ANAIS
A COMPLEXIDADE E A GESTÃO ESTRATÉGICA DO RESGATE DOS 33
MINEIROS SOTERRADOS NA MINA SAN JOSE NO CHILE
ULIR MUNSIO COMPAGNONI ( [email protected] )
CENTRO UNIVERSITARIO DE JARAGUÁ DO SUL - UNERJ
JÚLIO CÉSAR DA SILVA ( [email protected] )
CENTRO UNIVERSITARIO DE JARAGUÁ DO SUL - UNERJ
JORGE HARRY HARZER ( [email protected] )
CENTRO UNIVERSITÁRIO DE JARAGUA DO SUL
Resumo: A indústria extrativa mineral do Chile explora cerca 1.200 jazidas, concentradas
numa região desértica conhecida como “o deserto do atacama”. Uma destas é a mina San
Jose, o cenário do desastre deste estudo que tem por objetivo, analisar a gestão estratégica do
resgate dos 33 mineiros soterrados em 05 de agosto de 2010. Um plano de sondagem
múltipla aumentou as chances de que um dos túneis chegasse ao refúgio onde se encontravam
os 33 mineiros. O referencial teórico propõe construir ligações entre os conceitos dos sistemas
complexos, das teorias do caos e da complexidade com este cenário de desastre.
Palavras-chave: Teoria do caos. Teorias da complexidade. Mina San Jose. Planejamento do
resgate.
1. INTRODUÇÃO
A indústria extrativa mineral mundial tem experimentado um grande crescimento,
possibilitando que commodities como o minério de ferro, o zinco, o cobre e o ouro tenham
grandes altas nas cotações internacionais, intensificando a lucratividade dos grandes grupos
mineradores. (DNPM, 2010).
O Chile têm cerca de 1.200 jazidas, a maioria delas, cerca de 1.000, são classificadas
de pequeno porte e outras 200 de médio e grande porte. As jazidas do Chile se concentram
numa região desértica conhecida como “o deserto do atacama”. Distante 45 km da cidade de
Copiapó, encontra-se a Mina San Jose, onde os 33 mineiros chilenos padeceram por 69 dias
presos a uma profundidade de quase 700 metros. Esta mina pertence à empresa mineradora
San Esteban que ao longo de mais de um século extraiu muito ouro e cobre. (REVISTA
ÉPOCA, 2010)
O desabamento de rocha basáltica, um bloco com peso estimado em 800 mil
toneladas, ocorrido em 05 de agosto de 2010, impediu os 33 trabalhadores de saírem pela
rampa. Este não foi o primeiro desastre nesta mina. Mesmo com os acidentes anteriores com
vítimas fatais, a mineradora continuou contrariando as normas de segurança. A mina possui
uma única entrada que também é a saída. (MPE-MAGAZINE & EL MERCÚRIO, 2010)
A esperança dos familiares foi a maior da que o governo chileno tivera nos primeiros
dias. Em ambos, se intensificou no décimo sétimo dia quando através da “paloma” meio
1/14
ANAIS
usado para a logística, ao emergir das profundezas da terra trouxe um bilhete e nele estava
escrito “Estamos bien em el refugio los 33”. (REVISTA ÉPOCA, 2010)
Este desabamento foi um dos quatorze em que o Engenheiro de Minas Miguel Fortes,
que é um dos especialistas mais experiente na mineraria da região do Atacama, se envolveu
no planejamento para o resgate. Ele foi primeiro a dizer que seria possível resgatá-los se o
governo chileno disponibilizasse recursos humanos especializados e os recursos financeiros
necessários para trazer tanto maquinaria quanto as tecnologias modernas necessários para
executar um plano de sondagem múltipla, aumentando assim as chances de se chegar ao
refúgio. (NATIONAL GEOGRAPHIC, 2010)
O Chile é um país instável para terremoto. Em 28 de fevereiro de 2010, um fortíssimo
terremoto de 8,8 graus na escala Richter, deixou mais de 300 mortos, acredita-se que cerca de
2 milhões de pessoas foram afetadas. Agora, preocupação dos chilenos era de que poderia a
qualquer momento novamente ocorrer um terremoto quando os mineiros estivessem dentro
da mina. (SOBRE ISSO, 2010)
O objetivo deste estudo é verificar a aplicação das teorias do caos e da complexidade
percebidas nas estratégias adotadas no resgate com vida dos 33 mineiros soterrados.
Considerando que em desastres, embora tenham peculiaridades diferentes, a complexidade
organizacional sempre emerge, e as decisões devem ser tomadas com cautela mesmo havendo
a pressão, comum em desastres, deve-se ter agilidade e rapidez nas ações, para evitar a morte
dos atingidos.
As Teorias do Caos e da Complexidade introduziram novos paradigmas que estão
alterando significativamente o modo como os cientistas compreendem e explicam o
funcionamento do mundo.
A diferença entre os sistemas complexos não-adaptativos e os adaptativos, está na
forma como eles evoluem, isto é, os não-adaptativos – sistemas puramente físicos – evoluem
através das reações químicas; enquanto que os adaptativos – sistemas vivos – evoluem por
meio do aprendizado e das reações químicas.
Inicialmente este estudo apresenta, além desta introdução, uma breve revisão de
conceitos sobre teoria da complexidade e teoria do caos. Em seguida relata-se o desastre dos
mineiros na mina San Jose do Chile, detalhando os planos e a complexidade para resgatar os
trabalhadores com vida. Considerações finais e a referências consultadas neste estudo que não
será conclusivo.
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
A seguir busca-se fundamentar as teorias, que darão suporte teórico e propõem
construir ligações entre os conceitos das teorias do caos e da complexidade com a estrutura e
a dinâmica deste evento complexo.
As ciências clássicas substituíram os mitos e crenças pelas leis científicas que deram
sentido e ordem ao Universo. O modo de pensar, agir e fazer ciência são fundamentadas no
paradigma das ciências clássicas, edificadas em três pilares: (i) a ordem: a noção que nasce de
uma concepção determinista e mecânica do mundo. E a desordem que se contrapõem da
ordem a ser descoberta; (ii) Separabilidade: corresponde ao princípio cartesiano segundo o
qual é preciso, para estudar um fenômeno ou resolver um problema, decompô-lo em
elementos simples. (iii) Razão: nosso modo de pensar é o da lógica da indução da dedução e
da identidade, quer dizer, a rejeição da contradição (MORIN & MOIGUE, 2000;
VASCONCELLOS, 2002).
As ciências naturais introduziram novos paradigmas no modo como os cientistas
compreendem e explicam o funcionamento do mundo. A visão simplista de como o mundo
2/14
ANAIS
funciona está sendo substituída por outra essencialmente complexa e paradoxal. Esses novos
paradigmas têm também, sua aplicação em modelos de análise econômica e nas análises dos
teóricos da administração (PARKER & STACEY, 1995).
A compreensão de fenômeno complexo e não-linear passa primeiro pelo entendimento
do que é padrão. Segundo Fritjof Capra (1998, p. 76), “padrão de organização é uma
configuração de relações características de um sistema em particular”, e tornou-se importante
para o entendimento dos sistemas.
Ainda segundo Fritjof Capra:
Ao longo de toda a história da ciência e da filosofia ocidentais, tem havido uma
tensão entre o estudo da substância e o estudo da forma. O estudo da substância
começa com a pergunta:“do que ele é feito?”; e o estudo da forma, com a pergunta:
”Qual é o padrão?”. (CAPRA, 1998, p. 76)
Os sistemas complexos são divididos em dois grupos. No primeiro grupo estão os
sistemas complexos não-adaptativos, que apresentam comportamento aperiódico, não-linear e
instável, tal comportamento impossibilita a realização de previsões exatas e produz um
conjunto de soluções que parecem aleatórios. Na sua maioria, são sistemas físicos
constituídos por agentes inanimados, como por exemplo: os fenômenos climáticos e
geológicos, máquinas, artefatos etc. A teoria do caos concentra-se no estudo destes tipos de
sistema (GARCIA, 2001).
No outro grupo estão os sistemas complexos adaptativos que envolvem agentes
adaptativos animados que obviamente agem, interagem, aprendem, modificam o seu
comportamento e evoluem, como por exemplo: o homem, as sociedades, as organizações,
bando de pássaros e os seres vivos em geral. Esses agentes também interagem com os agentes
dos sistemas complexos não-adaptativos. A teoria dos sistemas complexos adaptativos é
conhecida como ciência da complexidade ou simplesmente teoria da complexidade (LEWIN,
1994; GARCIA, 2001).
A diferença entre os sistemas complexos não-adaptativos e os adaptativos, está na
forma como eles evoluem, isto é, os não-adaptativos – sistemas puramente físicos – evoluem
através das reações químicas; enquanto que os adaptativos – sistemas vivos – evoluem por
meio do aprendizado e das reações químicas (GLEISER, 2002).
O comportamento de um sistema linear não apresenta complicações e é previsível,
pois uma causa dada tem um e somente um efeito, e uma determinada ação têm um e somente
um resultado (CARROLL, 1994).
Já o comportamento não-linear, característico dos sistemas complexos – adaptativos
ou não - é aquele cuja resposta a um determinado estímulo não é necessariamente
proporcional à intensidade desse estímulo. Devido ao efeito Feedback, há uma quebra da
causalidade linear de tal forma que a causa age sobre o efeito, e o efeito age sobre a causa
tornando-se causador ao retroagir sobre a causa. Os sistemas complexos não possuem a
propriedade aditiva simples, isto é, não é possível construir o comportamento do sistema
como um todo através da soma de suas partes (PARKER & STACEY, 1995).
A teoria da complexidade estuda o comportamento dos sistemas complexos
adaptativos – cuja principal característica é responder ou mudar a cada nova informação que
chega do ambiente, através de um processo de aprendizado. Um sistema complexo adaptativo
é formado por vários componentes (agentes adaptativos), que interagem entre si de acordo
com um conjunto de normas que constroem o aprendizado, isto é, seu comportamento
modifica a medida que ele evolui e interage com o ambiente. A teoria da complexidade
elimina a ideia de que a realidade, a natureza são fenômenos simples que podem ser estudados
3/14
ANAIS
por disciplinas isoladas. Ela demonstra que o mundo é um fenômeno transdisciplinar
(NICOLESCU, 1999; WALDROP, 1992; HOLLAND, 1997; MORIN, 1990, 2000).
Para Morin (1990, 2000), complexidade é um problema, um desafio e não uma
resposta. Ela está no mundo, em todas as coisas (materiais ou não), a vida cotidiana é
impregnada de complexidade, antes de ser uma teoria, um paradigma, um modelo para pensar
o mundo, a vida e o homem, é mais propriamente um atributo de todo o mundo.
Para Prigogine (1996), um tipo de propriedade, que emerge destas múltiplas interações
entre os agentes de um sistema complexo, é a organização. Estes sistemas, segundo Prigogine,
quando levados a estados fora do equilíbrio iniciam processos internos de auto-organização,
são estados de instabilidade, rico em criatividade e facilidade de adaptação, onde o sistema se
auto-organização de forma espontânea, criando ordem a partir de um estado desordenado.
É da interação entre as partes dos sistemas complexos que em nível local emerge
algum tipo de característica global, impossível de ser prevista com o que se sabe sobre as
partes individuais. Um tipo de característica que emerge em sistemas complexos é a
organização espontânea, ou auto-organização.
3. METODOLOGIA
Empreendeu-se neste estudo de natureza aplicada uma pesquisa exploratória. Foram
utilizadas técnicas metodológicas qualitativas do fenômeno sob investigação. O levantamento
dos dados secundários gerados pela mídia entre o dia 05 de agosto de 2010 - dia do
desabamento ao dia 01 de novembro de 2010. Serão descritos e apresentados a partir do
próximo capítulo, não tendo a pretensão de ser conclusiva.
Segundo Yin (1984) um estudo de caso permite investigar um fenômeno
contemporâneo dentro do seu contexto real. A escolha deste método de pesquisa partiu da
necessidade da analisar a gestão estratégica em um cenário de desastre.
Para alcançar o objetivo deste estudo na verificação e na aplicação da teoria do caos e
da teoria da complexidade adotadas estrategicamente, para resgatar com vida dos 33 mineiros
soterrados. O referido assunto repercutiu mundialmente, além disso, pouco conhecimento
acumulado e sistematizado sobre estes desastres são encontrados.
4. MINA SAN JOSE E OS PROCEDIMENTOS PARA RETIRADOS DOS 33
MINEIROS DO REFÚGIO
Um desabamento deixou 33 mineiros presos a mais de 700 metros de profundidade na
mina San Jose em Copiapó na região do Atacama ao norte do Chile, no dia 5 de agosto de
2010. Em quéchua, o nome Copiapó significa “taça de ouro”, devido à riqueza das jazidas da
região. No caminho até a mina de San Jose ou San Esteban, como é conhecida, é possível ver
caminhões em várias das montanhas de onde se extraem cobre, ouro e ferro. A região que
abriga a mina é rica em metais e amplamente explorada por empresas chilenas e estrangeiras.
(REVISTA EPOCA, 2010)
O peso da rocha que desabou foi estimado pelo engenheiro de minas Miguel Fortes em
800 mil toneladas, que ao cair bloqueou totalmente o único acesso da mina com entrada e
saída. A mina San Jose desce a quase 800 metros de profundidade, próximo do nível do mar,
por uma rampa em espiral irregular com 9 km de comprimento. Da rampa saem às galerias de
onde os mineiros extraem os minérios. O deslizamento acorreu a cerca de 200 metros acima
de onde estavam os trabalhadores. (NATIONAL GREOGRAPH, 2010a)
Inicialmente, acreditava-se que o trabalho de perfuração que iniciou no dia 30 de
agosto de 2010, levaria de três a quatro meses. No entanto, pouco mais de dois meses depois,
4/14
ANAIS
uma das perfuradoras chegou aos mineiros. Depois de 17 dias sem notícias, o Chile
comemorou o primeiro contato feito com as equipes da superfície, os mineiros soterrados
enviaram uma prova de vida. O presidente chileno, Sebastián Piñera, confirmou a boa notícia
segurando uma nota em que se lia em lápis vermelho “Estamos bien em el refugio los 33”.
Isto saiu da profundidade de nossa mina e nos diz que os mineiros estão esperando voltar a
ver a luz do sol e abraçar os familiares. “Hoje, o Chile inteiro chora de alegria e de emoção",
declarou ao falar sobre a mensagem captada pela sonda.
O governo chileno convocou equipes especializadas do mundo inteiro para compor os
planos para resgatar os mineiros soterrados, pois tinham ciência da complexidade, da
magnitude e ineditismo deste incidente.
4.1 A COMPLEXIDADE ORGANIZACIONAL PARA O SALVAMENTO
Para o resgate de cada um dos 33 mineiros soterrados, eles foram içados por um túnel
que teve que ser cavado por modernas máquinas. Foram utilizadas tecnologias avançadas da
Nasa e da Jaxa, de longo alcance como: o T-130 e Strata; softwares avançados; modernos
micro-projetores de fibra ultra fina; e a famosa cápsula Phoenix, protagonista para a
realização bem-sucedidas.
Plano A: A máquina Strata 950, a perfuradora percorreu 1,2 mil km até Copiapó. Foi
utilizada para abrir dutos de ventilação, começou a perfurar às 22h25 (23h25 Brasília) do dia
30 de agosto. A previsão era que em cada dia, a máquina escavaria de 15 a 20 metros do duto
vertical de 702 metros por onde os mineiros seriam içados. A Strata 950 abriu um duto de
cerca de 33 centímetros de diâmetro que, posteriormente, foi ampliado por uma perfuradora
especial para 66 cm de diâmetro. O processo previa estar concluído em 120 dias. Durante o
processo para alargar o túnel, os mineiros soterrados tiveram que trabalhar em turnos para
retirar rochas e escombros que constantemente caiam do alto. Havia risco de desabamentos.
Quando foi alargado, o duto ficou grande o suficiente para levar até o abrigo uma cápsula de
resgate. (MPE-MAGAZINE & EL MERCÚRIO, 2010).
Plano B: Seria realizado com o caminhão perfurador Schramm T-130, de tecnologia sueca e
de propriedade da empresa Geoatacama. O Schramm T – 130 é um perfurador de ar reverso
que permite cavar um túnel de 75 cm de diâmetro a uma velocidade de 20 metros por dia, até
uma profundidade de 700 metros. O perfurador utilizaria um dos dutos como guia. A
máquina é dotada de um giroscópio que evita a influência magnética. Isso permite alta
precisão. Como o equipamento é do tipo ar reverso, o material retirado da escavação é jogado
para a superfície. Ou seja, não seria necessário que os mineiros trabalhassem no interior da
mina. (MPE-MAGAZINE & EL MERCÚRIO, 2010).
Plano C: O "plano C" previa o uso de uma máquina RIG 422, que é utilizada na extração de
petróleo. A perfuradora gigante estava Iquique, cidade que fica a mil quilômetros da mina.
Para transportá-la para a mina seriam necessários mais de 40 caminhões. A máquina
perfuratriz pesa 30 toneladas, tem seis colunas de suporte e a superfície de sustentação feita
de concreto mede 6 metros de altura. (MPE-MAGAZINE & EL MERCÚRIO, 2010).
4.2 A PERFURAÇÃO CHEGA AO REFÚGIO
A perfuradora T-130, a mais avançada das três que trabalham na operação de resgate
na mina chilena San José, chegou ao local onde estão presos os 33 mineiros há 64 dias. Uma
5/14
ANAIS
sirene soou às 8h02 no horário local, (9h02 de Brasília) do dia 18 de setembro de 2010,
confirmando oficialmente que a máquina, batizada como "La Liebre" pela rapidez com que
alcançou os 630 metros de profundidade, chegou ao refúgio onde os trabalhadores
permaneceram por 69 dias. (REVISTA ÉPOCA, 2010).
As perfurações passaram por 3 etapas: (i) foi feita uma primeira perfuração guia, os
mineiros retiravam até 500 kg de resíduos (terra ou rocha) por hora para evitar o bloqueio da
passagem. (ii) Já perto dos 700 metros, uma broca de 66 cm de diâmetro ampliou o buraco até
a galeria onde os mineiros estavam. (iii) Os mineiros tiveram que realizar uma explosão
controlada na galeria para abrir o espaço para a cápsula pudesse ter movimentação lateral nos
últimos 5 metros do túnel, na entrada do refúgio. Conforme ilustrado na figura 1.
Figura: 1– Etapas da perfuração
Fonte: Diário El Mercúrio Ed. 12/10/10 Chile
Ao saber da notícia, o acampamento "Esperanza" se transformou num cenário de
emoção. Os membros das equipes de resgate comemoraram junto com os familiares das
vítimas, que passavam as noites acordados para acompanhar o avanço da perfuração. "Os
mineiros sabem da complexidade do resgate que terão, estão muito tranquilos. O contraria
aconteceu com a imprensa", brincou o ministro de Mineração Laurence Golborne, em uma
breve entrevista coletiva, "Levamos 33 dias de perfurações para chegar ao local onde estão os
33 mineiros (...), agora não podemos nos apressar para definir situações importantes, vamos
levar o tempo que for necessário", detalhou Golborne diante da ansiedade da imprensa para
saber o dia exato do resgate final. (REVISTA ÉPOCA, 2010.
Alguns estudos indicavam que ao refugio tinha apenas 2% de chance de ser atingida.
O ministro Golborne disse que, apesar de a T-130 já ter alcançado o local, a gigantesca
perfuradora petrolífera RIG 421, que chegou aos 415 metros de profundidade, será mantida
em funcionamento. Golborne ressaltou que será necessário reforçar as paredes do poço com
barras metálicas pelo menos nos primeiros 100 metros. (AFP, 2010).
Além disso, os técnicos cogitam a possibilidade de que alguns dos mineiros
soterrados, que são especialistas em manejo de explosivos, realizem uma pequena explosão na
parte inferior do duto para fazer um buraco em forma de funil, que evite que a perfuradora
fique travada, já que o poço não é vertical, mas inclinado. (REVISTA ÉPOCA, 2010)
O engenheiro responsável pelas operações de resgate foi Andrté Sougarret, que alertou
que a operação de salvamento seria complexa e pode levar até quatro meses. A saúde e a
sobrevivência dos mineiros eles deveriam ser submetidos a uma rotina de alimentação e
exercícios num ambiente inóspito. A quantidade de poeira em suspensão irritava os olhos e
dificultava a respiração. Um duto que foi então abeto desde a superfície para injetar o
oxigênio nas galerias. Com a temperatura alta e a unidade entorno de 85% o ambiente
6/14
ANAIS
facilitou a proliferação de fungos e bactérias, roupas foram desenvolvidas com materiais
especiais para minimizar está proliferação.
Primeiros os mineiros tomarão água com glicose e sopa multivitamínica. Só depois
terão uma dieta sólida de proteínas e vitaminas, de 1.500 colorias diárias. O recomendado são
2.400, mas eles não podem engordar muito para poderem ser resgatados. O isolamento e a
escuridão poder ter efeitos graves sobre a saúde mental. Os mineiros serão monitorados por
psicólogos e terão de cumprir atividades físicas e mentais: jogos, material de leitura etc, além
de receber mensagens e familiares.
Os cilindros de PVC que são chamados de paloma, pelos quais os mineiros receberam
alimentos, remédios e outros suprimentos passavam por túneis de 12 cm de diâmetro,
recobertos de metal e gel lubrificantes. Tem 1,65m de comprimento e a ponta é de madeira,
seu formato se assemelha com um lápis, porém internamente possuindo três espaços para
acomodar os suprimentos.
Figura 2: – Sondagem múltipla, especialistas expõem o plano de resgate
Fonte: Reuters Brasil 2010
7/14
ANAIS
O ministro de Saúde do Chile, Jaime Mañalich, informou que os 33 mineiros
soterrados foram preparados para o resgate. Começaram com uma dieta especial para a
operação de resgate. Uma semana antes do início do resgate final que ocorreu no dia 13 de
outubro de 2010. Todos receberam alimentação especial trazida dos Estados Unidos e
seguiram dicas da NASA, agência espacial americana.
"Os mineiros estão fizeram uma atividade especial de preparação física por causa do
resgate", A dieta especial deve assegurar que eles mantenham um bom nível de
pressão arterial durante o içamento. Com a dieta balanceada, e os exercícios físicos
os mineiros puderam manter a medida da cintura que não poderia ser maior que 90
centímetros de circunferência. (MANALICH 2010).
Os mineiros inicialmente receberão um kit básico de sobrevivência com dez itens:
broncodilatador para problemas respiratórios, omeprazol (contra lesões gástricas), sopa
multivitamínica, água com glicose, lanterna, cápsulas para mensagens, kit para testem de
urina, álcool gel, analgésico, oxigênio em spray.
O plano de resgate iniciou com a perfuração de um túnel pela perfuradora T-130 tendo
66 cm de diâmetro com 622 metros chegando à galeria subterrânea onde se encontravam os
mineiros. Por esse túnel, os mineiros foram içados pela fênix 2. Para o término da perfuração
do túnel os mineiros tiveram que realizar uma explosão controlada no término do túnel, no
acesso ao refúgio, para abrir espaço para que a cápsula possa que vai descer para resgatá-los.
Para evitar o desprendimento de rochas durante o trajeto percorrido pela cápsula, os primeiros
56 m do túnel ganharam um revestimento especial. Veja na figura 4. (NATIONAL
GEOGRAPHIC, 2010b)
Quatro socorristas foram enviados para auxiliar no resgate e permaneceram na galeria
até que o último trabalhador foi retirado. Sendo um mineiro treinado para esta operação, que
foi o primeiro a descer pelo túnel até o fundo da mina, seguido por um enfermeiro, outro
socorrista mineiro e mais um enfermeiro experiente do exército, para ajudar os soterrados no
processo de saída da superfície. (EL MERCURIO, 2010).
Os 33 mineiros foram içados à superfície em uma cápsula de resgate de 4,5 m de
altura, 60,96 cm de diâmetro e 450 kg, equipada com oxigênio, comunicação com o exterior
e controle dos sinais vitais de cada um. Os mineiros vestiram roupa desenvolvida com
materiais especiais, luvas, óculos escuros para prevenção de danos aos olhos após tanto tempo
sem receberem luz solar. O percurso de subida durou em média 20 minutos, sendo de 1 hora o
tempo para o resgate de cada um dos trabalhadores. O tempo total de resgate foi de menos de
24 hs.
Quatro mineiros foram identificados como sendo os mais hábeis da equipe e, entre
eles, um foi escolhido para ser o primeiro resgatado. Prevendo resolver qualquer problema
durante a subida, porém não foi necessário. Logo depois, foram retirados os mais frágeis:
aqueles com maior peso ou os que tinham diabetes ou com dificuldade respiratória. Por
último, saíram os mais fortes, capazes de continuar colaborando e controlando a ansiedade da
espera.
Cada mineiro que emergia foi recebido por médicos e paramédicos da Corporação
Nacional do Cobre (CODELCO) e pela Marinha do Chile para receber assistência médica
rápida em uma estrutura montada propositalmente proximidades da saída do túnel. No
primeiro contato médico, os mineiros foram questionados sobre: dores fortes e foram
avaliados sobre a lucidez. Logo depois, foram transportados até a zona de triagem instalada a
poucos metros dali. Lá, os mineiros tiveram que permanecer por duras horas, enquanto
receberam soro, vitaminas e antibióticos, e iniciaram a avaliação psicológica presencial.
Foram três os médicos e um psicólogo que estiveram à disposição.
8/14
ANAIS
Após a verificação da boa condição física, os mineiros foram liberados para o módulo
de descanso, onde puderam se reencontrar com seus familiares. Ao sair do reencontro com os
parentes, os mineiros foram levados de ambulância até os helicópteros militares que estavam
esperando, para levarem ao destino final, o Hospital Regional de Copiapó, a 300 metros da
base militar onde as aeronaves pousavam. Lá, os resgatados permaneciam por 48 horas,
quando uma detalhada revisão médica eram realizadas.
Figura: 3 – Os Procedimento para a retirada dos 33 mineiros do refúgio
Fonte: AFP - Todos os direitos de reprodução e representação reservados
Para o resgate foram enviados quatro socorristas, entre eles dois mineiros experientes,
para auxiliar e orientar os trabalhadores para a subida. Também foram enviados dois
enfermeiros para eventuais necessidades.
Na figura 4, encontra-se detalhadas: 1) a descida; 2) cápsula de resgate “Fênix”; 3)
sistema de segurança:
9/14
ANAIS
Figura: 4 – Detalhamentos do resgate
Fonte: AFP - Todos os direitos de reprodução e representação reservados
5. ANÁLISE DO RESGATE
O resgate dos 33 mineiros da Mina de San José ficou registrado como um raro
episódio que o país registrou em seus livros de história, um dos maiores acidentes de
mineração na história do Chile. Quando o último trabalhador saiu da cápsula Fênix 2, às
21h55 do dia 13 de outubro de 2010, os chilenos cantaram o hino nacional do país, felizes e
orgulhosos da demonstração de coragem, organização e capacidade que o povo chileno
acabava de dar ao mundo.
Tudo começou a serem construídos, dezessete dias depois do desmoronamento quando
chegou a notícia de que os 33 desaparecidos estavam vivos.
O presidente Piñera percebeu que estava diante de uma dessas raras oportunidades que
se apresentam aos governantes: a de reverter uma tragédia quase certa em uma vitória
histórica. Precisava, para isso, tirar aqueles trabalhadores com vida da mina e entregá-los em
perfeita saúde às famílias. Piñera se deslocou de seu gabinete em Santiago até Copiacó, no
Atacama. Foi mostrar pessoalmente aos fotógrafos e cinegrafistas de todo o mundo o bilhete
enviado das profundezas da terra. Nele, em letras de forma grafadas com caneta vermelha, se
lia: “Estamos bien em el refugio los 33”.
A operação de resgate foi também um feito técnico considerável, coordenado pelos
ministros chilenos da Mineração, Laurence Golborne, e da Saúde, Jaime Mañalich. A
primeira tarefa enfrentada pelo ministro da Saúde foi a de alimentar corretamente os
trabalhadores isolados. Até a descoberta de que estavam vivos, eles vinham se alimentando
apenas de duas colheres de atum e meio copo de leite por dia. Racionavam as provisões
existentes no refúgio em que se encontravam, à espera do salvamento.
Confinados a 622 metros de profundidade, sem iluminação e com pouca ventilação,
eles viviam uma situação semelhante à enfrentada pelos astronautas em missões espaciais.
Mañalich pediu, então, ajuda aos especialistas da NASA, a agência espacial americana, que
orientaram os chilenos na elaboração das rações, formadas por pequenas doses de alimentos
condensados e com alta concentração de proteínas. Os mineiros também passaram a receber
concentrações de glicose e medicamentos para combater possíveis danos ao estômago em
função da pouca quantidade de comida.
10/14
ANAIS
Uma rotina de tarefas foi estabelecida para mantê-los ocupados, numa estratégia que
pretendia evitar quadros depressivos e maiores danos psicológicos. Com a abertura de novos
dutos de comunicação pelos engenheiros, foram instaladas câmeras e linhas telefônicas, o que
ajudou o trabalho de monitoramento feito pela equipe médica designada pelo ministério.
Na frente técnica, o Ministério da Mineração reuniu seus melhores técnicos para
estudar o plano de resgate. Concluiu que o modelo utilizado na mina alemã de Dahlbusch, em
1955, era o mais adequado. Na ocasião, três trabalhadores foram resgatados de uma
profundidade de 855 metros em cápsulas metálicas introduzidas no interior da mina por um
duto. Em 1963, num novo acidente, outros onze foram retirados de uma profundidade de 58
metros com as mesmas cápsulas. Para que essa solução pudesse ser implantada, os técnicos
abririam um duto de 58 centímetros de diâmetro no solo e por ele desceriam uma cápsula de
salvamento semelhante àquela usada na Alemanha, só que aprimorada.
Novamente os técnicos da NASA entraram em campo e auxiliaram os engenheiros
chilenos no desenvolvimento da Fênix 2. Seguindo o projeto, a Marinha chilena fabricou três
modelos da cápsula. A Fênix 1 foi usada nos primeiros testes, antes que fosse anunciada ao
mundo a data de resgate. Já melhorada com os aprimoramentos determinados a partir dos
testes, a Fênix 2 foi designada como cápsula principal de retirada. A terceira ficaria na
reserva, caso a principal não aguentasse os 46 quilômetros que teria de percorrer nas 37
viagens de subida e descida pelo duto.
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
O final triunfal de um episódio que tinha tudo para terminar em tragédia só foi
possível porque todos os envolvidos foram virtuosos nas tarefas que assumiram. Do
presidente da República, Sebastián Piñera, que em meio a uma crise de popularidade assumiu
perante o país o compromisso de salvar os trabalhadores enclausurados a 622 metros de
profundidade, aos próprios mineiros, que jamais esmoreceram diante das dificuldades
enfrentadas ao longo dos 69 dias de isolamento. O exemplo de união do povo chileno e a
gestão do resgate demonstraram ao mundo um exemplo, uma referência para mineraria
mundial.
Os teóricos da complexidade assumem que a natureza humana é paradoxal, no sentido
de que os indivíduos formam a organização ao mesmo tempo em que são formados por ela. O
paradoxo tem origem nas interações: de um lado, especialistas elaboraram planos,
transformaram ações estratégicas em prática para o regate dos soterrados; de outro, os
soterrados praticaram ações emergenciais para manter estado vital, e colaboraram com tarefas
no interior da mina. A dinâmica da organização e a complexidade das interações entre os
envolvidos, propiciam a utilização da uma estrutura informal em detrimento da formal, porém
o planejamento, a execução e o controle não forma dificultados.
As variáveis incontroláveis e imprevisíveis também demandaram, constantemente, que
a organização se adaptasse à realidade. No ambiente externo, a organização se utilizou de
modernas maquinarias como a sonda petrolífera RIG 422, que não teve bom desempenho
neste tipo de terreno. As perfuradoras schruamm T-130 e a strata 950 e a cápsula Fênix 2
sagraram-se pela eficiência neste resgate em grandes protagonistas. Sofisticadas tecnologias,
recursos e informações, também contribuíram um processo contínuo, o funcionamento, o
êxito e a sobrevivência, tanto da estratégia com dos próprios mineiros soterrados.
O sistema adaptativo complexo evoluía ao longo de cada etapa que o plano de regate
evoluía. Novas ações eram formuladas ou implementadas a medida de novos fatos surgiam. O
fluxo dos resultados dentro de um sistema depende da forma como os agentes estão
interconectados.
11/14
ANAIS
E certo que a operação resgate foi perfeita, e que o Presidente Sebastian Piñera
mostrou grande competência para transformar um desastre num êxito histórico. Quem
emergiu das profundezas da mina foram heróis nacionais, astros das mídias globais, os
mineiros são novas celebridades que lutaram pela sobrevivência em condições extremas.
A culpa pelo acidente foi atribuída aos proprietários da mina que ao reabrir esta mina
que estava fechada, porque tem somente uma entrada e saída, e, portanto fora das normas da
mineração mundial representado eminentemente perigo. Com a elevação dos preços dos
minérios: ouro e cobre, fizeram com que tanto os mineradores quanto os mineiros
retomassem os trabalho na mina San Jose.
A operação de resgate acabou aproximando Chile e Bolívia, países vizinhos que não
mantêm relações diplomáticas por causa de uma guerra no século 19, que privou os bolivianos
do acesso ao mar.
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, elogiou a operação. "Esse resgate é
uma homenagem não só à determinação dos trabalhadores de resgate e ao governo chileno,
como também para a unidade e a determinação dos chilenos, que inspirou o mundo", afirmou.
Ele não foi o único a felicitar o Chile. Piñera recebeu também telefonemas dos seus
colegas do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva; da Argentina, Cristina Kirchner; do Peru, Alan
García; do México, Felipe Calderón; e da Venezuela, Hugo Chávez.
REFERÊNCIAS:
AGÊNCIA ESTADO. Resgatado último mineiro preso em mina no Chile. Disponível
em:http://www.estadao.com.br/noticias/internacional,resgatado-ultimo-mineiro-preso-emmina-no-chile,624397,0.htm Data de acesso: 15/11/2010
CAPRA, Fritjof. A teia da vida. São Paulo: Cultrix – Amana – Key, 1998.
CARROL, Thomas L. Sincronizando o caos. Ciência Hoje, vol. 18, nº 102, p. 26 – 31,
Agosto, 1994.
CBCNEYS. Chilean mine rescue FAQs. Disponível em: http://www.cbc.ca/news/world/story/
2010/10/12/f-chile-miners-faq.html.
Data do Acesso: 14/10/2010. Data do Acesso
10/10/2010
DNPM - Departamento Nacional da Produção Mineral, Brasília, Universo da Mineração 2007
Disponível em http://www.dnpm.gov.br. Data de acesso: 10/10/2010
EL MERCURIO. Rescate de los mineros pone a prueba tecnología diseñada para otros fines
Disponível
em:
http://www.emol.com/noticias/todas/detalle/detallenoticias.asp
?idnoticia=435357 Data do Acesso: 05/09/2010
EL MERCURIO. Etapas del Rescate Disponível em: http://www.emol.com/noticias/nacional/
detalle/detallenoticias.asp?idnoticia=440996. Data do Acesso: 12/l0/2010
ÉPOCA ON LINE. Desabamento em mina no Chile aprisiona 33 homens. Disponível:
http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EMI165794-17444,00-DESABAMENTO+
EM+MINA+NO+CHILE+APRISIONA+HOMENS.html Data do Acesso: 03/09/2010
12/14
ANAIS
GARCIA, E. Andres. Cognição organizacional e ciência da complexidade. In:CUNHA,
Miguel P. et al (Orgs). Empresas, caos e complexidade. Lisboa: RH, 2001. Cap. IV.
GAZETA DO POVO. Operação sem precedentes na história da mineração durou quase 23
horas..
Disponível
em:
http://www.gazetadopovo.com.br/mundo/conteudo.phtml?
id=1057042. Data de acesso: 13/10/2010
GLEISER, Ilan. Caos e complexidade. Rio de Janeiro: Campus, 2002.
HOLLAND, John. A ordem oculta. Lisboa: Gradiva, 1997.
LA TERCERA. jornal chileno. Desastre na mina San Jose Dísponivel em:
http://www.google.com.br/#q=+desastre+na+mima+san+jose&hl=pt-BR&biw=1064&bih
=439&sa=2&fp=d7aafcb73a71f994
LEWIN, Roger. Complexidade: a vida no limite do caos. Rio de Janeiro: Rocco, 1994.
MORIN, Edgar. Introdução ao pensamento complexo. Lisboa: Instituto Piaget, 1990.
MORIN, Edgar; MOIGNE, Jean-Louis Le. A inteligência da complexidade. São Paulo:
Peirópolis, 2000.
_______, Edgar. Os sete saberes necessários à educação do futuro. São Paulo: Cortez;
Brasília, DF: UNESCO, 2000.
MPE-MAGAZINE. Plano de perfuração. Matéria da revista americana, Minjng, People and
Environment. Disponível em: http://www.mpe-magazine.com/reports/enviromine-report-sanjose-rescue. Data do Acesso 10/10/2010
NATIONAL GEOGRAPHIC. Los 33 "enterrados vivos" Nat Geo tv 1/2 . Video Disponivel
em:
http://www.youtube.com/watch?v=ClaporEBu_4&feature=related.
Acesso
em:
17/10/2010a
_________________; Los 33 "enterrados vivos" Nat Geo tv 2/2 . Video Disponivel em:
http://www.youtube.com/watch?v=FzgsWpCXrR4&feature=related. Acesso em: 17/10/2010b
NICOLESCU, B. O manifesto da transdisciplinaridade. São Paulo: Triom, 1999.
PARKER, D., STACEY, R. Caos, administração e economia. Rio de Janeiro:
Instituto Liberal, 1995.
PRIGOGINE, Ilya; STENGERS, Isabelle. Entre o tempo e a eternidade. São Paulo: Cia das
Letras, 1992.
13/14
ANAIS
REUTERS-BR. Chile conclui resgate dos 33 mineiros em operação histórica Disponível em :
http://br.reuters.com/article/topNews/idBRSPE69C0TI20101014 Data do Acesso: 13/10/2010
_____________ Especialista apresenta o plano de resgate dos mineiros. Disponível em:
http://noticias.terra.com.br/mundo/noticias/0,,OI4675632-EI16934,00-Especialista+
apresenta+plano+de+resgate+dos+mineiros.html#tinfo Acessado em 15/09/2010
REVISTA EPOCA. Desabamento em mina no Chile aprisiona 33 homens. Disponível em:
http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EMI165794-17444,00-DESABAMENTO+
EM+MINA+NO+CHILE+APRISIONA+HOMENS.html Data de acesso: 24/08/2010.
SOBRE ISSO. Terremoto de 8,8 graus na Escala Richter no Chile. Disponível em:
http://sobreisso.com/2010/02/28/terremoto-de-88-graus-na-escala-richter-no-chile-fevereiro
2010-entenda/ Data de acesso: 28/02/2010.
VASCONCELLOS, M. J. E. Pensamento sistêmico. Campinas, SP: Papirus, 2002.
WALDROP, M. Mitcheel. Complexity. New York: Touchstone Book, 1992.
YIN, R. K. Case study research: design and methods. London: Sage, 1984.
14/14
Download

anais - Simpoi