CADERNOS DE PESQUISA IPTAN Instituto de Ensino Superior Presidente Tancredo de Almeida Neves EDIÇÃO ESPECIAL Normas para elaboração de trabalhos científicos Cadernos de Pesquisa São João del-Rei 1 n. 3 p. ...-... abril de 2012 (Ficha catalográfica) 2 IPTAN – INSTITUTO DE ENSINO SUPERIOR PRESIDENTE TANCREDO DE ALMEIDA NEVES Diretor Presidente Dr. Nicolau de Carvalho Esteves Diretor Geral Prof. Msc. Ricardo Assunção Viegas Diretor Acadêmico Prof. Msc. Lenine Antonio dos Reis Coordenador de Pesquisa Prof. Dr. Heberth Paulo de Souza Coordenadora de Extensão Profª Esp. Raquel Teixeira de Carvalho Coordenadora de Graduação Profª Esp. Maria das Mercês Corrêa Av. Leite de Castro, 1.101 – Bairro das Fábricas São João del-Rei / MG – CEP 36.301-182 Tel. (32)3379-2725 E-mail: [email protected] 3 CADERNOS DE PESQUISA Ano II, n. 3, abril de 2012 ISSN 2177-6245 Publicação do Instituto de Ensino Superior Presidente Tancredo de Almeida Neves Organizadora: Profª Msc. Edilene Maria da Conceição Revisores: Prof. Dr. Heberth Paulo de Souza Profª Dra. Carla Leila Oliveira Campos Professores de Metodologia Científica do IPTAN Secretária: Fernanda Joyce da Costa 4 CADERNOS DE PESQUISA Ano II, n. 3, abril de 2012 Publicação do Instituto de Ensino Superior Presidente Tancredo de Almeida Neves Av. Leite de Castro, 1.101 – Bairro das Fábricas São João del-Rei / MG – CEP 36.301-182 Tel. (32)3379-2725 E-mail: [email protected] 5 SUMÁRIO 1 Iniciação à pesquisa científica ....................................................................... 2 Etapas de um trabalho científico ................................................................... 3 Esquema ........................................................................................................ 4 Relatórios ..................................................................................................... 5 O resumo de textos ...................................................................................... 6 Projeto de pesquisa ..................................................................................... 7 Artigo ........................................................................................................... 8 Citações ........................................................................................................ 9 Técnica bibliográfica .................................................................................... 10 Aspectos técnicos da redação ....................................................................... 11 Formatação sugerida para trabalhos, dissertações e monografias ................ 12 Configurações de páginas .......................................................................... 13 Obras consultadas ...................................................................................... 6 1 INICIAÇÃO À PESQUISA CIENTÍFICA A ideia de fazer ciência, desenvolver um projeto, criar um grupo de pesquisa, concorrer a uma bolsa de iniciação científica, submeter-se a um processo seletivo de pós-graduação lato sensu ou stricto sensu, encaminhar um artigo para ser analisado e possivelmente publicado numa revista científica, assim como outros procedimentos, é algo bastante acessível nos dias de hoje. O perfil do moderno cientista difere-se muito do que existia algumas décadas atrás, especialmente pelas facilidades propiciadas pelos elementos de Informática e as possibilidades de rápida comunicação e troca de conhecimentos. Independente da experiência que os alunos que ingressam na universidade possuem em termos de fazer ciência, tem-se que incentivar (quando não criar propriamente) uma cultura baseada no conhecimento científico. Para tanto, faz-se necessário superar deficiências no processo educacional e criar meios para que se desenvolva esse saber. Primeiramente, tem-se que escolher profissionais/professores que melhor consigam fazer a ponte entre a realidade do aluno ingressante e a realidade do ensino superior. Esses profissionais têm que despertar nesses alunos um interesse compromissado com a nova realidade institucional. Segundo, esses profissionais precisam criar meios para divulgar técnicas de leitura de textos básicos que tratam de temáticas necessárias para se criarem noções de métodos científicos e teorias acadêmicas. É necessário utilizar técnicas de leitura e fichamento ao mesmo tempo em que se trabalha com textos relativos aos principais quadros teóricos de referência (marxismo, estruturalismo, positivismo, entre outros) e autores clássicos da metodologia científica como Durkheim, Weber, Marx, Lévi-Strauss, entre outros. Trabalhar noções de método e de teoria para ir facilitando a emergência de uma mentalidade de rigor e disciplina acadêmicos. (INÁCIO FILHO, 2007, p. 55) Também, mostra-se importante que temas desenvolvidos nos trabalhos acadêmicos sejam temas próximos à realidade dos alunos, pois possibilitarão maior interesse, dedicação e aprendizagem. Nesse ponto, tem-se que despertar uma prática constante de visitas à biblioteca, para que os alunos comecem a desenvolver levantamentos bibliográficos com uma frequência maior. Esse hábito pode possibilitar 7 maior rigor acadêmico e evitar os constantes plágios resultantes da falta de práticas científicas. Não se pode deixar de mencionar a importância do professor nesse processo. Ele tem que se manter constantemente atualizado, através de leituras de artigos e periódicos científicos. Também a prática interdisciplinar pode facilitar o ingresso do aluno na pesquisa científica, já que não será saturado com temas repetitivos em disciplinas afins sem o tratamento científico adequado. Os alunos têm que ter uma prática constante de criação de textos científicos, durante todo o seu percurso acadêmico, evitando, assim, a grande dificuldade de produção nos términos dos cursos no que diz respeito aos TCCs, “textos que evidenciam argumentação coerente, crítica, objetividade, clareza, cotejamento de diferenças e, especialmente, o tratamento de problemas, isto é, textos dissertativos”. (INÁCIO FILHO, 2007, p. 56). Deve-se deixar claro, também, que a pesquisa científica é um instrumento essencial nos cursos universitários. Mas esta não pode se desenvolver de forma desorganizada e sem planejamento. Uma pesquisa planejada permite que haja economia de tempo e maior organização dos recursos e dos objetos a serem pesquisados. De modo geral, os projetos reúnem um conjunto de elementos e etapas préestabelecidas que são determinadas pelo tipo de problema a ser pesquisado. Elaborar um projeto de pesquisa é a primeira etapa para obter um conhecimento sistematizado acerca da realidade. É comum que o estudante ou mesmo o profissional considere que fazer pesquisa é sair coletando dados ou levantando informações mediante o uso de formulários ou questionários. A coleta de dados é uma das etapas da pesquisa e, assim como as demais fases – de análise e apresentação dos dados –, deve ser prevista dentro do projeto. Durante todo o processo da pesquisa o planejamento cuidadoso é indispensável para a correção da rota, quando necessário, e para superar problemas que ocorrem durante a execução do projeto. De modo geral, a instituição que financia a pesquisa determina o roteiro do projeto que deverá ser seguido. O pesquisador deverá sempre se ater ao roteiro que for determinado. Saber seguir um roteiro é uma questão de método e disciplina, qualidades básicas para o sucesso de qualquer investigação. Ao definir as ações que serão realizadas, o projeto permite uma abordagem mais focalizada do problema, além de racionalizar o uso dos recursos humanos e 8 materiais disponíveis que normalmente são limitados. O projeto deverá ser suficientemente flexível para permitir sua adaptação às mudanças que ocorrem no decorrer do trabalho. Muitas vezes é necessário redimensionar o estudo em função de dificuldades na fase de coleta de dados ou de insuficiência de recursos. Diante desses aspectos gerais apresentados, o objetivo da presente publicação é normatizar alguns procedimentos básicos de pesquisa científica no âmbito do Instituto de Ensino Superior Presidente Tancredo de Almeida Neves. Não se trata de uma receita pronta de como fazer ciência, e sim, um roteiro para balizar adequadamente as ações de quem pretende se inserir nesse fascinante mundo do conhecimento acadêmico. 9 2 ETAPAS DE UM TRABALHO CIENTÍFICO A preparação metódica e planejada de um trabalho científico supõe uma sequência de momentos, compreendendo as seguintes etapas: 2.1 Determinação do tema 2.2 Determinação da justificativa 2.3 Determinação do problema 2.4 Determinação da hipótese 2.5 Determinação do objetivo 2.6 Determinação da metodologia 2.7 Levantamento da bibliografia referente a esse tema 2.8 Leitura e documentação dessa bibliografia após seleção 2.9 Construção lógica do trabalho 2.10 Redação do texto 2.1 DETERMINAÇÃO DO TEMA: Nesta primeira etapa, escolhe-se e determina-se o assunto sobre o qual versará o trabalho. Ainda quando o tema é proposto pelo professor, cabe ao aluno delimitar, com precisão, o tema indicado, ou seja, é preciso distingui-lo de temas afins, tendo presente o domínio sobre o qual vai trabalhar. Durante o estudo do tema delimitado pode ocorrer alguma alteração dessa primeira delimitação, mas, ainda que isso seja frequente, é necessário que o aluno inicie seu trabalho de posse de um tema bem definido. O tema deve ser do interesse do aluno e estar situado em sua área de conhecimento. Para desenvolver de maneira adequada um tema de pesquisa, é necessário que o pesquisador domine o assunto e esteja apto a manejar as fontes de consulta bibliográfica. EX.: ASSUNTO: EDUCAÇÃO ESCOLAR TEMA: O ENSINO NA ESCOLA ELEMENTAR: AS INFORMAÇÕES TRANSMITIDAS NOS LIVROS DE LEITURA. 2.2 DETERMINAÇÃO DA JUSTIFICATIVA DE ESCOLHA DO TEMA: Todo projeto de pesquisa deve se iniciar por uma exposição dos motivos pelos quais se optou pela investigação, o motivo que levou à definição do tema escolhido e qual a finalidade da investigação. O pesquisador ou estudioso deve historiar de forma breve a situação e explicar as finalidades que o levaram a abordar o tema escolhido, destacando sua relevância e oportunidade e indicando os 10 USOS que são dados ao resultado final da investigação ou estudo. É importante considerar a possibilidade de comparação com outros estudos semelhantes já desenvolvidos. Para especificar o tema, é indispensável a revisão bibliográfica. Devemos recorrer a livros, folhetos ou artigos que expliquem o tema, para fazer a escolha apropriada. EX.: ASSUNTO: EDUCAÇÃO ESCOLAR TEMA: O ENSINO NA ESCOLA ELEMENTAR: AS INFORMAÇÕES TRANSMITIDAS NOS LIVROS DE LEITURA. JUSTIFICATIVA: OS LIVROS DE LEITURA SEMPRE FIZERAM PARTE DAS TÉCNICAS DE ENSINO UTILIZADAS PELAS ESCOLAS, E SEMPRE SE MOSTRARAM ESSENCIAIS NO PROCESSO DE APRENDIZAGEM. 2.3 DETERMINAÇÃO DO PROBLEMA: O tema sempre deve ser problematizado. Toda argumentação, todo raciocínio desenvolvido num trabalho logicamente construído é uma demonstração que visa a solucionar determinado problema. A gênese dessa problemática dar-se-á pela reflexão surgida por ocasião das leituras, dos debates, das experiências, da aprendizagem, enfim, da vivência intelectual no meio do estudo universitário e no ambiente científico-cultural. Antes da elaboração do trabalho, é preciso ter ideia clara do problema a ser resolvido, da dúvida a ser superada. Exige-se consciência da problemática específica relacionada com o tema abordado de determinada perspectiva, cuja natureza especificará o tipo, o método de pesquisa e de reflexão a serem utilizados no decorrer do trabalho. Sem um mínimo de conhecimento tanto da teoria quanto da realidade é impossível a formulação de um problema coerente. Os problemas surgem de questões de natureza prática, na percepção de alguma dificuldade teórica. Todo trabalho de pesquisa ou estudo aprofundado se inicia com a formulação de um problema e tem por objetivo a sua SOLUÇÃO. O problema deve: * de preferência, ser FORMULADO EM FORMA DE PERGUNTA * SER CLARO E PRECISO * SER PASSÍVEL DE OBSERVAÇÃO E PESQUISA * SER PASSÍVEL DE SOLUÇÃO * SER DELIMITADO A UMA DIMENSÃO VIÁVEL PARA O ESTUDO OU PESQUISA Ex.: ASSUNTO: EDUCAÇÃO ESCOLAR 11 TEMA: O ENSINO NA ESCOLA ELEMENTAR: AS INFORMAÇÕES TRANSMITIDAS NOS LIVROS DE LEITURA. JUSTIFICATIVA: OS LIVROS DE LEITURA SEMPRE FIZERAM PARTE DAS TÉCNICAS DE ENSINO UTILIZADAS PELAS ESCOLAS E SEMPRE SE MOSTRARAM ESSENCIAIS NO PROCESSO DE APRENDIZAGEM. PROBLEMA: EM QUE MEDIDA AS INFORMAÇÕES DOS LIVROS DE LEITURA COMUMENTE USADOS NAS ESCOLAS ELEMENTARES PODEM INFLUENCIAR NO PROPALADO BAIXO NÍVEL DE ENSINO? Ou, dito afirmativamente: É CONHECIDO O BAIXO NÍVEL DE ENSINO ESCOLAR. DEVE-SE EXPLICITAR SE O CONJUNTO DAS INFORMAÇÕES CONTIDAS NOS LIVROS MAIS USADOS NAS ESCOLAS ELEMENTARES PODEM OU NÃO DETERMINAR O ALUDIDO BAIXO NÍVEL. 2.4 DETERMINAÇÃO DA HIPÓTESE: A apresentação clara do problema desencadeia a formulação da hipótese geral a ser comprovada no decorrer do raciocínio. A hipótese é uma suposição que se faz nas tentativas de responder ao problema. É uma antecipação da resposta que deve ser testada e comprovada no decorrer do estudo ou da pesquisa. Torna-se necessário que o estudioso procure elaborar hipóteses objetivas. A hipótese não é uma opinião ou ideia isolada do pesquisador, mas sim uma afirmação a partir de bases sólidas fundamentadas nas teorias existentes. A hipótese é a resposta provável do problema que será testado no estudo ou na pesquisa. No decorrer do estudo a hipótese poderá ser confirmada ou rejeitada. Nos dois casos, o resultado é igualmente importante. Embora exista normalmente uma certa dificuldade, por parte do pesquisador, em aceitar a rejeição da hipótese, a resposta negativa é tão importante quanto a positiva, A negativa indica que a teoria não estava adequada ao problema formulado e leva o pesquisador a buscar ou elaborar novas formas de interpretação. Na realidade, a teoria só evolui quando se nega a hipótese. A afirmativa é apenas a confirmação da hipótese, demonstrando que a teoria é apropriada para o caso estudado. EX.: ASSUNTO: EDUCAÇÃO ESCOLAR TEMA: O ENSINO NA ESCOLA ELEMENTAR: AS INFORMAÇÕES TRANSMITIDAS NOS LIVROS DE LEITURA. JUSTIFICATIVA: OS LIVROS DE LEITURA SEMPRE FIZERAM PARTE DAS TÉCNICAS DE ENSINO UTILIZADAS PELAS ESCOLAS E SEMPRE SE MOSTRARAM ESSENCIAIS NO PROCESSO DE APRENDIZAGEM. 12 PROBLEMA: EM QUE MEDIDA AS INFORMAÇÕES DOS LIVROS DE LEITURA COMUMENTE USADOS NAS ESCOLAS ELEMENTARES PODEM INFLUENCIAR NO PROPALADO BAIXO NÍVEL DE ENSINO? HIPÓTESE: O BAIXO NÍVEL DE ENSINO SE MANIFESTA PELO DESINTERESSE GLOBAL COM QUE OS ALUNOS SE COMPORTAM DIANTE DOS SEUS ESTUDOS ESCOLARES; ESSE DESINTERESSE É TAMBÉM PROVOCADO PELO CONTEÚDO DOS LIVROS DE LEITURA, NOS QUAIS AS INFORMAÇÕES SÃO FRIAS, DESVINCULADAS DA REALIDADE CONCRETA DOS ALUNOS E POUCO ESTIMULANTES, PRINCIPALMENTE DIANTE DE OUTROS VEÍCULOS DE INFORMAÇÃO. 2.5 DETERMINAÇÃO DO OBJETIVO: Nesta parte do trabalho ou da pesquisa o estudioso estabelece o que se espera conseguir com seu estudo e define aonde pretende chegar com sua proposta. Essa é uma das partes mais importantes do trabalho e deve ser definida de maneira clara, correlacionada com o problema proposto. O objetivo define de modo claro e direto que aspecto da problemática constitui o interesse central do estudo ou da pesquisa. O objetivo, em geral, é formulado em uma frase ou em um parágrafo. Objetivo e problema possuem relações estreitas e em muitos casos se repetem, estando a diferença no caráter afirmativo dos objetivos. É importante ressaltar que os objetivos podem ser reformulados, abandonados ou acrescidos de outros no decorrer do estudo ou da observação. Essa flexibilidade, entretanto, não exclui a necessidade de formulação dos objetivos nessa etapa inicial do trabalho. EX.: ASSUNTO: EDUCAÇÃO ESCOLAR TEMA: O ENSINO NA ESCOLA ELEMENTAR: AS INFORMAÇÕES TRANSMITIDAS NOS LIVROS DE LEITURA. JUSTIFICATIVA: OS LIVROS DE LEITURA SEMPRE FIZERAM PARTE DAS TÉCNICAS DE ENSINO UTILIZADAS PELAS ESCOLAS E SEMPRE SE MOSTRARAM ESSENCIAIS NO PROCESSO DE APRENDIZAGEM. PROBLEMA: EM QUE MEDIDA AS INFORMAÇÕES DOS LIVROS DE LEITURA COMUMENTE USADOS NAS ESCOLAS ELEMENTARES PODEM INFLUENCIAR NO PROPALADO BAIXO NÍVEL DE ENSINO? HIPÓTESE: O BAIXO NÍVEL DE ENSINO SE MANIFESTA PELO DESINTERESSE GLOBAL COM QUE OS ALUNOS SE COMPORTAM DIANTE DOS SEUS ESTUDOS ESCOLARES; ESSE DESINTERESSE É TAMBÉM PROVOCADO 13 PELO CONTEÚDO DOS LIVROS DE LEITURA, NOS QUAIS AS INFORMAÇÕES SÃO FRIAS, DESVINCULADAS DA REALIDADE CONCRETA DOS ALUNOS E POUCO ESTIMULANTES, PRINCIPALMENTE DIANTE DE OUTROS VEÍCULOS DE INFORMAÇÃO. OBJETIVO: ESTE ESTUDO TEM COMO OBJETIVO COMPROVAR A RELAÇÃO ENTRE OS LIVROS DE LEITURA USADOS NAS ESCOLARES ELEMENTARES E O BAIXO NÍVEL DE ENSINO ORIUNDO DA LEITURA DESSES LIVROS. 2.6 DETERMINAÇÃO DA METODOLOGIA: Nesta fase do trabalho ou da pesquisa, bem caracterizada a natureza do problema levantado, o estudioso deve anunciar o tipo de estudo ou pesquisa que desenvolverá. Trata-se de explicitar aqui se se trata de pesquisa empírica, com trabalho de campo ou de laboratório; de pesquisa teórica ou de pesquisa histórica; ou se de um trabalho que combinará, e até que ponto, as várias formas de pesquisa. Diretamente relacionados com o tipo de pesquisa ou estudos serão os métodos (procedimentos mais amplos de pesquisa) e técnicas (procedimentos mais restritos) a serem adotados. A metodologia está relacionada com os objetivos e a finalidade do estudo e deve descrever todos os passos que serão dados para atingir o objetivo proposto. O detalhamento dos procedimentos metodológicos inclui a indicação e a justificação do paradigma que orienta o estudo, etapas de desenvolvimento, descrição do contexto, procedimento e o instrumental de coleta para análise dos dados, além dos recursos utilizados para maximizar a precisão dos resultados. EX.: ASSUNTO: EDUCAÇÃO ESCOLAR TEMA: O ENSINO NA ESCOLA ELEMENTAR: AS INFORMAÇÕES TRANSMITIDAS NOS LIVROS DE LEITURA. JUSTIFICATIVA: OS LIVROS DE LEITURA SEMPRE FIZERAM PARTE DAS TÉCNICAS DE ENSINO UTILIZADAS PELAS ESCOLAS E SEMPRE SE MOSTRARAM ESSENCIAIS NO PROCESSO DE APRENDIZAGEM. PROBLEMA: EM QUE MEDIDA AS INFORMAÇÕES DOS LIVROS DE LEITURA COMUMENTE USADOS NAS ESCOLAS ELEMENTARES PODEM INFLUENCIAR NO PROPALADO BAIXO NÍVEL DE ENSINO? HIPÓTESE: O BAIXO NÍVEL DE ENSINO SE MANIFESTA PELO DESINTERESSE GLOBAL COM QUE OS ALUNOS SE COMPORTAM DIANTE DOS SEUS ESTUDOS ESCOLARES; ESSE DESINTERESSE É TAMBÉM PROVOCADO PELO CONTEÚDO DOS LIVROS DE LEITURA, NOS QUAIS AS INFORMAÇÕES SÃO FRIAS, DESVINCULADAS DA REALIDADE 14 CONCRETA DOS ALUNOS E POUCO ESTIMULANTES, PRINCIPALMENTE DIANTE DE OUTROS VEÍCULOS DE INFORMAÇÃO. OBJETIVO: ESTE ESTUDO TEM COMO OBJETIVO COMPROVAR A RELAÇÃO ENTRE OS LIVROS DE LEITURA USADOS NAS ESCOLARES ELEMENTARES E O BAIXO NÍVEL DE ENSINO ORIUNDO DA LEITURA DESSES LIVROS. METODOLOGIA: A REALIZAÇÃO DESTE ESTUDO IMPLICARÁ TRÊS ETAPAS, COM METODOLOGIAS DIFERENTES, CONFORME SUA FUNÇÃO EM RELAÇÃO AO OBJETIVO PROPOSTO: A PRIMEIRA ETAPA DAR-SE-Á ATRAVÉS DA COLETA E ESTUDO DOS VÁRIOS TIPOS DE LIVROS UTILIZADOS NAS ESCOLAS ELEMENTARES; A SEGUNDA ETAPA DAR-SE-Á ATRAVÉS DE PESQUISAS DE OPINIÃO FEITAS POR VÁRIOS PROFISSIONAIS DA ÁREA; A TERCEIRA E ÚLTIMA ETAPA PROCESSAR-SE-Á ATRAVÉS DA COMPROVAÇÃO TEÓRICA DA HIPÓTESE LEVANTADA QUANTO AO BAIXO NÍVEL DE ENSINO 2.7 EXEMPLIFICANDO UMA INTRODUÇÃO PROVISÓRIA: INTRODUÇÃO O presente trabalho tenta enfocar a questão do ensino na escola elementar, as informações transmitidas nos livros didáticos. Os livros de leitura sempre fizeram parte das técnicas de ensino utilizadas pelas escolas e sempre se mostraram essenciais no processo de aprendizagem. Além disso, não há como tratarmos dessa temática, o ensino, sem que haja uma relação direta com os instrumentos por ele utilizados, principalmente os livros didáticos. Portanto, surge uma questão a ser levantada: em que medida as informações dos livros de leitura comumente usados nas escolas elementares podem influenciar no propalado baixo nível de ensino? É conhecido o baixo nível de ensino escolar. Deve-se explicitar se o conjunto das informações contidas nos livros mais usados nas escolas elementares pode ou não determinar o aludido baixo nível. Percebe-se que o baixo nível de ensino se manifesta pelo desinteresse global com que os alunos se comportam diante dos seus estudos escolares; esse desinteresse é também provocado pelo conteúdo dos livros de leitura, nos quais as informações são frias, desvinculadas da realidade concreta dos alunos e pouco estimulantes, principalmente diante de outros veículos de informação. Este estudo tem como objetivo comprovar a relação entre os livros de leitura usados nas escolas elementares e o baixo nível de ensino oriundo da leitura desses livros. Além disso, há um total despreparo e desconhecimento por parte dos profissionais que lidam com tais livros, impedindo-os de observar as falhas ou de ultrapassar os limites existentes neles. 15 A realização deste estudo implicará três etapas, com metodologias diferentes, conforme sua função em relação ao objetivo proposto: a primeira etapa dar-se-á através da coleta e estudo dos vários tipos de livros utilizados nas escolas elementares; a segunda etapa dar-se-á através de pesquisas de opinião feitas por vários profissionais da área; a terceira e última etapa processar-se-á através da comprovação teórica da hipótese levantada quanto ao baixo nível de ensino. 2.8 LEVANTAMENTO DA BIBLIOGRAFIA REFERENTE AO TEMA: Estabelecidas as diretrizes iniciais e delimitado o tema do trabalho, o próximo passo é o levantamento da documentação existente sobre o assunto. Já é uma fase heurística, ciência, técnica e arte da pesquisa de documentos. Desencadeia-se uma série de procedimentos para a localização e busca metódica dos documentos que possam interessar ao tema discutido. Tais documentos se definem pela natureza dos temas estudados e pelas áreas em que os trabalhos se situam. Tratando-se de trabalhos no âmbito de reflexão teórica, devem-se consultar textos, livros, artigos, bibliografia especial (repertórios, boletins, catálogos bibliográficos), enciclopédias, dicionários especializados, monografias, tratados, textos didáticos, revistas, fichários de bibliotecas (catalogados segundo autor ou assunto), CD-ROMs, bancos de dados da Internet etc. Em trabalhos de pesquisa de campo, a consulta far-se-á mediante dados coletados através de questionários e posterior tabulação e catalogação. Não se deve esquecer que as informações colhidas devem ser transcritas primeiramente nas fichas bibliográficas. A seguir, assinalam-se com grande proveito os códigos da biblioteca onde se encontra o documento, as resenhas do documento e eventualmente alguma rápida apreciação. Como essas fichas são a base de qualquer trabalho científico, todo estudioso deve formar um fichário na sua especialidade, o que lhe será de extrema utilidade no momento de qualquer pesquisa. 2.9 LEITURA E DOCUMENTAÇÃO DA BIBLIOGRAFIA APÓS SELEÇÃO: Terminado o levantamento bibliográfico, é chegado o momento de iniciar o trabalho da pesquisa propriamente dita, o momento da leitura e documentação. Antes de começar a leitura, o aluno já deve ter elaborado o roteiro de seu trabalho. Trata-se de uma primeira estruturação do trabalho, baseada nas ideias iniciais. São essas ideias que nortearão a leitura e a pesquisa que se iniciam. Essas ideias exercem o papel de chamariz – são elas que mostram nos textos lidos aqueles elementos que devem ser retidos para futuro aproveitamento na composição do trabalho. É um roteiro provisório e será reformulado no decorrer do trabalho. Novas ideias surgirão, exigidas pelas primeiras, enquanto outras perderão o valor. O plano definitivo só será estabelecido no final da pesquisa positiva. 16 De posse do roteiro de ideias, parte-se para a análise dos documentos em busca dos elementos que se revelam importantes para o trabalho. Deve-se operar uma triagem em todo o material recolhido, pois nem tudo será importante para o tema a ser estudado. É pertinente usar como critério a leitura inicial de textos mais recentes, e mais gerais, indo para os mais antigos e mais particulares. As obras recentes geralmente retomam as contribuições significativas do passado, dispensando, assim, uma volta a textos superados. Deve-se observar que obras clássicas dificilmente perdem seu valor de atualidade. À medida que se procede à leitura e que elementos importantes vão surgindo, faz-se necessária a documentação, feita através das fichas de documentação. Durante a pesquisa, ou em outras circunstâncias da vivência intelectual, o leitor sempre pode ter ideias próprias sobre algum dos tópicos que está discutindo. As fichas de documentação sevem também para registrar essas ideias que, se não forem logo gravadas, acabam perdendo-se. Enfim, nessa fase do trabalho, tudo que interessar ao mesmo deverá ser transposto para as fichas que formarão o acervo do material com o qual se trabalhará na construção formal do novo texto. 2.10 CONSTRUÇÃO LÓGICA DO TRABALHO: A construção lógica do trabalho é o arranjo encadeado dos raciocínios utilizados para a demonstração da hipótese formulada no início. Naturalmente, esses raciocínios, em trabalhos que comportam elementos de pesquisa positiva de bibliografia, como na maioria dos trabalhos acadêmicos, são formados a partir dos dados colhidos nas fontes consultadas e a partir das ideias descobertas pela reflexão do autor. Do ponto de vista da estrutura formal, o trabalho tem três partes fundamentais: a introdução, o desenvolvimento e as considerações finais. 1- Introdução: manifesta os objetivos do trabalho, enunciando o seu tema, seu problema, sua hipótese (tese) e os procedimentos que serão adotados para o desenvolvimento do raciocínio (metodologia). Encerra-se com uma justificativa do plano do trabalho. Lendo a introdução, o leitor deve sentir-se esclarecido a respeito do teor da problematização do tema do trabalho, assim como a respeito da natureza do raciocínio a ser desenvolvido. Devem-se evitar intermináveis retrospectos históricos, a apresentação precipitada dos resultados, os discursos grandiloquentes. Deve ser sintética e versar unicamente sobre a temática intrínseca do trabalho. Note-se que é a última parte do trabalho a ser escrita! 2- Desenvolvimento: corresponde ao corpo do trabalho e será estruturado conforme as necessidades do plano definitivo da obra. As subdivisões dos tópicos do plano lógico, os itens, 17 seções, capítulos etc. surgem da exigência da logicidade e da necessidade de clareza, e não de um critério puramente espacial. Não basta enumerar simetricamente os vários itens; é preciso que haja subtítulos portadores de sentido. 3- Considerações finais: é a síntese para a qual caminha o trabalho. Será breve e visará a recapitular sinteticamente os resultados da pesquisa elaborada até então. O autor manifestará seu ponto de vista sobre os resultados obtidos, sobre o alcance dos mesmos. Quando o trabalho é essencialmente analítico e comporta uma pesquisa positiva sobre o pensamento de outros autores, essa parte pode ser fundamentalmente crítica. Quando, porém, a crítica é mais desenvolvida, entrará no corpo do trabalho como um capítulo. 2.11 REDAÇÃO DO TEXTO A fase de redação consiste na expressão literária do raciocínio desenvolvido no trabalho. Uma vez de posse do encadeamento lógico do pensamento, esse trabalho é apenas uma questão de comunicação literária. Recomenda-se que a montagem do trabalho seja feita através de uma primeira redação de rascunho. Terminada a primeira composição, sua leitura completa permitirá uma revisão adequada do todo e a correção de possíveis falhas lógicas ou redacionais. Em trabalhos científicos, impõe-se um estilo sóbrio e preciso, importando mais a clareza do que qualquer outra característica estilística. A terminologia técnica só será usada quando necessária ou em trabalhos especializados, nível em que já se tornou terminologia básica. De qualquer modo, é preciso que o leitor entenda o raciocínio e as ideias do autor sem ser impedido por uma linguagem hermética ou esotérica. Igualmente, evitem-se a pomposidade pretensiosa, o verbalismo vazio, as fórmulas feitas e a linguagem sentimental. O estilo do texto será determinado pela natureza do raciocínio específico às várias áreas do saber em que se situa o trabalho. Na construção de parágrafos, devem-se evitar excessos ou ausência dos mesmos. A mudança de parágrafo toda vez que se avança na sequência do raciocínio marca o fim de uma etapa e o começo de outra. 18 3 ESQUEMA É uma representação sintética do texto trabalhado. Sua função é dar uma visão geral do texto. Fazse o mesmo caminho do autor. Delimita-se o tema. 1- OBJETIVOS: Definir o tema lido Analisar o todo da obra pesquisada Dar uma visão ampla do texto Possibilitar uma rápida leitura do que se tratou na obra. 2- PREPARAÇÃO: Manter fidelidade ao autor Identificar o tema Ordenar o pensamento Apresentar clareza Ter concisão Apresentar gráficos uniformes Podem-se usar chaves, setas IMPORTANTE: Essas sugestões não são modelos fixos que tenham de ser seguidos por todos. Cada um pode fazer o seu próprio esquema, desde que o mesmo obedeça às indicações acima. 19 4 RELATÓRIOS Muitas vezes, no decorrer de sua vida acadêmica, o pesquisador é instado a apresentar relatório de andamento ou de conclusão da pesquisa que vem fazendo ou que está concluindo. Trata-se comumente de exigência institucional, oriunda seja de agências de fomento – no caso de bolsas ou de financiamento de projetos –, seja de órgãos da própria instituição a que o pesquisador é vinculado. Pode ser solicitado também em função de exames de qualificação, no caso de alunos de cursos de pósgraduação. Os relatórios de pesquisa, assim como os relatórios de outras atividades, não devem ser confundidos com o memorial (para fins de ingresso e promoção na carreira universitária). O relatório, além de se referir a um projeto ou a um período em particular, visa pura e simplesmente a historiar seu desenvolvimento, muito mais no sentido de apresentar os caminhos percorridos, de descrever as atividades realizadas e de apreciar resultados – parciais ou finais – obtidos. Descreve o que se verificou durante a pesquisa. Obviamente deve sintetizar suas conclusões e os resultados até então conseguidos, sem, no entanto, a necessidade de conter análises e reflexões mais desenvolvidas, como é o caso do memorial. Deve vir acompanhado de tabelas, gráficos, estatísticas etc. Segundo a ABNT – NBR 10719, por definição, relatório técnico-científico é: 1- Documento que relata formalmente os resultados ou progressos obtidos em investigação de pesquisa e desenvolvimento ou que descreve a situação técnica ou científica. O relatório técnicocientífico apresenta, sistematicamente, informação suficiente para um leitor qualificado, traça conclusões e faz recomendações. É estabelecido em função e sob a responsabilidade de um organismo ou de pessoa a quem será submetido. 2- Em geral constitui um elemento de um conjunto e traz, normalmente, um número que identifica tanto o relatório quanto o produtor, distribuidor ou organismo responsável. 1 O relatório técnico-científico traz informações formais sobre os resultados da pesquisa (ou do desenvolvimento da pesquisa), de maneira sistemática, além de expor conclusões. Deve ter um espaço para sugestões, é sempre endereçado a uma instituição ou pessoa. Faz parte de um todo, e serve para difundir a informação, como também para registrá-la continuamente. É usado para descrever: 1 – EXPERIÊNCIAS 2 – INVESTIGAÇÕES 3 – PROCESSOS 4 – MÉTODOS 5 – ANÁLISES 1 ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Apresentação de relatórios técnicocientíficos: NBR 01719. Rio de Janeiro, 1999. p. 01-02. 20 RELATÓRIO TÉCNICO-CIENTÍFICO 21 5 O RESUMO DE TEXTOS Um tipo de trabalho comumente exigido em escolas superiores é o resumo ou síntese de textos, seja de toda uma obra ou de um único capítulo. É o que se faz, muitas vezes, quando do fichamento de livro. Não se trata propriamente de um trabalho de elaboração, mas de um trabalho de extração de ideias, de um exercício de leitura que nem por isso deixa de ter enorme utilidade didática e significativo interesse científico. O resumo do texto é, na realidade , uma síntese das ideias e não das palavras do texto. Não se trata de uma “miniaturização” do texto. Resumindo um texto com as próprias palavras, o estudante mantém-se fiel às ideias do autor sintetizado. Não se deve confundir esse resumo/síntese, muitas vezes exigido como trabalho didático, com o resumo técnico-científico. Com esse formato, o resumo é solicitado em situações acadêmicas e científicas especiais. Segundo a ABNT - NBR 6028, resumo é uma “apresentação concisa dos pontos relevantes de um texto”. O resumo é feito de frases concisas, sempre na terceira pessoa do singular. Já na primeira frase deve-se tratar do tema principal. COMO RESUMIR: 1234- Fazer uma primeira leitura para se interagir com o texto. Sublinhar as passagens importantes. Não resumir durante a primeira leitura. Fazer uma segunda leitura para: a- entender do que se trata, b- identificar o que pretende demonstrar o autor. 5- Fazer uma terceira leitura, para: a- destacar os objetivos, b- fazer a delimitação do problema, c- apontar as palavras-chave. Devem-se evitar: - símbolos, abreviaturas, fórmulas, diagramas, parágrafos. 5.1 TIPOS DE RESUMO: 1- Indicativo ou descritivo: destaca os pontos centrais do texto. 22 2- Informativo ou analítico: destaca o conteúdo, os objetivos, os métodos, as técnicas e as conclusões. Não se admite fazer comentários pessoais, nem críticas. 3- Crítico (ou recensão): elaborado somente por especialistas, pois é necessário fazer uma valoração da obra. Também chamado de resenha. 5.2 RESENHA É uma redação que faz uma crítica sobre uma obra. A resenha crítica (recensão) é um resumo que traz um posicionamento valorativo a respeito do conteúdo lido. O objetivo da recensão é dar condições ao leitor de decidir se deve ou não ler a obra. É fundamental identificar a obra e o autor (segundo a ABNT – NBR 6023), falar sobre a experiência profissional e acadêmica dele. Não se pode esquecer de abordar o quadro referencial teórico utilizado pelo mesmo. Esse quadro diz respeito à escola de pensamento que o autor segue, a metodologia que ele adota ou o seu estilo de escrita. A partir dessas identificações deve-se apresentar o resumo da obra principal. Finalmente, deve-se fazer uma análise crítica sobre o conteúdo apresentado. Resenha, recensão de livros ou análise bibliográfica é uma síntese ou comentário dos livros publicados feito em revistas especializadas das várias áreas da ciência, das artes e da filosofia. As resenhas têm um papel importante na vida científica de qualquer estudante e dos especialistas, pois é através delas que se toma conhecimento prévio do conteúdo e do valor de um livro que acaba de ser publicado, fundando-se nessa informação a decisão de se ler o livro ou não, seja para o estudo seja para um trabalho em particular. As resenhas permitem operar uma triagem na bibliografia a ser selecionada quando da leitura de documentação para a elaboração de um trabalho científico. Igualmente, são fundamentais para a atualização bibliográfica do estudioso e deveriam, numa vida científica organizada, passar para o arquivo de documentação bibliográfica ou geral da área de especialização do estudante (fichamento). Uma resenha pode ser: a) informativa, quando apenas expõe o conteúdo do texto; b) crítica, quando se manifesta sobre o valor e o alcance do texto; c) crítico-informativa, quando expõe o conteúdo e tece comentários sobre o texto analisado. A resenha estrutura-se em várias partes lógico-redacionais: a) Abre-se com um cabeçalho, no qual são transcritos os dados bibliográficos completos da publicação resenhada. b) Uma pequena informação sobre o autor do texto, dispensável se o autor for muito conhecido. c) Uma exposição sintética do conteúdo do texto, que deve ser objetiva e conter os pontos principais e mais significativos da obra analisada, acompanhando os capítulos ou parte por parte. Deve passar ao leitor uma visão precisa do conteúdo do texto, de acordo com a análise 23 temática, destacando o assunto, os objetivos, a ideia central, os principais passos do raciocínio do autor. d) Finalmente deve conter um comentário crítico. Trata-se da avaliação que o resenhista faz do texto que leu e sintetizou. Essa avaliação crítica pode assinalar tanto os aspectos positivos quanto os aspectos negativos da obra. Assim, pode-se destacar a contribuição que o texto traz para determinados setores da cultura, sua qualidade científica, literária ou filosófica, sua originalidade etc. Negativamente, podem-se explicitar as falhas, incoerências e limitações do texto. Esse comentário é normalmente feito como último momento da resenha, após a exposição do conteúdo. Mas, pode ser distribuído difusamente, junto com os momentos anteriores: expõem-se e comentam-se simultaneamente as ideias do autor. As críticas devem ser dirigidas às ideias e posições do autor, nunca à sua pessoa ou às suas condições pessoais de existência. Quem é criticado é o pensador/autor e suas ideias, e não a pessoa humana que as elabora. É sempre bom contextuar a obra a ser analisada, no âmbito do pensamento do autor, relacionando-a com seus outros trabalhos e com as condições gerais da cultura da área, na época de sua produção. Na medida em que o resenhista expõe e aprecia as ideias do autor, ele estabelece um diálogo com o mesmo. Nesse sentido, o resenhista pode até mesmo expor suas próprias ideias, defendendo seus pontos de vista, coincidentes ou não com aqueles do autor resenhado. [SEVERINO, Antônio J. Metodologia do trabalho científico. 22. ed. ver. e ampl. São Paulo: Cortez, 2003. p.131-132] MODELO: COSTA, Wagner. Quando meu pai perdeu o emprego. 23. ed. São Paulo: Moderna, 1993. Wagner Costa é jornalista, autor de contos, de peças de teatro como Cena Aberta, De amor e Verdade, De Verdade e Amor, além do livro Quando Meu Pai Perdeu o Emprego. Costa diz que escreve porque acredita naquilo que acontece quando a palavra chega e se aninha no coração e na consciência das pessoas. Obra destinada a um público jovem, o livro aborda o tema desemprego, um grave problema social que aflige tantas famílias no país. A gíria é a linguagem utilizada pelo narrador-personagem, Pepê, o que aproxima texto e leitor e faz tudo parecer mais real. Ficção e realidade se confundem, já que a história narrada é bem parecida com a vida de muitos adolescentes que, como Pepê, têm que dividir o tempo entre o trabalho e o estudo, para ajudarem na renda familiar. 24 Pepê, Betão, Ju e Caró, antes de a tempestade do desemprego chegar, moravam numa boa casa, estudavam em escola particular, tinham tudo do bom e do melhor, gozavam, por assim dizer, de uma vida cheia de mordomias. O pai era liberal e dava tudo que os filhos queriam, sem exigir nada em troca, nem responsabilidade. Mas, de um dia para o outro, tudo mudou. O pai ficou desempregado e ainda perdeu toda a reserva de dinheiro num negócio que não dera certo. E agora? Como enfrentarão o problema? As coisas na vida da família ficam complicadas, os pais não se entendem e passam a viver no maior bate-boca. O desespero toma conta de todos. De um lado, o pai totalmente perdido, deprimido e desesperado, sem saber o que fazer para reverter a situação, e de outro os filhos sem entender o que se passava, por não conhecerem a verdade. É nesse clima de tensão, conflitos e tristezas que chega o avô das crianças, o Capitão Esperança. Capitão Esperança é quem ajuda a família nas horas difíceis e com um jeitinho todo especial explica para as crianças que não é vergonha ter o pai desempregado. É ele quem cria a Nave Azul e todos da família passam a ser os tripulantes. O autor consegue retratar em 60 páginas quais são as dificuldades enfrentadas por um desempregado e sua família: angústia, revoltas e conflitos, que podem levar ao desespero ou a solidariedade. E, quando aponta soluções para os problemas, acaba indiretamente orientando os leitores que não estão livres de passarem por uma situação semelhante, uma vez que o Brasil é o 4º país do mundo em desemprego. É de fato uma obra excelente, realista e comovente, capaz de levar à reflexão, e quem ainda não foi vítima do desemprego entenderá que não adianta revoltar-se como fez Betão, sendo preciso se pôr na luta como Pepê e todos os outros da família: enfrentar a situação juntos “na base do um por todos e todos por um” (p. 09), como disse o Capitão Esperança em sua mensagem aos tripulantes na Nave Azul. Professora Francisca P. Martins, em 1999. 25 6 PROJETO DE PESQUISA Elaborar um projeto de pesquisa é a primeira etapa para obter um conhecimento sistematizado acerca da realidade. É comum que o estudante ou mesmo o profissional considere que fazer pesquisa é sair coletando dados ou levantando informações mediante o uso de formulários ou questionários. A coleta de dados é uma das etapas da pesquisa e, assim como as demais fases – de análise e apresentação dos dados –, deve ser prevista dentro do projeto. Durante todo o processo da pesquisa o planejamento cuidadoso é indispensável para a correção da rota, quando necessário, e para superar problemas que ocorrem durante a execução do projeto. Projeto de pesquisa: documento que explicita as ações que serão desenvolvidas ao longo do processo de pesquisa. O projeto é útil ao pesquisador e à equipe para orientar a ação, e ao cliente ou a quem contrata a pesquisa para saber o que será feito. Quando se espera que uma entidade financie uma pesquisa, o projeto é o documento requerido. O projeto de pesquisa deve responder às perguntas: 1- O que fazer (definição do tema e problema) 2- Por que fazer (justificativa da escolha do tema e problema) 3- Para que fazer (propósito de estudo: objetivo) 4- Quando fazer (cronograma) 5- Onde fazer (local: campo de pesquisa) 6- Com o que fazer (recursos: custeio) 7- Como fazer (metodologia) 8- Feito por quem (pesquisadores) 6.1 ROTEIRO BÁSICO PARA ELABORAÇÃO DE PROJETO DE PESQUISA EMPÍRICA 26 I- Justificativa da escolha do tema II- Formulação do problema III- Marco teórico (ou elementos teóricos) IV- Objetivos da pesquisa 1. Objetivos gerais 2. Objetivos específicos V- Hipóteses de estudo VI- Indicação e definição operacional das variáveis VII- Plano da pesquisa (ou metodologia da pesquisa) 1. Especificação da amostra 2. Coleta de dados 2.1. Escolha da técnica de investigação (questionários etc.) 2.2. Fases da coleta de dados VIII- Análise dos resultados (especificar as técnicas e procedimentos a serem utilizados nessa fase) IX- Cronograma X- Orçamento XI- Bibliografia O roteiro do projeto poderá assumir outra forma. De modo geral, a instituição que financia a pesquisa determina o roteiro do projeto que deverá ser seguido. O pesquisador deverá sempre se ater ao roteiro que for determinado. Saber seguir um roteiro é uma questão de método e disciplina, qualidades básicas para o sucesso de qualquer investigação. Ao definir as ações que serão realizadas, o projeto permite uma abordagem mais focalizada do problema, além de racionalizar o uso dos recursos humanos e materiais disponíveis que normalmente são limitados. O projeto deverá ser suficientemente flexível para permitir sua adaptação às mudanças que ocorrem no decorrer do trabalho. Muitas vezes é necessário redimensionar o estudo em função de dificuldades na fase de coleta de dados ou de insuficiência de recursos. 6.2 MODELO DE PROJETO DE PESQUISA Levantamento de dados 27 6.2.1 Tema A viabilidade turística em São João del-Rei: problemas e perspectivas. 6.2.2 Justificativa da escolha do tema Sendo São João del-Rei uma cidade com grande potencial turístico, com muitos atrativos, clima agradável e importante participação na História nacional, o tema deveria ser mais explorado e com maior participação da comunidade. 6.2.3 Formulação do problema Quais as medidas que poderão ser adotadas para uma melhor viabilidade turística? Qual o papel da comunidade nesse projeto? Quais os empecilhos para o desenvolvimento do seu potencial turístico? 6.2.4 Hipótese São João del-Rei tem características turísticas, possui potencial para se tornar um grande polo turístico e histórico-cultural; porém, possui uma infraestrutura deficitária. Os órgãos públicos e a comunidade parecem não querer se envolver com a atividade turística. 6.2.5 Tipo de pesquisa Será realizado um levantamento com a população são-joanense a fim de identificar a viabilidade e sua real potencialidade. 6.2.6 Objetivos: Criação de um projeto para implantação no município em parceria com a prefeitura e o comércio. Apresentação na Semana de Turismo em novembro de 2012. 28 6.2.7 Variáveis: Sexo: M-F Idade: -17-25 - 26-35 grau de escolaridade: primário, secundário, superior viagens turísticas: Sim ou Não tipo de turista: Jovens – família - idosos serviços turísticos: ruim, regular, bom, ótimo envolvimento da comunidade: sim, não calendário anual: sim, não apoio dos órgãos públicos: sim, não dificuldades encontradas: informação, sinalização, infraestrutura, informações - 36-50 - 50-65 - acima de 65 6.2.8 Metodologia: 1- Amostra: foi definida uma amostra intencional de 100 questionários, aplicados por 6 grupos distintos: universitários / professores; alunos do 3ª série do E. Médio; comerciantes; políticos; guias turísticos. A escolha foi separada em grupos com a intenção de buscar respostas nas várias categorias e obtê-las de forma menos localizada e direcionada, dando uma grande representatividade e buscando maior probabilidade de soluções. A coleta de dados será feita pelos alunos do 5º período de Turismo. 6.2.9 Cronograma: Elaboração do questionário: 23 e 29 de setembro Coleta de dados: 6 e 7 de outubro Tabulação: 13 de outubro Gráficos: 14 de outubro Relatório final: 20 e 21 de outubro 29 6.3 MODELO DE QUESTIONÁRIO Os alunos do curso de Turismo estão fazendo uma pesquisa sobre as potencialidades turísticas de São João del-Rei. Com esse objetivo, solicitamos sua colaboração, respondendo corretamente às seguintes questões: 1- Sexo: 1.1. ( ) feminino 1.2. ( ) masculino 2- Idade: 2-1. ( ) 17 a 25 anos 2.2. ( ) 26 a 35 anos 2.3. ( ) 36 a 50 anos 2.4. 2.5. ( ( ) 51 a 65 anos ) acima de 65 anos 3- Bairro onde mora:______________________________ 4- Profissão: ____________________________________ 5- Escolaridade: 5.1. ( ) primário 5.2. ( ) secundário 5.3. ( ) superior incompleto 5.4. ( ) superior completo 6- Costuma fazer viagens turísticas? 6.1. ( ) sim 6.2. ( ) não 7- Na sua opinião, qual tipo de turista frequenta São João del-Rei? 7.1. ( ) jovens 30 7.2 ( ) famílias 7.3. ( ) idosos 8- Na sua opinião, de que forma o turista é atraído a São João del-Rei? 8.1. ( ) mídia 8.2. ( ) amigos 8.3 ( ) parentes 8.4. ( ) História 8.5. ( ) eventos 9- Como você classifica os serviços turísticos de São João del-Rei? 9.1- ( ) ruim 9.3- ( ) bom 9.2- ( ) regular 9.4- ( ) ótimo 10- Na sua opinião, o que mais atrai turistas a São João del-Rei? 10.1- ( ) Igrejas históricas 10.2- ( ) Museus 10.3- ( ) Atrativos naturais (Serra de São José e do Lenheiro) 10.4- ( ) Conjunto arquitetônico 10.5- ( ) Eventos (festas religiosas e carnaval) 10.6- ( ) Outros __________________________ 11- Você acha que a comunidade está envolvida com as atividades turísticas? 11.1. ( ) sim 11.2. ( ) não 12- Que tipo de atividade seria mais lucrativa para o município? 12.1. ( ) industrial 12.2. ( ) comercial 12.3. ( ) turística 12.4. ( ) extrativista 31 12.5. ( ) cultural 13- Você acha que São João del-Rei deveria ter um calendário anual de eventos turísticos? 13.1. ( ) sim 13.2. ( ) não 14 - Quais as dificuldades encontradas pelo turista quando chega a São João del-Rei? 14.1. ( ) falta de informação 14.2. ( ) sinalização 14.3. ( ) segurança 14.4. ( ) infraestrutura 15- Você acha que a criação de Agência de Desenvolvimento como a Estrada Real e a Trilha dos Inconfidentes pode contribuir para o desenvolvimento do Turismo na Região? 15.1. ( ) sim 15.2. ( ) não 16- Você gostaria de dar alguma sugestão? ____________________________________________________________________ ____________________________________________________________________ GRATO PELA SUA CONTRIBUIÇÃO! 32 7 ARTIGO “Artigo científico é parte de uma publicação com autoria declarada, que apresenta e discute ideias, métodos, técnicas, processos e resultados nas diversas áreas do conhecimento.” (ABNT. NBR 6022, 2003, p. 2) Para Lakatos e Marconi (1991) os artigos científicos têm as seguintes características: a) não se constituem em matéria de um livro; b) são publicados em revistas ou periódicos especializados; c) permitem ao leitor, por serem completos, repetir a experiência. 7.1 O artigo científico pode ser: a) Original ou divulgação: apresenta temas ou abordagens originais e podem ser: relatos de caso, comunicação ou notas prévias. b) Revisão: os artigos de revisão analisam e discutem trabalhos já publicados, revisões bibliográficas etc. 7.2 Estrutura O artigo científico tem a mesma estrutura dos demais trabalhos científicos, sendo composto pelos seguintes elementos: - Pré-textual - Textual - Pós-textual 7.2.1 Elementos pré-textuais a) o título e subtítulo (se houver) devem figurar na página de abertura do artigo, na língua do texto; b) a autoria: nome completo do(s) autor(es) na forma direta, acompanhado(s) de um breve currículo que o(s) qualifique na área do artigo; 33 c) o currículo: incluindo endereço (e-mail) para contato, deve aparecer em nota de rodapé; d) resumo na língua do texto: o resumo deve apresentar, de forma concisa, os objetivos, a metodologia e os resultados alcançados, não ultrapassando 250 palavras. Não deve conter citações “Deve ser constituído de uma sequência de frases concisas e não de uma simples enumeração de tópicos. Deve-se usar o verbo na voz ativa e na terceira pessoa do singular.” (ABNT. NBR-6028, 2003, p. 2); e) palavras-chave na língua do texto: elementos obrigatórios, devem figurar abaixo do resumo, antecedidas da expressão “Palavras-chave”, separadas entre si por ponto, conforme a NBR 6028, 2003, p. 2. 7.2.2 Elementos textuais 1- Introdução 2- Desenvolvimento 3- Considerações finais 7.2.3 Elementos pós-textuais a) título e subtítulo (se houver) em língua estrangeira; b) resumo em língua estrangeira: versão do resumo na língua do texto; c) palavras-chave em língua estrangeira: versão das palavras-chave na língua do texto para a mesma língua do resumo em língua estrangeira; d) notas explicativas: a numeração das notas é feita em algarismos arábicos, devendo ser única e consecutiva para cada artigo. Não se inicia a numeração em cada página; e) referências: elemento obrigatório, constitui uma lista ordenada dos documentos efetivamente citados no texto. (NBR 6023, 2000); f) glossário: elemento opcional elaborado em ordem alfabética; g) apêndices: elemento opcional. “Texto ou documento elaborado pelo autor a fim de complementar o texto principal.” (NBR 14724, 2002, p. 2); h) anexos: elemento opcional, “texto ou documento não elaborado pelo autor, que serve de fundamentação, comprovação e ilustração.” (NBR 14724, 2002, p. 2); i) agradecimentos e a data de entrega dos originais para publicação. 34 7.3 Ilustrações As ilustrações (quadros, figuras, fotos etc.) devem ter uma numeração sequencial. Sua identificação aparece na parte inferior, precedida da palavra designativa, seguida de seu número de ordem de ocorrência do texto, em algarismos arábicos, do respectivo título. A ilustração deve figurar o mais próximo possível do texto a que se refere. (ABNT. NBR 6022, 2003, p. 5). 7.4 Tabelas Conforme o IBGE (1993) as tabelas devem ter um número em algarismo arábico, sequencial, inscrito na parte superior, à esquerda da página, precedida da palavra “Tabela”. Exemplo: Tabela 5 ou Tabela 3.5 7.4.1 Título: o trabalho deve conter um título por extenso, inscrito no topo da tabela, para indicar a natureza e abrangência do seu conteúdo. 7.4.2 Fonte: a fonte deve ser colocada imediatamente abaixo da tabela em letra maiúscula/minúscula para indicar a autoridade dos dados e/ou informações da tabela, precedida da palavra “Fonte”. 7.5 Indicativo de seção: o Indicativo Numérico da seção precede o título (da seção) alinhado à esquerda. “Não se utilizam ponto, hífen, travessão ou qualquer outro sinal após o indicativo da seção ou de seu título.” (NBR 6024, 2003, p. 2). 7.6 Fonte: Conforme a NBR 14724, 2002, deve-se usar a fonte 12 para o texto e para as referências. Para as citações longas, notas de rodapé, paginação, legendas das ilustrações e tabelas, usar tamanho menor. 35 TÍTULO DO COMO ELABORAR UM ARTIGO CIENTÍFICO ARTIGO Nome do(s) Edilene Maria da Conceição * autor(es) RESUMO Este trabalho apresenta os elementos que constituem a estrutura de um artigo cientifico. O resumo deve conter a INTRODUÇÃO, METODOLOGIA, RESULTADOS E CONCLUSÃO... Palavras-chave: Artigo científico. Normalização. NBR 6022. De 3 a 4 palavras Da mais específica para a menos específica 36 INTRODUÇÃO Na introdução deve-se expor a finalidade e os objetivos do trabalho de modo que o leitor tenha uma visão geral do tema abordado. De modo geral, a introdução deve apresentar: a) o ASSUNTO objeto de estudo, b) o PONTO DE VISTA sobre o qual o assunto foi abordado, c) TRABALHOS ANTERIORES que abordam o mesmo tema, d) as JUSTIFICATIVAS que levaram à escolha do tema, e) o PROBLEMA de pesquisa, f) a HIPÓTESE de estudo, g) o OBJETIVO pretendido, h) o MÉTODO proposto, i) a RAZÃO de escolha do método j) principais RESULTADOS.” (GUSMÃO; MIRANDA, 1997 apud RELATÓRIO... [2003]). 37 Desenvolvimento Parte principal e mais extensa do trabalho, deve apresentar a FUNDAMENTAÇAO TEÓRICA, a METODOLOGIA, os RESULTADOS e a DISCUSSÃO. Divide-se em seções e subseções conforme a NBR 6024, 2003. CONSIDERAÇÕES FINAIS: a) as considerações finais devem responder às QUESTÕES da pesquisa, correspondentes aos OBJETIVOS e HIPÓTESES; b) devem ser BREVE podendo apresentar recomendações e sugestões para trabalhos futuros. REFERÊNCIAS ABNT. NBR 6022: informação e documentação: artigo em publicação periódica científica impressa: apresentação. Rio de Janeiro, 2003. ABNT. NBR6023: informação e documentação: elaboração: referências. Rio de Janeiro, 2002. ABNT. NBR6024: Informação e documentação: numeração progressiva das seções de um documento. Rio de Janeiro, 2003. ABNT. NBR6028: resumos. Rio de Janeiro, 2003. 38 FRANÇA, Júnia Lessa et al. Manual para normalização de publicações técnicocientificas. 6. ed. rev. e ampl. Belo Horizonte: UFMG, 2003. IBGE. Normas de apresentação tabular. 3. ed. 1993. LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina de Andrade. Fundamentos de metodologia científica. 3. ed. rev. e ampl. São Paulo: Atlas, 1991. 39 8 CITAÇÕES De acordo com Matos (1985, p. 242), “a competência redacional do cientista pressupõe a capacidade de fazer citações”, dada a sua importância para a comunicação científica e uma escrita eficaz. Segundo a ABNT – NBR 10520, citação é “menção no texto de uma informação colhida em outra fonte. Pode ser uma transcrição ou paráfrase, direta ou indireta, da fonte escrita ou oral” 2 As citações são textos de outros autores, que se introduzem no trabalho para o auxílio na elaboração da pesquisa. Servem para fundamentar e dar uma maior credibilidade ao trabalho monográfico. Consequentemente, as citações, quando bem escolhidas, isto é, quando relacionadas diretamente ao texto, têm o poder de enriquecer a matéria, pois denotam pesquisa e preocupação por parte do autor do trabalho com relação aos autores escolhidos, geralmente relevantes para o assunto. Uma recomendação importante para o citador diz respeito à fidelidade das citações. Citar não é “pecado” nem errado; porém, o que não é admitida é a transcrição de partes do texto, bem como de ideias e sugestões de outro autor, sem se fazerem as referências devidas. É obrigatório, pois, ao autor do trabalho, indicar os dados completos das fontes de onde foram extraídas as citações, seja no texto, seja em nota de rodapé, ou em lista ao fim dos capítulos do trabalho. A opção é do autor. As citações não devem ser usadas em excesso. 8.1 Orientações gerais Antes de entender as diferentes formas de como as citações podem ser indicadas, é fundamental saber como elaborar uma citação. a) Supressões no início ou no meio: se o trecho extraído é o início de um período, a reprodução deve manter a letra maiúscula inicial. Entretanto, se for um período já iniciado, a letra minúscula é que deve ser mantida e a supressão indicada. Nas citações diretas e citações de citações são permitidas essas omissões desde que o sentido do texto citado seja mantido. Porém, elas devem ser indicadas por reticências, entre colchetes, e sempre dentro das aspas do trecho citado. Exemplos: 2 Idem, p. 4. 40 a) Ponto-final: o ponto-final de uma citação deve sempre ficar dentro das aspas, mesmo que o sistema de chamada venha depois (neste caso o sistema também recebe um ponto final). b) Supressões no final: devem ser seguidas somente pelas aspas de fechamento, sem ponto-final. Para o caso específico em que o sistema de chamada vem após a citação, também não se deve colocar ponto entre o trecho e o sistema. Exemplos: 41 8.2 TIPOS: 8.2.1 CITAÇÃO LIVRE OU INDIRETA: nesse tipo de citação não há uma transcrição literal do texto, mas o texto citado serve de base para quem o cita. Reproduz ideias da fonte consultada sem, no entanto, transcrever o texto. Esse tipo de citação pode ser apresentado de duas formas: a) paráfrase: quando alguém expressa a ideia de um dado autor, ou de uma determinada fonte, com palavras próprias. Deve manter, aproximadamente, o mesmo tamanho do original. A paráfrase, quando fiel à fonte, é geralmente preferível a uma longa citação textual, mas deve ser feita de forma que fique bem clara a autoria. Exemplos: 42 b) condensação: quando se faz uma síntese do texto consultado, sem alterar o pensamento ou ideias do autor. Em ambos os casos o uso de aspas é dispensável; deve-se, contudo, indicar sem alterar o pensamento ou ideias do autor. Exemplos: 8.2.2 CITAÇÃO DIRETA (literal ou textual): é a transcrição de parte do texto de outro autor. Esse tipo de citação pode ser apresentado de duas formas diferentes: a) citações curtas (até três linhas) – são incorporadas ao texto, transcritas entre aspas com indicação das fontes de onde foram retiradas. Exemplos: 43 a) citações longas (mais de três linhas) – são transcritas em bloco e em espaço simples de entrelinhas, com recuo de 4 cm da margem esquerda, com letra menor que a do texto e sem aspas, com indicação das fontes de onde foram retiradas. Exemplos: Em ambos os casos, deve-se observar o seguinte: a) transcrever sempre as palavras ou frases como no original, respeitando-se também a pontuação e/ou grifos; b) as aspas duplas de palavras ou expressões contidas no texto citado devem ser substituídas por aspas simples; o mesmo procedimento deve ser aplicado para palavras e /ou expressões grafadas em itálico; c) usar negrito ou grifo ou itálico para enfatizar ou destacar alguma frase ou palavra da citação, utilizando-se a expressão “grifo nosso” entre parênteses, após a indicação da fonte; caso o destaque já faça parte do texto citado, usar a expressão “grifo do autor”; d) para indicar as supressões de trechos ou palavras do texto em transcrição, devem-se usar reticências entre colchetes [...]; e) acréscimos, interpolações ou comentários também devem ser indicados entre colchetes, como no que segue: [expressão ou termo acrescido]; f) se, no momento da transcrição, o citador detectar alguma incorreção ortográfica ou gramatical, ou incoerência no texto, este deverá ser transcrito como se apresenta, sem qualquer correção, mas 44 deverá ser acrescentada logo após o erro detectado a palavra latina “sic” entre parênteses, de maneira a evidenciar que no texto original estava assim mesmo. 8.2.3 CITAÇÃO DE CITAÇÃO Esse tipo de citação ocorre quando o autor do trabalho transcreve, direta ou indiretamente, um texto ao qual não se teve acesso ao original (citação de “segunda mão”). Nesse caso, o segundo citador deverá acrescentar, antes da indicação da fonte consultada, a palavra latina “apud” (junto a) EX.: [...] toda a organização tem a obrigação de providenciar ou manter um meio ambiente agradável. Organizações que apagam a chama da individualidade de seus membros terão sua capacidade de mudança e adaptação seriamente afetada. Indivíduos que se sentem como uma espiga insignificante na máquina se comportarão como uma espiga numa máquina, não produzindo ideias que trarão mudanças. Ao contrário, resistirão a tais ideias quando elas forem produzidas por outros. (apud FINI, 1990, p.16, grifo nosso) IMPORTANTE: um recurso técnico necessário para se fazerem as referências e notas são as expressões latinas: apud – citado por, conforme, segundo; ibidem ou ibid. – na mesma obra; idem ou id. – igual à anterior; Opus citatum ou op.cit. – obra citada; Quando as citações se repetem, ou seja, mesmo autor e mesma obra sem referências intercaladas de outros autores e obras, utiliza-se o seguinte procedimento: MILL, Stuart. Sistema de Lógica. Livro III. Cap. VII., p.05. _________________. Op. Cit., p. 06 _________________. Ibidem, p. 07 Idem, ibidem, p. 08. 8.2.4 SISTEMA DE CHAMADA 45 O sistema de chamada é a indicação simplificada, no texto, da fonte na qual a citação foi obtida. Ele não só indica o autor responsável pela citação como também facilita ao leitor o aprofundamento ou a conferência posterior da referência. No sistema autor-data, o sobrenome do autor é grafado em letras maiúsculas – quando estiver dentro dos parênteses, ou com a primeira letra em maiúscula do sobrenome e as demais em minúsculas – quando estiver no texto, seguido do ano de publicação e do número da página (quando houver), ambos entre parênteses. a) Quando há apenas um autor (ou organizador). b) Quando há dois autores (ou organizadores): os sobrenomes devem ser separados por ponto-evírgula quando dentro dos parênteses e unidos pela letra “e” quando fora. 46 c) Quando há três ou mais autores (ou organizadores): o sobrenome de apenas um deles deve ser redigido, seguido da expressão et al em itálico. Esse mesmo sobrenome deverá ser redigido nas Referências. Exemplos: d) Quando há coincidência de sobrenomes de autores: o prenome por extenso também deve ser acrescentado, sempre em minúsculas e após o sobrenome. Caso ainda haja coincidência com o prenome, outro sobrenome pode ser incluído. Exemplos: 47 e) Quando o autor é uma entidade, sociedade, organização, universidade etc.: deve ser indicada a sigla, ou abreviatura, no sistema de chamada e o nome por extenso nas Referências. No caso de não existir uma sigla, o nome deve ser colocado por extenso. f) Quando o autor é um órgão governamental (como ministérios, secretarias, prefeituras etc.) ou tem uma denominação genérica: deve-se indicar apenas o órgão superior ou jurisdição geográfica à qual pertence e, se houver mais de um, em um mesmo ano, deve-se proceder da mesma forma como explicado na alínea g, a seguir. g) Quando o autor não pode ser identificado: o título da obra deve ser indicado em vez do nome do autor. 48 Exemplos: h) Quando há uma citação de citação: as citações de citações ocorrem quando o autor inclui trechos de textos de outras fontes, que já fazem menções a referências de terceiros. Esse tipo de citação é um caso muito especial e deve ser somente utilizado na total impossibilidade de acessar o documento original. Deve ser acrescentado o sobrenome do autor do documento não consultado seguido pelo autor do documento efetivamente consultado, com a expressão apud (citado por) em itálico ou a expressão “citado por” (sem aspas). Na referência, as duas obras devem ser indicadas da forma como se pede. Exemplos: i) Quando a fonte da citação é um periódico: para o caso de artigos, as regras descritas até o momento devem ser seguidas. Para o caso de todo o periódico ter sido consultado e/ou não houver autor, o título deve ser apresentado no sistema de chamada. A página não deve ser indicada. 49 Exemplos: j) Quando a fonte da citação é proveniente da Internet: cita-se o autor pelo sobrenome, como se faz na citação tradicional. Quando não houver autor, cita-se o nome do site pesquisado em CAPS LOCK e o ano em parênteses. Não se faz menção do site na nota de rodapé, pois existe uma referência própria para documentos retirados da Internet. Devem-se priorizar fontes de pesquisa que tenham o nome do autor. Ex: de acordo com o Site GUIA4RODAS (2006), o número de estabelecimentos... 50 9 TÉCNICA BIBLIOGRÁFICA DADOS ESSENCIAIS: autor, título do documento, edição, local de publicação, editora e data. DADOS COMPLEMENTARES: organização, tradução, revisão, série, coleção, notas especiais, registro (ISSN ou ISBN) Exemplos: VYGOTSKY, Liev. S. Teoria e método em psicologia. São Paulo: Martins Fontes, 1996. VYGOTSKY, Liev. S. Teoria e método em psicologia. Trad. Claudia Berliner; Revisão Elzira Arantes. São Paulo: Martins Fontes, 1996 (Col. Psicologia e Pedagogia). Bibliografia. ISBN 85336-0504-8 ELEMENTOS IMPORTANTES: Todos os elementos são separados por PONTOS. O sobrenome do autor é separado do restante do nome por VÍRGULA O nome completo é separado por PONTO O título do documento é em ITÁLICO O sobrenome é escrito em MAIÚSCULAS O subtítulo é separado do título por DOIS PONTOS A editora é separada da cidade por DOIS PONTOS Todos os sinais de pontuação são seguidos por UM ESPAÇO VAZIO Datas e páginas ligam-se por HÍFEN Elementos de fascículos separam-se por BARRAS TRANSVERSAIS OBSERVAÇÕES: Quando falta algum dado bibliográfico, ele pode ser substituído pelas seguintes abreviações: s.l. = sem local de publicação s.ed. = sem editora s.d. = sem data s.n.t. = sem notas bibliográficas 51 Quando o elemento não é identificado diretamente, mas pode ser estimado por outros indícios, ele pode ser registrado na referência entre COLCHETES: [1990] = o texto foi publicado nessa data [1990?] = se a data for apenas provável [ca. 1993] = se a data for aproximada SITUAÇÕES PARTICULARES: 1- Norma geral: em português ou brasileiro abreviam-se os demais sobrenomes: Ex.: SALVADOR, Ângelo D. 2- Nomes estrangeiros: geralmente o sobrenome do autor contém mais de um elemento: Ex.: ASTI VERA, Armando 3- Autores brasileiros de sobrenomes compostos: Ex.: CASTELO BRANCO, Camilo FROTA-PESSOA, O. 4- Autores com sobrenomes de parentesco; Ex.: LOURENÇO FILHO, M. B. JORDÃO NETO, Antônio 5- Autores com sobrenome especial privilegiado pelo uso: Ex.: PORCHAT PEREIRA, Oswaldo e NÃO PEREIRA, Oswaldo Porchat ou AINDA PORCHAT, Oswaldo 6- Autores com sobrenomes portadores de partículas: (do, del, de las, von, della etc.) Ex.: VON ZUBEN, Newton A. 7- Vários autores: a) até 3 autores: SILVEIRA, Paulo; ALMEIDA, Ernesto de; SOUSA, José de. 52 b) mais de 3 autores: NAGEL, E. e outros NAGEL, E. et alii ou et al d) obra coletiva organizada por um autor: FRIGOTTO, Gaudêncio (Org.). trabalho... Educação e 8- Tradução de nomes de autores estrangeiros: não se permite a tradução, com exceções: Ex.: MARX, Karl e nunca: MARX, Carlos 9- Casos de obra sem autor declarado: coloca-se o organizador ou não Ex.: MORGAN, Walter (Ed.). O trabalho humano... A BÍBLIA sagrada... Se o autor for identificado por VIA INDIRETA: [DIAS, Gonçalves]. Poemas obscuros... 10- Obras publicadas por entidades coletivas: associações, institutos e semelhantes: Ex.: ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Normalização da documentação no Brasil... Entidades ligadas a órgãos públicos: país, órgão, repartição: Ex.: BRASIL. Ministério da Educação e Cultura, Plano... São Paulo. Departamento de Educação. Chefia do Ensino Básico... 11- Eventos (congressos, conferências, encontros...) Ex.: CONGRESSO BRASILEIRO DE EDUCAÇÃO PRÉ-ESCOLAR. 6, 1995, Porto Alegre. 12- Referência Legislativa (leis, decretos e portarias): Ex.:. BRASIL. Constituição, 1988. BRASIL. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. TÍTULOS DOS ESCRITOS: 1- Normais gerais: O título de livro é escrito integralmente, em itálico. 53 Nos títulos e subtítulos todas as palavras são escritas em minúsculas, com exceção da palavra inicial – exceto quando nomes próprios. Os subtítulos, quando importantes, são separados por DOIS-PONTOS Ex.: SALOMON, Delcio Vieira. Como fazer uma monografia: elementos de metodologia do trabalho científico. 2- Títulos de obras sem autores identificados: Ex.: PROCESSO de evolução política... RELATÓRIO de grupo de trabalho para reforma do ensino... 3- Títulos de periódicos: Ex.: REFLEXÃO. Campinas. Instituto de Filosofia e Teologia. publicação encerrada: 1975-1990. PUC. 1975. ou com EDUCAÇÃO & REALIDADE. Porto Alegre: UFRGS/FACED, 1975- 4- Títulos de artigos de revista: autor, título do artigo em redondo, título da revista em itálico, local da publicação, volume, fascículo, página inicial e final, mês e ano. Ex.: FERRAZ JR., Tércio Sampaio. Curva de demanda, tautologia e lógica. Ciências Econômicas e Sociais, Osasco, v. 6, n.1, p. 97-105, jan. 1990. 5- Títulos de artigos de jornal: autor, título do artigo, título do jornal (itálico), cidade, data (dia, mês e ano), número ou título do caderno, seção ou suplemento, indicação da página inicial e final. a) artigo assinado: PINTO, J.N. Programa explora tema raro na TV. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 08 fev.1975, c.2. p.7. b) Artigo não assinado: ECONOMISTA recomenda investimento no ensino. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 8 fev.1977, p.21, 4-5 col. c) Artigo de suplemento: SIMÕES, Gilda Naécia. A educação da vontade. Suplemento Cultural de O Estado de São Paulo, São Paulo, 31 out. 1976. c.1(3): p.35. 6- Entrevista: ENTREVISTADO. Título. Local: data. Nota da entrevista. Ex.: CRUZ, Joaquim. A estratégia para vencer. Pisa: 1988. Veja. São Paulo, v.20, n. 37, p. 5-8, 14 set. 1988. Entrevista concedida a J.A. Dias Lopes. 54 7- Referência de parte de um texto do mesmo autor: Ex.: GOLDMANN, Lucien. Expressão e forma. In: Ciências humanas de filosofia. 2. ed. São Paulo: Difel, 1970. p. 104-110. 8- Referência de parte de um texto de autor diferente da autoria do livro no todo: Ex.: SCHWARTZMAN, Simon. Como a Universidade está se pensando? In: PEREIRA, Antônio Gomes (Org). Para onde vai a Universidade Brasileira? Fortaleza: UFC, 1983. p. 2945. 9- Referência de dicionário ou enciclopédia: Ex.: FERREIRA, Aurélio B. de Hollanda. Novo dicionário da língua portuguesa. 2.ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1986. 1838 p. ENCICLOPÉDIA Mirador Internacional. São Paulo: Encyclopedia Britannica do Brasil, 1995. 20 v. 10- Contribuição não assinada em enciclopédias, dicionários etc. Ex.: Indução: In: ABBAGNANO, N. Dicionário de Filosofia. São Paulo: Mestre Jou, 1970. p. 529-533. OBSERVAÇÕES: Somente a partir da 2. ed. rev. e amp. Locais estrangeiros: não se aportuguesam os nomes: New York Nomes homônimos: San Juan, Chile ou San Juan, Puerto Rico Mais de uma cidade: cita-se a 1ª; uma editora de cada cidade, citam-se as duas: Porto Alegre - São Paulo: Globo-Edusp. Ex.: OTT, Margot Bertolucci. Tendências ideológicas no ensino de primeiro grau. Porto Alegre: UFRGS, 1983. 214f. Tese (Doutorado em Educação) – Programa de Pós-Graduação em Educação, Faculdade de Educação. Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 1983. 55 12- Evento (congressos, encontros...): NOME DO EVENTO, nº do evento (.), ano, local. Título (itálico ou negrito). Local: editora, ano. páginas (opcional) Ex.: SEMINÁRIO BRASILEIRO DE EDUCAÇÃO, 3., 1993, Brasília. Anais. Brasília: MEC, 1994. 300p. 13- Trabalho apresentado em congresso: AUTOR. Título: subtítulo. In: NOME DO CONGRESSO, nº., ano, local de realização. Título. Local de publicação: editora, ano. páginas inicial e final do trabalho. Ex.: MOREIRA, A. F. B. Multiculturalismo: currículo e formação de professores. In: SEMINÁRIO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO BÁSICA, 2., 1988, Santa Cruz do Sul. Anais... Santa Cruz do Sul: EDUNISC, 1998. p. 15-30. 14- Legislação publicada em Diário Oficial: JURISDIÇÃO, Lei nº ..., data. Ementa. Nome da publicação, local, volume, fascículo, página inicial e final, data da publicação. Ex.: BRASIL. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Diário Oficial [da República Federativa do Brasil], Brasília, DF, v. 134, n. 248, 23 dez. 1996. Seção I, p. 27834-27841. 15- Jurisprudência (no corpo do texto): JURISDIÇÃO, tribunal, turma, câmara, nome do relator, resultado dos votos (se unânime ou por maioria), data do julgamento, número e tipo do recurso, data da publicação da decisão, veículo de publicação (DOU, DOJ Estado...) Ex.: Ap. 0000000, 5ª Câm. Civ., TJSP, rel. Des. Carlos Renato. J. 3-8-2000, v.u., in RT, 682: 74. 16- Jurisprudência (nas referências): NOME DO PAÍS, ESTADO OU MUNICÍPIO. Órgão judiciário competente. Título (natureza da decisão ou ementa) e número. Partes envolvidas (se houver). Relator. Local, data (dia, mês e ano). Dados da publicação que transcreveu o documento. Ex.: BRASIL, Tribunal Regional Federal. Região 1ª. Apelação Apelante:...Apelada: ...Relator: ... São Paulo, 2-10-2004, v.u., nº... p.... cível nº..., 17- Texto digitado: NOME. Título. Local, ano, nº de folhas mais a nota entre parênteses (Texto digitado). Ex.: FARIA, Antônio. A educação no Brasil Colonial. Porto Alegre, 2007. 8 f. (Texto digitado). 56 18- Comunicação Oral: NOME. Título. Local, Instituição, ano. (Comunicação Oral). Ex.: CRAIDY, Carmen Maria. Metodologia da Pesquisa Social. Porto Alegre: UFRS, 2006. (Comunicação Oral). a) Internet: site, links e especificações do trabalho: nome do autor, data, endereço de localização na rede. Ex.: CARLOS, Cássio S. (1997). As ideias do Norte. Disponível em: <http://www.uol.com.br/fsp> Acesso em: 21 jan.1997. EDUCAÇÃO. Disponível em: <http://www.cortezeditora.com.br>. Acesso em: ... b) E-mail: NOME do remetente. Assunto. [mensagem pessoal] Mensagem recebida por <endereço eletrônico> em data do recebimento. Ex.: BIBLIOTECA CENTRAL DA UFRGS. Alerta. [mensagem pessoal] Mensagem recebida por <[email protected]> em 18 jul.2000. Ex.: CD Timbalada. Carlinhos Brown e Wesley Rangel. nº 518068-2 . Philips/Polygram. s/l, s/d. c) Disquete: DQ Anped / 20ª Reunião Anual. Gt-17 Filosofia da Educação. Caxambu-MG, 1997. d) Vídeo: O enigma de Kaspar Hauser. Dir. Werner Herzog. Cinematográfica FJ. São Paulo, 1990. FJ-101. e) Fita cassete: Maria Bethânia e Caetano Veloso ao vivo. Nº 7128265. Philips. s/d. Caetano Veloso. Carcará . In: Maria Bethânia e Caetano Veloso ao vivo. Nº 7128265. s/d. f) Programas de Televisão e Rádio: TEMA. Nome do programa. Cidade: nome da TV ou Rádio, data da apresentação do programa. Nota especificando o tipo de programa (rádio ou TV). Ex.: UM MUNDO ANIMAL. Nosso universo. Rio de Janeiro: GNT, 4 de agosto de 2000. Programa de TV. 57 10 ASPECTOS TÉCNICOS DA REDAÇÃO A redação do trabalho exige domínio prático de todo um instrumental técnico que deve ser utilizado devidamente como em outros setores da metodologia, havendo muitas divergências nas orientações. As diretrizes que se seguem pretendem ser as mais práticas possíveis e visam a atingir os trabalhos didáticos mais comuns à vida universitária. São normas gerais que, no caso de trabalhos específicos, como as dissertações de mestrado e as teses de doutorado, precisam ser complementadas com as exigências que lhe são específicas. Do ponto de vista da apresentação geral, um trabalho científico contém as seguintes partes: CAPA FOLHA DE GUARDA (*) (folha em branco colocada opcionalmente) FALSA FOLHA DE ROSTO (*) (opcional, devendo conter apenas o título) FOLHA DE ROSTO (contada, mas não numerada) FOLHA DE EXAME (*) (contada, mas não numerada) DEDICATÓRIA (*) (contada, mas não numerada) AGRADECIMENTOS (*) (contada, mas não numerada) RESUMO (*) LISTA DE ABREVIATURAS, SÍMBOLOS, TABELAS, FIGURAS, GRÁFICOS E QUADROS SUMÁRIO (contada, mas não numerada) NÚCLEO DO TRABALHO: Introdução, desenvolvimento, considerações finais REFERÊNCIAS E BIBLIOGRAFIA NOTAS (observações sobre o texto que não são incluídas nele) ANEXOS (contadas, mas não numeradas) GLOSSÁRIO (necessário quando se utilizam termos técnicos; dicionário) APÊNDICE (*) (texto que enriquece o trabalho - Ex.: normas da ABNT) ÍNDICE (*) (diferente do sumário = informações cronológicas etc. (*) Estas partes aparecem, na maioria das vezes, nas monografias finais de conclusão de curso, não sendo exigidas em trabalhos didáticos normais. 58 MODELO INSTITUTO DE ENSINO SUPERIOR PRESIDENTE TANCREDO DE ALMEIDA NEVES DE CAPA ROSÂNGELA DE LUCCA M. SACHETIM DESENVOLVIMENTO DO IPTAN COMO INSTITUIÇAO DE ENSINO SÃO JOÃO DEL-REI 2012 MODELO ROSÂNGELA DE LUCCA M. SACHETIM DE FOLHA DE DESENVOLVIMENTO DO IPTAN COMO INSTITUIÇÃO DE ENSINO ROSTO Monografia apresentada ao Curso de XXXXXXXX do Instituto de Ensino Superior Presidente Tancredo de Almeida Neves - IPTAN - como requisito parcial à obtenção do título de Graduado, sob orientação do Prof. XXXXXXX. SÃO JOÃO DEL-REI 2012 59 MODELO DE ROSÂNGELA DE LUCCA M. SACHETIM FOLHA DE EXAME DESENVOLVIMENTO DO IPTAN COMO INSTITUIÇÃO DE ENSINO Monografia apresentada ao Curso de XXXXXXXX do Instituto de Ensino Superior Presidente Tancredo de Almeida Neves - IPTAN - como requisito parcial à obtenção do título de Graduado, sob orientação do Prof. XXXXXXX. COMISSÃO EXAMINADORA ___________________________________ Prof. XXXXXXXXXXXXXXXXXX ___________________________________ Prof. XXXXXXXXXXXXXXXXXX __________________________________________ Prof. XXXXXXXXXXXXXXXXXX MODELO DE DEDICATÓRIA A Deus, .......................................... ...................................................... ...................................................... ...................................................... ............. 60 MODELO DE AGRADECIMENTOS AGRADECIMENTOS Ao meu pai..................................... ............................................................................................... ............................................................................................... Aos meus amigos........................... ............................................................................................... ............................................................................................... Ao meu orientador......................... ............................................................................................... ................................................................................................ Ao meu pai..................................... ............................................................................................... ............................................................................................... Aos meus amigos........................... ............................................................................................... ............................................................................................... 61 Ao meu orientador......................... ............................................................................................... ................................................................................................ MODELO DE SUMÁRIO SUMÁRIO INTRODUÇÃO ..................................................................06 1- ENSINO SUPERIOR .................................................. 08 1.1. Educação em Minas Gerais ............................. 10 1.2. Ensino Superior em Minas Gerais ................... 14 1.3. O Governo Federal .......................................... 20 2- SÃO JOÃO DEL-REI ................................................. 23 2.1. Ensino na Cidade ............................................. 26 2.2. Diagnóstico ...................................................... 32 3- PROPOSIÇÕES ......................................................... 38 3.1. Novo modelo de ensino ................................... 43 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................ 51 REFERÊNCIAS ................................................................. 57 ANEXOS .......................................................................... 60 62 MODELO DE LISTA DE LISTA DE ILUSTRAÇÕES ILUSTRAÇÕES GRÁFICO 01 – Educação no Brasil .................................. 07 GRÁFICO 02 – Nível de Renda ....................................... 27 GRÁFICO 03 – Nível de Escolaridade............................. 42 MODELO DE RESUMO RESUMO (200 a 250 palavras) Este trabalho tem como finalidade demonstrar a ausência de políticas públicas na educação de nível superior no Estado de Minas Gerais ..................................................... ........................................................................................... ........................................................................................... ........................................................................................... ........................................................................................... ........................................................................................... ........................................................................................... ........................................................................................... ........................................................................................... Palavras-Chave: ausência de políticas públicas; educação; nível superior. OBS: (3 a 5 palavras, da mais específica para a menos específica) 63 MODELO REFERÊNCIAS DE REFERÊNCIAS BRITTO, Ronaldo Almeida de et al. Crime na ciência. 2. ed. São Paulo: Paulinas, 1999. DE LUCCA, Andréa Marchetti; JOHNSON JR. Misfits technologies. London: Makron Books, 1968. VAN BASTEN, Binne; DE BOER (Orgs.) A mais nova laranja mecânica. 3. ed. São Paulo: Sinousa, 1997. OBSERVAÇÕES: Na organização das páginas para montagem final do trabalho, atente-se para as seguintes recomendações: NÃO SÃO CONTADAS: a) a capa dos documentos b) a folha de guarda c) a falsa folha de rosto SÃO CONTADOS, MAS NÃO RECEBEM NÚMERO: a) b) c) d) a folha de rosto as páginas de dedicatória e agradecimentos o sumário as páginas iniciais de capítulos As páginas são numeradas acima da margem da folha ou no meio da folha. A paginação deve ser feita após a versão definitiva. 64 11 FORMATAÇÃO SUGERIDA PARA TRABALHOS, DISSERTAÇÕES E MONOGRAFIAS 11.1 Papel formato A4 (210 mm X 297 mm) - branco 11.2 Margens de: 3,0 cm na parte superior 2,0 cm na parte inferior 3,0 cm no lado esquerdo 2,0 cm no lado direito 11.2.1 - 1,5 cm para cabeçalho e rodapé 11.3 Corpo da letra: 12 - corpo menor para citações longas 11.4 Fontes recomendáveis: Times New Roman ou Arial 11.5 Parágrafo (tabulação): recuo de 1,5 cm (2 tabulações) a partir da margem esquerda. 11.6 Paginação: as páginas são numeradas em algarismos arábicos, colocados no canto superior direito, a 2 cm da borda do papel, acima da primeira linha, fonte menor que a do texto, a partir da primeira folha da parte textual. 11.7 Espaçamento: no texto, espaço 1,5. Rodapé, resumo, referência, legendas de ilustrações e tabelas, fichas catalográficas, citações textuais de mais de 3 linhas: espaço simples entre linhas. Entre parágrafos adotar o mesmo espaço entre linhas. 11.8 Referências no final do trabalho: espaço simples; 2 espaços entre cada referência; alinhamento à esquerda. 11.9 Divisões de texto: capítulos, seções, subseções: 11.9.1 MONOGRAFIAS: sistema de numeração progressiva para divisões e subdivisões (indicativos numéricos, alinhados à esquerda) 11.9.2 Títulos, indicativos numéricos, lista de ilustrações, sumário, resumo, referência e outros: centralizados, destacados, negrito, itálico, grifo, caixa alta etc. 11.9.3 Apresentação tipográfica normativa: * capítulos: títulos grafados em caixa alta, tamanho 12, em negrito, precedidos de seu indicativo numérico. * seções primárias: títulos grafados em redondo, tamanho 12, em negrito, precedidos de seu indicativo numérico. 65 * seções secundárias: títulos grafados em redondo e capitalizados, tamanho 12, precedidos de seu indicativo numérico. * seções terciárias: títulos grafados em redondo e capitalizados, precedidos de seu indicativo numérico. * seções quaternárias e quinárias: capitalizada somente a primeira palavra do título, fonte tamanho 12, precedidos de seu indicativo numérico. 11.10 OBS.: Recomenda-se limitar o número de divisões de cada parte, seção ou capítulo em, no máximo, cinco vezes (até a seção quinária); se houver necessidade de mais subdivisões, estas devem ser feitas por meio de alíneas. 11.11 ALÍNEAS: quando se fizer necessário o uso de alíneas (a, b, c...), deve-se se manter o mesmo padrão adotado para os parágrafos: a) o trecho final da seção correspondente, anterior às alíneas, termina com dois-pontos; b) as alíneas são ordenadas por letras minúsculas seguidas de parênteses; c) a matéria das alíneas começa por letra minúscula e termina por ponto-e-vírgula; a última alínea termina com ponto; d) a segunda linha e as seguintes da matéria da alínea começam sob a primeira linha do texto da própria alínea. 11.12 As abreviaturas devem ser indicadas entre parênteses, precedidas do respectivo nome por extenso. 11.13 ILUSTRAÇÕES: devem ser precedidas da palavra designativa, seguida de seu número de ordem de ocorrência no texto, em algarismos arábicos, do respectivo título e/ou legenda. Devem aparecer perto do lugar em que são mencionadas no texto, e recomenda-se deixar 3 espaços simples entre: * o texto que antecede as ilustrações; * o texto imediatamente subsequente a cada uma. 11.14 TABELAS: devem obedecer às “Normas de Apresentação Tabular” publicadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e obedecer ao seguinte: a) ter numeração independente e consecutiva; b) o título da tabela deve ser o mais completo possível; c) o título deve figurar acima da tabela, precedido da palavra “Tabela” e de seu número de ordem no texto, em algarismos arábicos; d) devem ser inseridas o mais próximo possível do texto onde foram mencionadas; e) a indicação da fonte deve ser sempre indicada no rodapé da tabela, precedida da palavra “Fonte” após o fechamento; f) notas eventuais e referentes aos dados da tabela devem ser colocadas no rodapé da mesma; g) devem ser destacadas do texto pelo mesmo espaçamento das ilustrações. 66 11.15 NOTAS DE RODAPÉ: digitadas ao pé da página, dentro das margens, separadas do texto principal por um espaço simples de entrelinhas e por um filete (linha) de 5 cm de extensão, a contar da margem esquerda, com fonte menor que a do texto, em espaço simples de entrelinhas. As notas de rodapé são indicações, observações, traduções de textos em língua estrangeira, comentários ou esclarecimentos que, segundo julgamento do autor, não podem ser incluídas diretamente no texto, mas que devem ser mencionados por sua importância e relação com o tema tratado. Elas devem ser utilizadas para não interromper a sequência lógica da leitura, em ocasiões especiais, limitando-se ao mínimo necessário. As notas de rodapé não devem ser utilizadas para indicar as referências de citações. Quando for necessário incluir uma nota, o autor primeiramente deve indicar o número de referência. É muito importante que essa numeração seja única e consecutiva para todo o trabalho (não se devem reiniciar os números a cada página ou seção) e que ela seja apresentada no texto corrente em algarismos arábicos. No texto, somente podem ser utilizadas as notas de rodapé explicativas com os seguintes propósitos: a) Ampliar as afirmações do período, evitando sobrecarregar o texto com observações que, embora importantes, são acessórias em relação ao tema: b) Expor a versão original do texto em língua estrangeira que foi traduzido no texto: 67 c) Indicar a ocorrência de Apêndice ou Anexo: 68 12 CONFIGURAÇÕES DE PÁGINAS 12.1 Configurando o formato da página e das margens Na guia “Layout e Página” clique no “Iniciador de Caixa de Diálogo”, que fica no canto inferior direito do grupo “configurar página”. Nesta janela configure: Margens: 1º. Visualização: aplicar no documento inteiro. 2º. Superior: 3,0 cm; 3º. Inferior: 2,0 cm; 4º. Esquerda: 3,0 cm e 5º. Direita: 2,0 cm; 6º. Orientação: Retrato 7º. Clique na Guia "Papel". 2º 3º 69 4º 5º Nesta janela selecione: 1º. Aplicar: No documento inteiro. 2º. "Tamanho do papel" a opção "A4 (21cm x 29,7 cm)"; 3º. Guia Layout 2º 70 1º Nesta Guia Layout selecione: 1º. Aplicar: No documento inteiro. 2º. Cabeçalho: 2,0 cm 3º. Rodapé: 1,25cm 4º. OK 71 1º 12.2 INSERIR NUMERAÇÃO DE PÁGINAS Como as páginas dos elementos pré-textuais (capa, folha de rosto, etc.) não são numeradas, mas consideradas, seguem-se os seguintes passos: a) Inserir quebra de seção: 72 * a quebra de seção deverá ser colocada no final da página do SUMÁRIO, ou seja, na página anterior ao início da parte textual; * logo após o fim do SUMÁRIO pressione um ENTER. 1º. na Guia “Layout de Página” clique em Quebra 2º. Em “Quebras de seção": escolha a opção "Próxima página" 1º b) Inserir número de página: 1º. Com o cursor na página que será a "Introdução" ou a “Apresentação”, clicar na guia Inserir e no grupo “Cabeçalho e Rodapé” no ícone “Número de página”. 73 2º. Em número de página, escolha “Início da Página” e 3º. Em seguida em “Número sem Formatação 3”. 4º. No grupo Navegação desabilite a opção "Vincular ao Anterior” 1º c) Número inicial em Introdução: 74 1º. Clique novamente em “Número de Página” 2º. E depois em “Formatar Números de Páginas” 3º. Na opção “Numeração da página” marque a opção “iniciar em” e digite o número que deve iniciar a “Introdução”, lembrando que a capa não é contada. 1º 75 12.3 GERAR O SUMÁRIO AUTOMATICAMENTE Na página do Sumário, posicione o cursor logo abaixo da palavra “SUMÁRIO” e na guia “Referências”, e depois clique em: 1º. Sumário e mais abaixo em 2º. Inserir Sumário 1º 76 77 3º Na caixa de diálogo Sumário escolha: 1º. Clique na guia Sumário. 2º. Preenchimento de tabulaçao: ..... 3º. Formato: Do modelo. 4º. Mostrar níveis: Escolha quantos níveis (de seção) você quer que sejam exibidos no sumário. 5º. Modificar 2º Para modificar o estilo: 1º. Estilo Sumário 1. 2º. Modificar. Use as mesmas formatações do Estilo título de seção primária, porém com espaçamento depois de 12 pts. 78 Repita o processo para as seções secundárias, terciárias etc., mas com espaçamento antes e depois igual a zero.º 1º Fazer alinhamento pela margem do título do indicativo mais extenso. 1º. Selecione o sumário. 2º. Crie uma tabulação com alinhamento esquerdo de acordo com o início do título de 79 maior seção. Se o título da uma seção for terciária, crie a tabulação alinhada ao início do título, entre número e texto. 3º. Pressione TAB entre o número e texto do título em cada linha do Sumário para que ele fique alinhado. 1º 2º 80 13 OBRAS CONSULTADAS CYRANKA, Lúcia Furtado de M., SOUZA, Vânia Pinheiro. Orientações para normalização de trabalhos acadêmicos. 6. ed. rev. e atual. Juiz de Fora: EDUFJF, 2000. DAU, Sandro; DAU, Shirley. Metodologia científica e técnicas de pesquisa. Juiz de Fora: Editora Associada, 2001. DENCKER, Ada de Freitas Maneti. Métodos e técnicas de pesquisa em turismo. São Paulo: Futura, 1998. MÜLLER, Mary Stela; CORNELSEN, Julce Mary. Normas e padrões para teses, dissertações e monografias. 5. ed. Londrina: Eduel, 2003. OLIVEIRA, Rosy Mara (Org.). Manual para apresentação de trabalhos científicos: TCCs, monografias, dissertações, teses e projetos. Barbacena: UNIPAC, 2010. SEVERINO, Antônio Joaquim. Metodologia do trabalho científico. 22. ed. rev. e ampl. São Paulo: Cortez, 2002. 81