2015 Comportamento dos Preços Altair Garcia, Camila Ikuta Subseção Dieese – Força Sindical Subseção- Força Sindical 06/02/2015 1 Cesta Básica - São Paulo Em janeiro de 2015, o custo da cesta básica de produtos essenciais foi, na capital paulista de R$ 371,22, valor 4,81% maior do que no mês anterior. São Paulo é a cidade com o maior valor da cesta, entre as 18 pesquisadas pelo DIEESE. Com relação a janeiro de 2014, a alta dos produtos essenciais foi de 14,76% (ver tabela na página 3). Em janeiro, três produtos da cesta paulistana apresentaram elevação superior à taxa média da cesta (4,81%): batata (52,43%), feijão carioquinha (24,53%) e tomate (5,62%). Outros cinco produtos tiveram aumentos inferiores: açúcar refinado (2,81%), carne bovina de primeira (1,44%), pão francês (1,03%), arroz agulhinha (0,75%) e óleo de soja (0,74%). Houve redução no preço do leite integral (-2,86%), farinha de trigo (0,66%), banana (-0,57%) e manteiga (-0,47%). Já a cotação do café em pó permaneceu estável. Na comparação com janeiro de 2014, 11 produtos apresentaram elevação. Batata (61,99%), feijão (23,87%), tomate (22,38%) e carne bovina de primeira (17,30%) apresentaram altas superiores à variação média anual da cesta (14,76%). Já a banana nanica (11,80%), arroz agulhinha (7,66%), café em pó (6,68%), pão francês (5,25%), farinha de trigo (2,49%), manteiga (2,23%) e leite (0,35%) tiveram elevações inferiores. Apenas o açúcar (-1,08%) e o óleo de soja (-2,87%) mostraram redução nos preços. Devido ao aumento do custo da cesta no mês de janeiro, o trabalhador paulistano cuja remuneração equivale ao salário mínimo necessitou realizar uma jornada de 103 horas e 38 minutos para comprar os mesmos produtos que, em dezembro, exigiam a realização de 107 horas e 38 minutos. Esta redução é consequência da entrada em vigor do novo valor salário mínimo, cuja alta (8,84%) é maior que a variação mensal do custo da cesta. De todo modo, em janeiro de 2014, o tempo de trabalho necessário para a aquisição da cesta era bem menor: 98 horas e 18 minutos. O valor da cesta, em São Paulo, comprometeu 51,21% do salário mínimo líquido, isto é, após os descontos previdenciários. Em dezembro, o percentual exigido foi maior: 53,18%. Em janeiro de 2014, a parcela do salário mínimo líquido gasta com os gêneros alimentícios equivalia a 48,56%. Subseção- Força Sindical 2 Cesta Básica em São Paulo - Quanto se trabalha para comer Tempo de Trabalho(1) Gasto Mensal Produtos Quantidades Janeiro de 2014 R$ Janeiro de 2015 R$ Variação anual % Janeiro de 2014 Janeiro de 2015 Carne 6 kg 111,36 130,62 17,3 33h50m 36h28m Leite 7,5 l 22,65 22,73 0,35 6h53m 6h21m Feijão 4,5 kg 16,97 21,02 23,87 5h09m 5h52m Arroz 3 kg 7,44 8,01 7,66 2h16m 2h14m Farinha 1,5 kg 4,41 4,52 2,49 1h20m 1h16m Batata 6 kg 16,26 26,34 61,99 4h56m 7h21m Tomate 9 kg 31,77 38,88 22,38 9h39m 10h51m Pão 6 kg 55,98 58,92 5,25 17h01m 16h27m Café 600 g 8,23 8,78 6,68 2h30m 2h27m Banana 7,5 dz 23,48 26,25 11,8 7h08m 7h20m Açúcar 3 kg 5,55 5,49 -1,08 1h41m 1h32m Óleo 900 ml 2,79 2,71 -2,87 0h51m 0h45m Manteiga 750 g 16,58 16,95 2,23 5h02m 4h44m Total da Cesta 323,47 371,22 14,76 98h18m 103h38m (1) Tempo que o trabalhador de salário mínimo precisa para comprar a Ração Essencial (Decreto Lei no. 399 de 30/04/1938) (2) Fonte: Dieese - Pesquisa Nacional da Cesta Básica. 06/02/2015 Subseção- Força Sindical 3 PODER DE COMPRA DO SALÁRIO MÍNIMO Em janeiro de 2015, o custo da cesta básica em São Paulo comprometeu 51,21% do salário mínimo líquido, isto é, após os descontos previdenciários. Em janeiro de 2014, a parcela do salário mínimo líquido gasta com os gêneros Alimentícios correspondeu a 48,56%. Cesta básica - Gasto mensal em São Paulo em R$ 371,22 Jan/15 400 350 300 250 200 150 100 jul/14 jan/15 jul/13 jan/14 jan/13 jul/12 jul/11 jan/12 jul/10 jan/11 jul/09 jan/10 jul/08 jan/09 jan/08 jul/07 jul/06 jan/07 jan/06 jul/05 jul/04 jan/05 jul/03 jan/04 jan/03 jul/02 jul/01 jan/02 jan/01 jul/00 jul/99 jan/00 0 jan/99 Em R$ 50 SALÁRIO MÍNIMO NECESSÁRIO 1 Em janeiro de 2015, o salário mínimo necessário estimado pelo DIEESE (levando em consideração a determinação constitucional que estabelece que o salário mínimo deve suprir as despesas de um trabalhador e sua família1 com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência) foi de R$ 3.118,62, ou seja, 3,96 vezes o mínimo em vigor, de R$ 788,00. Em janeiro de 2014, o valor necessário para atender às despesas de uma família correspondia a R$ 2.748,22, o que representava 3,80 vezes o salário mínimo de então (R$ 724,00). No total, uma família de quatro pessoas. Subseção- Força Sindical 4