06. Rede Viária e Transportes 0 6. re de v iár ia e t ranspo rt e s | 3 . ª fa se | p lano d ire ct or mu n icipa l de mo n çã o A. Introdução A análise das questões relacionadas com a rede viária e transportes são fundamentais para o planeamento e ordenamento territorial, pois delas, depende o nível das acessibilidades de qualquer município, região ou país, e por consequência, o respectivo desenvolvimento sócio-económico-cultural. Esta importância, assume hoje um papel tão relevante, que ainda se discute, se é o planeamento dos transportes que deve condicionar o ordenamento do território ou o ordenamento do território que deve condicionar o planeamento dos transportes. É nesta difícil e complexa tarefa, acrescida da multidisciplinaridade que lhe está associada, que o planeamento, enquanto instrumento de ordenamento do território, tem de ser capaz de integrar e articular com todas as restantes áreas que desenham os territórios de hoje. De resto, os territórios surgem na época contemporânea, não como territórios estáticos mas como territórios dinâmicos, ou seja como territórios de mobilidade. Por outras palavras, sobre os territórios atravessam, efectivamente, fluxos de pessoas, bens e informação. Daí que, em qualquer estratégia a definir, será necessário verificar a sua capacidade de mobilidade, ou seja, analisar a distribuição e densidade da rede viária e dos transportes, assim como as suas potencialidades e debilidades, de forma a possibilitar a criação de medidas capazes de melhorar as acessibilidades, num contexto de desenvolvimento sustentável a diferentes escalas territoriais. É neste contexto, de caracterização da rede viária e dos transportes, que se desenvolverá este trabalho, evidentemente, à escala do Concelho de Monção, não obstante o seu carácter funcional transfronteiriço, com o objectivo de integrar o Plano Director Municipal e de, posteriormente, aquando da proposta de ordenamento, introduzir as necessárias e pontuais medidas para a devida correcção dos problemas que se propõem encontrar. Assim, esta análise incidirá essencialmente, sobre a caracterização da rede viária e apenas fará uma breve apresentação dos transportes existentes. A caracterização da rede viária apresenta a seguinte metodologia: Enquadramento da Rede Municipal no espaço Regional; Identificação da Rede Viária Municipal e sua distribuição; Registo das vias de hierarquia superior existentes, isto é, dos principais eixos de atravessamento do Concelho, análise do seu percurso e das suas funções – em particular, das suas ligações às vias municipais principais; vent ura da cru z p lanea ment o / luga r do p lano / le it ur as do t e rr it ó r io | 6.2 0 6. re de v iár ia e t ranspo rt e s | 3 . ª fa se | p lano d ire ct or mu n icipa l de mo n çã o Caracterização das antigas estradas nacionais, que desempenharam desde sempre, funções de grande importância nas acessibilidades do Concelho; Avaliação da disposição das vias Municipais e da sua articulação com a sede do Concelho e dos caminhos Municipais; Proposta de Perfis Tipo; Avaliação dos Pontos de Conflito e Índices de Sinistralidade, situação dos pontos negros do Concelho; Em Termos de Mobilidade e Transportes: Avaliação dos Padrões de Mobilidade e dinâmicas existentes e das suas tendências, bem como dos problemas e reptos que se colocam relativamente às acessibilidades e à mobilidade. As práticas que afectam o Concelho de Monção. A oferta existente no Concelho de Monção em matéria de Transportes Públicos existentes e novas formas de mobilidade, bem como orientações para a melhoria da mobilidade concelhia. vent ura da cru z p lanea ment o / luga r do p lano / le it ur as do t e rr it ó r io | 6.3 0 6. re de v iár ia e t ranspo rt e s | 3 . ª fa se | p lano d ire ct or mu n icipa l de mo n çã o B. Rede Viária B.1. Enquadramento A rede viária do Concelho de Monção é relativamente suficiente para irrigar os principais povoamentos concelhios, não obstante o seu povoamento disperso, proporcionando boas acessibilidades e consequentemente, tornando-se mais fácil comunicar, comercializar e distribuir. É fundamental considerar que Monção, não obstante ser alvo de inúmeras debilidades resultantes do facto de ser um concelho fronteiriço, no que respeita às acessibilidades rodoviárias, tem conseguido superar todos os eventuais problemas, apresentando, para além uma relativa densidade de vias de comunicação municipais, um conjunto de estradas nacionais que fazem o seu perfeito enquadramento às diferentes escalas territoriais. O mapa representado na Figura 5.1. territorializa o conteúdo anterior, mostrando as vias principais existentes nesta Região Nortenha do Continente e, ainda, algumas com traçado já previsto, em particular o IC 1, desde Viana do Castelo a Valença, e o IC 28 de ligação de Viana do Castelo à fronteira Espanhola, passando por Ponte de Lima e Ponte da Barca. Figura 6.1. Rede Viária Nacional ( Estudo do Traçado do IC 1 ). Fonte: IPCC, 2002. vent ura da cru z p lanea ment o / luga r do p lano / le it ur as do t e rr it ó r io | 6.4 0 6. re de v iár ia e t ranspo rt e s | 3 . ª fa se | p lano d ire ct or mu n icipa l de mo n çã o Nessa análise, é importante sublinhar, a notória importância da sede do Concelho, que apesar da sua excentricidade, está no vértice de todas as importantes ligações inter e intraconcelhias. Condicionada pelas condições topográficas, a rede de estradas existente cobre satisfatoriamente o concelho, com excepção de algumas zonas mais montanhosas, em particular a zona entre Bustavade e Mendoiro, onde também não há a registar a existência de qualquer povoamento. A rede viária foi desenhada com dois condicionamentos: por um lado, o Rio Minho, por outro, as condições montanhosas apresentadas genericamente por todo o território. O Rio, delimitou a condição fronteiriça, e o concelho cresceu de costas voltadas para esse Rio, estabelecendo ligações com as vias radiais que à sede foram convergindo. Hoje, Monção, não obstante não ter itinerários principais confluentes ao seu centro, está praticamente, ao mesmo tempo de viagem que Valença está do Porto ou de Lisboa e apresenta-se a meio do percurso entre Valença e Melgaço, o que a torna, do ponto de vista das acessibilidades, ao mesmo nível de qualquer cidade média do Norte de Portugal relativamente ao espaço da Galiza. Muito contribui para isso, a sua proximidade à A 3, ao IC 1 e à prevista IC 28, aliás, com troço de ligação entre Arcos de Valdevez e A 3 ( IP 1 ) já construído ( ver Figura 5.2. ). Figura 6.2. Rede Viária Nacional. Enquadramento dos Itinerários Principais. Fonte: Mapas Turinta, Série Bolsomap, 6ª Edição. vent ura da cru z p lanea ment o / luga r do p lano / le it ur as do t e rr it ó r io | 6.5 0 6. re de v iár ia e t ranspo rt e s | 3 . ª fa se | p lano d ire ct or mu n icipa l de mo n çã o Deste modo se pode concluir que, as condições geográficas que outrora eram, sem dúvida, enormes debilidades para o concelho, fazem dele hoje, não um território excluído, mas um espaço com novas potencialidades e, portanto, com novos desafios aos políticos e aos técnicos. De qualquer forma, dizer que a rede de estradas cobre satisfatoriamente o concelho, não quer dizer que o concelho tenha estradas em qualidade e quantidade compatíveis com as suas necessidades. Existem muitas carências ao nível do perfil ( transversal e longitudinal ) das mesmas, bem como a existência de estrangulamentos físicos que impedirão o desenvolvimento de algumas partes do concelho. O estado de conservação das estradas nem sempre é o melhor, sentindo-se a necessidade de algum investimento na manutenção de alguns troços de vias. B.2. Caracterização da Rede Viária A Rede Viária é caracterizada por Estradas Nacionais ( EN ), Estradas Municipais ( EM ) e Caminhos Municipais ( CM ), como a seguir se apresenta. B.2.1. Estradas Nacionais Definem-se Estradas Nacionais como as principais vias que atravessam o Concelho e que o ligam a Valença e Melgaço e Arcos de Valdevez. Estas vias formam um П a que acresce uma nova via de ligação a Espanha, como mostra o esquema que se segue. Espanha Monção 101 202 Valença Melgaço 101 304 Arcos de Valdevez Figura 6.3. Esquema representativo das principais vias no Concelho de Monção. vent ura da cru z p lanea ment o / luga r do p lano / le it ur as do t e rr it ó r io | 6.6 0 6. re de v iár ia e t ranspo rt e s | 3 . ª fa se | p lano d ire ct or mu n icipa l de mo n çã o O concelho possui duas Estradas Nacionais Principais: a EN 101 e a EN 202. Estas vias condicionam toda a restante rede viária, pelas ligações e atravessamentos que permitem, assumindo assim, um impacto significativo nas acessibilidades, entre as sedes dos principais concelhos limítrofes. A EN 101 e a EN 202 constituem os mais importantes eixos viários que integra a rede nacional fundamental, cujo traçado se estende de Valença a Vila Real de Santo António ( os IP’s ). A EN 101 Constitui a mais importante saída da parte ocidental e assume uma importante ligação à rede viária nacional principal, em particular à sede do Distrito a que pertence e a toda a orla marítima continental. Esta via possui dois troços distintos: um paralelo ao Rio para poente na direcção de Valença, com traçado melhorado à alguns anos pela introdução da ‘ variante à 101 ’, particularmente na chegada a Monção, o que libertou algum traçado mais irregular e de menor fluidez pelo atravessamento de várias povoações e pela mistura de tráfego local e de atravessamento. Este troço constitui um eixo que serve com relativa fluidez e segurança o tráfego entre Monção e Valença. O segundo troço da EN 101 dirige-se para os Arcos de Valdevez e não apresenta as mesmas características de traçado que o anterior. A topografia do relevo faz desta via uma artéria sinuosa em que os níveis de serviço são, consequentemente, mais baixos. A EN 202 Esta Estrada Nacional liga Monção a Melgaço. Entretanto, foi construída uma ‘variante à 202 ’, desde o troço contíguo à sede do concelho, e na continuação da ‘variante à 101 ’, de ligação a Melgaço. Com esta via, melhoraram as acessibilidades entre os dois concelhos e, consequentemente, a ligação com toda a rede principal. Deste modo, este eixo paralelo ao Rio, constituído pela 101 e 202, define o cordão do Alto - Minho, e apresenta actualmente, já algumas potencialidades de desenvolvimento. De resto, a particular condição fronteiriça desta região, poderá ser uma mais valia, tornando-se num novo desafio em contexto transnacional. A Via de ligação a Espanha Esta via permite a ligação directa de Monção a Espanha, evitando a alternativa por Valença. Note-se que o tráfego de mercadorias tem aumentado substancialmente nesta região, o que induz a notória capacidade das novas vias que, sem dúvida, privilegiam toda esta região. vent ura da cru z p lanea ment o / luga r do p lano / le it ur as do t e rr it ó r io | 6.7 0 6. re de v iár ia e t ranspo rt e s | 3 . ª fa se | p lano d ire ct or mu n icipa l de mo n çã o Monção 101 202 V.N.Cerveir Paredes de Coura Caminha 301 Arcos de Valdevez 303 101 Figura 6.4. Esquema representativo de outras vias importantes para o Concelho de Monção. Outras A referir ainda outras Estradas Nacionais que, embora não inscritas no concelho, permitem a ligação de Povoamentos importantes à sede do concelho através da EN 101, como sejam a EN 303 e EN 301, como evidencia o esquema da Figura 5.4 e Mapa da Figura 5.5. Figura 6.5. Mapa representativo de outras vias importantes para o Concelho de Monção EN 303 e EN 301 A EN 301 desempenha um papel importante de ligação de portela do Extremo ( limite sul de Monção ) a Caminha, como alternativa à própria EN 101. A EN 303 permite a ligação de Arcos de Valdevez a Vila Nova de Cerveira, passando por paredes de Coura. Face ao Plano Rodoviário Nacional de 2000, nas cidades médias cuja importância o justifique, devem ser previstas circulares e vias de penetração no tecido urbano, as quais integrarão a rede rodoviária nacional em condições a acordar caso a caso entre a Junta Autónoma de Estradas e as autarquias. Assim sendo, já se ultima a municipalização da EN 101 e EN 202 como consequência da criação das variantes a estas, tornando as exclusivamente de carácter de via urbana. vent ura da cru z p lanea ment o / luga r do p lano / le it ur as do t e rr it ó r io | 6.8 0 6. re de v iár ia e t ranspo rt e s | 3 . ª fa se | p lano d ire ct or mu n icipa l de mo n çã o B.2.2. As Estradas Municipais Estradas Municipais constituem uma extensa rede de estradas asfaltadas e são vias predominantemente de carácter radial, tendo em conta a geografia específica das sedes dos concelhos vizinhos e a topografia do terreno. Contribuem no entanto para essa complementaridade, as EN 101 e 202. Ver esquema que se apresenta de seguida. A EM 304 A EM 304 é a via que faz a ligação da sede do concelho ( através da 202 ) a Merufe e Sistelo. Apresenta um traçado muito irregular, com alguns estrangulamentos e curvas perigosas, o que a torna uma via de nível de serviço reduzido. A EM 503 A EM 503 é o eixo Municipal mais oriental do concelho, apresentando por isso, também uma importante função na coesão territorial. Esta via permite a ligação da sede de Concelho ( utilizando parte da 202 ) às freguesias de Ceivães, Segude, Podame e Riba de Mouro. A EM 503-1 é a principal ligação entre Merufe e Tangil. A EM 504 A EM 504 é a via Municipal que liga a sede do Concelho a Barbeita e Merufe. Em conjunto com a EM 503 é das vias Municipais de Monção que mais volume de tráfego apresenta, tendo em conta que permite a ligação com Tangil através do ramal 503-1 e deste ligação à 503. Através deste ramal, as duas últimas freguesias estão ligadas às freguesias orientais do concelho, tais como Riba de Mouro. A EM 505 A EM 505 é a via Municipal que permite ligar Monção (através da 101) a Sago, Parada, Anhões e Luzio. A EM 505-1 é a via Municipal que permite a ligação entre a EN 505 e a EN 304, liga os lugares de Sr. da Boa Morte, Milagres e Teimosa a Reguengo de Baixo. A EM 502-2 é a via Municipal do Concelho que permite a ligação entre a EN 101 e a EM 505. Com características de sinuosidade liga os lugares de Chaira, Sande, Souto, Vilar, Cruzeiro, Outeiro, Trute e Maneta. A EM 507 É a Estrada Municipal mais ocidental do Concelho e faz a ligação entre dois pontos da principal Estrada Nacional que atravessa o Concelho, a EN 101, mais concretamente, entre Troporiz ( freguesia mais a Norte ) e Barroças e Taias ( freguesia a Sul ), passando por Pinheiros e Pias. É a mais plana das estradas analisadas e a única que liga Pias ao restante concelho. vent ura da cru z p lanea ment o / luga r do p lano / le it ur as do t e rr it ó r io | 6.9 0 6. re de v iár ia e t ranspo rt e s | 3 . ª fa se | p lano d ire ct or mu n icipa l de mo n çã o A EM 508 Via Municipal que permite a ligação entre o concelho de Monção e Valença. Parte da EN 507, ligando os lugares de Quinta de Santo António e Outeiro, Alderiz, Lordelo de Baixo ao Concelho Vizinho. A EM 508-1 é a via Municipal que permite a ligação entre o concelho de Monção e Valença. Parte da EN 507, ligando os lugares de Quinta da Serra ao Concelho Vizinho. Monção 202 504 507 508 503-1 503 101 Figura 6.6. 505 304 Esquema representativo de outras importantes para o Concelho de Monção. Convém por fim referir que, não obstante estas vias permitirem uma razoável cobertura do concelho de Monção, elas têm a importância que têm, pela integração na rede de hierarquia superior. B.2.3. Caminhos Municipais Correspondem a vias com perfil condicionado, muitas vezes reduzido, que garantem a ligação entre a estrutura viária principal às vias de acesso local, isto é, têm como funcionalidade ligar as Estradas Nacionais e Municipais aos aglomerados populacionais que não se encontram directamente servidos por estas. vent ura da cru z p lanea ment o / luga r do p lano / le it ur as do t e rr it ó r io | 6.10 0 6. re de v iár ia e t ranspo rt e s | 3 . ª fa se | p lano d ire ct or mu n icipa l de mo n çã o B.3. Quadro Síntese QUADRO 6.1. Rede Viária no Concelho de Monção Classificação Actual N. EN 101 EN 202 EM 304 EM 502-2 EM 503 EM 503-1 EM 504 EM 505 EM 505-1 EM 507 EM 508 EM 508-1 Aglomerados Servidos Lapela; Engenho; Soiedos; Rebouça, Igreja; Chão da Marca; Granda; Sobreiro; Pegadeira; Monção; Romeu; Cruzes; Estrada; Eirado; Brejoeira; Cheira; Sr.ª da Misericórdia; Parandela; Gatelinha; Granja; Prados; Fundavila; Cortinhas; Aflitos; Ponte de Vale; Traz do Rio; Paço; Chaira; Ponte da Naipa; Outeiro; Várzea; Souto; Barroças e Taias, Carrascos; Temporão; Veigas; Regoufe; Regueiros; Mangueiro. Monção; Barreiro; Ferreiros Ventuzelo; Sr.ª da Lapa; Sr.ªa da Ajuda; Coutada; Lavandeira; Brandas; Brejo; Abeção; Gandra; Quinta do Paço; Quinta; Azenha Velha; Aspras; Boucinha; Fontainhas; Santo Amaro S. Bento de Amorrosa; Posto da Marinha; Telheira; Bouça; Corga do Vergueiral; Messegães; Cachada; Águas de Santo Antão; Sr.ª da Abadia; Aguieiro; Pedreira; Veigas; S. Cibrão; Pareiro; Casas de Baixo. Troviscoso; Cordeiros; Reguengo de Baixo; Cardedo; Reguengo de Cima; Vidal; Pardela de Baixo; Várzea; Souto Fiscal; Guimil; Cruz da Armada; Santo André; Fundevila; Pomar; Azevedo; Outeiro; Alcouce; Campo Longo; Cabaçal; Touce; Parada; Vinho; Carvalhão; Real; Cernadas; Ramilo; Gradoim; Granja de Baixo; Bouças; Arado; Portela de Alvito. Sande; Souto; Vilar; Cruzeiro; Outeiro; Ferro; Chequeiro Escampado; Tejosas; Moucheira; Outeiro; Costa; Devesa; Couto; Vale; Senhora do Socorro; Várzea; Fonteirinha; S. Paio; Outeiro; Eirado; Portela; Corgos; Souto; Sr.ª da Vista; Trogal; Cotinho; Aldeia; Guimarel; Padrado; ponte nova; Retiro; Caboso; Quinta do Alivio; Barral; Casa do Prego; Gateira; Corga; Cavenca; Branda de Santo António; Santo António. Ceara; Lages; Mosteiro; Reguenga; Foro; Longras; Carrascal; Carvelho; Carris; Senhora dos Remédios; Silvareina; Fornelos; Quartas; Tangil; Cruzeiro; Paço; Pontel Castrelo; Coto; Trogal. Pedreira; Barbeita; Perdigueiro; Santiago; Sr.ª da Lapa; Casgaia; Porreira; Merim; Poldras; Sr.ª da Peneda Castanheira; Pretos; Casa Nova; Serra Seca; Pica; Casa do Rojo ; Teso; Dadim; Serra; Ervedal; Barreira; Sr.ª da Saúde; Estrunganda; Cabaçal Cruzes; Quinta do Serrado; Picotos; Sende; Agrelo; Sr. da Boa Morte; Milagres; Outeiro; Outeirinho; Monte D’Além; Perra; Monte do Rio; St.º António; Fundevila; Quinta da Andorinha, Pedregal; Toia; Costa de Sago; Quintas; Rio; Souto de Baixo; Maneta; Vilarelho; Casa dos Serviços Florestais; Sr. do Bonfim; Portal; Luzencas; Luzio; Leiradelo. Milagre; Castro 1º; Samarão; Reguengos de Baixo. Soiedos; Quinta de São Lourenço; Quinta de Agra; Motas; Costa; Quintas de Casais; Pinheiros; Cancelinhos; Pias de Cima: Piela; Pias de Baixo; Quinta do Mosteiro; Cristelo; Sr.ª da Agonia; Outeiro. Lordelo de baixo; Alderiz; Quitna de Santo António; Cancelinhos; Vila Nova; Caleira; Formigueira; Cheira Aldeia; Paços; Quinta da Serra; Motas Gandra; Quinta da Portelinha; Bogalheira; Outerio; Eirado; Bouças; Sr.ª da Cabeça; Lagoa; Chão da Marca Souto; Soalhosa; Igreja; Troporiz; Costa da Moleira; Ponte do Sendim Sobreiro; Cruzeiro; Romeu; Antoínha; Veiga; Calvário; Requião; Outeiro; Breia; Telheira CM 1086 CM 1088 CM 1090 CM 1090-1 Cruzes; Romeur; Antoínha; Veiga CM 1090-2 Calvário; Requião; Outeiro; Breia; Telheira Percurso no Concelho Inicio Fim Limite do Concelho Limite do Concelho Monção Limite do Concelho EN 202 – Troviscoso Limite do Concelho EN 101 – Chaira EM 505 - Maneta EN 202 - Escampado Limite do Concelho EM 504 –Ceara EM 503 - Trogal EN 202 – Pedreira EM 304 - Cabaçal EN 101 – Cruzes Limite do Concelho EN 505 – Milagre EM 304 – Reguengos de Baixo EN 101 – Soiedos EN 101 - Outeiro Limite do Concelho EN 101 - Cheira Limite do Concelho EM 507 EN 101 - Gandra Bouças - Eirado EM 507 Ponte do Sandim EN 101 – Sobreiro CM 1092 – Telheira EN 101 – Cruzes CM 1090 – Calvário CM 1090 – Veiga EN 101 - Telheira vent ura da cru z p lanea ment o / luga r do p lano / le it ur as do t e rr it ó r io | 6.11 0 6. re de v iár ia e t ranspo rt e s | 3 . ª fa se | p lano d ire ct or mu n icipa l de mo n çã o Quadro 6.1. Rede Viária no Concelho de Monção, continuação. Classificação Actual N. CM 1091 CM 1092 CM 1092-1 CM 1094 CM 1094-1 CM 1096 CM 1096-1 CM 1097 CM 1097-1 Aglomerados Servidos Eirado; Regueiro; Pomar Pomar EM 507 – Costa EN 101 – Souto, Cheira Ponte; Loureiro; carrascal; Formigueira CM 1092 – Ponte EM 508 – Caleira Alderiz; Quinta da Vista; Trigal; Coutada do Mosteiro; Lamoso; Souto; Barreiro; Pias EM 508 – Alderiz EM 507 – Pias CM 1094 – Barreiro Fontão EN 101 – Prados EM 502 – 2 e EM 505 EN 101 – Cheira EM 505 e CM 1096 Monção; Peixe Frio; Urzilhão; S. Pedro Monção EN 101 – S.Pedro Monção; Pousa; Ventuzelo; S. Pedro Monção EN 101 e CM 1097 Costa; Paus; Cruzeiro; Moucas; Ponte; Souto Barreiro; Pias; Fontão Prados; Aflitos; Pisco; Burro; Bouça; Casa Nova; Cabanelas; Toleiro; Parada; Quitna da Lomba; Redemouro; Souto Cheira; Cambese; Outeiro; Biangas; Teimosa; Caerdeirão; Couto; Paços; Carregal; Lajieal; Grandal; Curtinha; Outeirinho; Casa Nova; Cabanelas 1098 Larangeira CM 1099 Laranjeira; Sr.ª da Lapa; Cristelo; Pedra; Serzedo; Bluca; 1099-1 CM 1099-2 CM 1100 Lavandeira; Monte Redondo; Sr.ª da Lapa; Cristelo; Coutada; Pocinho; Doude Monte de Barbeita; Gandarela; Souto; Sr.ª da Ajuda; Coutada; Poldras; Bouça; Corgo; Bluca Monte de Barbeita; Arnado; S. Bento Outeiro Lajinha; Pereirinha; Deversa; Cabeça da Vila; Costa mato; Telheira; Couto; Pereira; Cesto; Real; Carcavelos; Valverde; Canles; Cordelo CM 1101 Pinheiro CM 1102 Perra; Sago de Cima; Poço CM 1103 Rio; Porta; Hospital; Lordelo; Terças CM 1104 CM 1106 CM 1106-1 CM 1112-2 CM 1113 CM 1115 CM 1116 CM CM 1117 1118 Monte de Barbeita EM 304 - Cordelo Terças Várzea; Eido; Verdisão; Retorta EN 101 – Várzea Retorta Pomêda; Sr. dos Aflitos, Lages; Pereiro; Doganda; Painçais; Paraisal; Tourôa; Lourentinho; Aboim; Grandachão EN 101 – Pomêda Grandachão CM 1106 – Doganda Regada EN 101 – Regoufe EM 502-2 – Souto Doganda; Pereiro; Regada Vilar; Redolho; Sr. do Bonfim; Civiade; Torno 1112-1 CM 1099 - Bluca EM 505 – Rio 1110 CM Doude Poço CM 1112 EM 304 Pinheiro 1107 CM Larangeira EM 505 CM 1111 EN 202 (a desclassificar) EN 202 (a desclassificar) EN 202 (a desclassificar) EN 202 (a desclassificar) EM 505 – Perra Regoufe; Cachave; Portela; Cova do Lobo; Rio Bom; Chim; Santo Estêvão; Tariz; Sante Trás Souto; Sande; Cruzeiro; Outeiro Ferro; Outeiro; Souto CM Fim EN 101 – Eirado CM CM Percurso no Concelho Inicio Paradela de Baixo; Paradela de Cima; Cavenca; São Caetano; Outeiro; Santa Tecla Longos Vales; Sampaio; Nogueira; Almoinha; Pereiras; Castanha; Valado; Cortinhas; Moiães; Velhas; Barreiros; Castelo + Fonte; Brejo; Veiga; Codeço; Charquinho Cabo; Barro Alto; Barreitas Forte ; Ponte de Mouro; Santiago; Pereiras; outerio; Pousa; Carvalheda; Quinta; Fonte; Bela; Telheira; CM 1100; Couto; Carvalhas; Cortinhas; Telheira; Marco; Brumaria Burgo; Santa Eugénia; Ferida; Requeijo; Crasto; Santiago Veiga; Abeção; Gandra; Padreiro; Araújo; Carvalheda; Cortinha Pedreira Perdigueiro; Tarendo; Tola; Souto; Casgaia; Cascameiro; Nogueira; Quartas; Bogadela; porreira; requeiro; Poldras Porqueira Souto Fiscal; Estudantes; Bodanheira; Santa Tecla Santo André; Ribeiro Vilar Torno EM 304 – Paradela de Baixo Santa Tecla EM 304 – Sampaio EN 202 (a desclassificar) - Ponte de Mouro EM 504 – Santiago CM 1112 Cortinhas CM 1100 – Telheiras EM 504 - Santiago EN 202 (a desclassificar) EM 504 - Pedreira EM 504 – Perdigueiro CM 1120 – Requeiró EM 304 Porqueira EM 304 CM 1111 - Santa Tecla EM 304 – Santo André Ribeiro vent ura da cru z p lanea ment o / luga r do p lano / le it ur as do t e rr it ó r io | 6.12 0 6. re de v iár ia e t ranspo rt e s | 3 . ª fa se | p lano d ire ct or mu n icipa l de mo n çã o Quadro 6.1. Rede Viária no Concelho de Monção, continuação. Classificação Actual Aglomerados Servidos N. Cruz da Armada; Paço do Quinteiro; Quinteiro; Manhanços; Merim Fonteirinha; Fevereira; Quinta do Rio; Requeiro; Poldras; Sr.ª da Peneda Castanheira; Lobadas; Gilvira; Esporão; Pereiras; Carvoeiro; Pias; Salgueiro Percurso no Concelho Inicio Fim EM 304 – Cruz da Armada EM 504 – Merim EM 503 – Fonteirinha EM 504 - Salgueiro CM 1119 CM 1120 CM 1120-1 São Paio; Paço CM 1120 – Paço EM 503 – São Paio CM 1120-2 Outeiro; Martins; Canedo EM 503 – Outeiro Canedo EM 504 – Salgueiro EM 503 – Portela EM 503 – Eirado EM 503 – Pinheiro EM 503 – Moucheira Limite do Concelho CM 1124 - Cordeiros CM 1124 - Veiga CM 1124 – Velhosa EM 503 - Várzea CM 1120-5 CM 1123 CM 1124 CM 1124-2 CM 1124-4 Salgueiro; Pias; Carveiro; Ponte do Curto; Oveiras; Portela Eirado; Fraga; Nobres; Cruzeiro; Cachadinha; Podame; Pinheiro Moucheira; Cima de Vila; Sr.ª da Boa Nova; Velhosa; Sr.ª da Graça; Torre de Cima; Senrela; Muro; Terreiros; Cadim de Cima; Veiga de Cima; Casas; Ameixoeira + Concagado; Cotoros; Pereiro; Cordeiros; Bouço; Rua; Trogal; Veiga Aldeia Cordeiros; Pereiro; Quintela; Linhares; Sagoaçal; Sarcaçal; Veiga Velhosa; Badim; Longras; Paradóstia; Fojo; Almas; Paço; Vila Boa; Couto; Sr.ª do Socorro; Várzea Valadares; Mezio; Quinta da Areosa; Cruzeiro; Messegães; Cahada; Águas de Santo Antão; Sr.ª da Abadia; Cova; Bemposta; Pedreira CM 1125 CM 1125-1 CM 1126 Albergaria; Mamoa; Bemposta; Pedreira CM 1127 Passal; Santa Eulália; São João; Sá; Vila Franca CM 1127-2 CM 1128 CM 1129 CM 1130 CM 1131 CM 1132 CM 1133 CM 1362 Portela; Cova São João; Vilarinho; Monte das Bouças; Teso; Eira dos Mouros; Mato; Sr.ª da Graça EN 202 (a desclassificar) Valadares EN 202 (a desclassificar) Portela EN 202 (a desclassificar) Albergaria EN 202 (a desclassificar) Passal CM 1127 – São João EN 202 - Pedreira EN 202 - Cova EN 202 - Pedreira EN 202 (a desclassificar) Cruzeiro CM 1124 – Sr.ª da Graça EM 503 – Sr.ª da Vista Corgos Oveiras EM 503 Oveiras Marrajos; Souto; Ponte EM 503 Ponte EM 503-1 Leiras EM 503-1 Vilar CM 1362 - Carvalhos Modelos CM 1124 Limite do Concelho Sr.ª da Vista; Corgos Sr.ª dos Remédios; Bessadinha; Cotinho; Currais; Granja de Cima; St.ª Marinha; Santo António; Leiras Fornelos; Porrinho Pedral; Cruzeiro; Devesa; Ladreda; Paço; Ventoso; Lameiro; Barronda; Poça Monte; Vilar Carvalho; Casa do Prego; Quartas; RibeiroModelos; Costa; Fundegos; Costa; Centulhe; Carrapacedo; Portela Aldeia; Carvalho; Lameiro; Sr.ª dos Aflitos; Sr.ª do Livramento IC Itinerário Complementar. | EN Estrada Nacional. | ER Estrada Regional. | EM Estrada Municipal. | CM Caminho Municipal. * desclassificadas FONTE: Cartas Militares e PRN 2000 e Cartografia do Concelho de Monção vent ura da cru z p lanea ment o / luga r do p lano / le it ur as do t e rr it ó r io | 6.13 0 6. re de v iár ia e t ranspo rt e s | 3 . ª fa se | p lano d ire ct or mu n icipa l de mo n çã o B.4. Novos Desafios, Novas Propostas Por tudo que foi analisado, pode-se concluir que a actual Rede Viária distribui-se de forma a apresentar uma boa cobertura sobre o Concelho de Monção. A continuada aposta na melhoria da qualidade dessas infra-estruturas, poderá contribuir inequivocamente, para o desenvolvimento do eixo do Alto-Minho, nas diferentes escalas: regional, nacional ou mesmo transfronteiriça, em que Monção, por razões geográficas e históricas poderá tomar a liderança. A actual rede viária existente no Concelho tem despertado interesse a um conjunto de actividades económicas localizadas ao longo da 101 entre Valença e a sede do Concelho. Da mesma forma o mesmo começa a sentir-se no eixo Monção – Melgaço, principalmente desde que foram implementadas as variantes à 101 e 202. Sabendo-se da importância que as comunicações assumem actualmente, quanto mais densa e qualitativa for a rede viária, tanto melhor será o respectivo Concelho, pois as acessibilidades, sustentadas pela rentabilidade dos percursos, promovem o seu desenvolvimento, daí que se torna necessário, os responsáveis, estarem atentos aos problemas actuais das vias existentes, quer sejam relacionadas com o congestionamento das mesmas, quer sejam relacionadas com carências de conservação verificadas em algumas vias, de forma a tentarem melhorar, de forma sustentável, a rede viária do concelho, em termos de densidade, de circulação e de qualidade. A conservação e o melhoramento das vias, é outra das prioridades, sem a qual, começa a proliferar debilidades muito graves para a segurança e conforto de quem circula. Assim, e no quadro competitivo onde se implanta o Concelho de Monção surgem novos desafios ao concelho e por conseguinte, novas preocupações. A necessidade de integração do concelho no espaço regional do Norte de Portugal, com todas as vantagens e / ou desvantagens de representar um concelho fronteiriço, leva a que seja efectuada uma proposta de reformulação da hierarquização viária. Assim, após a análise da rede viária que serve o Concelho, estabeleceu-se a seguinte hierarquia viária: Vias de Nível 1 São as vias que estabelecem as principais ligações da sede do Concelho às restantes sedes dos concelhos limítrofes. Neste quadro encontram-se as 101 e 202, formando um T, com a extensão da Via Rápida de ligação a Espanha. Vias de Nível 2 São as vias que ligam a sede do concelho às sedes das freguesias. Incluem-se neste grupo as 500’s e a actual EN 304. Vias de Nível 3 São as vias locais que ligam as sedes das freguesias e estas aos lugares. vent ura da cru z p lanea ment o / luga r do p lano / le it ur as do t e rr it ó r io | 6.14 0 6. re de v iár ia e t ranspo rt e s | 3 . ª fa se | p lano d ire ct or mu n icipa l de mo n çã o As EN 202 e EN 101, que passaram a ter variantes, deverão ser consideradas como arruamentos urbanos, pelo traçado que possuem e pelo povoamento muito específico de crescimento urbano linear. Assim, estas vias merecerão tratamento específico. B.4.1. Vias de Nível 1 O Concelho possui duas Vias de Nível 1: a EN 101 e a EN 202. Estas vias condicionam toda a restante rede viária, pelas ligações e atravessamentos que permitem, assumindo assim, um impacto significativo nas acessibilidades, entre as sedes dos principais concelhos limítrofes. A EN 101 e a EN 202 constituem os mais importantes eixos viários que integra a rede nacional fundamental, cujo traçado se estende de Valença a Vila Real de Santo António ( os IP’s ). B.4.2. Vias de Nível 1 – Propostas A actual rede viária existente no Concelho tem despertado interesse a um conjunto de actividades económicas localizadas ao longo da EN 101 entre Valença e a sede do Concelho, assim como se começa a sentir também no eixo Monção – Melgaço. Assim, e no quadro competitivo onde se implanta o Concelho de Monção surgem novos desafios ao concelho e por conseguinte, novas preocupações. A necessidade de integração do concelho no espaço regional do Norte de Portugal, com todas as vantagens e / ou desvantagens de representar um concelho fronteiriço, leva a que seja necessária a reformulação da rede viária, complementando-a com novas alternativas que permitam maior fluidez, segurança e potenciação de acessibilidades e inter e intra concelhias. Assim, encontram-se propostas uma nova variante à EN 101 e a nova travessia sobre o Rio Minho que estabelecerá uma ligação internacional alternativa a Espanha. B.4.3. Vias de Nível 2 – A Desclassificar da Rede Nacional São vias de nível 2 a desclassificar da Rede Nacional determinados troços da EN 101 e da EN 202, que se encontram actualmente condicionadas por uma ocupação marginal urbana existente, onde o escoamento de tráfego apresenta principalmente características de via de carácter urbano, pelo atravessamento de várias povoações e pela mistura do tráfego local e não tanto de estrada nacional. B.4.4. Vias de Nível 2 As Vias de Nível 2 de um modo geral apresentam-se em bom estado de conservação ao nível dos respectivos pavimentos, no entanto ao nível do seu perfil transversal, principalmente nos aglomerados urbanos e troços com uma maior ocupação marginal apresentam algumas deficiências no que se refere ao perfil transversal pois em muitas destas situações não existem passeios. vent ura da cru z p lanea ment o / luga r do p lano / le it ur as do t e rr it ó r io | 6.15 0 6. re de v iár ia e t ranspo rt e s | 3 . ª fa se | p lano d ire ct or mu n icipa l de mo n çã o Neste sentido torna-se importante a definição de novos alinhamentos, mais adequados á função de atravessamento que as vias possuem, tendo presente a necessária qualificação do espaço público, mormente, em áreas urbanas. A este Nível correspondem as Estradas Municipais (Ver Quadro1). B.4.5. Vias de Nível 3 Correspondem a vias com perfil condicionado, muitas vezes reduzido, que garantem a ligação entre a estrutura viária principal às vias de acesso local, isto é, têm como funcionalidade ligar as vias de nível 1 e 2 aos aglomerados populacionais que não se encontram directamente servidos por aquele tipo de vias. A este nível correspondem os Caminhos Municipais. Figura 6.7. Representação esquemática da hierarquia viária do Concelho de Monção. vermelho: vias de nível 1 | vermelho tracejado: vias de nível 1- propostas preto tracejado: vias de nível 2 – a desclassificar da rede nacional | azul: vias de nível 2 | verde: vias de nível 3 vent ura da cru z p lanea ment o / luga r do p lano / le it ur as do t e rr it ó r io | 6.16 0 6. re de v iár ia e t ranspo rt e s | 3 . ª fa se | p lano d ire ct or mu n icipa l de mo n çã o B.5. Perfis Tipo Propostos Com base na descrição e hierarquização apresentada, inclusive em algumas fragilidades assinaladas figura-se relevante a definição e estruturação de perfis tipos para os diferentes níveis hierárquicos cruzando-os com a realidade de Monção, território urbano e o espaço rural. Quadro 6.2. Quadro de perfis transversais tipo (mínimos) segundo a hierarquia viária definida. Espaço Urbano Espaço Urbano (Monção – Área Urbana Imediata e Alargada) (Aglomerados Secundários) Faixa de Rodagem 7,5 m Espaço Rural Estacionamento Longitudinal 2,25 m Vias de Nível 1 Passeios 3.00 m Caldeira para Árvores 1,00 (opcional) Possibilidade de Inserção de Ciclovia 2 sentidos 1,50 m (opcional) (1) Faixa de Rodagem 6,5m Estacionamento Longitudinal 2,5 m Vias de Nível 2 Passeios 2 x 2,25 m Caldeira para Árvores 1,00 (opcional) Possibilidade de Inserção de Ciclovia 2 sentidos 1,50 m (opcional) (1) Vias de Nível 3 (1) Faixa de 6,00 m Berma ou passeio de 1,60m Via de 2 sentidos de tráfego com faixa de 3,00 m Berma de 1,50m A aplicação destes dados depende do volume de tráfego, das condições físicas do território e, da necessidade de promover meios de locomoção alternativos como a bicicleta. A criação de novos arruamentos e a qualificação dos existentes dentro de áreas com morfologia inequivocamente urbana e contínua, ou na ausência desta, os perfis dos arruamentos podem adoptar soluções alternativas mediante o desenvolvimento e realização de estudos de sistemas de circulação tendo por base os valores mínimos recomendáveis e definidos por lei. vent ura da cru z p lanea ment o / luga r do p lano / le it ur as do t e rr it ó r io | 6.17 0 6. re de v iár ia e t ranspo rt e s | 3 . ª fa se | p lano d ire ct or mu n icipa l de mo n çã o C. Pontos de Conflitos C.1. Sinistralidade Submeter a uma análise os dados de sinistralidade resulta imperativo no estudo da Rede Viária, pois visa a identificação de problemas e o encontro de soluções adequadas à sua resolução. Não podemos ignorar que um dos objectivos das actuais políticas nacionais ao nível da rede viária é a redução dos níveis de sinistralidade. Quadro 6.3. Acidentes com vítimas entre 2004 e 2006 Acidentes com Vítimas 2004 a 2006 Ano 2004 2005 2006 Unidade Geográfica Distrito de Viana do Castelo Viana do Castelo Monção Valença Distrito de Viana do Castelo Viana do Castelo Monção Valença Distrito de Viana do Castelo Viana do Castelo Monção Valença Acidentes com vítimas Total de vitimas Vítimas mortais % Feridos Graves % Feridos Leves % Índice Gravidade 860 1218 32 28,9 55 38,9 1131 16,8 3,7 321 469 11 34,4 19 34,5 439 38,8 3,4 50 81 62 111 3 4 9,4 12,5 1 7 1,8 12,7 58 100 5,1 8,8 6 4,9 832 1238 29 -9,4 56 1,8 1153 1,9 3,5 282 407 5 17,2 15 26,8 387 33,6 1,8 52 84 69 123 3 5 10,3 17,2 3 4 5,4 7,1 63 114 5,5 9,9 5,8 6 794 1084 20 -31 70 25 994 13,8 2,5 294 388 8 40 19 27,1 361 36,3 2,7 42 66 58 92 2 3 10 15 10 7 14,3 10 46 82 4,6 8,2 4,8 4,5 FONTE: ANRS, Relatórios Anuais 2004,2005 e 2006 Por intermédio do Quadro relativo aos acidentes com vítimas entre 2004 e 2006 verificamos que o número de acidentes com vítimas tem vindo a diminuir após uma ligeira subida no número de vítimas no ano de 2005 em que o índice de gravidade foi de 5,8%, no ano de 2006 esta tendência inverteu-se com uma descida de 1 ponto percentual no Índice de Gravidade. vent ura da cru z p lanea ment o / luga r do p lano / le it ur as do t e rr it ó r io | 6.18 0 6. re de v iár ia e t ranspo rt e s | 3 . ª fa se | p lano d ire ct or mu n icipa l de mo n çã o Quadro 6.4. Localização e Natureza de acidentes com mortos ou feridos graves (2004-2006) Via Km 116,075 EN202 N.º Mortos N.º Feridos Graves Despiste simples 1 0 Atrop.de peões 0 1 116,200 Despiste com capotamento 0 1 106,500 Atropelamento de Peões 0 1 68,600 Colisão frontal 1 6 12,400 Colisão lateral com outro veículo em movimento 1 1 Colisão frontal 0 2 Despiste simples 0 1 Colisão lateral com outro veículo em movimento 1 0 Colisão lateral com outro veículo em movimento 1 0 Colisão Frontal 0 1 Estrada Municipal 16,200 EN101 Natureza Acidente 21,200 22,550 R. Vidreira FONTE: ANRS, Relatórios Anuais 2004,2005 e 2006 De concordância com os dados recolhidos pela Autoridade Nacional da Segurança Rodoviária (ANSR) as vias mais problemáticas (com maior número de mortos e ou feridos graves) são a EN 101 e a EN 220, com menor relevância nas estradas municipais. Estas duas vias, EN 101 e EN 220, são vias que apresentam com uma ocupação marginal muito urbana e enquanto Estradas Nacionais adquirem uma maior apetência para a ocorrência de sinistralidade rodoviária. Actualmente encontra-se prevista a sua desclassificação, e a qualificação das mesmas o que passará pela transformação da actual EN101/202 numa ‘avenida urbana’, possível pela construção de uma via alternativa, com um traçado mais a Sul do actual, permitindo maior rapidez no acesso (a urgência), competitividade urbana, uma mobilidade mais segura e uma requalificação da imagem urbana, que se espera mais conducente a uma maior qualidade de vida, com uma valorização paisagística e maior atractividade urbana, reduzindo assim os actuais níveis de sinistralidade. vent ura da cru z p lanea ment o / luga r do p lano / le it ur as do t e rr it ó r io | 6.19 0 6. re de v iár ia e t ranspo rt e s | 3 . ª fa se | p lano d ire ct or mu n icipa l de mo n çã o D. Mobilidade e Transportes D.1. Introdução Enquanto organizadores da forma de concentração, de promoção económica e de factores de competitividade sólidos e de espaço de influência de cidades, os sistemas de urbano territoriais devem ser entendidos como um fundamental elemento estratégico de progresso e desenvolvimento. A problemática da densidade torna-se um problema na observação que se faz às carências de desenvolvimento. Regiões com baixa densidade populacional, falta de agentes qualificados que se dirigem para áreas de maior dinamismo, centros urbanos com falta de modelo de desenvolvimento urbano, baixa densidade de relações estratégicas sustentáveis e de complementaridade com outros sistemas urbanos, parecem ser ângulos negativos que se põem no desenvolvimento destas. Mas, na era da informação e da mobilidade cujo crescimento é francamente exponencial têm vindo a alterar-se os horizontes espaciais de referência alterando-se a noção territorial que temos até hoje. Em simultâneo com a mobilidade e rapidez de informação, afigura-se como imperativo a mobilidade, rapidez, conforto e segurança de pessoas, bens e serviços. Estas condições são capazes de inverter os aspectos mais restritivos ao desenvolvimento regional. Neste teor e no prosseguimento de um desenvolvimento acompanhado, sustentado e proporcionador de efeitos de coesão territorial, os meios de transporte são indispensáveis e constituem a base do sistema de mobilidade de pessoas e mercadorias. Como pedra basilar dos meios de transporte temos as infra estruturas e vias de comunicação que permitem a articulação e fluxo de movimentos de transportes. È então natural que a melhoria das infra estruturas de comunicação e transporte constituam anseios das comunidades e sejam entendidos como formas de coesão territorial. Simultaneamente a Coesão Social estará associada à já referida coesão territorial, para a qual o sistema de comunicações e transportes tanto contribuem. Torna-se evidente na contemporaneidade que a mobilidade de pessoas associada a outras vantagens – emprego, habitação e outras – constitui um importante factor de competitividade dos indivíduos, empresas, territórios e cidades. Os transportes são um elemento fundamental na estruturação do desenvolvimento das pessoas e dos territórios. Por seu lado assegurar que os territórios assentam em bases de proximidade são elementos fundamentais para o estabelecimento de conexões imediatas e na obtenção de sinergias locais. vent ura da cru z p lanea ment o / luga r do p lano / le it ur as do t e rr it ó r io | 6.20 0 6. re de v iár ia e t ranspo rt e s | 3 . ª fa se | p lano d ire ct or mu n icipa l de mo n çã o Monção assume-se num encadeamento urbano de inter relação com os concelhos vizinhos, que importa potenciar não descurando esta inter relação para que se possa criar uma rede inter relacionar com os principais centros urbanos. A Rede de Cidades e Vilas do Norte Atlântico revela a condição periférica de Monção relativamente à área central Sul ( Porto – Braga – Viana ) da mesma forma que revela o seu carácter periférico em relação à área central Norte ( Vigo – Corunha – Santiago ). Mas é, justamente, esta dupla condição periférica que confere, a Monção, no quadro do contexto semi - regional que forma com Valença e Melgaço, um estatuto inequivocamente central, num sistema urbano polinucleado da euro-região do noroeste peninsular, que se caracteriza por ser um espaço de crescimento demográfico e económico em potência. Em complemento importa qualificar o sistema de transportes, de forma a desencadear as comunicações internas e externas, e as ligações com os diferentes pontos do concelho com a região envolvente. A criação de dinâmicas de rede torna-se fundamental em territórios cujos contextos se enquadram de forma multi-relacional. Estas redes são potenciadas através da concretização efectiva de sistemas de transportes e de comunicação que interligam os diversos pontos do território e as suas sedes de actividades humanas. O estabelecimento destas dinâmicas propicia o crescimento das chamadas economias de escala, que garantem factores de sucesso, de competitividade, mas que só são conseguidas por intermédio de melhoradas condições de acessibilidade e mobilidade em território concelhio bem como supra-municipal. vent ura da cru z p lanea ment o / luga r do p lano / le it ur as do t e rr it ó r io | 6.21 0 6. re de v iár ia e t ranspo rt e s | 3 . ª fa se | p lano d ire ct or mu n icipa l de mo n çã o D.2. Padrões de Mobilidade / Contagens Procura-se aqui sistematizar o entendimento das dinâmicas existentes e das suas tendências, bem como dos problemas e reptos que se colocam relativamente às acessibilidades e à mobilidade. Neste campo resultou importante a escolha dos indicadores de mobilidade bem como as práticas que afectam o Concelho de Monção: os principais meios de transporte utilizados nas deslocações por motivos de trabalho e estudo e o tempo médio gasto nessas deslocações. D.2.1. Proporção de população residente que trabalha ou estuda noutro município Quadro 6.5. População residente empregada ou estudante segundo o local de trabalho ou estudo Unidade Geográfica Na freguesia onde reside Noutra freguesia do município onde reside Noutro Municipio No estrangeiro 1991 2001 Var.% 1991 2001 Var.% 1991 2001 Var.% 1991 2001 Var.% 1056243 900998 -14,7 636997 801300 25,8 376128 566783 50,7 - 26946 - Minho Lima 82263 52250 -36,5 42649 57551 34,9 10514 26117 148,4 - 2069 - Viana do Castelo 24593 18794 -23,6 20477 25916 26,6 20477 25916 26,6 - 822 - Valença 4475 3109 -30,5 2513 2875 14,4 503 1684 234,8 - 170 - Monção 8558 4307 -49,7 2859 3770 31,9 541 1761 225,5 - 208 - Região Norte FONTE: INE, Censos 1991-2001 Se verificarmos a proporção de população residente que trabalha ou estudo noutro município, constatamos que Monção, de acordo com os censos de 2001, apresenta uma crescimento de 225,5% da população a trabalhar ou a estudar noutro município durante o período inter-censitário. É um valor bastante significativo e relevante no que concerne à análise das dinâmicas do município. Na análise conjunta da Região Norte, Sub-região Minho e Lima e o Concelho de Viana do Castelo, verificamos que face a Monção é um Concelho que gera um grande número de deslocações por motivos de trabalho e/ou estudo mesmo face aos valores percentuais apresentados relativamente à Região Norte e Sub Região Minho e Lima. Tais dados revelam-se importantes na medida em que podem determinar o maior ou menor número de movimentos pendulares efectuados a partir de Monção. vent ura da cru z p lanea ment o / luga r do p lano / le it ur as do t e rr it ó r io | 6.22 0 6. re de v iár ia e t ranspo rt e s | 3 . ª fa se | p lano d ire ct or mu n icipa l de mo n çã o D.2.2.Tempo Gasto em Média numa ida para o local de trabalho/estudo Gráfico 6.1. Tempo Gasto em média numa ida para o local de trabalho/estudo 1% 2% 1% 3% 2% 4% 8% 14% 7% 1% 2% 3% 1% 1% 5% 1% 1% 12% 20% 25% 28% 26% 30% 29% 68% 53% 46% 61% 48% 6% 7% 8% Portugal Norte Minho - Lim a nenhum 56% 15 minutos 16 a 30 minutos 13% 3% 7% Viana do Valença Castelo 31 a 60 minutos Monção 61 a 90 minutos mais de 90 minutos FONTE: INE, As Cidades em Números 2001. No que diz respeito ao tempo médio gasto pelos residentes no Municipio de Monção para efectuar os percursos referidos, pouco mais de metade não atinge os 15 minutos, facto sensivelmente comum com o a Sub Região Minho – Lima. De entre os três concelhos pertencentes à Sub-Região Minho Lima, Monção é o Concelho que apresenta a maior percentagem de indivíduos que não demora tempo numa deslocação casa para trabalho ou estudo com cerca de 13 pontos percentuais. vent ura da cru z p lanea ment o / luga r do p lano / le it ur as do t e rr it ó r io | 6.23 0 6. re de v iár ia e t ranspo rt e s | 3 . ª fa se | p lano d ire ct or mu n icipa l de mo n çã o D.2.3. Modos de Transporte 26% 27% A pé Viana do Castelo Comboio 8% Valença 0% 5% 5% 1% 1% Norte TP 1% 4% 3% Portugal 5% 6% 1% 3% 5% 3% 8% 11% 12% 17% 17% 25% 28% 35% 41% 45% 46% 55% 55% Gráfico 6.2. Modos de Transporte Monção TC Empresa/Escola Automóvel Motociclo/Bicicleta FONTE: INE, As Cidades em Números 2001. Quanto ao principal modo de transporte usado nos trajectos efectuados para os locais de trabalho e estudo pela população é repartido essencialmente pelo automóvel em primeiro plano com 42% seguido da deslocação a pé com uma percentagem de 35%. Os restantes 24% são repartidos pelos transportes públicos com 11%, os transportes colectivos empresa/escola com 8% e por fim pela motocicleta e bicicleta com 5%. Os valores comparativos de Monção face á Região Norte são aproximados sendo que nesta última o automóvel assume um maior destaque. D.3. Transportes de Passageiros Panorama Genérico Assiste-se nos dias de hoje, nos locais sujeitos a uma baixa e muito baixa densidade, a um progressivo desaparecimento da oferta de transportes públicos rodoviários fora dos principais eixos inter urbanos ou nos locais em que o transporte escolar se encontra a decrescer; são frequentes os casos de carreiras licenciadas que optam apenas pelo período escolar, dado que o número de utentes fora deste período não compensa face as despesas efectuadas nestas operações. A descida da população escolar e o vent ura da cru z p lanea ment o / luga r do p lano / le it ur as do t e rr it ó r io | 6.24 0 6. re de v iár ia e t ranspo rt e s | 3 . ª fa se | p lano d ire ct or mu n icipa l de mo n çã o encerramento de escolas aponta para um duplo agravamento da questão: aumento do custo do transporte por aluno e maior retraimento na oferta de carreiras acentuando o isolamento populacional. Como qualquer Concelho Português de interior, este também não foge à regra, no que respeita aos Transportes Públicos. A localização geográfica, não coincidente com nenhuma Área Metropolitana ou afim, associada ao tipo de povoamento disperso e de relevo sinuoso, faz desta matéria uma questão ainda pouco desenvolvida. Desde o encerramento do ramal ferroviário, os serviços de transporte público do Concelho resumem-se a transportes rodoviários, que se podem resumir a quatro categorias: Transportes rodoviários concelhios Transportes rodoviários de longa distância Transportes escolares Carros de Aluguer D.3.1. Transportes Rodoviários Concelhios A oferta de transportes públicos de passageiros em modo rodoviário e à escala regional, assenta em carreiras de carácter inter-urbano operadas por empresas que obtém licenças junto da autoridade nacional de transportes (DGTTF). A situação das empresas de transporte público interurbano de passageiros é relativamente pouco desafogada com o sucessivo encerramento de carreiras rurais fora dos principais eixos de ligação inter-urbana. Muitas carreiras subsistem associada ao transporte de alunos, cuja situação se revela deficitária fora do período escolar, potenciando-se soluções mais associadas ao transporte individual. Embora com algumas operadoras a prestar serviços a nível concelhio, as suas frequências são muito reduzidas, pelo que a população que os utilize tem de despender de muito tempo para efectuar as suas deslocações. Genericamente, o serviço de transportes públicos prestados no Concelho de Monção parece adaptado e com níveis de serviço mínimos. O serviço prestado não abrange de igual forma todo o território, nem responde à variedade de necessidades de deslocação. D.3.2.Transportes Rodoviários de Longa Distância Relativamente aos transportes de longa distância, estes ajustam-se mais à procura, com tempos de viagem mais adaptados às distâncias exercidas e com mais conforto. Porém, muitos destes transportes ditos ‘expressos ’ não funcionam em interface com os transportes públicos concelhios, sendo mesmo vent ura da cru z p lanea ment o / luga r do p lano / le it ur as do t e rr it ó r io | 6.25 0 6. re de v iár ia e t ranspo rt e s | 3 . ª fa se | p lano d ire ct or mu n icipa l de mo n çã o desarticulados em percursos e tempos. Esta nítida segmentação de mercado evidencia a necessidade de uma coordenação, não obstante pelo facto de existir em Monção uma Centro Coordenador de Transportes. Quadro 6.6. Transporte de passageiros em autocarro com serviço em Monção. Empresa Avic / Turilis Carreira Monção – Lisboa Percurso Melgaço, Monção, Valença, S. Pedro da Torre, V.N. Cerveira, Seixas, Caminha, V.P.Âncora, Viana do Castelo, Esposende, Póvoa de Varzim, Vila do Conde, Porto, Lisboa Distância km 457 Horários Tarifa euros Frequência 06.30 Menos Sáb. 11.00 Menos Dom. 16.30 - Domingo 22.30 Menos Sáb. 05.30 Aos Sábados Monção, Valença, Vila Nova de Cerveira, Seixas, Caminha, Vila Praia de Âncora, Porto, Fátima, Lisboa Ou Monção, Valença, Ponte de Lima, Braga, Famalicão, Porto, Coimbra, Fátima, Lisboa Ou Rede Expressos Monção – Lisboa Monção, Valença, Vila Nova de Cerveira, Seixas, Caminha, Vila Praia de Âncora, Viana do Castelo, Esposende, Póvoa de Varzim, Porto, Coimbra, Leiria, Fátima, Lisboa 06.00 Diária 07.40 457 Ou 16.30 Diária 18,50 6ª e Dom. 16.30 2ª a 5ª 17.30 Domingo Monção, Valença, Vila Nova de Cerveira, Seixas, Caminha, Vila Praia de Ancora, Viana do Castelo, Esposende, Póvoa de Varzim, Porto, Lisboa Ou Monção, Valença, Ponte de Lima, Famalicão, Porto, Lisboa Monção, Valença, Vila Nova de Cerveira, Seixas, Caminha, Vila Praia de Âncora, Porto Diária Diária Ou 6ª e Dom. Monção, Valença, Ponte de Lima, Braga, Famalicão, Porto 2ª a 5ª Ou Rede Expressos Monção – Porto Monção, Valença, Vila Nova de Cerveira, Seixas, Caminha, Vila Praia de Âncora, Viana do Castelo, Esposende, Póvoa de Varzim, Porto Domingo 06.00 07.40 145 16.30 9,50 16.30 Ou 17.30 Monção, Valença, Vila Nova de Cerveira, Seixas, Caminha, Vila Praia de Ancora, Viana do Castelo, Esposende, Póvoa de Varzim, Porto Ou Monção, Valença, Ponte de Lima, Famalicão, Porto Rede Expressos Monção – Braga Monção, Valença, Ponte de Lima, Braga 93 07.40 7.80 Diária - 2ª a 6ª 6.00 2ª a 6ª 05.50 AV Minho Monção – Porto Melgaço, Monção, Valença, Vila Nova de Cerveira,Caminha, Ponte de Lima, Viana do Castelo, Esposende, Porto 07.30 145 11.30 16.20 18.30 07.50 Salvador Alves Pereira Monção – Braga Monção, Arcos de Valedevez, Ponte da Barca, Braga 93 10.15 12.15 16.20 Fonte: Rede Expressos, www.rede-expressos.pt; Monção Virtual, www.moncaovirtual.com; Avic, www.avic.pt. e Av Minho, www.avminho.pt , Março de 2008. As distâncias, tempos e tarifas apresentadas referem-se aos percursos a partir de Monção-Lisboa, Monção Porto e Monção – Braga. vent ura da cru z p lanea ment o / luga r do p lano / le it ur as do t e rr it ó r io | 6.26 0 6. re de v iár ia e t ranspo rt e s | 3 . ª fa se | p lano d ire ct or mu n icipa l de mo n çã o D.3.3.Transportes Escolares Os transportes escolares são realizados por vários modos de transporte, tendo em conta a satisfação da rede de equipamentos escolares distribuídos pelo Concelho. Essa cobertura é realizada por um esquema tripartido de transporte de alunos: veículos privativos da Câmara Municipal, veículos de aluguer, fretados exclusivamente para o transporte escolar e carreiras públicas de transporte. De certo modo, pode-se referir que, dada a complexidade do problema, o sistema está relativamente bem montado, tendo em conta a natureza geográfica dos equipamentos escolares e a utilização dos transportes existentes. Salienta-se, no entanto, o facto de haverem percursos demasiado longos, o que torna substancialmente inconfortável para os alunos que os utilizam. D.3.4.Carros de Aluguer Relativamente aos Automóveis de Aluguer ( AA ), cabe-nos referir a sua extensa cobertura neste Concelho. De qualquer modo, salienta-se o facto de cerca de ⅓ destes veículos se localizarem na Sede do Concelho, o que reflecte alguma dificuldade na uniformização territorial deste transporte excluindo algumas freguesias de poder utilizar este versátil e flexível modo de transporte. D.3.5. Transporte Público vs Transporte Individual Ao nos determos relativamente aos dados respeitantes ao transporte por autocarro (carreiras regulares) pode-se concluir que existe alguma oferta. Esta oferta é no entanto competitiva no âmbito das deslocações regionais e inter urbanas, com cerca de 20 ligações diárias. Quadro 6.7. Quadro comparativo de tempos e custos de viagem a partir de Monção, por automóvel e autocarro. Lisboa Porto Braga Valença Modo Automóvel Autocarro 1 2 h € h € h € h € 6:08 41,85 1:57 13,75 1:56 8,32 0:29 2,04 7:30 18,50 2:30 9,50 1,20 7,80 0:30 5,20 1. Cálculos efectuados a partir do ViaMichelin, em www.viamichelin.com, para a viagem menos demorada, considerando custo de 1,30 €/l para combustível, consumo de 7l/100km, e as taxas de portagens quando aplicável, em vigor em Fevereiro de 2008. 2. Considerando as viagens com menor duração a partir da informação da Rede Expressos em www.rede-expressos.pt. Com se pode observar no quadro 4.5., a perda de competitividade nos tempos de viagem é contrabalançada nas tarifas praticadas que se mostram mais económicas no autocarro em viagens mais longas. Embora as viagens em transporte individual se tornem mais dispendiosas em termos de custo, elas apresentam uma vantagem nos tempos de viagem dificilmente batíveis pelos transportes públicos. Tal vent ura da cru z p lanea ment o / luga r do p lano / le it ur as do t e rr it ó r io | 6.27 0 6. re de v iár ia e t ranspo rt e s | 3 . ª fa se | p lano d ire ct or mu n icipa l de mo n çã o facto pode ser ainda aliado à grande capacidade de permeabilidade do transporte individual, conseguindo chegar praticamente a todos os pontos, sem restrições de horários, e apesar de ser mais dispendioso, é mais apetecível nas opções e no conforto. A população residente em zonas de baixa densidade fora das áreas de influência dos locais de paragem dos transportes, não vem alternativas, no âmbito de transportes, sobretudo a um nível urbano, em que se faça a inter relação e contribua para a inter modalidade entre os diversos serviços de transportes. Como se disse no inicio desta parte, a fraca cobertura e os baixos níveis de serviço agravam assim a mobilidade do tecido social mais desfavorecido, e daqueles que são dependem dos meios de transporte público, sobretudo as crianças e jovens, idosos, e mulheres. D.3.6. Novas Mobilidades Actualmente e segundo as directrizes de desenvolvimento sustentável têm vindo a ser desenvolvidos projectos ambientais que procuram potenciar o uso de formas mais saudáveis de locomoção. Face ao encerramento de um grande conjunto de linhas ferroviárias no país várias Câmaras Municipais têm vindo a desenvolver projectos de Eco-Pistas. É um projecto ambiental de grande alcance que aproveita a desactivação da linha de caminho de ferro para utilização de transportes amigos do ambiente destinada ao cicloturismo e a pista de passeios pedonais, a um uso público como via de comunicação para o ócio, desporto, actividades recreativas, culturais e de protecção do meio ambiente. No Concelho de Monção a Eco-Pista prolonga-se apenas até à Sr.ª da Cabeça, na freguesia de Cortes. Constitui-se como um projecto de qualificação e divulgação de terras de Monção e Valença. Este projecto aproveita ainda os edifícios das Estações para iniciativas de interpretação ambiental e das especificidades concelhias o que se poderá constituir como um pólo interessante de desenvolvimento das freguesias envolvidas: Lapela, Troporiz e Cortes. Embora este tipo de projecto explore em grande parte uma valência cultural e recreativa deverá ter-se em conta a sua utilização de forma a se criarem e fomentarem novas mobilidades não ligadas apenas a estas vertentes. Já se encontra proposta a extensão da Eco-Pista até ao interior da Vila de Monção, uma vez que este projecto apresenta elevadas potencialidades para o desenvolvimento local e intermunicipal. Alguns pontos de interesse no percurso da eco-pista no Concelho de Monção: Torre de Menagem de Lapela, Apeadeiro de Lapela, Capela da Senhora da Cabeça e Parque de Merendas de Cortes. vent ura da cru z p lanea ment o / luga r do p lano / le it ur as do t e rr it ó r io | 6.28 0 6. re de v iár ia e t ranspo rt e s | 3 . ª fa se | p lano d ire ct or mu n icipa l de mo n çã o D.3.6. Orientações Do que se constatou atrás, julga-se que quanto maior forem as possibilidades de se oferecer, a todos os níveis, em todos os locais, para todas as idades e para todas as condições, alternativas competitivas ao transporte individual, mais se contribuirá para uma região qualificada. Actualmente as estratégias que são sugeridas na prossecução de níveis de sustentabilidade do sistema em termos de mobilidade e dos transportes, contam com os conceitos associados: Diversificação de oferta de modos de transporte Redução do espaço automóvel nos centros das cidades e nas urbanizações periféricas Introdução de veículos movidos a energias alternativas Gestão de procura de transportes Informação especializada em matéria de serviços de transportes, suas características, facilidades, preços, sistemas de pagamentos e bilhética. O aumento da mobilidade das pessoas, reforçando a coesão das estruturas urbanas e suburbanas, promovendo o relacionamento interurbano segundo estratégias assumidas de coesão, e ainda viabilizando a oferta de transportes públicos em territórios de baixa densidade, constitui um grande desígnio, por forma a melhorar as condições de competitividade dos indivíduos e das actividades, ou seja, dos centros urbanos e dos aglomerados, quer isoladamente quer como rede de serviços, sem inviabilizar a sobrevivência de espaços que se encontram à marginalizados relativamente aos principais eixos de comunicação. Outros desígnios são o da diminuição da dependência do transporte individual (por razões ambientais, energéticas e de qualificação urbana), o incremento de todos os modos de transporte para as diferentes escalas territoriais (no âmbito da constituição de oferta diversificada mas integrada em termos de concepção de redes, interfaces, tarifários e bilhética), e a actuação sobre a procura de transportes alternativos (para maximizar a utilização da oferta publica disponibilizada e condicionar comportamentos indesejáveis). De um modo mais concreto, na área do concelho de Monção assume-se como um factor primordial potenciar a formação de soluções alternativas nas zonas de baixa utilização de transportes. Tal prioridade encontra dois grandes desafios: a formação de autoridades regionais / intermunicipais de transportes, com efectivos poderes de coordenação e concertação de redes e operadores, e a criação de soluções alternativas (serviços a pedido) em zonas de baixa utilização. Para a sua concretização importa dotar as autarquias de meios capazes de financiamento das componentes de serviço público, definindo-se eventualmente formas de contratação e de subvenção de alguns serviços, em complemento com o apoio à criação de agrupamentos de empresas (ou a sua fusão), tendo em vista a exploração de transportes alternativos, abrangendo pequenas empresas, taxistas, associações locais, etc. vent ura da cru z p lanea ment o / luga r do p lano / le it ur as do t e rr it ó r io | 6.29