de certas doenças. Recentemente, com o uso de novas alternativas, também está proibido (Jacques, 2003). O fogo, antes mesmo de sua descoberta pelo homem, já agia sobre o ambiente provocando efeitos variados. Descoberto, o fogo foi uma das primeiras armas usadas pelo homem primitivo para transformação dos seus biótipos. Essa capacidade de transformação do ambiente inerente ao fogo tem, segundo Figueiras (1981), desafiado autoridades e pesquisadores no sentido do seu controle e da compreensão de sua dimensão ecológica, dado seu uso como uma tradição secular em nossos campos e cerrados. Moura Zanine, Anderson; Moura Zanine, Dione Diniz. Efeito da queima sob o teor de umidade, caracteristicas1 fisicas e quimicas, materia organica e temperatura no solo sob pastagem Revista Electrónica de Veterinaria REDVET ®, ISSN 1695-7504, Vol. VII, nº 04, Abril/2006, Veterinaria.org ® - Comunidad Virtual Veterinaria.org ® Veterinaria Organización S.L.® España. Mensual. Disponible en http://www.veterinaria.org/revistas/redvet y más especificamente en http://www.veterinaria.org/revistas/redvet/n040406.html Revista Electrónica de Veterinaria REDVET ISSN 1695-7504 http://www.veterinaria.org/revistas/redvet Vol. VII, Nº 04, Abril/2006 – http://www.veterinaria.org/revistas/redvet/n040406.html A queima aparece como uma prática alternativa bastante utilizada, por ser de baixo custo e fácil adoção. Sua principal finalidade consiste na remoção da "macega", capim rejeitado pelo gado, proporcionando uma nova rebrotação em períodos de escassez de alimentos. Esta rebrotação , por ser mais tenra, palatável e de melhor qualidade, pode levar a melhores resultados em termos de produção animal. Outro efeito da queima é a eliminação da ação seletiva do gado na composição botânica da pastagem (Arias, 1963), por eliminar igualmente espécies de menor valor nutritivo que, por serem rejeitadas pelo gado, tendem a aumentar de freqüência ao longo dos anos, e espécies de maior valor, altamente selecionadas pelo gado, que tendem a diminuir com o pastejo. Se for considerado que a preferência do animal por diferentes plantas e comunidades constitui um ponto crítico do manejo em termos de manutenção da pastagem (Araújo, 1985), as queimadas teriam sempre um efeito benéfico. No entanto, as espécies respondem de maneiras diferentes a esta prática, e o domínio da mesma estaria em aumentar espécies ou parte de plantas desejáveis e reduzir espécies indesejáveis. Por outro lado, o fogo afeta diretamente o crescimento, a sobrevivência e reprodução das plantas e ainda atua sobre a dinâmica do banco de sementes. É um dos poucos distúrbios que mata plantas adultas, abrindo espaços e promovendo a sucessão vegetal e contribuindo para que acentuadas mudanças ocorram na composição florística das pastagens naturais (Steuter e Mcpherson, 1995; Bond e Wilgen, 1996). A adaptação das plantas e comunidades ao fogo evoluiu sob determinadas condições ambientais em uma escala temporal e espacial (Steuter e Mcpherson, 1995), sendo a extensão do distúrbio ajustada às variações climáticas e topográficas. O objetivo da revisão é abordar o efeito da queima sob o teor de umidade, características físicas e químicas, matéria orgânica e temperatura no solo sob pastagem. 2. Efeito do fogo sob a umidade do solo A ação do fogo provoca uma série de modificações de natureza física, química e biológica no solo. Muitos autores referem-se ao uso do fogo como método de manejo de solo condenável, atribuindo-lhe possíveis ações degradantes e esterilizantes do solo (Spera, 2000). A queima pode ainda alterar a umidade do solo em razão de mudanças na taxa de infiltração, na taxa de transpiração, na porosidade e na repelência do solo à água. Mallik et al., (1984) observaram que a redução da capacidade de retenção de água pelo solo pode ser atribuída à diminuição na microporosidade, atributo esse que pode variar conforme as alterações na densidade do solo (Archer e Smith, 1972). Em áreas de pastagens onde se efetua a queima, a taxa de infiltração é reduzida, havendo também aumento das perdas de água por evaporação (Iaunchbaugh, 1965). Uma menor cobertura vegetal, devido à queima, além de reduzir a taxa de infiltração, permite um aumento nas perdas d’água por corrimento (Mattos, 1971). Na tabela 1 podem ser observadas as percentagens de umidade e escorrimento de um solo com Andropogon sp, submetido à queima. Moura Zanine, Anderson; Moura Zanine, Dione Diniz. Efeito da queima sob o teor de umidade, caracteristicas2 fisicas e quimicas, materia organica e temperatura no solo sob pastagem Revista Electrónica de Veterinaria REDVET ®, ISSN 1695-7504, Vol. VII, nº 04, Abril/2006, Veterinaria.org ® - Comunidad Virtual Veterinaria.org ® Veterinaria Organización S.L.® España. Mensual. Disponible en http://www.veterinaria.org/revistas/redvet y más especificamente en http://www.veterinaria.org/revistas/redvet/n040406.html Revista Electrónica de Veterinaria REDVET ISSN 1695-7504 http://www.veterinaria.org/revistas/redvet Vol. VII, Nº 04, Abril/2006 – http://www.veterinaria.org/revistas/redvet/n040406.html Tabela 1. Efeito da queima sobre a umidade do solo. Tratamentos Umidade (%) Escorrimento (em pol) Sem queima 83 0,7 Queima na primavera, tardiamente 46 2,5 Queima em meio à primavera 39 2,5 Queima no início da primavera 37 2,5 Queima no outono, tardiamente 39 2,5 Fonte: Semple, (1970). Segundo estudos realizados em Latossolo Amarelo do Vale do Ribeira, Estado de São Paulo, a queima promove a formação de crosta superficial, que reduz a infiltração da água no solo (Hernani et al., 1987). A redução da porosidade também é observada. Porém, Meirelles (1990) não constatou diferenças significativas no teor de umidade entre áreas queimadas e não-queimadas de uma gleba de campo sujo de Cerrado, em Planaltina, DF. Leite (1996) verificou, um mês após a queima, aumento na infiltração de água em um Latossolo Vermelho- Amarelo. Sharrow e Wright (1977) constataram redução na infiltração e no armazenamento da água em solo argiloso, nos Estados Unidos, sob pastagem nativa, quando submetida à queima com gasolina. Mallik et al., (1984) observaram, em um solo Podzólico Bruno, em clima temperado, o entupimento dos poros da camada superficial pelas cinzas oriundas de queimadas. Hernani et al., (1987), entretanto, não verificaram esse efeito em solo em clima tropical (Latossolo Amarelo), embora Santos et al., (1992) tivessem verificado, em Latossolo VermelhoAmarelo, que a umidade do solo sob pastagem não queimada é o dobro da submetida à queima, e atribuíram rápida mineralização e na acelerada ciclagem dos nutrientes. Já no tocante ao estrato arbóreo, o fogo influencia principalmente a redução do porte das árvores e o aumento da sua tortuosidade (Ramos e Rosa, 1996). A queima impõe ao solo um regime de déficit hídrico, o que de certa forma condiciona o uso do fogo a regiões onde haja abundância de precipitação e/ou, com muito critério, em locais de precipitações reduzidas, sob pena de obter-se resultados negativos (Alba, 1958). Na figura 2 podem ser observados as curvas características de retenção de água, nas profundidades de 0 a 5 cm, 5 a 10 cm e 10 a 20 cm, mostrando que nas camadas do solo houve pequenas variações (de até cerca de 0,02 m3 m-3 ou 2 L de água) entre os tratamentos para as respectivas profundidades. Os autores relataram que quando se comparou as curvas de retenção de água no solo nas profundidades estudadas, verificou-se que os teores de água retida diminuíram com a profundidade. Essas reduções acompanharam a diminuição, em profundidade, da densidade do solo, da mesoporosidade e da microporosidade (Spera et al., 2000). Moura Zanine, Anderson; Moura Zanine, Dione Diniz. Efeito da queima sob o teor de umidade, caracteristicas3 fisicas e quimicas, materia organica e temperatura no solo sob pastagem Revista Electrónica de Veterinaria REDVET ®, ISSN 1695-7504, Vol. VII, nº 04, Abril/2006, Veterinaria.org ® - Comunidad Virtual Veterinaria.org ® Veterinaria Organización S.L.® España. Mensual. Disponible en http://www.veterinaria.org/revistas/redvet y más especificamente en http://www.veterinaria.org/revistas/redvet/n040406.html Revista Electrónica de Veterinaria REDVET ISSN 1695-7504 http://www.veterinaria.org/revistas/redvet Vol. VII, Nº 04, Abril/2006 – http://www.veterinaria.org/revistas/redvet/n040406.html Figura 2. Curvas de retenção de água nas tensões Pf = 1,78 (0,006 MPa), Pf = 2,00 (0,01 MPa), pF =2,52 (0,033 MPa), pF = 2,78 (0,06 MPa), pF = 3,00 (0,1 MPa) e pF = 4,18 (1,5 MPa), nas profundidades de 0 a 5 cm. 5 a 10 cm e 10 a 20 cm, das parcelas com e sem fogo. Fonte: Spera et al., 2000. 3. Efeito do fogo sob a matéria orgânica do solo O uso contínuo do fogo tem como conseqüência a exposição do solo ao impacto das gotas de chuva, aumentando a compactação e a erosão, além de interromper gradualmente o ciclo de retorno da matéria orgânica, diminuindo a capacidade de troca de cátions, a retenção de água, a perda de nutrientes do sistema, principalmente N, S e K (Uhl e Buschbacher, 1988; Bono et al., 1996), o que favorece o surgimento de plantas invasoras e acelera o processo de degradação das pastagens. Em pastagem, a ação do fogo é relativamente rápida, e o impacto na matéria orgânica não é significativo quando se considera apenas uma queima. Queimas sucessivas na mesma área podem, ao longo do tempo, modificar os teores de matéria orgânica (Bono et al., 1996). De acordo com Santos et al., (1992), as perdas de solo e de matéria orgânica em pastagens queimadas são maiores quanto menor o intervalo entre queimas, a declividade do terreno e o tipo de solo. Por essa razão, a queima bienal não deve estar promovendo alterações significativas nas características físicas do solo. Os resultados para matéria orgânica são divergentes, mas no geral são tidos como bons (Papanastasis, 1980). A justificativa para isto, deve-se ao fato de que a ação decompositora ocorre a um nível inferior da vegetação, região que não aquece em demasia o que pode ser Moura Zanine, Anderson; Moura Zanine, Dione Diniz. Efeito da queima sob o teor de umidade, caracteristicas4 fisicas e quimicas, materia organica e temperatura no solo sob pastagem Revista Electrónica de Veterinaria REDVET ®, ISSN 1695-7504, Vol. VII, nº 04, Abril/2006, Veterinaria.org ® - Comunidad Virtual Veterinaria.org ® Veterinaria Organización S.L.® España. Mensual. Disponible en http://www.veterinaria.org/revistas/redvet y más especificamente en http://www.veterinaria.org/revistas/redvet/n040406.html Revista Electrónica de Veterinaria REDVET ISSN 1695-7504 http://www.veterinaria.org/revistas/redvet Vol. VII, Nº 04, Abril/2006 – http://www.veterinaria.org/revistas/redvet/n040406.html notado em pastagens de gramíneas, as quais, muitas vezes, são estimuladas, acelerando a produção e substituição das raízes quando o fogo é usado (Arias, 1963; Villares, 1966). Outra Explicação para o fato é que a matéria orgânica, nos solos tropicais, decompõe-se com rapidez, não ficando acumulado como cobertura morta; em conseqüência, os danos que se causa a este elemento, quando se faz à queima é mínimo (Semple, 1970). Moore, 1960, citado por Costa (1982) em resultados de trinta anos de trabalhos com queima de pastagens em solo com vegetação tipo savana, na Nigéria, encontrou teores de matéria orgânica 30% mais altos nas parcelas com queima leve (início do período seco) do que aquelas com queima severa (fim do período seco). Wright et al., (1976) observaram perdas de matéria orgânica do solo, variando de 0,08% a 0,56% para áreas com declividade moderada (8 a 20%) e íngreme (37 a 61%), respectivamente. Em pastagem de colonião (Panicum maximum) submetida a aplicações de queima, não observou-se diferenças significativas para o teor de carbono orgânico quando comparou-se com tratamentos de roçagem e ao controle (Costa, 1982). Corrêa e Aronovich (1979), descreveram que a queima apresentou efeito positivo sobre o pH do solo e sobre o teor de húmus; o teor de fósforo das parcelas queimadas apresentou valores maiores do o controle, porém, foi menor do que o das parcelas ceifadas (Tabela 3). Tabela 3. Influência da queima sobre o pH, húmus e fósforo do solo Tratamentos Queima pH Início 4,98 Final 5,56 Ceifa Início 5,10 Final 5,66 Controle Início 5,10 Final 5,47 Fonte: Adaptado de Corrêa e Aronovich (1979) Húmus g/100g solo 1,43 1,34 1,35 1,31 1,17 1,17 P2o5 mg/100g solo 8,75 11,83 14,88 19,31 11,83 11,91 4. Efeito do fogo nas características químicas no solo A ocorrência de fogo no cerrado é muito antiga, o que foi confirmado por Coutinho (1981) ao encontrar fragmentos de carvão vegetal de 8.600 anos no interior do solo de uma área recoberta por vegetação de campo cerrado, os quais foram datados pelo método do C14. A ciclagem de nutrientes minerais é um aspecto de grande relevância nos ecossistemas que sofrem queimadas freqüentes, especialmente no Cerrado, que apresenta solos pobres (Haridasan, 1994) e baixa taxa de decomposição da liteira. Devido a grande variação de formas fisionômicas, composição florística, características do solo e diferenças no regime e freqüência de queimadas, há grande variação no conteúdo dos nutrientes na vegetação do Cerrado (Batmanian 1983; Pivello e Coutinho 1992; Kauffman et al., 1994; Castro e Kauffmann, 1998), o que torna difícil uma estimativa precisa da perda de nutrientes durante as queimadas. Durante uma queimada, os nutrientes podem ser volatilizados, perdidos no transporte de partículas, depositados como cinza ou permanecer na vegetação não Moura Zanine, Anderson; Moura Zanine, Dione Diniz. Efeito da queima sob o teor de umidade, caracteristicas5 fisicas e quimicas, materia organica e temperatura no solo sob pastagem Revista Electrónica de Veterinaria REDVET ®, ISSN 1695-7504, Vol. VII, nº 04, Abril/2006, Veterinaria.org ® - Comunidad Virtual Veterinaria.org ® Veterinaria Organización S.L.® España. Mensual. Disponible en http://www.veterinaria.org/revistas/redvet y más especificamente en http://www.veterinaria.org/revistas/redvet/n040406.html Revista Electrónica de Veterinaria REDVET ISSN 1695-7504 http://www.veterinaria.org/revistas/redvet Vol. VII, Nº 04, Abril/2006 – http://www.veterinaria.org/revistas/redvet/n040406.html queimada. Estudos realizados no Cerrado nos permitem sugerir que a perda de nutrientes da vegetação durante as queimadas decresce ao longo do gradiente fitofisionômico que vai do campo limpo ao cerrado sensu stricto (Kauffman et al., 1994; Castro e Kauffmann, 1998). De forma geral, cerca de 300-400 kg ha-1 de cinzas são depositadas sobre o solo do cerrado após uma queimada (Coutinho, 1990). Enquanto, na Região Amazônica, para a utilização agropecuária, a vegetação original é geralmente derrubada e queimada antes do plantio das culturas ou das pastagens. Como resultado de incorporação no solo das cinzas proporcionadas pelas queimadas, ocorrem grandes modificações, principalmente nas propriedades químicas do solo. Há um aumento do pH, das bases trocáveis e do P, e uma redução do Al trocável e da porcentagem de saturação de Al. Por outro lado, é possível que a redução no teor de Al trocável possa reduzir a capacidade de fixação de P (Veiga e FalesI, 1986). Essas modificações no solo, com a queima, garantem o sucesso, pelo menos nos primeiros anos, dos cultivos de subsistência. O acúmulo de cinzas pode elevar o pH em função da alcalinidade das cinzas (Arias, 1963). Outros autores também encontraram um aumento na disponibilidade de fósforo, cálcio e magnésio (Christensen, 1976; Willms et al., 1981). Não há dúvida de que a queima promove a liberação imediata de nutrientes para o solo. Lourenço et al., (1976) encontrou aumento nos teores de fósforo e potássio disponíveis, cálcio e magnésio trocável e do pH do solo, 120 dias após a queima de pastagem de capimjaraguá (Hyparrenia rufa (Nees) Stapf.), consorciado com leguminosas. Costa (1987) observou que tratamentos de queima não influenciaram os valores de pH, teores de carbono orgânico, nitrogênio total, cálcio e magnésio trocável, potássio e fósforo disponível, quando comparadas aos tratamentos de roçagem e controle, atribuindo, isto ao fato de o fogo ter sido aplicado a favor do vento, o que proporcionou uma queima rápida com menor elevação da temperatura do que uma queima lenta realizada contra o vento. Bono et al., (1994), trabalhando com pastagem nativa, encontraram que a queima não alterou o pH, os níveis de P, Ca, Mg e de matéria orgânica no solo. Estes observaram que apenas o K teve seu nível alterado após a queima. Figueiredo et al., (1995), avaliando o efeito da queima de pastagens de colonião, no Estado do Acre, no mês de agosto de 1993 e no mesmo mês do ano seguinte, sobre as características químicas do solo, concluíram que os melhores efeitos da queima são obtidos se a mesma não for repetida ano a ano, apesar da segunda queima proporcionar aumentos significativos nos teores de fósforo, potássio e pH, uma vez que esta segunda queima revela-se condicionante do aumento dos teores de Al+H, e queda nos teores de cálcio e magnésio (Tabela 2). Se a queima realizar-se após vedação de um ano e as primeiras chuvas, isto condiciona melhorias ao complexo sortivo do solo, sem prejuízo para as plantas. Moura Zanine, Anderson; Moura Zanine, Dione Diniz. Efeito da queima sob o teor de umidade, caracteristicas6 fisicas e quimicas, materia organica e temperatura no solo sob pastagem Revista Electrónica de Veterinaria REDVET ®, ISSN 1695-7504, Vol. VII, nº 04, Abril/2006, Veterinaria.org ® - Comunidad Virtual Veterinaria.org ® Veterinaria Organización S.L.® España. Mensual. Disponible en http://www.veterinaria.org/revistas/redvet y más especificamente en http://www.veterinaria.org/revistas/redvet/n040406.html Revista Electrónica de Veterinaria REDVET ISSN 1695-7504 http://www.veterinaria.org/revistas/redvet Vol. VII, Nº 04, Abril/2006 – http://www.veterinaria.org/revistas/redvet/n040406.html Tabela 2. Parâmetros químicos e produtividade de uma pastagem de colonião submetida a queimadas sucessivas Trat Prof pH P cm ppm 1 0-20 4,3 2 20-40 4,6 1 2 0-20 4,6 3 20-40 4,6 1 3 0-20 5,1 4 20-40 5,1 2 Fonte: Adaptado de Figueiredo Trat. 1 - Sem queima Trat. 2 - Pós-queima/93 Trat. 3 - Pós-queima/94 C % 0,40 0,30 0,40 0,30 0,57 0,43 (1995) K Al+H meq/100g 0,09 3,33 0,05 2,01 0,14 1,82 0,05 1,80 0,90 3,10 0,40 3,70 Mg Ca 1,7 2,0 2,0 2,2 2,1 1,6 1,03 1,20 1,21 1,50 0,90 0,90 Prod t/ha 0,81 0,93 5. Efeito do fogo sobre a temperatura do solo A interferência na temperatura do solo pode ser direta, pelo aumento do calor no momento da queima, ou indireta, pelo aumento nas flutuações térmicas em função da destruição da vegetação. Não há dúvida de que o efeito do fogo e a temperatura que pode ser atingida na superfície dependem da quantidade de material combustível e das condições ambientais. Mas, em princípio, quando é usada a queima é porque tem o que queimar. Isto é, porque existe boa quantidade de material combustível. A questão da temperatura atingida pelo efeito do fogo tem sido estudada por alguns autores. Cesar (1980), citado por Coutinho (1994), observou temperatura de 280º C a 1cm de profundidade do solo. Em outros trabalhos, citados por Coutinho (1994), as temperaturas na superfície variaram de 52-56ºC até 800ºC. Vale ressaltar que espécies prostradas (rasteiras) sofrem mais os efeitos do fogo que espécies cespitosas (touceiras) que são, naturalmente, mais protegidas (Jacques, 2003). Damé et al., (1996), avaliando os efeitos do fogo sobre a temperatura do solo, observaram que a mesma variou de 20º a 22ºC na superfície, 15,3º a 15,9ºC a 5 cm de profundidade e de 14,6º a 14,8ºC a 10 cm de profundidade, respectivamente antes e após a queima. Os autores colocam que os efeitos não foram tão pronunciados, provavelmente devido ao baixo resíduo na área. Estes resultados contrastam com os de Alejo et al. (1988), que efetuaram queimas três dias e um dia depois de uma chuva; as temperaturas foram 66º, 75º e 149ºC (três dias após chuva de 54 mm), e 135º, 149º, 204ºe 206ºC (um dia após chuva de 24 mm). Silva e Miranda (1996), estudando a temperatura do ar e do câmbio de espécies lenhosas do cerrado, encontraram que a temperatura do ar durante a passagem do fogo atingiu valores acima de 800ºC, enquanto que a temperatura do câmbio permaneceu próxima de 65ºC. Moura Zanine, Anderson; Moura Zanine, Dione Diniz. Efeito da queima sob o teor de umidade, caracteristicas7 fisicas e quimicas, materia organica e temperatura no solo sob pastagem Revista Electrónica de Veterinaria REDVET ®, ISSN 1695-7504, Vol. VII, nº 04, Abril/2006, Veterinaria.org ® - Comunidad Virtual Veterinaria.org ® Veterinaria Organización S.L.® España. Mensual. Disponible en http://www.veterinaria.org/revistas/redvet y más especificamente en http://www.veterinaria.org/revistas/redvet/n040406.html Revista Electrónica de Veterinaria REDVET ISSN 1695-7504 http://www.veterinaria.org/revistas/redvet Vol. VII, Nº 04, Abril/2006 – http://www.veterinaria.org/revistas/redvet/n040406.html 6. Efeito do fogo sobre as características físicas do solo Um dos fatores responsáveis pela erosão acelerada é a remoção natural da cobertura vegetal ou da cobertura morta, que deixa o solo descoberto (Buckman e Brady, 1976), que sobre o impacto das gotas de chuva, pode sofrer destruição dos agregados do solo, especialmente em solos de textura fina. Isto resulta no endurecimento da superfície e redução da infiltração, que pode ser acentuada em locais queimados face a destruição da matéria orgânica, estrutura e agregados da superfície do solo (Garza e Blackburn, 1985). A queima ao remover a cobertura morta da vegetação herbácea, deixando o solo potencialmente exposto a altas taxas de erosão pela água, pode afetar a qualidade e quantidade do escorrimento (Garza et al., 1985). E se o terreno é inclinado, a erosão é ainda mais facilitada (Semple, 1970). Arias (1963) observou que os efeitos da erosão em áreas queimadas serão menores, caso o pastejo e a incidência de chuvas fortes só ocorram após a regeneração da cobertura vegetal. 7. Considerações Finais É inquestionável que após queimadas consecutivas e freqüentes que a comprometimento do ambiente do solo. Para o teor de umidade, verifica-se de mudanças na taxa de infiltração, transpiração, na porosidade e na repelência do solo à água. Em relação à matéria orgânica do solo, ocorre uma rápida mineralização, diminuindo a capacidade de troca de cátions, a retenção de água, e perda de nutrientes do sistema. Na temperatura do solo pode ter efeito direto, pelo aumento do calor no momento da queima, ou indireta, pelo aumento nas flutuações térmicas em função da destruição da vegetação. Na característica física do solo, a queima é responsável pela erosão, e esse quadro se agrava em solos com declividade acentuada. 8. Referencias Bibliográficas 1. ALBA, J. Alimentación del ganado en la America Latina. México, D. F. Prensa Médica Mexicana, 1958. p. 112-4. 2. ARAÚJO, M.R. Dietary selection by cattle as influenced by stocking rates in a shortduration grazing system. Texas A&M University, 1985. (Tesis-Ph.D.). 3. ARCHER, J.R.; SMITH, P.D. The relation between bulk density, available water capacity, and air capacity of soils. Journal of Soil Science, London, v.23, n.4, p.475-480, 1972. 4. ARIAS, P.J. Prós e contras da queima dos pastos. Rev. Bras. Fertilizantes Inseticidas e Rações, v.12:, p. 5-55, 1963. Moura Zanine, Anderson; Moura Zanine, Dione Diniz. Efeito da queima sob o teor de umidade, caracteristicas8 fisicas e quimicas, materia organica e temperatura no solo sob pastagem Revista Electrónica de Veterinaria REDVET ®, ISSN 1695-7504, Vol. VII, nº 04, Abril/2006, Veterinaria.org ® - Comunidad Virtual Veterinaria.org ® Veterinaria Organización S.L.® España. Mensual. Disponible en http://www.veterinaria.org/revistas/redvet y más especificamente en http://www.veterinaria.org/revistas/redvet/n040406.html Revista Electrónica de Veterinaria REDVET ISSN 1695-7504 http://www.veterinaria.org/revistas/redvet Vol. VII, Nº 04, Abril/2006 – http://www.veterinaria.org/revistas/redvet/n040406.html 5. BATMANIAN, G.J. Efeitos do fogo na produção primária e a acumulação de nutrientes no estrato rasteiro de um cerrado. 1983, 56 p. Dissertação de Mestrado em Ecologia, Brasília, UnB. 6. BOND, W.J.; WILGEN, B.W.V. 1996. Fire and Plants. Chapman and Hall, London. Bonham, C. D. 1989. Measurements for Terrestrial Vegetation. John Wiley & Sons, New York. 7. BONO, J. A. M.; CURI, N.; EVANGELISTA, A. R. Perdas de solo e alterações na fertilidade em área queimada e não queimada sob pastagem nativa. In: REUNIÃO BRASILEIRA DE MANEJO E CONSERVAÇÃO DO SOLO E DA ÁGUA, 10, Anais..., Florianópolis: SBCS, 1994. p. 208-9. 8. BONO, J.A.M.; MACEDO, M.C.; EUCLIDES, V. P. B. Alterações nas propriedades químicas de um latossolo sob pastagem cultivada, após queima. In: SIMPÓSIO SOBRE O CERRADO, 8, 1996, Brasília. Anais..., 8º Simpósio sobre o cerrado: biodiversidade e produção sustentável de alimentos e fibras nos cerrados. Editado por Roberto Carvalho Pereira e Luiz Carlos Bhering Nasser. Planaltina: EMBRAPACPAC, p. 341-45, 1996. 9. BUCKMAN, A.; BRADY, M. Natureza e Propriedade dos Solos. São Paulo, Biblioteca Técnica Freitas Bastos, 1976. 10. CASTRO, E.A.; KAUFFMAN, J.B. Ecosystem structure in the Brazilian Cerrado: a vegetation gradient of aboveground biomass, root mass and consumption by fire. Journal Tropical Ecology. v.14, p. 263-284,1998. 11. CHRISTENSEN, N.L. Short-term effects of mowing on soil nutrientes in Big Meadows, Shenandoah National Park. Journal Range Manage., v. 29, p. 508-509, 1976. 12. CORRÊA, A. N. S. & ARONOVICH, S. Influência da queima periódica sobre a vegetação e sobre a fertilidade dos terrenos de pastagens. Revista Sociedade Brasileira de Zootecnia, v. 8, n. 2, p. 332-47, 1979. 13. COSTA, B.M. Queima e roçagem do capim-colonião (Panicum maximum Jacq.): seus efeitos no solo e nas plantas. 1982. 122 p. Viçosa, UFV, Imprensa Universitária, (Tese D. S.). 14. COSTA, E.F. Influência da queima periódica sobre a vegetação e sobre a fertilidade dos terrenos de pastagens. Revista Sociedade Brasileira Zootecnia, v. 8, n. 2, p. 332-347, 1979. 15. COUTINHO, L.M. Aspectos ecológicos do fogo no cerrado - Nota sobre a ocorrência e datação de carvões encontrados no interior de solo sob cerrado. Revista Brasileira Botânica, v. 4, p. 115-117, 1981. 16. COUTINHO, L.M. Aspectos ecológicos do fogo no cerrado: III. a precipitação atmosférica de nutrientes minerais. Revista Brasileira de Botânica, São Paulo, v. 2, p. 97-101, 1979. 17. COUTINHO, L.M. O cerrado - Ecologia do fogo. Ciência Hoje, v. 12, n. 68, p. 23-29, 1990. 18. DAMÉ, P. R. V. et al. Efeitos da queima seguida de pastejo ou diferimento sobre o resíduo, temperatura do solo e mesofauna de uma pastagem natural. Ciência Rural, v. 26, n. 3, p. 391-6, 1996. 19. FIGUEIRAS, J. B.. Avaliação do efeito da queima de pastagens de colonião e sua influência nas características químicas do solo. In: REUNIÃO ANUAL DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE ZOOTECNIA, XXXII, Brasília, DF, 1995. Anais..., Brasília, 65-6, 1981. Moura Zanine, Anderson; Moura Zanine, Dione Diniz. Efeito da queima sob o teor de umidade, caracteristicas9 fisicas e quimicas, materia organica e temperatura no solo sob pastagem Revista Electrónica de Veterinaria REDVET ®, ISSN 1695-7504, Vol. VII, nº 04, Abril/2006, Veterinaria.org ® - Comunidad Virtual Veterinaria.org ® Veterinaria Organización S.L.® España. Mensual. Disponible en http://www.veterinaria.org/revistas/redvet y más especificamente en http://www.veterinaria.org/revistas/redvet/n040406.html Revista Electrónica de Veterinaria REDVET ISSN 1695-7504 http://www.veterinaria.org/revistas/redvet Vol. VII, Nº 04, Abril/2006 – http://www.veterinaria.org/revistas/redvet/n040406.html 20. FIGUEIREDO, J. B. de et al. Avaliação do efeito da queima de pastagens de colonião e sua influência nas características químicas do solo. In: REUNIÃO ANUAL DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE ZOOTECNIA, XXXII, Brasília, DF, 1995. Anais..., Brasília, 65-66, 1995. 21. GARZA, N. E. JR.; and BLACKBURN, W. H. The effect of Early Winter or Burning on Runoff, Sediment, and Vegetation in the Post Oak Savannah of Texas. Journal Range Manage, v. 38, n. 3, p. 283- 287, 1985. 22. HARIDASAN, M. 1994. Solos do Distrito Federal. In: Pinto, M.N. (org.). Cerrado: Caracterização, Ocupação e Perspectivas. Editora UnB/SEMATEC, Brasília. p.321344. 23. HERNANI, L.C.; SAKAI, E.; LOMBARDI NETO, F.; LEPSCH, I.F. Influência de métodos de limpeza de terreno sob floresta secundária em latossolo amarelo do Vale do Ribeira, SP. II. Perdas por erosão. Revista Brasileira de Ciência do Solo, Campinas, v. 11, n. 2, p. 215-219, 1987. 24. JACQUES, A.V.A. A queima das pastagens naturais - efeitos sobre o solo e a vegetação. Ciencia Rural, Santa Maria, v.33, n.1, p.177-181, 2003. 25. KAUFFMAN, B.J.; CUMMINGS, D.L.; WARD, D.E. Relationships of fire, biomass and nutrient dynamics along a vegetation gradient in the Brazilian cerrado. Journal Ecology, v. 82, p. 519- 531, 1994. 26. LAUNCHBAUGH, J. L. Effects of early spring burning on yields of native vegetation. Journal Range Manage. Portland, Ore, v. 17, n. 1, p. 5-6, 1965. 27. LEITE, L.L. Densidade global e infiltração de água no solo em área de Cerrado submetida à queima controlada no DF, Brasil. In: MIRANDA, H.S.; SAITO, C.H.; DIAS, B.C.S. Impactos de queimadas em áreas de Cerrado e restinga. Brasília: UnB, 1996. p.31-36. 28. LOURENÇO, A. S.; SARTINI, H. J. & SANTAMARIA, M. O uso do fogo orientado em pastagens de capim-jaraguá (Hyparrhenia rufa (Ness) Stapf.) consorciado com uma mistura de leguminosas. 13ª REUNIÃO DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE ZOOTECNIA, Anais...., Salvador, 1976, p. 366-367. 29. MATTOS, J. C. A. de. A influência do fogo na vegetação e o seu uso no estabelecimento e manejo de pastagens. São Paulo, Brasil, Secretaria de Agricultura, Instituto de Zootecnia. Boletim Técnico n° 1, p. 21, 1971. 30. MEIRELLES, M.L. Efeito do fogo sobre a umidade do solo em área de campo sujo de cerrado. Ciência e Cultura, São Paulo, v. 42, n. 7, p.359-360, 1990. 31. PAPANASTASIS, V. Effects of season and frequency of burning on a phryganic rangeland in Greece. Journal Range Manage, v. 33, p. 251-255, 1980. 32. PIVELLO, V.R.; COUTINHO, L.M. Transfer of macronutrients to the atmosphere during experimental burnings in an open cerrado (Brazilian savanna). Journal Tropical Ecology, v. 8, p. 487-497, 1992. 33. RAMOS, A.E.; ROSA, C.M.M. Impacto das queimadas. In: DIAS, B.F. de S. (Coord.). Alternativas de desenvolvimento dos Cerrados: manejo e conservação dos recursos naturais renováveis. Brasília : Fundação Pró-Natureza, p.34-38, 1996. 34. SANTOS, D.; BAHIA, V.G.; TEIXEIRA, W.G. Queimadas e erosão do solo. Informe Agropecuário, Belo Horizonte, v.16, n.176, p. 62-68, 1992. 35. SEMPLE, A. T. Problemas e pesquisas em pastagens. In: Fundamentos de manejo de pastagens. 1ª ed., 2ª reimp. São Paulo, 1970. 10 Moura Zanine, Anderson; Moura Zanine, Dione Diniz. Efeito da queima sob o teor de umidade, caracteristicas fisicas e quimicas, materia organica e temperatura no solo sob pastagem Revista Electrónica de Veterinaria REDVET ®, ISSN 1695-7504, Vol. VII, nº 04, Abril/2006, Veterinaria.org ® - Comunidad Virtual Veterinaria.org ® Veterinaria Organización S.L.® España. Mensual. Disponible en http://www.veterinaria.org/revistas/redvet y más especificamente en http://www.veterinaria.org/revistas/redvet/n040406.html Revista Electrónica de Veterinaria REDVET ISSN 1695-7504 http://www.veterinaria.org/revistas/redvet Vol. VII, Nº 04, Abril/2006 – http://www.veterinaria.org/revistas/redvet/n040406.html 36. SILVA, M. N.; Miranda, H. S. 1996. Mortalidade de plantas lenhosas do cerrado senso stricto submetidas a diferentes regimes de queima. p. 102-111. In: H.S. Miranda; C. H. Saito & B. F. S. Dias (orgs.). Impactos de queimadas em áreas de cerrado e restinga. UnB, ECL, Brasília. 37. SHARROW, S.H.; WRIGHT, H.A. Effects of fire, ash, and litter on soil nitrate, temperature, moisture, and tobosagrass production in the rolling plains. Journal of Range Management, Denver, v. 30, n. 4, p. 266- 270, 1977. 38. SPERA, S.T.; REATTO, A.; CORREIA, J.R.; SILVA, J.C.S. Características físicas de um latossolo vermelho-escuro no cerrado de Planaltina, df, submetido à ação do fogo. Pesquisa Agropecuária Brasileira, Brasília, v. 35, n. 9, p.1817-1824, 2000. 39. STEUTER, A.A., Mc PHERSON, G.R. Fire as a physical stress. In: BEDUNAH, D.J., SOSEBEE, R.E. Wildland plants physiological ecology and developmental morphology. Denver: Society for Range Management, 1995. p.550-579. 40. UHL, C.; CLARK, H.; CLARK, K.; MAQUIRINO, P. 1982. Successional patterns associated with slash-and-burn agriculture in the upper Rio Negro region of the Amazon basin. Biotropica. v.14, p. 249-254. 41. VEIGA, J.B.; FALESI, I.C. Recomendação e prática de adubação de pastagens cultivadas na Amazônia Brasileira. In: SIMPÓSIO SOBRE CALAGEM E ADUBAÇÃO DE PASTAGENS, 1, Nova Odessa, SP, 1985. Anais..., Piracicaba, Associação Brasileira para Pesquisa da Potassa e do Fósforo, p. 256-82, 1986. 42. VILLARES, J.B. Melhor queimar em etapas. Coopercotia, S.P., v. 23, n. 204; p. 5354, 1966. 43. WHIGHT, H.A.; CHURCHILL, F.N.; STEVENS, W.C. Effects of prescribed burning on sediment, water yield and water quality from juniper land in Central Texas. Journal Range Manage., v. 29 p. 294-298, 1976. 44. WILLMS, W.; BAILEY, A. W.; McLEAN, A.; KALMIN, C. Effects of fall clipping or burning on the distribution of chemical constituents in blue bunch wheatgrass in spring. Journal Range Manage, v. 34, n. 4, p. 267-269, 1981. Trabajo recibido el 24/01/2006, nº de referencia 040614_REDVET. Enviado por su autor principal, miembro de la Comunidad Virtual Veterinaria.org® . Publicado en Revista Electrónica de Veterinaria REDVET®, ISSN 1695-7504 el 01/04/06. Veterinaria.org® - Comunidad Virtual Veterinaria.org® - Veterinaria Organización S.L.® Se autoriza la difusión y reenvío de esta publicación electrónica en su totalidad o parcialmente, siempre que se cite la fuente, enlace con Veterinaria.org –http://www.veterinaria.org/ y REDVET® http://www.veterinaria.org/revistas/redvet y se cumplan los requisitos indicados en Copyright 1996-2006 11 Moura Zanine, Anderson; Moura Zanine, Dione Diniz. Efeito da queima sob o teor de umidade, caracteristicas fisicas e quimicas, materia organica e temperatura no solo sob pastagem Revista Electrónica de Veterinaria REDVET ®, ISSN 1695-7504, Vol. VII, nº 04, Abril/2006, Veterinaria.org ® - Comunidad Virtual Veterinaria.org ® Veterinaria Organización S.L.® España. Mensual. Disponible en http://www.veterinaria.org/revistas/redvet y más especificamente en http://www.veterinaria.org/revistas/redvet/n040406.html