Aula 2 – Centro Cirúrgico
Leonel Nascimento
Aula 2 (CC) – Conteúdos
1.
2.
3.
4.
Classificação dos Procedimentos Cirúrgicos;
Risco Cirúrgico e Exames Pré-operatórios;
Visita Pré-anestésica;
Preparo da Sala Operatória;
Classificação dos Procedimentos
•
•
•
•
ASA (American Society of Anesthesiologists)
Porte Cirúrgico (Tempo/Risco Cardiológico)
Potencial de Contaminação
Realização (eletivas, urgência e emergência)
Classificação ASA
• ASA I – Nenhum distúrbio orgânico, bioquímico,
psicológico ou psiquiátrico. O processo patológico
para o qual foi indicada a cirurgia é localizado e sem
repercussões sistêmicas. Por exemplo, paciente de 15
anos, saudável, e que faz uma apendicite.
• ASA II- Distúrbio sistêmico de grau leve a moderado,
resultante ou não de processo patológico que requer
a cirurgia(estão incluídos aqui também os extremos
etários, mesmo sem doença sistêmica detectável, e a
obesidade mórbida)
Classificação ASA
• ASA III- Presença de doença sistêmica grave que limita a
atividade, mas não incapacita.
• ASA IV- Doença sistêmica grave, com risco de vida, nem
sempre corrigível pela operação.
• ASA V- Paciente moribundo, com pouca ou nenhuma
chance de sobrevivência. A cirurgia será realizada como
último recurso de ressuscitação.
• ASA VI- Paciente em morte cerebral e que é doador de
órgãos.
Classificação pela Urgência Cirúrgica
• Cirurgia eletiva: Tratamento cirúrgico proposto cuja
realização pode aguardar, podendo ser programada.
Ex: cirurgias plásticas (mamoplastia), colelitíase,
varizes de MMII.
• Cirurgia de urgência: Tratamento cirúrgico que requer
pronta atenção e deve ser realizado dentro de 24 a 48
horas. Ex: apendicectomia.
• Cirurgia de emergência: Tratamento cirúrgico que requer
atenção imediata por se tratar de uma situação crítica
“salvar a vida”. Ex: Ferimento por arma de fogo, Trauma
de tórax, Trauma de abdome (abdome agudo)...
Classificação pelo Tempo de cirurgia
• Cirurgia de porte I: Com o tempo de duração de 2
horas. Ex:
rinoplastia, colecistectomia, blefaroplastia.
• Cirurgia de porte II: Com o tempo de duração de 2
a horas. Ex:gastrectomia, laparotomia exploradora.
• Cirurgia de porte III: Com o tempo de duração de 4
a 6horas. Ex: craniotomia, revascularização do
miocárdio.
• Cirurgia de porte IV: Com tempo de duração acima
de 6horas. Ex: hepatectomia.
Classificação pelo Tempo de cirurgia
• Cirurgia de grande porte : grande probabilidade de
perda de fluido e sangue .Ex: aneurisma
• Cirurgia de médio porte: média probabilidade de
perda defluido e sangue. Ex: ortopedia,urologia...
• Cirurgia de pequeno porte: pequena probabilidade
deperda de fluido e sangue. Ex: Timpanoplastia,
amigdalectomia, colecistectomia
Potencial de Contaminação
• Cirurgias Limpas: Realizadas em tecidos
estéreis ou passíveis de descontaminação, na
ausência de processo infeccioso e inflamatório
local.
Exemplos: Cirurgias Eletivas não traumáticas,
fechamento por primeira intenção, sem
penetração nos tratos respiratórios e
gastrointestinal, sem falha na técnica asséptica e
sem drenos.
Potencial de Contaminação
• Cirurgias Potencialmente Contaminadas:
Realizadas em tecidos colonizados por flora
microbiana residente pouco numerosa ou em
tecidos de difícil descontaminação, abertura
do trato respiratório, digestório ou
genitourinário sob condições controladas, sem
contaminação significativa.
Exemplos: Gastrectomia, colecistectomia,
prostatectomia.
Potencial de Contaminação
• Cirurgias Contaminadas: Realizadas em
tecidos colonizados por flora microbiana
abundante cuja descontaminação é difícil,
incisão na presença de inflamação não
purulenta aguda, quebra grosseira da técnica
asséptica, trauma penetrante há menos de 4
horas, feridas abertas cronicamente.
Exemplos: Colectomia, amigdalectomia,
apendicectomia.
Potencial de Contaminação
• Cirurgias Infectadas: Realizadas em qualquer
tecido ou órgão quando há presença de
secreção purulenta, área necrótica ou corpo
estranho, perfuração de víscera, trauma
penetrante há mais de 4 horas, contaminação
fecal.
Exemplos: Cirurgias de reto e ânus com fezes ou
pus, ceco perfurado – Apendicite supurada,
desbridamento em escaras
Período perioperatório
Períodos:
Pré-operatório: inicia no momento em que o paciente
recebe a indicação da cirurgia e se estende até a sua
entrada no centro cirúrgico.
Transoperatório: Compreende o momento em que o
paciente é recebido na sala de cirurgia até a sua
admissão na sala de recuperação anestésica.
Pós-operatório: Inicia no momento que o paciente é
admitido na sala de recuperação anestésica até a alta e
acompanhamento e avaliação no domicilio.
Exames Pré-Operatórios
Exames Pré - operatórios
• Risco Cirúrgico
Avaliação pré-operatória que verifica o
estado clínico do paciente, gerando
recomendações sobre a avaliação, manuseio
e risco de problemas em todo o período
perioperatório e define o risco cirúrgico que o
paciente, o anestesista, o assistente e o
cirurgião podem usar para tomar decisões
que beneficiem o paciente a curto e longo
prazo.
Exames Pré - operatórios
• Risco Cirúrgico
-Raio x de tórax
-Eletrocardiograma
Recomendado para pacientes acima de 40 anos
(homens) e 50 (mulheres) ou com história
pregressa de doenças cardiovascular.
Raio x de tórax
• Alterações significativas para o risco cirúrgico:
desvios traqueais, compressões, massas
mediastinais, nódulos pulmonares, aneurismas
da Aorta, edema pulmonar, pneumonias ,
atelectasias,
fraturas,
dextrocardia
e
cardiomegalia.
Pneumonia
Tuberculose
Cardiomegalia
Massa mediastinal
Alargamento de mediastino
Eletrocardiograma
• As seguintes alterações podem alterar a
conduta per operatória: FA ou Flutter atrial,
alterações de ST-T indicativas de isquemia ou
TEP, ESV, ESSV, SVD, SVE, PR curto, QT longo, Q
patológica, sinais de distúrbios hidreletrolíticos.
Importância dos exames pré operatórios
• Úteis quando há suspeita ou diagnóstico de
alguma doença durante a avaliação clínica
inicial.
• Detectar
anormalidades
que
possam
repercutir na morbi-mortalidade pósoperatória.
• Quando se pede exames desnecessários, além
do custo dos exames, aumenta-se o número
de falsos positivos e também a descoberta de
pequenas anormalidades.
Exames Pré-operatórios
• Hemácias:
Transporte de oxigênio dos pulmões para o
tecido e do dióxido de carbono dos tecidos
para os pulmões. Responsável – hemoglobina.
Homem: 4,2-5,4 x 1000000/mm3
Mulher: 3,6-5,0 x 1000000/mm3
Exames Pré-operatórios
• Hematócrito:
“Separar o sangue”. Por centrifugação separa-se
o plasma e as células do sangue e determina a
massa de hemácias. Os resultados são
expressos como a % de hemácias contidas em
um volume de sangue. Importante na
determinação da anemia.
Mulheres: 36-48%
Homens: 42-52%
Exames Pré-operatórios
• Hemoglobina:
Principal componente da hemácia, serve como
veículo no transporte de oxigênio e dióxido
de carbono.
Mulheres: 12,0-16,0 g/dl
Homens: 14,0-17,4 g/dl
Exames Pré-operatórios
• Hemoglobina:
Uma baixa contagem nos níveis de
hemoglobina é a causa de complicações no
pós-operatório devido a hipóxia tissular e é
associada
a
maior
número
de
morbimortalidade. Apenas 1% dos pacientes
assintomáticos apresentam anemia. Por isso
se recomenda no pré-operatório de cirurgias
com grande sangramento.
Exames Pré-operatórios
• Leucócitos:
Serve como guia da gravidade do processo
patológico. Determina a capacidade dos
leucócitos de fagocitar e destruir bactérias.
Leucocitose: >10.000/mm3
Leucopenia: <4.000/mm3
Exames Pré-operatórios
• Contagem diferencial de Leucócitos:
Neutrófilos: tem a função de combater infecções piogênicas
bacterianas. Mais numeroso e importante leucócito na
reação de inflamação.
>18 anos: Bastões (%STAB) 3-6
Segs/Polis(%) 50-62
Eosinófilos: função de combater distúrbios alérgicos e
infestações parasitárias.
>18 anos: 0-3%
Basófilos: função de combater infecções parasitárias.
>18 anos: 0-1%
Exames Pré-operatórios
• Contagem diferencial de Leucócitos:
Linfócitos: função de combater infecções virais.
>18 anos: 25-40%
Monócitos: função de combater infecções graves por
fagocitose.
>18 anos: 3-7%
Exames Pré-operatórios
• Plaquetas:
A vasoconstrição é a resposta normal à agressão vascular após
serem rompidas as defesas de primeira linha (pele e
tecidos).
Em vasos maiores, a vasoconstrição pode ser o mecanismo
básico para hemostasia. Em vasos menores, a
vasoconstrição reduz o tamanho da área que deve ser
obstruída pelo tampão hemostático.
Essa cascata de eventos de coagulação sequencial está
relacionada a adesão das plaquetas aos tecidos lesados e
expostos iniciando o mecanismo complexo da coagulação.
Exames Pré-operatórios
• Plaquetas:
Adultos: 140-400 x 1000/mm3
A contagem de plaquetas como exame préoperatório de rotina não é indicada, a não ser
em pacientes que tenham dados de história e
exame físico compatíveis com trombocitopenia
ou trombocitose (sangramentos, doenças
hematológicas conhecidas, uso recente de
drogas
que
sabidamente
causam
trombocitopenia, etc).
Exames Pré-operatórios
• Testes de coagulação:
Dos testes de coagulação disponíveis, os mais estudados para
pacientes assintomáticos em pré-operatório são o tempo e a
atividade da protrombina (TAP) e o tempo parcial de
tromboplastina (PTT).
Indicados em pacientes com história de sangramento, fatores de
risco ou diagnóstico de hepatopatia crônica, desnutrição ou
uso de drogas, como antibiótico, que possam alterar os níveis
dos fatores de coagulação.
Exames Pré-operatórios
• Testes de coagulação:
Tempo de trombina 7-12 segundos,
dependendo do laboratório.
Tempo de tromboplastina 21-35 segundos,
dependendo do laboratório.
Exames Pré-operatórios
• Eletrólitos:
A base teórica da dosagem de eletrólitos no pré-operatório é a
identificação de alterações que possam levar a aumento da
morbimortalidade perioperatória, principalmente associada a
arritmias cardíacas.
Neste contexto, a dosagem de potássio é a mais importante,
porém nenhum estudo clínico conseguiu correlacionar
alterações da dosagem sérica de potássio com prognóstico
adverso em cirurgias, inclusive nas cardíacas.
Exames Pré-operatórios
• Cálcio:
O cálcio ionizado encontrado no sangue é usado em
processos vitais como contração muscular, função cardíaca,
transmissão de impulsos nervosos e coagulação sanguínea.
Cálcio total:adulto – 8,4-10,2mg/dl
Cálcio ionizado: adulto- 4,65-5,28 mg/dl
• Cloro:
Predominante nos espaços extracelulares como parte
do cloreto de sódio ou ácido clorídrico, mantém a integridade
celular porque influencia a pressão osmótica e o equilíbrio
ácido-básico e hídrico.Importante na correção de alcalose
hipocalêmica.
Adulto: 98-106mmol/l
Exames Pré-operatórios
• Fosfato:
a maioria do fósforo no sangue existe como fosfatos
ou ésteres.O fosfato é requerido para a geração de tecido ósseo
e funciona no metabolismo de glicose e lipídios, na manutenção
do equilíbrio ácido-básico e no armazenamento e na
transferência de energia de um local do corpo para outro. O
fósforo entra nas hemácias com a glicose e portanto reduz-se
no plasma após a infusão ou ingestão de carboidratos. Os níveis
de fosfato são sempre avaliados em relação aos níveis de cálcio,
porque existe uma relação inversa entre os dois elementos.
Adulto: 2,5-4,5 mg/dl
Exames Pré-operatórios
• Magnésio:
No corpo está concentrado nos ossos, na
cartilagem e dentro da própria célula, é necessário para o uso
do ATP, sendo necessário para a ação de inúmeros sistemas
enzimáticos. O magnésio e o cálcio estão intimamente ligados
em suas funções corporais. Usada para avaliar a função renal.
Adulto: 1,6-2,6mg/dl
• Potássio:
principal eletrólito (cátion)do líquido intracelular e
o tampão básico dentro da própria célula. Desempenha um
papel importante na condução nervosa, função muscular,
equilíbrio ácido básico e pressão osmótica.
Adulto:3,5-5,3 mmol/l
Exames Pré-operatórios
• Sódio:
é o cátion mais abundante e a principal base do
sangue.Suas funções primordiais no corpo são manter
quimicamente a pressão osmótica e o equilíbrio ácidobásico, além de transmitir impulsos nervosos.
Adulto: 135-145mmol/l
Exames Pré-operatórios
Provas de função renal:
• Creatinina:
Subproduto da decomposição do fosfato de creatina muscular
resultante do metabolismo energético. É produzida a uma
velocidade constante, desde que a massa muscular
permaneça constante e removida do corpo pelos rins.
Diagnostica o comprometimento renal é mais sensível e
específico que a uréia, embora na doença renal crônica a
uréia e a creatinina sejam solicitados, porque a razão
uréia/creatinina proporciona mais informações.
Adulto: 0,6-1,5 mg/dl
Exames Pré-operatórios
• Provas de função renal:
A insuficiência renal é considerada como um dos fatores de risco
mais importantes que determinam o aumento da
morbimortalidade perioperatória, principalmente com níveis de
creatinina acima de 2 mg%.
Pacientes com disfunção renal, a dosagem de uma série de drogas
que são utilizadas durante e após a cirurgia (como anestésicos e
antibióticos) necessita ser ajustada.
Exames Pré-operatórios
• Provas de função renal:
A insuficiência renal de leve à moderada pode ser assintomática.
Sendo assim, é recomendada dosagem de creatinina em
pacientes assintomáticos com fatores de risco para insuficiência
renal, que seriam aqueles acima de 50 anos, diabéticos,
hipertensos, com cardiopatia conhecida, uso de medicações que
influenciam a função renal, como anti-inflamatórios e inibidores
da enzima conversora de angiotensina, além daqueles pacientes
que serão submetidos a grandes cirurgias com risco de
hipotensão e hipoperfusão renal, como as cardíacas, vasculares,
torácicas e abdominais.
Exames Pré-operatórios
• Provas de função hepática:
• Alanina aminotransferase (ALT)
É uma enzima usada basicamente para diagnosticar a
hepatopatia e monitorizar o tratamento, possui valores
ligeiramente mais elevados nos homens e nas pessoas negras.
Adulto: 10-60 U/l
• Aspartato transaminase (AST)
É uma enzima presente em tecidos de elevada atividade
metabólica que é liberada para a circulação após a lesão ou
morte tecidual.
>18 anos: 5-40 U/l
Exames Pré-operatórios
• Glicose:
É formada a partir da digestão de carboidratos e conversão do
glicogênio em glicose pelo fígado. Os 2 hormônios que regulam
diretamente a glicose sanguínea são o glucagon e a insulina. O
glucagon acelera a decomposição do glicogênio no fígado e
causa a elevação da glicose sanguínea. A insulina aumenta a
permeabilidade da membrana celular à glicose, transporte a
glicose para as células, estimula a formação de glicogênio e
reduz os níveis de glicose no sangue.
Glicemia de jejum adulto: 65-110 mg/dl
Glicemia pós – prandial em 2 horas: 65-139 mg/dl
Exames Pré-operatórios
• Glicose:
A presença de diabetes mellitus tratado representa um fator
independente de agravamento do prognóstico perioperatório
em cirurgias cardíacas ou vasculares. Entretanto, não está claro
se a detecção de hiperglicemia no pré-operatório de um
paciente assintomático leva a impactos negativos na sua
evolução clínica.
Exames Pré-operatórios
• Teste de gravidez
É obrigatório para todas as mulheres que se
submeterão a anestesia geral.
Mulher não grávida: <5,0IU/l
• Tipagem sanguinea e prova cruzada
Pedido geralmente nas cirurgias de grande porte ou
nas quais será necessário a realização de
transfusão sanguínea. A prova cruzada mostra
compatibilidade entre o soro do receptor e as
células do doador.
Quando Pedir Exames
Exame
Quando pedir
Hemoglobina
Sintomas ou sinais de anemia
Cirurgia com grande perda sanguínea antecipada
Leucograma
Sintomas ou sinais sugestivos de infecção ou doença hematológica
Uso de drogas mielotóxicas
Plaquetas
Sintomas ou sinais sugestivos de sangramento ou doença
hematológica
Uso de drogas mielotóxicas
TAP
Sintomas ou sinais sugestivos de sangramento
História prévia de hepatopatia crônica, desnutrição, uso de
antibióticos ou anticoagulantes
PTT
Sintomas ou sinais sugestivos de sangramento
Eletrólitos
História prévia de insuficiência renal ou cardíaca
Uso de drogas que alterem os níveis de eletrólitos (diuréticos, IECA)
Quando Pedir Exames
Exame
Quando pedir
Provas de
função renal
Idade acima de 50 anos
História de hipertensão arterial, diabetes ou doença cardíaca
Uso de medicações que alteram a função renal (diuréticos, IECA)
Cirurgias de grande porte com risco de hipotensão
Glicose
Obesidade ou história prévia de diabetes
Provas de
função hepática
Não há indicação, exceto para dosagem de albumina em pacientes
desnutridos, com doença crônica ou em prré-operatório de cirurgia
de grande porte
Radiografia de
tórax
Idade acima de 50 anos
Diagnóstico prévio de doença cardíaca ou pulmonar
Dados de história ou exame físico que sugiram doença cardíaca ou
pulmonar
Quando Pedir Exames
Exame
Quando pedir
ECG
Idade acima de 40 anos para homens e 50 anos para mulheres
História prévia de doença cardíaca conhecida
Exame físico compatível com diagnóstico de doença cardíaca
Fatores de risco para distúrbios hidroeletrolíticos como uso de
diuréticos
Fatores de risco maiores para cardiopatia, como hipertensão
arterial sistêmica ou diabetes mellitus
Previsão de realização de cirurgias de grande porte
Teste de
Gravidez
Todas as mulheres no pré operatório
Tipagem
sanguínea e
prova cruzada
Realizado em todos os pacientes que serão submetidos a cirurgias
de grande porte em que será necessária a transfusão sanguínea.
Preparo pré-operatório do
Paciente
Preparo pré operatório do Paciente
Jejum:
O paciente e sua família devem ser orientados a
importância do jejum de 8 horas.
O objetivo do jejum pré-operatório é diminuir o
risco e o grau de regurgitação do conteúdo
gástrico, prevenindo assim a aspiração
pulmonar e suas consequências.
MORO (2004)
Preparo pré operatório do Paciente
Jejum:
A antiga orientação "Nada por boca após meia-noite"
tem sido substituída por períodos menores de jejum
pré-operatório.
Existem vários benefícios quando pacientes,
principalmente as crianças, ingerem líquidos antes da
anestesia, incluindo aumento da satisfação e
diminuição da irritabilidade, aumento do pH gástrico,
diminuição do risco de hipoglicemia lipólise e
desidratação.
MORO (2004)
Preparo pré operatório do Paciente
Jejum:
Estudos em diferentes centros, envolvendo crianças
que ingeriram diferentes tipos de líquidos sem
resíduos (água, chá, café, suco de fruta sem polpa,
todos sem álcool e com pouco açúcar) em volumes
variáveis, concluíram que a ingestão de líquidos, sem
limite de volume, pode ser permitida, com
segurança, 2 horas ou mais antes da cirurgia.
MORO (2004)
Jejum:
Recomendações para Jejum Pré-Operatório Segundo a ASA Task Force on
Preoperative Fasting
• Líquidos sem resíduos (água, chá, café, suco de fruta sem polpa, todos
sem álcool e com pouco açúcar): jejum de 2 horas para todas as
idades;
• Leite materno: jejum de 4 horas para recém-nascidos e lactentes;
• Dieta leve (chá e torradas) e leite não materno: aceita-se até 6 horas
de jejum para crianças e adultos;
• Fórmula infantil: jejum de 6 horas para recém-nascidos e lactentes;
• Sólidos: jejum de 8 horas para crianças e adultos.
Summary of Fasting Recommendations to Reduce the Risk of Pulmonary
Aspiration. From: Anesthesiology, 1999;90:896-905.
MORO (2004)
Preparo pré-operatório do Paciente
• Tricotomia:
Na literatura existe uma discussão entre as
vantagens e desvantagens na realização da
tricotomia.
Tem como principal vantagem a visualização da
área cirúrgica e a principal desvantagem a
solução de continuidade da pele, que pode ser
pelo uso inadequado da lâmina e da equipe
inabilitada.
Preparo pré-operatório do Paciente
• Tricotomia:
A tricotomia deve ser realizada imediatamente
antes do procedimento cirúrgico e que deve
ser utilizado creme depilatório, pois o mesmo
evita as lesões na pele, apresenta maior
praticidade, diminui o índice de infecção
cirúrgica e facilita o acesso a regiões como
axilas e períneo.
Preparo pré-operatório do Paciente
• Punção venosa calibrosa
É necessária para a realização de medicações,
manutenção da hidratação do paciente e
fornecimento de calorias.
Preparo pré-operatório do Paciente
• Preparo intestinal
Utilizado principalmente em cirurgias intestinais
com a função de limpar este órgão e assim
reduzir a possibilidade de infecção.
Preparo pré-operatório do Paciente
• Retirada de brincos, adornos, roupa íntima.
Isso se deve devido ao fato do uso do bisturi
elétrico, que transforma a corrente alternada
em corrente elétrica de alta frequência e que
pode, ao invés de se dissipar pela placa
dispersiva, que faz o papel de fio terra,
desviar-se para o elástico, metal... causando
queimadura.
Preparo pré-operatório do Paciente
• Administração, conforme prescrição médica,
de pré-anestésico.
Reduz a ansiedade do paciente a ajuda na
indução anestésica. Administrado 45-75
minutos antes da cirurgia, observar desmaios,
tonturas e agitações.
Preparo pré-operatório do Paciente
• Assegurar que o Consentimento Informado
esteja devidamente assinado junto ao
prontuário do paciente.
Deve ser por escrito, voluntário e informado, o
médico é a pessoa responsável por fornecer
todas as informações sobre o procedimento.
Preparo pré-operatório do Paciente
• Acompanhamento dos SSVV
Para acompanhar o quadro clínico do paciente,
variações nos SSVV requerem interferência
médica para a realização de um procedimento
cirúrgico seguro. Hipertermia e hipertensão
são motivos orgânicos que podem gerar um
cancelamento do procedimento.
Preparo pré-operatório do Paciente
• Sondagem vesical
Indicado para grandes cirurgias para monitorar
perda de líquidos e evitar distensão da bexiga
e cirurgias ginecológicas devido a proximidade
útero-bexiga.
Pode-se sondar o paciente após a anestesia.
Preparo pré-operatório do Paciente
• Não utilização de esmalte escuro
O oxímetro de pulso fornece leituras da saturação do sangue,
avaliando o comportamento de absorção da oxiemoglobina e
deoxiemoglobina em relação aos comprimentos de luz
vermelha e infravermelha. O aparelho possui um receptáculo
para acomodar a porção distal do dedo, com um dos lados
contendo uma fonte de luz – composta de dois fotoemissores
de luz (LED) – e do outro lado um fotodetector. Um LED emite
luz vermelha (@ 660 nm) e outro luz infravermelha (@
940nm).
O esmalte escuro atrapalha esta leitura.
Preparo pré operatório do Paciente
• Banho pré-operatório com antisséptico
degermante
A maioria das referências trazem que um bom
banho com água e sabão é suficiente, mais no
caso de colocação de próteses pode-se
prescrever um banho com antisséptico.
Preparo pré operatório do Paciente
• Dentaduras
Devem ser retiradas, pois no momento da
intubação podem sair do lugar e causar uma
obstrução da vias aéreas superiores. Podem se
perder, caso o paciente retire no Centro
Cirúrgico assim como as Lentes, óculos e
outros pertences pessoais. Estes devem ser
arrolados ou deixados com familiares.
Preparo pré operatório do Paciente
• Orientação
Reduz a ansiedade do paciente e da família,
torna-o parte do processo, facilitando o
perioperatório.
Visita pré-operatória
Preparo pré operatório do Paciente
• Exame Físico e histórico
Permite obter informações sobre alergias,
comorbidades, etilismo, tabagismo, estado
nutricional, avalia-se cada sistema que gera
dados para o embasamento dos cuidados e
condutas.
Referências Consultadas
•
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•
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Referências Consultadas
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Referencias
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Aula 2 – Centro Cirúrgico