MEMORIAL TÉCNICO: CONSTRUÇÃO DE SUBESTAÇÃO ABRIGADA COM MEDIÇÃO INDIRETA EM BT DE ENERGIA ELÉTRICA E ADEQUAÇÃO AS NORMAS VIGENTES Estação de Tratamento de Água Moreira RESUMO O presente memorial técnico tem por objetivo estabelecer as diretrizes para a execução de serviços com a finalidade de adequação as normas vigentes, instalações cuja medição de energia elétrica está situada na Estrada da Hidráulica, 2000, município do Capão do Leão - RS. Será necessário para que as obras possam ser concluídas no período estabelecido, que os serviços aqui solicitados e descritos, sejam executados por empresa qualificada, e em tempo hábil de acordo com o que segue. 1. Princípio Geral “A empresa contratada deverá realizar a obra proposta que consiste na troca do poste de derivação de MT, construção de uma subestação abrigada com medição indireta em BT, troca do transformador e interligação da nova subestação ao circuito existente de acordo com o projeto apresentado a seguir. A empresa contratada deverá primeiramente realizar a construção da subestação, assim como a montagem de todos os equipamentos, construção do ramal de entrada subterrâneo e rede subterrânea de alimentação dos motores e demais circuitos sem a interrupção do sistema de bombeamento. Após o término dessa primeira etapa, deverá ser programada uma interrupção do abastecimento de água, para que seja realizada a mudança do ramal de entrada e energização da subestação como também a mudança da alimentação dos motores da rede antiga para atual, de forma que nenhum colaborador do SANEP participe diretamente na construção da obra e nem da montagem, APENAS acompanhando no que for necessário, a fim de fazer a LIQUIDAÇÃO da obra”. A lista de materiais especificados para realização desta obra se encontra no Anexo A deste memorial. 2. POSTE DE DERIVAÇÃO Deverá ser substituído o poste de derivação existente (poste 07, conforme prancha 01 de 02), por um poste de derivação de 11 metros de comprimento em concreto de secção circular, simples, 10KN, base concretada e devendo a fundação deste obedecer à norma NBR 5434. Para facilitar a colocação do novo poste sem a interrupção do abastecimento, este, deverá ser colocado a uma distância de 4(quatro) metros após o poste atual(poste 07), para que a rede não sofra desvio. Para a realização da ampliação da rede aérea de MT, será necessária a realização de emenda nos cabos da rede aérea, desta forma, fica a cargo da empresa contratada a realização e fornecimento de todo material que seja necessária para realização deste serviço, sem gerar custos ao SANEP. Serão instaladas neste poste estruturas novas do tipo N3 com dois níveis de cruzeta dupla e um de cruzeta simples, no topo uma estrutura fim de linha do tipo N3 conforme “figura 33” da NBR 5434/1982, abaixo desta, a distância de 80 centímetros, uma estrutura de derivação tipo N3 onde serão instalados os páraraios e as chaves fusíveis e por último uma cruzeta simples para fixação dos terminais poliméricos (lista de materiais descrita no anexo A). O afastamento entre os equipamentos dispostos nas cruzetas deverão ter seus espaçamentos padronizados de acordo com o tipo de estrutura especificada, conforme a NBR 5434. As ligações do ramal de ligação deverão ser feitas com condutor de cobre nu com bitola 2 AWG. O sistema de aterramento dos pára-raios deverá ser feito com condutor de cobre nu, com secção nominal de 25mm², sua descida ao longo do poste deverá ser tubulado em eletroduto PVC rígido ¾”. 3. RAMAL DE ENTRADA E REDE SUBTERRÂNEA Os condutores do ramal de entrada deverão ser de cobre flexível de bitola 35mm², unipolar com isolação para 15KV, estes deverão ser conectados ao Terminal Polimérico que deverá ser fixado em suporte “L” na cruzeta simples, a ligação do terminal polimérico a chave fusível deve ser feita em fio de cobre nu 2 AWG. O ramal de entrada será composto por 4 (quatro) condutores no qual deverão ser 3(três) instalados as chaves fusíveis e o outro restante, reserva, deverá ser fixado no suporte “L”, conforme figura 10 do RIC - MT, disposto na cruzeta, deve ser observado o comprimento do cabo reserva tanto na parte aérea quanto no interior da câmara transformadora de forma a possibilitar a substituição deste por qualquer um dos 3(três) cabos instalados sem alterar a configuração da instalação original, em hipótese alguma os cabos de MT poderão ter emendas e deverão estar devidamente identificados, conforme NBR 14039, nas extremidades e nas caixas de ligação. Deverá ser fixado junto ao poste um eletroduto de aço galvanizado (conforme prancha 02 de 02) para fazer a proteção dos cabos de MT. Este eletroduto deverá ser aterrado com fio independente e ligado a mesma haste de aterramento dos pára-raios. O eletroduto do ramal subterrâneo deverá ser de PVC rígido, 125 mm (especificações Anexo A) instalados a uma profundidade de 600 mm (medida entre a parte superior do eletroduto e o nível do solo), nos trechos em que o eletroduto ficará sujeito a trânsito de veículos deverá ser construído junto com o eletroduto principal um outro reserva e estes deverão ser envelopado em concreto com dimensões mínimas de 250 x 250 mm para cada eletroduto. Deve ser aplicada vedação adequada nas junções e curvas do eletroduto subterrâneo, afim de impermeabilização e após a passagem de todos os cabos, os eletrodutos devem ser vedados com massa de vedação nas caixas de passagem e nas extremidades. Nas caixas de passagem deverão ser observadas sobras de cabo, na caixa de passagem que esta na base do poste deverá ser de 2,5 metros e nas demais caixas uma volta de cabo medindo 0,5 metros. Deverão ser confeccionadas 2 (duas) caixas de passagem em alvenaria nos tamanhos e locais especificados na prancha 02 de 02 e também duas tampas com resistência para 1000 Kg, de acordo com a da figura 10 do RIC - MT . 4. SUBESTAÇÃO ABRIGADA COM MEDIÇÃO Deverá ser construída uma subestação abrigada com medição indireta em BT, em alvenaria, construída rigorosamente de acordo com a figura 16 RIC - MT, devendo atender as notas descritas na página 66 do RIC - MT e as especificações do item 7.3 do “a” ao “x” do RIC – MT. Para a caixa de passagem que está na subestação abrigada deverá ser confeccionada uma tampa em chapa xadrez 6 mm de medidas 0.80 x 0.80 metros divida em dois módulos para saída dos cabos de media tensão, conforme figura 25 do RIC - MT. O modelo da ferragem para fixação da chave seccionadora poderá ser escolhido entre os modelos das figuras 23 e 24 do RIC - MT, devendo ser confeccionado em ferro galvanizado, menos a parte em cobre. A ligação entre a chave seccionadora e o transformador deve ser feita através de barramento de cobre que deverá estar devidamente pintado conforme NBR 14039. Deverá ser instalado, na subestação, um transformador de distribuição trifásico 112,5KVA (conforme especificado no anexo A), de forma que os bornes do secundário do transformador fiquem visíveis da área de circulação. Os cabos do secundário do transformador deverão ser unipolar flexível em cobre com secção nominal 70 mm² (especificado no anexo A), os cabos deverão ser tubulados com eletroduto PVC rígido 2 ½” até o quadro de medição. O punho para acionamento da chave seccionadora deverá ter travamento mecânico afim de impossibilitar a abertura ou fechamento do circuito de forma acidental, também deverá ser instalado um sistema de intertravamento elétrico entre o punho de acionamento da chave seccionadora e o disjuntor de BT, o funcionamento deverá ocorrer da seguinte forma: assim que o punho deixe a posição de ligado, deverá ser acionado um fim de curso que fará o disparo do disjuntor de BT antes de ser aberta a chave secionadora, promovendo o seccionamento do circuito de alimentação dos motores. Esse circuito de intertravamento deverá ser tubulado em eletroduto PVC rígido ¾” e alimentado com fio de cobre flexível de bitola 1,5 mm². O neutro do transformador deve ser aterrado, solidamente, com condutor isolado bitola 25 mm². As partes metálicas do transformador, disjuntores, chaves e quaisquer outras partes metálicas sujeitas a energização, que não são destinadas a condução de corrente, devem ser aterradas. A ligação entre cada uma delas e o sistema de aterramento deve ser feita através de um único condutor de cobre nu e bitola de 25 mm². 4.1. CAIXA DE MEDIÇÃO E DISPOSIÇÃO DOS EQUIPAMENTOS A caixa de medição e o módulo para disjuntor deverão ter acabamento com tinta antiferruginosa, profundidade de 40 cm, dotada de fecho trinco e dispositivo para lacre. O tamanho da caixa de medição e módulo do disjuntor deverá seguir dimensões indicadas na figura 01 a seguir, sendo que a altura do módulo do disjuntor dever ser igual a da caixa de medição. C A IX A D E M E D IÇ Ã O 120 mín 60 max120 60 M Ó D U L O D IS J U N T O R 60 40 m ín 3 5 40 40 85 D E T A L H E S IN T E R N O S p a in e l su p e rio r p a in e l in fe rio r Fonte: RIC-MT – Figura 33 / pág. 79 FIGURA 01: Caixa Metálica para Medição indireta em BT Os equipamentos que compõem a medição deverão ficar dispostos conforme figura 02 a seguir: MÓDULO MÓDULO 1 disposição opcional quando a entrada for pela direita 1 1 - CONDUTOR DE PROTEÇÃO Fonte: RIC-MT – Figura 31 / pág. 77 FIGURA 02: Disposição dos Equipamentos na Caixa de Medição. O fornecimento e instalação dos suportes necessários a fixação dos TC´s e do disjuntor serão de responsabilidade da empresa contratada de forma a não gerar custos ao SANEP. 5. Rede de BT Deverá ser construída uma rede para alimentação do circuito existente, esta rede tem origem no disjuntor de BT da medição até o disjuntor que esta dentro da casa de maquinas percorrendo uma distância de 40 metros, a rede será subterrânea, tubulada em eletroduto PVC rígido 2½”(especificado no anexo A), e percorrerá os locais apontados nas figuras 03 e 04 abaixo, devendo ter caixas de passagem confeccionadas em alvenaria em todas as mudanças de direção(curvas), as caixas deverão ter tampa em concreto. Este circuito será composto por quatro cabos unipolares flexíveis em cobre de 70mm²(especificado no anexo A). Caixa de passagem Caminho percorrido pelo eletroduto Figura 03 – Local da subestação e rede subterrânea Local da subestação Caminho percorrido pelo eletroduto Caixas de passagem Atual caixa de medição Figura 04 – Caixas de passagem e rede subterrânea Será obrigação da empresa responsável pela obra, a realização da mudança do circuito antigo de BT, que consiste na mudança de um disjuntor que esta junto à atual caixa de medição, que deverá ser instalado dentro da casa de bombas, assim como também a mudança dos cabos de alimentação desse circuito. 6. DA LIQUIDAÇÃO DA OBRA Concluídas as construções em alvenaria assim como a troca do poste e instalação de todos os equipamentos, já citados, as quais serão vistoriadas pelo fiscal da obra indicado pelo SANEP, a obra só será considerada LIQUIDADA após ser realizada a ligação da rede ao poste assim como a alimentação do sistema de bombeamento e demais circuitos, retirada do transformador, poste de medição, poste de derivação e da rede existente, antiga, entrega dos materiais ao SANEP e após todos os testes. Será de responsabilidade da empresa contratada a remoção e transporte dos equipamentos citados a cima, postes e transformador, para local indicado pelo SANEP. 7. QUALIFICAÇÃO TÉCNICA DA EMPRESA A EXECUTAR O SERVIÇO Para que a empresa possa provar sua qualificação técnica, esta deverá estar cadastrada na CEEE-D como prestadora de serviços em redes elétricas e também apresentar a seguinte documentação de acordo com o exposto a seguir. 7.1. REGISTRO CREA Registro no conselho regional de Engenharia e Agronomia do Rio Grande do Sul (CREA-RS) ou visto do mesmo no caso de empresa não sediada no estado. 7.2. PROVA DO QUADRO PROFISSIONAL • Prova da empresa possuir, no quadro funcional permanente, profissional(ais) Engenheiro Eletricista-nível superior- detentor(es) de atestado de responsabilidade técnica por execução de obras e/ou serviços de complexidade tecnológica operacional equivalente ou superior ao objeto desta licitação da seguinte forma: • A prova da empresa possuir no quadro funcional permanente profissional(ais) Engenheiro Eletricista -nível superior- será feita, em se tratando de sócio da empresa, por intermédio da apresentação do contrato social e no caso do empregado, mediante cópia da Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS); • A prova de que o profissional(ais) Engenheiro Eletricista-nível superior- é detentor de atestado de responsabilidade técnica, será feita mediante a apresentação do atestado fornecido por pessoa jurídica de direito público ou privado, devidamente registrado no CREA. OBSERVAÇÔES • A empresa contratada deverá comunicar o início das obras ao SANEP, através de ofício em papel timbrado, o qual deverá conter a relação de funcionários da mesma, dispostos durante a execução, plano de trabalho e cronograma físico dos serviços a serem executados. • Além disso, para início das obras, deverá a empresa contratada apresentar ao SANEP a Anotação de Responsabilidade Técnica – ART – devidamente preenchida e assinada pelo seu Responsável Técnico, referente aos serviços a serem executados. • As eventuais considerações, dúvidas e/ou solicitações da empresa contratada em relação aos serviços da obra deverão ser expressas por escrito, para avaliação e resposta posterior da fiscalização do SANEP. • O Anexo A tem como objetivo a especificação técnica dos materiais a serem usados na obra assim como a quantidade mínima dos mesmos, porém o SANEP não se responsabiliza por acréscimos e modificações efetuados nesta lista necessários a execução da obra dentro da técnica, do bom senso e do projeto apresentado os quais deverão ser custeados pela empresa contratada. • Para a correta execução desta obra a empresa contratada deverá seguir as orientações contidas no RIC - MT afim desta estar em conformidade com as normas vigentes e liberações necessárias a operação de forma a não oferecer riscos as instalações e funcionários do SANEP. Pelotas, 22 de novembro de 2010. Clóvis Borba de Farias Eng° Eletricista / Chefe do DEMA-DEM Leandro Lemos Gonzales Téc. Eletromecânico Aérton Pedra Medeiros Téc. Eletromecânico